terça-feira, 8 de maio de 2012

G-12 : O fruto do engano no Corpo de Cristo

G12: O fruto do engano no Corpo de Cristo Versículos chave: Surgirão ventos de doutrinas (Ef. 4.14, Hb. 13.9, 2 Tm. 4.3-4); Surgirão falsos cristos e falsos profetas (Mt. 24.24); Devemos ter cuidado com os falsos profetas (Mt. 7.15); Haverá apostasia (2 Ts. 2.3); Alguns apostatarão da fé (1Tm. 4.1-2); Não devemos mudar nosso entendimento (2 Ts. 2.2); Devemos ficar firmes e guardar as tradições (2 Ts. 2.15); Devemos permanecer naquilo que aprendemos (2 Tm. 3.14); Devemos reter a Palavra, que é igual à doutrina (Tt 1.9); Quem não permanecer na doutrina não é de Deus (2 Jo 9). Sobre as versões da Bíblia usadas, em geral, utilizei a ARA - Almeida Revista e Atualizada. Para efeito prático, sempre que não for a ARA, haverá uma indicação de qual versão foi usada, dentre as seguintes versões: ARC – Almeida Revista e Corrigida ECA – Edição Contemporânea de Almeida ACF – Almeida Corrigida Fiel NVI – Nova Versão Internacional NTLH – Nova Tradução na Linguagem de Hoje Autor: Márcio Argachof Revisores Teológicos: Pr. Alexandros D. Meimaridis e Pr. Magno Paganelli Fonte: www.jesussite.com.br  Índice: Introdução 3 Uma palavra sobre a fé 4 A necessidade de se examinar algumas teorias 4 Objetivo 5 Expressões, "visões" e doutrinas precisam ser examinadas 6 O crente espiritual é exortado a "julgar todas as coisas" 6 “Espíritos” não são testados 7 Aos Pastores 8 O engano na vida do crente 9 Um Corpo esquartejado 9 Os frutos identificando a árvore 11 As pressões da liderança 11 O “treinamento” dos líderes 14 Todos devem ser líderes de células 14 Cobertura espiritual 15 Inversão de valores 16 O perigo da mistura 17 A Colheita será feita por Jesus e seus anjos, e não pelos homens e seus “métodos” 18 As Origens do Movimento 20 1º Ingrediente: O Governo de 12 20 2º Ingrediente: Células e visões 22 Paul (David) Yonggi Cho 24 Word-Faith Movement 24 3º Ingrediente: Pragmatismo com propósitos 25 Igreja dirigida por propósitos 28 Igreja do novo paradigma 28 Quem financia a igreja do novo paradigma 29 Conclusão sobre os ingredientes 30 Sobre o livro “Sonha e ganharás o mundo” 31 Alterando ou distorcendo a Palavra 31 Heresia: Abraão era pagão e adorava outros deuses 31 Heresia: Deus foi pai e mãe ao de Abraão 32 Castellanos divulga doutrina do Gnosticismo 32 Distorção: Raposinhas põem a perder colheitas 33 Heresia: Jeremias diz que a palavra de Deus é uma afronta 33 Heresia: Salomão disse “Sem visão meu povo perece” ? 34 Alteração: Mateus 22:37 34 Líderes enganados 35 A expressão "obedecer ao espírito" é realmente bíblica? 35 Dialogando com demônios 36 Experiências de falta de controle sobre o “espírito” 36 Castellanos relata ter saído do corpo 37 A exaltação dos sonhos 38 Técnicas de regressão usadas no “Encontro com Deus” 39 O Encontro é necessário para o verdadeiro arrependimento 40 Claudia Castellanos, a política e o Brasil 40 O rebatismo de Cláudia Castellanos 41 Uma voz estranha 42 Profecias sem base bíblica 42 Prosperidade para a igreja de Castellanos 42 Castellanos libera misericórdia de Deus aos EUA 43 Índia sem idolatria ?! 46 Pontos Positivos do Movimento 47 1) Reuniões nas casas dos crentes, ou células 47 2) A busca de santidade 47 3) Oração intensa por um propósito 47 4) Trabalho sistemático de evangelização 48 Doutrinas estranhas à Palavra de Deus 49 A inclusão do Encontro em Marcos 16:16 49 A exigência da participação no Encontro e de santificação para o Batismo 49 O crente deve perdoar a Deus 51 Aqueles que se autodenominam profetas e apóstolos 51 O Espírito Santo é um hóspede para Castellanos 52 É proibido discordar 53 Discípulos de Jesus ou de homens? 54 A Diminuição da cruz diante da valorização do Encontro 57 Confissão de pecados a líderes 58 Teologia da Prosperidade 59 Logos e Rhema 60 Práticas judaizantes 61 Diminuindo o valor do pastor 62 O que importa é quantidade e não a qualidade dos crentes 62 Jejuns criativos 63 A administração da igreja no G12 63 Foco somente em evangelismo: Uma igreja em desequilíbrio 65 Caráter de Cristo 65 Não há investimento em missões 66 A justificativa dos “12” 66 O modelo celular será único no futuro (= IGREJA VERDADEIRA) 66 O peudo-avivamento gedozista 67 Atos Proféticos, Pedras, “Unção” de Sal e Bíblias enterradas 68 A busca ostensiva pelo “falar em línguas” 70 Qualquer tradição é taxada como algo velho e ruim 71 Mudam o sentido da parábola do Vinho Novo em odres velhos 72 Parábola do vestido velho e dos odres velhos 72 Células homogêneas (separadas por sexo e faixa etária) 73 Dízimos e ofertas na célula 74 Alguns conceitos errados 74 Progressão geométrica na “cobertura espiritual” e aparentemente na arrecadação 75 Conclusão 77  Introdução: Aos amados irmãos, Que a Graça e a Paz que somente Jesus pode dar, estejam convosco agora e sempre! Em primeiro lugar, gostaria de registrar aqui que amo aos irmãos da minha igreja. E se tomei a iniciativa de escrever este trabalho, foi movido por uma grande preocupação com os rumos que a Igreja como um todo tem tomado. Tenho visto nos últimos meses, irmãos valiosos e queridos se afastando da igreja. Alguns foram para outras igrejas Cristãs, mas alguns, simplesmente sumiram. Não é possível permanecer calado vendo a Palavra de Deus sendo ignorada, deturpada ou simplesmente deixada de lado. Vamos, em nome de Jesus, e da preservação de nossa fé na sã doutrina, buscar confirmação de tudo pela Palavra, como bons bereanos: “Ora, estes de Beréia eram mais nobres que os de Tessalônica; pois receberam a palavra com toda a avidez, examinando as Escrituras todos os dias para ver se as coisas eram, de fato, assim” Atos 17:11 Antes eu conhecia o G12 de ouvir falar, mas após quase dois anos conhecendo-o pessoalmente, e também após ter lido o livro de Castellanos “Sonha e ganharás o mundo”, espécie de cartilha do movimento, aceita como verdade de Deus pelos gedozistas, senti aumentar a urgência em elaborar um estudo mais profundo sobre o que vem acontecendo nas igrejas que abraçaram a “visão”. MOVIMENTOS CLONE: A “visão” em questão assumiu várias formas e nomenclaturas, principalmente desde o final de março de 2005, quando Castellanos revelou aos seus seguidores, que a partir daquele momento ia querer receber um determinado valor das igrejas que usassem a marca G12. Por isto é comum hoje encontrarmos igrejas que não mais usam o termo “G12”, mas continuam aplicando os mesmos ensinamentos, ou melhor, distorções doutrinárias aprendidas enquanto seguiam Castellanos. Portanto, caso ouçam falar em “Movimento dos 12”, “M-12”, “Visão Celular”, “Igreja em Células”, ou algo parecido, certamente estarão diante dos mesmos ensinamentos originais do G12 com uma nova roupagem para que não seja necessário pagar nenhum royaltie ao “profeta” original César Castellanos. É bem verdade que nem todas as igrejas adotaram a visão do G12 na íntegra, e por isto podem não apresentar todas as características aqui abordadas, mas como os métodos do G12 seguem muitas vezes caminhos perigosos, procurei mostrar os pontos críticos do movimento à luz da Palavra. Ressalto que não pretendo esgotar o assunto, mas sim lançar luz sobre um tema que tem sido motivo de muita dúvida no meio Cristão. Também ressalto que não possuo formação teológica, e por isto me preocupei em fazer uma ampla pesquisa na Bíblia em suas várias versões, diversos livros, sites, dicionários e enciclopédia teológica, além de pedir a irmãos valorosos, formados em teologia que analisassem este trabalho. Por isto, caso algum irmão, perceba algum erro neste estudo, afinal estamos todos sujeitos a errar, entre em contato para que eu providencie a devida correção pelo e-mail marcio_argachof@hotmail.com. Quero deixar claro que todos os irmãos envolvidos em igrejas que adotaram a “visão G12”, ou uma de suas variações, são irmãos valorosos, tanto para mim como para Deus. Portanto, não é meu intuito menosprezar nenhum destes irmãos, pois sei que se Deus permitiu que eu mesmo freqüentasse uma igreja dentro da “visão”, Ele tinha um propósito perfeito, como certamente tem para os irmãos gedozistas, e Glória a Deus por isto. Entendo que Deus tem trabalhado na vida destes irmãos, e que no tempo Dele as verdades aparecerão, para que no final desta “ventania”, certamente muitos tenham crescido na Palavra, lutando um bom combate, e guardando a fé, conforme Paulo nos ensinou. Mesmo discordando destes irmãos, registro aqui meu profundo respeito por suas opiniões, e pelo seu livre arbítrio. Tal diversidade de opiniões é um importante exercício para todo o povo de Deus, pois certamente o Senhor alegrar-se-á em nos ver unidos diante das tribulações e principalmente conservando nossa fé nas Escrituras. É importante destacar que este material não foi escrito com a pretensão de fomentar nenhum tipo de discórdia ou divisão no Corpo de Cristo. Pelo contrário, o fortalecimento do Corpo de Cristo é o real objetivo, e para tanto a busca das verdades bíblicas e da sã doutrina são, em primeira e última análise, o melhor caminho. Um agradecimento especial a minha esposa Miriam, que tanto contribuiu neste trabalho, com suas orações e abençoadas reflexões sobre cada tópico aqui abordado, e também agradeço ao meu grande amigo Pr. Alex, por sua imensa paciência em analisar este trabalho e me ensinar os mais profundos caminhos da Palavra. Enfim, toda a honra e glória sejam dadas a Deus! Boa leitura, e que Deus seja convosco! Márcio Argachof Uma palavra sobre a fé A fé na são doutrina é o que procuramos preservar com este trabalho, mas antes de começar, gostaria de citar George Muller, um verdadeiro homem de fé: “Ora, a fé é a certeza das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se vêem. Foi por ela que os antigos alcançaram bom testemunho. Pela fé entendemos que os mundos foram criados pela palavra de Deus, de maneira que o visível não foi feito do que se vê.” Hb. 11:1-3 “Que é fé? Na maneira mais simples de que eu sou capaz de expressar, respondo: Fé a segurança de que as coisas que Deus tem dito em sua Palavra são verdade e que Ele age de acordo com sua Palavra. Esta segurança, esta confiança na Palavra de Deus, é fé. Podemos dizer que fé não é questão de impressões, nem de probabilidades, nem de aparências. As impressões vêm da razão humana, que, na melhor das hipóteses, não é digna de confiança. A fé, por outro lado, baseia-se na invencível Palavra de Deus; não são as impressões, fortes ou fracas, que farão qualquer diferença. Temos de agir com base na Palavra escrita. Temos de confiar na Palavra escrita, e não em nós mesmos ou em nossas impressões. As probabilidades não devem ser levadas em consideração. Muitas pessoas estão dispostas a crer, relativamente, nas coisas que lhes parecem prováveis. Fé não tem nada a ver com probabilidade. A fé começa onde cessas as probabilidades, e a visão e o senso falham. Muitos filhos de Deus estão desanimados e lamentam sua falta de fé. Muitos têm-me escrito e dito que não têm impressões nem percepções, que não vêem nenhuma probabilidade de que aquilo que desejam se realize (Lc 18:27). As aparências não devem confundir nossa fé. A questão, certamente, é esta: Deus falou deste assunto em sua Palavra? Se falou, essa é a base da fé. Por causa de tantas impressões, probabilidades, aparências e problemas sem importância relacionados à fé é que temos tão poucas bênçãos entre nós.” (George Muller, Homem de Fé, Edições Vida Nova, pgs.28 e 29) A necessidade de se examinar algumas teorias À luz das obras dos espíritos enganadores e seus métodos de engano, fica claro que devemos analisar minuciosamente as teorias, conceitos e expressões do século XX a respeito das coisas de Deus e de Sua obra no homem, pois somente a verdade de Deus, e não as "visões" da verdade, terá alguma utilidade na proteção ou nesse conflito com os espíritos malignos nos lugares celestiais. Tudo o que é, em qualquer grau, resultado da mente do homem natural (1Co 2.14) se mostrará apenas como "armas de palha" nessa grande batalha. Se nos apoiarmos nas "visões da verdade" de outros ou em nossas próprias idéias humanas sobre a verdade, Satanás usará exatamente essas coisas para nos enganar e, até, nos fará crescer e aprofundar-nos nessas teorias e visões a fim de que, encoberto por elas, possa atingir seus objetivos. Não podemos, portanto, nesse tempo, superestimar a importância de os crentes terem mente aberta para "examinar todas as coisas" que já pensaram ou ensinaram em relação às coisas de Deus e ao mundo espiritual: todas as "verdades" que eles têm sustentado, todas as frases e expressões que usaram em seus "ensinamentos sobre santidade" e todos os "ensinamentos" que absorveram por meio de outros. Pois qualquer interpretação errônea da verdade, quaisquer teorias e frases que são concebidas pelo homem e podem se aprofundar cada vez mais em direção ao erro terão conseqüências perigosas para nós mesmos e para outros no conflito que a Igreja e o crente individual estão agora enfrentando. Já que nos "últimos dias" os espíritos malignos virão a eles com enganos de forma doutrinária, os crentes têm de examinar com cuidado o que aceitam como "doutrina", para provar se, na verdade, elas não são dos emissários do enganador. (Jessie Penn Lewis, GUERRA CONTRA OS SANTOS, Tomo 1, Editora dos Clássicos)  Objetivo: As igrejas que adotaram a “visão” do modelo de governo dos 12, ou G12, apresentam diversos posicionamentos não bíblicos. São irmãos que amo, mas que tomados por uma espécie de “paixão cega” por uma “visão” que pensam ser de um pastor colombiano chamado César Castellanos Domínguez, fundador da MCI – Missão Carismática Internacional em Bogotá na Colômbia, nem sequer se puseram a investigar as reais origens deste movimento, bem como adotam uma postura pragmática, ou seja, uma postura pela qual não importam os meios para se chegar ao objetivo de evangelizar, multiplicar membros, e formar mega-igrejas. A MCI de Castellanos, tem planos bem pouco modestos de expansão, haja visto que sua doutrina tem alcançado muitos países das Américas do Sul e do Norte, e Europa onde atualmente existem igrejas que adotaram a “visão”, aliás foi nesta “visão” que Castellanos teve a “revelação” que iria conquistar as nações (estudaremos isto adiante). Mas, amados irmãos, lembremos que tudo o que é de Deus, está em harmonia com as leis de operação de Deus descritas nas Escrituras; por exemplo, “movimentos de alcance mundial” pelos quais multidões serão ganhas não estão de acordo com as leis de crescimento da Igreja de Cristo mostradas na parábola do grão de trigo (Jo 12.24), na lei da cruz de Cristo (Is 53:10), na experiência pela qual Cristo passou, na experiência de Paulo (1Co 4:9-13), no “pequenino rebanho” de Lucas 12:32 e no fim da dispensação profetizado em 1Tm 4:1-3 e 6:20. Esses movimentos, dentre eles o G12, rejeitam as formas bíblicas de evangelismo através dos testemunhos pessoais dos crentes que tendo suas vidas renovadas por Cristo, manifestam a “olhos vistos”, a presença dos frutos do Espírito Santo. Para o G12 a quantidade de pessoas na igreja é o objetivo maior, não investindo em amadurecimento através de ensino teológico sólido. Na prática isto tem gerado centenas de “adesões” e não conversões verdadeiras, levando as igrejas gedozistas por um caminho perigoso e auto destrutivo. Sinto-me bem à vontade para analisar este movimento, pois quis o Senhor Deus que eu e minha família estivéssemos numa igreja, a princípio Batista, mas que abraçou a “visão” e com isto acabaram por romper com a Convenção Batista, e mais ainda, tem se empenhado sistematicamente em repudiar qualquer ato ou pessoas que lembrem o modo de agir das igrejas tradicionais. Neste caso, uma peculiaridade é que os gedozistas rotulam de tradicional, toda e qualquer igreja Cristã que não seja em células e sob o “governo dos 12”. Portanto, o objetivo deste estudo é apresentar aos irmãos que porventura estejam tendo contato com o G12, os pontos desta doutrina que são contrários a Palavra de Deus. Logicamente existem várias posições assumidas pelos gedozistas que são positivas, no entanto, tais atitudes positivas em meio a doutrinas e atividades heréticas, acabam por ter o efeito contrário, provocando em muitos casos divisões nas igrejas, com a saída de muitos membros por não concordarem com os métodos adotados. Tais divisões nem sempre são nítidas, pois à primeira vista vemos uma igreja repleta de pessoas, mas aos olhos atentos é difícil deixar de constatar que tais pessoas são novas na fé, ou ainda estão somente de passagem para conhecer, tornando a ilustração da “porta dos fundos maior que a da frente” mais real do que nunca. E após a análise cuidadosa de cada ponto aqui apresentado sob a luz da Palavra, conclamo aos irmãos, que entrem em jejum e oração, pedindo nada mais do que seja feita a vontade do Pai, que é verdadeira por definição e também pedindo que os espíritos enganadores em ação hoje na igreja gedozista, sejam expulsos em nome do poderoso nome de Jesus. A ação de tais espíritos das trevas foi prevista por Paulo em sua Segunda Carta aos Tessalonicenses (2Ts 2:4), onde ele fala da manifestação daquele que enganará a tal ponto os cristãos que conseguirá entrar no santuário de Deus, ostentando-se como se fosse o próprio Deus”, sendo sua presença parecida com a de Deus; no entanto, isso é: “segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, e sinais de prodígios da mentira, e com todo engano” (2Ts 2:9-10). Expressões, "visões" e doutrinas precisam ser examinadas De acordo com essas direções da Palavra de Deus e em vista do tempo crítico pelo qual a Igreja de Cristo está passando, toda expressão, "visão", ou teoria que temos em relação às coisas em geral deve ser examinada cuidadosamente e levada à prova, com um desejo aberto e honesto de conhecer a pura verdade de Deus, bem como toda declaração que ouvimos da experiência de outros que possa trazer luz ao nosso próprio caminho. Cada crítica, justa ou injusta, deve ser recebida com humildade e examinada para se descobrir sua base legal, se é aparente ou real. Da mesma forma, fatos a respeito de verdades espirituais de todas as partes da Igreja de Deus devem ser analisados, independente do prazer ou da dor que nos tragam pessoalmente, tanto para nosso próprio esclarecimento como para nos preparar para o serviço de Deus. Pois o conhecimento da verdade é a primeira coisa essencial na guerra contra os espíritos mentirosos de Satanás, e a verdade deve ser ardentemente buscada e encarada com desejo sincero de conhecê-la e de a ela obedecer à luz de Deus: verdade sobre nós mesmos, discernida por investigação imparcial; verdade das Escrituras, sem colorido extra, distorções, mutilações, diluições; verdade ao encarar os fatos da experiência de todos os membros do Corpo de Cristo e não de uma parte do Corpo apenas. (Gerra contra os Santos, Tomo1, por Jesse Pen Lewis – Irlandesa que participou do Avivamento no país de Gales no Século XIX) O crente espiritual é exortado a "julgar todas as coisas" O dever de examinar as coisas espirituais é fortemente recomendado pelo apóstolo Paulo repetidas vezes. "O homem espiritual julga (examina, ou como está no grego, investiga e decide) todas as coisas" (1Co 2.15). O crente espiritual deve usar seu julgamento, que é uma faculdade renovada se ele é um homem espiritual. Esse exame ou julgamento espiritual é mencionado em relação às "coisas do Espírito de Deus" (v. 14), o que nos mostra como o próprio Deus honra a personalidade inteligente do homem que Ele recriou em Cristo, convidando-o a julgar e a examinar as obras de Seu próprio Espírito, de modo que até mesmo as "coisas do Espírito" não devem ser recebidas como provenientes Dele sem serem examinadas e espiritualmente discernidas como sendo de Deus. Quando, no entanto, se diz, a respeito das manifestações sobrenaturais e anormais que vemos hoje em dia, que não é necessário nem mesmo da vontade de Deus que os crentes entendam ou expliquem todas as obras de Deus, isso não está de acordo com a declaração do apóstolo de que "o homem espiritual julga todas as coisas" e, conseqüentemente, deve rejeitar tudo o que o seu julgamento espiritual for incapaz de aceitar, até que venha um tempo em que seja capaz de discernir com clareza o que é realmente de Deus e o que não é. Além disso, o crente não deve apenas discernir ou julgar as coisas do espírito - ou seja, todas as coisas no mundo espiritual -, mas deve também julgar a si mesmo. Pois "se nos julgássemos a nós mesmos" (a palavra grega traduzida como julgar significa uma investigação completa), não deveríamos necessitar da disciplina do Senhor para trazer à luz as coisas em nós mesmos que não fizemos passar por essa investigação completa (1Co 11.31). "Irmãos, não sejais meninos no juízo; na malícia, sim, sede crianças; quanto ao juízo, sede homens amadurecidos" (1Co 14.20), escreveu o apóstolo novamente aos coríntios, quando lhes explicava sobre a obra do Espírito entre eles. O crente deve ser amadurecido no juízo, isto é, ser capaz de examinar, "de trazer à prova" (grego: provar, demonstrar, examinar (2Tm 4.2)), e "provar todas as coisas" (1Ts 5.21). O crente deve ter conhecimento abundante e "todo discernimento" para "aprovar as coisas excelentes", para que possa ser "sincero e inculpável" até o dia de Cristo (Fp 1.10). (Gerra contra os Santos, Tomo1, por Jesse Pen Lewis – Irlandesa que participou do Avivamento no país de Gales no Século XIX) “Espíritos” não são testados Infelizmente, Castellanos não tem como hábito testar os espíritos, conforme 1Jo 4:1: “Amados, não creiais em todo espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo.”. Veja as palavras de Castellanos em seu livro Sonha e ganharás o mundo: “Quando Deus fala a seu coração, não pense duas vezes, dê o passo! Dando o passo, vem o revestimento do Senhor, e algo acontece no mundo espiritual” [pg.141] Bem, de fato algo acontece no mundo espiritual sim, e certamente não é nada tão bom como acredita o fundador da MCI e do G12. Em 1 Tessalonicenses 5.21 a Bíblia ordena que todas as coisas precisam ser analisadas criticamente, por isto, o objetivo deste estudo é falar sobre a Verdade, não verdades humanas, mas sim aquela que liberta e provém do Reino do Senhor. Alertar aos irmãos sobre algo que é errado é também uma obrigação do membro do Corpo de Cristo, pois o objetivo é o fortalecimento deste Corpo. Veja Ezequiel 33:3 - “e, vendo ele que a espada vem sobre a terra, tocar a trombeta e avisar o povo;” E como fortalecemos o Corpo? Justamente não cedendo aos objetivos demoníacos e rejeitando qualquer espécie de divisão ou ainda de rebelião. Falar em rebelião sugere que devamos ser obedientes aos nossos pastores, e isto é verdade, mas somente até o ponto que não nos faça pecar, pois nossa total e plena obediência deve ser com Deus, e Suas verdades Bíblicas reveladas por Deus Pai e seu filho Jesus. “Purificando a vossa alma na obediência à verdade, para caridade fraternal, não fingida, amai-vos ardentemente uns aos outros, com um coração puro;” 1Pe 1:22 Aliás, o versículo acima resume o propósito deste estudo que é de manter-se fiel e obediente à verdade Bíblica, mas com amor sincero pelos irmãos que ainda encontram-se enganados, de modo a fazer com que cada um ouça o que o Espírito Santo tem a dizer sobre o G12, e que possam ver com os olhos do Espírito Santo de Deus e não mais com olhos obcecados por uma “visão” humana, que nem sequer passa pelo teste bíblico da “confirmação pela Palavra”. Veremos mais adiante alguns trechos dos relatos acerca da “visão” de Castellanos e provaremos o quanto tais pensamentos estão distantes da Bíblia. Tudo isto para honra e glória do nosso Deus, que em sua infinita misericórdia deixou-nos um tesouro para servir-nos de bússola em meio às tempestades presentes e futuras.  Aos Pastores A todos os pastores que pela graça de Deus, lerem este material, o façam com amor e tendo a certeza de que quando elaborei este trabalho, o fiz única e exclusivamente movido por um sentimento de profunda preocupação com o Corpo de Cristo. Peço-lhes com todo amor, que leiam atentamente cada parágrafo deste texto e que confiram em sua Bíblia todas as citações. Digo isto, pois o meu único compromisso é com a verdade Bíblica, e não tenho o propósito de defender nenhuma denominação, bem como não almejo ser detentor de toda a verdade. As linhas que agora chegam a suas mãos foram redigidas, com o propósito de fortalecer o Corpo de Cristo do qual fazemos parte, cujo cabeça é o Senhor Jesus. Certamente algumas pessoas num primeiro momento pensarão que este material é uma afronta e que Deus jamais permitiria que você fosse enganado, pois em sua misericórdia não permitiria a um Pastor ou um Cristão atuante estar enganado, mas na verdade a Palavra de Deus nos alerta que o engano pode ocorrer sim, e os Cristãos não estão livres disto. Veja: ”Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos;” 2Tm 4:3 “Ora, o aparecimento do iníquo é segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, e sinais, e prodígios da mentira, e com todo engano de injustiça aos que perecem, porque não acolheram o amor da verdade para serem salvos. É por este motivo, pois, que Deus lhes manda a operação do erro, para darem crédito à mentira, a fim de serem julgados todos quantos não deram crédito à verdade; antes, pelo contrário, deleitaram-se com a injustiça. Entretanto, devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade, para o que também vos chamou mediante o nosso evangelho, para alcançardes a glória de nosso Senhor Jesus Cristo. Assim, pois, irmãos, permanecei firmes e guardai as tradições que vos foram ensinadas, seja por palavra, seja por epístola nossa. Ora, nosso Senhor Jesus Cristo mesmo e Deus, o nosso Pai, que nos amou e nos deu eterna consolação e boa esperança, pela graça, consolem o vosso coração e vos confirmem em toda boa obra e boa palavra.” 2Ts 2:9-17  O engano na vida do crente Gostaria de colocar aqui algumas palavras sobre o engano que tão sutilmente tem se infiltrado em nossas igrejas com conseqüências trágicas para o Corpo de Cristo. Antes um comentário sobre a dura realidade que o Corpo de Cristo tem assistido nestes dias: Um Corpo esquartejado Pode parecer exagero o uso da palavra “esquartejado”, mas infelizmente isto tem ocorrido com assustadora freqüência no meio Cristão. Divisões têm sido uma constante desde muito tempo, mas o que quero enfocar não são as divisões de igrejas, onde um pastor descontente resolve abrir outra igreja levando consigo um bloco de pessoas simpatizantes. O foco da questão neste estudo é o G12, e por isto gostaria de analisar algumas brechas pelas qual o movimento tem plantado mais joio do que trigo. Tenho notado nestes últimos quatro anos, com tristeza no coração, que o Corpo de Cristo tem sido sistematicamente atacado. Pessoas movidas pelos seus próprios egos e ambições têm levado uma quantidade incrível de cristãos a enfrentarem verdadeiras tormentas em suas vidas na igreja e em suas casas. A pastora Valnice Milhomens, influente líder do movimento no Brasil, além de outros líderes do G12, tem declarado que a igreja em células será a única a sobreviver no final dos tempos, e que todas as outras, que no linguajar deles, são tradicionais, irão acabar, restando apenas as igrejas em células do G12. (Valnice Milhomens, Plano Estratégico para a Redenção da Nação) Isto é uma afronta a Palavra de Deus, onde Jesus diz a Pedro que o inferno não prevalecerá sobre Sua igreja: “Pois também eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.” Mt 16:18 Este “clima de guerra” embutido no pensamento gedozista de ser a “única igreja que sobreviverá” é em última análise o mesmo tipo de pensamento sectário do mormonismo e de várias outras seitas que se consideram as “únicas igrejas verdadeiras”. Afinal se somente sobrarem as igrejas em células, somente elas poderiam se intitular “verdadeiras”. Isto tem provocado um verdadeiro “clima de guerra” em meio às denominações cristãs, pois as igrejas gedozistas tem declarado que somente elas existirão no futuro. Além disto julgar um método como o único perfeito, é claramente um ataque ao Corpo de Cristo, pois nunca o crente deve perder de vista que fazemos parte de um Corpo cujo cabeça é Cristo. Portanto, não é lógico, um membro deste Corpo, julgar-se melhor que os outros membros, visto que cada um, por mais humilde que seja, tem sua função no perfeito CORPO DE CRISTO. Aqui uma observação importante: Não confunda “posição” com “função”, pois nossa posição deve ser EM CRISTO, que é a única posição que Deus espera de nós, já nossas funções são variadas. Infelizmente César Castellanos, em seu livro “Sonha e ganharás o mundo”, confirma esse mesmo pensamento a respeito do fim das igrejas convencionais, ou seja, que não sejam em células em G12: “A frutificação neste milênio será tão incalculável, que a colheita só poderá ser alcançada por aquelas igrejas que tenham entrado na visão celular. Não há alternativa: a igreja celular é a igreja do Século XXI” (Castellanos Domínguez, Sonha e Ganharás o Mundo, pg.143.) Esta linha de pensamento doutrinaria de Castellanos e seus discípulos, têm provocado uma situação de contenda entre as denominações evangélicas, pois é nitidamente arrogante e prepotente, além de ser contrária ao que diz a Bíblia. Outro comportamento dos seguidores do G12 que agrava ainda mais esse clima de contenda é o hábito antiético da liderança gedozista de pescar em aquário alheio, que com argumentos duvidosos, convidam crentes para suas reuniões de células, dizendo que é apenas uma “reunião sem compromisso”. Além disto, os pastores e líderes têm se empenhado em “conquistar a cidade para a visão” e faz parte dessa estratégia buscar outros “templos do Espírito Santo” que estão por aí, ou seja, em outras palavras a liderança incentiva a pescar em aquários alheios. Isto tem provocado o afastamento destes irmãos de suas igrejas de origem, para aventurar-se na doutrina gedozista. A Bíblia nos alerta em vários versículos a respeito de perigo de provocar contendas: “O que ama a contenda ama a transgressão; o que alça a sua porta busca a ruína.” Pv 17:1 “Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo.” Fp 2:3 “E disse Abrão a Ló: Ora, não haja contenda entre mim e ti e entre os meus pastores e os teus pastores, porque irmãos somos.” Gn 13:8 “O profeta que profetizar paz, somente quando se cumprir a palavra desse profeta é que será conhecido como aquele a quem o SENHOR, na verdade, enviou.” Jr 28:9 Na igreja que frequentei, e que começou a implantar o G12 em 2001, fui testemunha ocular do afastamento de irmãos queridos, cuja vida Cristã sempre foi exemplar. Famílias inteiras, com sua fé firmada na rocha, com conhecimento da Palavra, se afastaram por não agüentarem as pressões da liderança e nem os métodos adotados. Tenho conhecimento de vários deles que saíram com dor no coração, mas o compromisso firme com a verdade e com a saúde espiritual de suas famílias os levaram a procurar pastos mais seguros e bíblicos. Não consigo criticar estes irmãos, pois não saíram sem antes lutar pela manutenção das verdades bíblicas, mas o fato é que alguns soldados devem ficar no campo de batalha enquanto outros recuam estrategicamente, visando o fortalecimento do exército de Deus e a vitória. As trincheiras são duras, mas o fato é que esta “guerra” tem resultado no amadurecimento ainda maior de todos os envolvidos que conseguiram em meio à tempestade agarrar-se a bóia salvadora que é Jesus. Com isto temos atualmente um quadro onde o Corpo de Cristo está esquartejado por vários motivos: 1. Pelo “clima de guerra” declarado pela liderança ao dizer que as igrejas sem células irão acabar 2. A indignação de vários irmãos com os desvios doutrinários do G12 3. Pela falta de interesse dos pastores em cuidar das ovelhas diretamente, deixando isto a cargo dos respectivos líderes de células. 4. Ou ainda com as pressões da liderança por multiplicação de suas células, o que nem sempre ocorre com facilidade, fazendo com que a pessoa seja tachada como infrutífera e problemática. Tudo isto tem feito com que muitos irmãos, cristãos verdadeiros, e fiéis ao Senhor, deixem seus respectivos apriscos em busca de outros mais seguros. O Cristão firmado na rocha é afeito ao alimento sólido, pois sem este alimento o crente não amadurece, o que é fundamental, pois somente crentes amadurecidos, através de seu testemunho de vida, conseguem alcançar mais e mais pessoas para Cristo de forma duradoura. É fato comprovado que os grandes evangelistas, firmados na palavra de Deus, com forte base familiar, conseguiram levar a conversão verdadeira a Jesus, um enorme volume de pessoas. O amadurecimento na fé, tem como conseqüência o presente divino dos dons espirituais, mas sempre conforme a vontade do Pai e a necessidade do Corpo de Cristo. O cristão maduro sabe que o Pai somente concederá os dons que Ele julgar necessários ao Corpo. Na verdade após a conversão o crente transforma-se em HABITAÇÃO do Espírito Santo, e então começam a ocorrer mudanças: • A abertura do entendimento: Jo 14:26 e 16:8-15 • O aperfeiçoamento do caráter pelo fruto do Espírito: Gl 5:22-23 • O aperfeiçoamento do caráter pelo amor: 1Co 12:27 e 13:13 • A vontade e o desejo intenso de manutenção da Paz de Cristo, e do poder e da alegria no Espírito. Os frutos identificando a árvore Uma árvore boa produz frutos bons, e uma árvore má produz frutos ruins. Esta é a verdade de Deus revelada pelas Escrituras: “Assim, toda árvore boa produz bons frutos, porém a árvore má produz frutos maus.” Mt 7:17 A Palavra de Deus nos ensina no versículo acima que através dos frutos conheceremos a árvore. E no G12, que tipo de fruto temos? Frutos ruins provenientes da divisão e do afastamento dos irmãos para outros pastos ou até para longe de qualquer igreja, e alguns frutos relativamente “bons” devido ao forte empenho evangelístico, ainda que com objetivos multiplicativos e empresariais. Este fato merece uma grande reflexão. Será que esses frutos “bons” são bons de verdade? Será que essas pessoas que aceitaram a Cristo no G12 vão permanecer no aprisco e amadurecer na fé? Ou vão titubear em sua fé ao menor sinal de tribulação? Entendo que quem nos escolheu foi Deus e, portanto a obra é Dele, e a ele compete determinar as direções a seguir. “Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda.” Jo 15:16 Tenho ouvido uma justificativa gedozista alegando que a árvore do conhecimento do livro de Gênesis possuía dois frutos, um bom e outro ruim, razão pela qual temos algumas igrejas que se dividiram devido ao G12. Foi o preço a pagar em prol do sucesso da “visão”. Eles lamentam que tais pessoas não tenham aceitado a visão, ou melhor, as julgam como influenciadas por demônios. Essa atitude é conhecida na psicologia como projeção, onde a pessoa problemática enxerga nos outros, o que de pior existe em si mesmo. E assim, com atitudes sectárias, autoritárias e prepotentes, a divisão vem sendo semeada no Corpo de Cristo. Na verdade, a árvore do conhecimento do bem e do mal, tinha apenas um tipo de fruto, que era o CONHECIMENTO, que por ser amplo, engloba o bem e o mal. Desfazendo com isto a defesa gedozista em favor da árvore com dois tipos de frutos. “E ordenou o SENHOR Deus ao homem, dizendo: De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore da ciência do bem e do mal, dela não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás.” Gn 2:16-17 Portanto o G12 é uma árvore enganosa, que produz frutos doces e amargos ao mesmo tempo, sendo que a médio e longo prazo, mesmo os frutos doces tendem a “azedar”, mediante a ação de espíritos enganadores contra o Corpo de Cristo. As pressões da liderança Antes de analisar tais pressões da liderança gedozista em busca dos resultados quantitativos na igreja, gostaria de lembrar uma passagem do livro de 1Pedro que reflete exemplarmente o modo como um pastor deve tratar suas ovelhas: "Aos anciãos, pois, que há entre vós, rogo eu, que sou ancião com eles e testemunha dos sofrimentos de Cristo, e participante da glória que se há de revelar: Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, não por força, mas espontaneamente segundo a vontade de Deus; nem por torpe ganância, mas de boa vontade; nem como dominadores sobre os que vos foram confiados, mas servindo de exemplo ao rebanho. E, quando se manifestar o sumo Pastor, recebereis a imarcescível (que não murcha ou imperecível) coroa da glória. Semelhantemente vós, os mais moços, sede sujeitos aos mais velhos. E cingi-vos todos de humildade uns para com os outros, porque Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes." 1Pe 5:1-5 Recebemos através do JesusSite (www.jesussite.com.br) muitas mensagens e pedidos de oração do Brasil e de muitos países do mundo. Tais mensagens são redigidas por pessoas das mais variadas denominações, sendo um grande número delas de não cristãos, que graças ao Senhor tem encontrado mensagens edificantes e muitas delas se converteram ao Senhor devido a isto. Bem, mas nem tudo são flores, pois recebemos numa proporção muito maior, reclamações e pedidos desesperados de orações, de crentes que tem se sentido totalmente incomodados em suas igrejas desde que elas aderiram a “visão” gedozista de Castellanos. São muitas as reclamações, e praticamente todas refletem um comportamento muito semelhante da liderança destas igrejas. Ao que parece os gedozistas tem seguido a risca sua cartilha, e pode-se notar nas muitas igrejas que de fato abraçaram a “visão” colombiana, um clima de competição entre os líderes, cada qual querendo galgar o posto mais alto na pirâmide do G12. A vaidade continua sendo um dos pecados que mais facilmente derruba os cristãos, e no G12 não é diferente. Todo líder sente-se cobrado, querendo ou não, amando a “visão” ou não, o fato é que a cobrança existe para todos, mas aqueles que conseguem o maior número de membros em suas células são exaltados diante dos outros líderes e diante de toda a igreja. Tentam dizer que os métodos foram adaptados a cada igreja, mas é fácil comprovar, visitando-se os sites destas igrejas a inquestionável semelhança tanto no linguajar como nas apostilas usadas. Um fato triste na relação entre líder e discípulo no gedozismo, tem sido a intromissão dos líderes na vida do seu discípulo, usando informações pessoais como forma de pressão na busca pela santificação forçada, e para isto têm feito com que as pessoas confessem seus pecados aos líderes de forma verbal ou ainda usando pequenos cadernos ou devocionais como eles gostam de chamar, onde na verdade as pessoas acabam por revelar seus pecados a líderes de células que sem nenhum conhecimento ou formação teológica se põem a aconselhar ou melhor a pressionar seus liderados usando conhecimentos íntimos a ele confiados. O aconselhamento cristão é uma prática onde se pressupõe a figura de um aconselhador preparado e conhecedor da Palavra para que oriente de forma bíblica seu aconselhado. Veja o que Gary R Collins comenta a respeito do aconselhamento: Assim como os profissionais leigos, os cristãos (aconselhadores) procuram ajudar os aconselhandos a alterarem seus comportamentos, atitudes, valores e/ou percepções. Tentamos ensinar habilidades (inclusive habilidades sociais), encorajar o reconhecimento e a expressão das emoções, dar apoio em momentos de necessidade, incutir senso de responsabilidade, orientar a tomada de decisão, ajudar a mobilizar recursos internos e externos em períodos de crise, ensinar técnicas de resolução de problemas e aumentar a competência e o senso de "auto-realização" do aconselhando. Entretanto, o conselheiro cristão vai mais longe. Ele procura estimular o crescimento espiritual do aconselhando e encorajar a confissão dos pecados para recebimento do perdão divino. Além disso, ajuda a moldar padrões, atitudes, valores e estilo de vida cristãos, apresenta a mensagem do evangelho, encoraja o aconselhando a entregar sua vida a Jesus Cristo e estimula-¬o a desenvolver valores e padrões de conduta baseados nos ensinos da Bíblia, em vez de viver de acordo com as regras relativistas do humanismo. Alguns criticam essa atitude, dizendo que isso é "misturar religião com aconselhamento". Entretanto, ignorar questões teológicas é adotar as bases da religião do naturalismo humanista, sufocar nossa própria fé e dividir nossa vida em dois segmentos: um santo e outro profano. Nenhum conselheiro que se preze, seja ele cristão ou não, tenta impor suas crenças aos aconselhandos. Temos a obrigação de tratar as pessoas com respeito, dando-lhes total liberdade de tomar suas próprias decisões. Porém, um conselheiro honesto e autêntico não sufoca suas crenças, nem finge ser algo que não é. (Gary R. Collins, ACONSELHAMENTO CRISTÃO Ed. Século 21, pg. 18, Ed. Vida Nova) Os crentes que tem ouvido o Espírito Santo, tem se sentido incomodados com atitudes da liderança das igrejas gedozistas, onde tem sido sistematicamente forçados a participarem dos tais “Encontros” e de se tornarem lideres de células, pois todos devem ser lideres na doutrina gedozista. E o objetivo obsessivo de multiplicação das células tem feito com que “células” que não conseguem se multiplicar a ter seus líderes afastados para a nomeação de outra pessoa mais produtiva como líder. Não importa se os freqüentadores da célula e seu líder estejam sendo edificados paulatinamente, pois importa apenas multiplicar e multiplicar, e para tanto o foco quase que completo do movimento é no evangelismo. Não um evangelismo onde o Espírito Santo toca a pessoa para que ela se converta, mas um evangelismo “por atacado” onde um não-cristão é levado à frente do pastor durante o apelo, que ocorre a todo culto, reunião ou evento, num momento em que a emoção é maior que a razão, e de convencimento, a pessoa é levada a aceitar Jesus. Esse ímpeto evangelístico é produtivo desde que haja um investimento no amadurecimento do recém convertido. Uma igreja centrada em somente evangelismo ou somente em estudo da palavra, ou somente em oração, ou somente em curas, na verdade é uma igreja sem equilíbrio. Tal equilíbrio é demonstrado na Bíblia pela igreja primitiva, onde a igreja se REUNIA para aprender e amadurecer na Palavra, e se ESPALHAVA para evangelizar, orando pelos oprimidos e curando pelo nome de Jesus. Portanto, concluímos que uma igreja reunida deve ansiar por alimento sólido como Paulo demonstrou amplamente em suas cartas. (Hb 5:12-14) Já no G12 esse processo de amadurecimento resume-se a freqüentar uma célula e logo em seguida fazer o curso de líderes. Este sistema tem feito com que pessoas se tornem líderes de células muito prematuramente, agindo como conselheiros da Palavra de Deus sem um amadurecimento na fé, o qual convenhamos, é praticamente impossível de ocorrer a curto prazo. Vejamos o exemplo de Timóteo, que passou por um período longo de aprendizado até se tornar um pregador da Palavra de Deus: “Paulo conheceu Timóteo no começo de sua segunda viagem missionária, conforme narrado em Atos 16.1: “Chegou também a Derbe e a Listra. Havia a ali um discípulo chamado Timóteo, filho de uma judia crente, mas de pai grego”. Naquela época (por volta de 50 AD) Timóteo já era um discípulo e uniu-se a Paulo e Silas na viagem. É de se presumir, portanto que ele já era um jovem. A primeira epístola a Timóteo foi escrita, pelo menos 13 anos mais tarde, por volta de 63 AD, assim, nessa época Timóteo já teria pelo menos 33 anos. Não era tão jovem assim.” (Igreja Metodista, www.metodistavalinhos.com.br em 16/10/2004) O “treinamento” dos líderes O líder tem como principal objetivo identificar, treinar e discipular outro líder de modo a atingir as metas em progressão geométrica da doutrina gedozista, que determina que uma célula quando atingir 12 pessoas, já deve ter identificado um outro líder em potencial, para que se dividindo num processo sem fim, alcance o total de 12 liderados. Aí então esses 12 liderados repetem o processo, buscando seus próprios 12 líderes, para então o primeiro da pirâmide atingir seus 144 lideres e assim sucessivamente, até alcançar seus 1728, 20736, etc. Mas como são preparados estes líderes? Recebendo um treinamento em cursos de seis meses onde aprendem métodos para conseguirem se tornar líderes de sucesso. Neste caso, sucesso é um líder que multiplica sua célula no menor espaço de tempo. Para isto o trabalho é árduo e a agenda torna-se cada vez mais carregada, relegando a planos inferiores o trabalho e principalmente a família. Expressões comuns neste meio, as “células infrutíferas” são sistematicamente devassadas de modo a identificar o motivo de não estar atingindo as metas multiplicativas. O próprio Castellanos assume em seu livro na página 84, que após sua experiência em manter um Instituto Bíblico na MCI, chegou a conclusão que este processo era muito lento, e que teve a revelação de criar a escola de lideres onde o discípulo aprende o essencial: doutrina básica (salvação) e sobre a “visão G12”. É muito triste vermos o que irmãos têm passado em suas congregações transformadas em empresas, e como tais, buscando obsessivamente melhores resultados traduzidos em quantidade de membros. Aliás, não podem ser chamados de membros, pois o G12 não tem membros, somente discípulos. Mudam-se nomes e rótulos, mas o fato é que doutrinas não bíblicas tem sido mescladas com ensinamentos bíblicos, transformando os cursos e cultos em verdadeiros campos minados, aonde a verdade vem entremeada de engano. Vemos então que o líder de “sucesso” dentro do G12 é aquele que consegue fazer crescer sua célula, mas na verdade o sucesso na vida Cristã é medido de outra forma, sendo diretamente proporcional a nossa fidelidade a Deus, sendo que o maior posto a ser atingido é o de servo. “Que os homens nos considerem como ministros de Cristo e despenseiros dos mistérios de Deus. Além disso, requer-se nos despenseiros que cada um se ache fiel.” 1Co 4:1-2 “Mas Jesus, chamando-os a si, disse-lhes: Sabeis que os que julgam ser príncipes das gentes delas se assenhoreiam, e os seus grandes usam de autoridade sobre elas; mas aentre vós não será assim; antes, qualquer que, entre vós, quiser ser grande será vosso serviçal. E qualquer que, dentre vós, quiser ser o primeiro será servo de todos. Porque o Filho do Homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos.” Mc 10:43-45 Todos devem ser líderes de células O Corpo de Cristo é formado por uma grande diversidade de dons, e um conceito como este, onde todos são líderes é o mesmo que dizer que todos são “cabeças”, e aí então teríamos um monstro e não uma igreja. Por líder de célula, entende-se a pessoa que tem várias funções normalmente atribuídas a um pastor, ou seja, podemos dizer que o líder de célula é o pastor de seu mini-rebanho, visto que é o responsável pelo aconselhamento e até pela cobertura espiritual - conceito este estranho à Bíblia. É fato sabido, que uns nasceram para ser líderes e outros para serem liderados, mesmo porque se numa guerra todos forem generais, quem irá lutar de fato? Numa empresa alguns têm cargos de chefia, pois são capazes disto, ou seja, tem em maior ou menor grau facilidade em liderar grupos de pessoas. Já diversas pessoas desempenham funções brilhantes numa empresa e são de certa forma, insubstituíveis, mas não são chefes de ninguém, fato que não diminui seu valor em hipótese alguma. Aliás, pessoas assim são fundamentais numa empresa qualquer. A Bíblia fala a respeito dos dons em diversos livros, vejamos então o exemplo de 1Co 12, onde o capítulo inteiro deixa bem nítido que os dons são diversos e dados a nós para que desempenhemos funções diferentes na igreja para que o corpo de Cristo possa crescer. Cada função tem sua importância, no entanto o que vemos no G12 é a supervalorização dos líderes, constituindo uma espécie de nata da cristandade. Passa-se a impressão de que se você não é líder é um crente inferior e até inútil. Isto tudo é totalmente anti-bíblico. Cobertura espiritual Como disse acima o termo cobertura espiritual, não encontra respaldo na Bíblia. Na verdade a palavra cobertura aparece somente 4 vezes na Bíblia: • Gn 8:13 – Cobertura da arca • Nm 16:38 – Cobertura do altar • Nm 16:39 – Cobertura do altar • 1Re 7:3 – Cobertura da casa Portanto, onde a Bíblia se cala, ensina a boa teologia, não devemos inventar, pois o risco de desvios doutrinários é imenso quando baseado em teorias humanas. O que vemos é um abuso espiritual praticado pela liderança do G12 e seus movimentos clones, pois usam esse conceito de cobertura espiritual, para manter as pessoas cativas debaixo de seus ministérios, ensinando teorias que beiram a metafísica, onde as bênçãos ou a unção de líderes que ocupam posições superiores na pirâmide da visão fluem numa corrente que não pode ser interrompida desde o alto até o pé da pirâmide que são as pessoas que freqüentam alguma célula. Para os seguidores deste movimento a unção de um líder importante pode ser transferida em forma de proteção para os que se encontram debaixo dessa cobertura. E este raciocínio não-bíblico tem servido de trunfo aos gedozistas, que não tem escrúpulos em usar este argumento para evitar que alguém ouse se afastar da tal cobertura espiritual, usando ilustrações de pessoas que se afastaram e que passaram a ter problemas de saúde ou qualquer outro problema, para amedrontar qualquer um que esteja descontente ou que pretenda questionar a estrutura do movimento celular. A Palavra de Deus em Jo 16:33 nos ensina que neste mundo teríamos aflições, mas para termos ânimo em superá-las, pois Cristo venceu o mundo. Nós como cristãos também teremos problemas, pois o mundo jaz no maligno (1Jo 5:19), mas a forma como encaramos e superamos estes problemas mudou radicalmente desde o momento de nossa conversão onde tomamos posse da vitória de Cristo na cruz. Também não devemos esquecer que o Senhor é nosso Pastor, ou seja, todo aquele que crê em Jesus e sua obra na cruz, tem como pastor o próprio Senhor. Vemos na Palavra: “Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem, assim como o Pai me conhece e eu conheço o Pai; e dou a minha vida pelas ovelhas. Tenho ainda outras ovelhas que não são deste aprisco; a essas também me importa conduzir, e elas ouvirão a minha voz; e haverá um rebanho e um pastor.” João 10:14-16 Ainda sobre a cobertura espiritual, os pastores gedozistas, argumentam que no G12 a cobertura espiritual é uma necessidade crucial para o crente que é plenamente atendida somente no G12 (ver Movimentos Clones no início deste estudo), visto que a ovelha está “coberta” pelo seu líder de célula, que por sua vez está “coberto” pelo seu líder imediatamente acima, até chegar na cobertura do pastor da igreja, que por sua vez está “coberto” pelos seus líderes superiores (ligados a Castellanos, como René Terranova*, Valnice Milhomens, e outros), e estes estão também cobertos num sistema piramidal de cobertura espiritual que tem no topo de sua pirâmide o pastor César Castellanos. * René Terranova se desligou do G12 em final de março de 2005, quando rompeu com Castellanos adotando para si uma nova nomenclatura chamada Visão Celular (Movimento Celular, M12), que infelizmente apresenta a mesma metodologia do G12 de Castellanos, sendo na prática apenas outra pirâmide com ele no topo ao invés de Castellanos. Portanto, o criador do G12 colombiano, mantém ligação espiritual com os pastores e líderes do movimento em todos os países que têm atuado. Essa ligação, movida a royalties e ofertas aos líderes superiores, tem tornado a igreja de Castellanos e algumas outras que adotaram o modelo G12 ou seus respectivos clones, muito ricas. Nota-se, tanto pelos congressos organizados, como pelos sites e pelos investimentos em revistas e marketing nas Américas e no continente Europeu. Caso queira conhecer um pouco mais, visite os sites abaixo: http://www.g12harvest.org (G12 na Europa) http://www.visiong12.com/ (A Visão do G12) http://www.mci12.com (MCI de Castellanos) http://www.mir.org.br (MIR de René Terranova) Inversão de valores Castellanos em seu livro, diz ter ouvido do “espírito”: “Isto e mais te darei se andares na Minha perfeita vontade. De agora em diante, tuas prioridades serão assim: (1º) Eu devo ser o número um em tua vida, (2º) tua vida é importante, (3º) tua família, (4º) o trabalho em Minha obra e, por último, (5º) o trabalho secular” [pg. 128] (os números entre parênteses foram acrescentados) A Bíblia não ensina uma ordem exata para estes valores, mas particularmente considero a inversão dos valores nítida, pois Deus ama a ordem e a justiça, e quer que seus filhos obedeçam às leis dos homens assim como a Lei de Deus. Ainda segundo os ensinamentos da Palavra, o homem deve cuidar dos seus – de sua família, e também nos exorta a zelarmos pelos nossos filhos. Ora, por este raciocínio, vemos que o Sr. Castellanos teve uma “revelação” falsa, pois nela vemos uma raiz egoísta no fato de a importância da própria pessoa ficar acima de sua família, e uma raiz de irresponsabilidade, pois coloca o trabalho do homem (e da mulher) em último na escala de importância! Ora, qualquer cristão lúcido sabe que é através de seu trabalho que pode manter a dignidade de sua família, assim como poderá dizimar e ofertar em suas igrejas, podendo assim desfrutar das bênçãos reservadas aqueles que contribuem para o crescimento da igreja de Cristo. Exceção aos pastores que devem se sustentar do pastorado, não há razão para essa inversão de valores dada em forma de “revelação” pelos espíritos enganadores presentes no G12. Vale lembrar que Paulo no capítulo 7 de Coríntios descreve os deveres do marido e da mulher no casamento, e também no livro de Efésios lemos que Paulo tinha uma grande preocupação em expressar ao povo como deve agir um homem perante sua família: Sendo o cabeça. “MARIDO... CABEÇA. Deus estabeleceu a família como a unidade básica da sociedade. Toda família necessita de um dirigente. Por isso, Deus atribuiu ao marido a responsabilidade de ser cabeça da esposa e família (Ef. 5:23-33; 6:4). Sua chefia deve ser exercida com amor, mansidão e consideração pela esposa e família (Ef. 5:25-30; e 6:4). A responsabilidade do marido, divinamente ordenada, de ser "cabeça da mulher" (Ef. 5:23) inclui: 1) provisão para as necessidades espirituais e domésticas da família (Ef. 23,24; Gn 3.16-19; 1Tm 5.8); 2) o amor, a proteção, a segurança e o interesse pelo bem-estar dela, da mesma maneira que Cristo ama a Igreja (vv. 25-33); 3) honra, compreensão, apreço e consideração pela esposa (Cl 3.19; 1Pe 3.7); 4) lealdade e fidelidade totais na vivência conjugal (Ef. 5:31; Mt 5.27,28).” (BEP Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD) As prioridades que uma chefe de família devem ter são descritas com muita sabedoria por Paulo nos quatro itens acima. Na minha opinião a ordem correta de prioridades na vida do crente deve ser: 1º Deus, pois: “Mas buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas.” Mt 6:33 2º Família, pois: “Mas, se alguém não tem cuidado dos seus e principalmente dos da sua família, negou a fé e é pior do que o infiel.” 1Tm 5:8 3º Trabalho secular, pois dependemos dele para a dignidade de nossa família, provendo toda e qualquer necessidade doméstica e de sustento: “Pois comerás do trabalho das tuas mãos, feliz serás, e te irá bem.” Sl 128:2 4º Atividades na Igreja e entre os irmãos, pois: “porque, se alguém não sabe governar a sua própria casa, terá cuidado da igreja de Deus?” 1Tm 3:5 - Por “governar sua própria casa”, subentende-se claramente o sustento através do trabalho secular. Ainda com relação 1Tm 5:8, Paulo diz que quem não cuida da sua família negou sua fé, veja este comentário: “Todo crente deve cuidar das necessidades dos seus parentes, e sobretudo dos membros de sua família. Se não faz isto, nega praticamente a fé que professa com a boca. E procede pior que os pagãos incrédulos, visto como estes reconhecem seu dever em tais circunstâncias” (Novo Comentário Bíblico, Edições Vida Nova) Inverter estes valores pode ser muito perigoso, mas a doutrina de Castellanos deixa seus seguidores confusos, principalmente se levarmos em conta as pressões que a liderança acaba por fazer naqueles que não concordam com estes conceitos. No livro que inspirou o movimento, logo no prólogo vemos uma frase que semeia esse tipo inversão de valores: “... se os seus sonhos não vão mais além do que terminar os estudos, pagar suas contas ou criar seus filhos, então sua visão não provém de Deus,...” (Castellanos, Sonha e ganharás o mundo, prólogo, pg. vii) O perigo da mistura A mistura de doutrinas bíblicas com ensinamentos não-bíblicos é de fato perigosíssima. Tal mistura tem por objetivo o enfraquecimento da Igreja como Corpo. Veja o que diz Watchman Nee em seu livro “O Corpo de Cristo” da Editora dos Clássicos: (meu grifo) De fato, Satanás em seus intentos de desintegrar-nos como Corpo, não necessita incitar opiniões e dissensões entre nós; basta-lhe conseguir implantar alguma impureza em nós ou outra coisa que ocupe o lugar de Deus. Vamos ilustrar isso. Você já viu como se mistura o cimento? Se existe barro mesclado com a areia, o cimento não solidificará totalmente. Do mesmo modo, para que Satanás destrua nossa unidade no Corpo, ele necessita apenas derramar um pouco de lodo - isto é, algo que seja incompatível com a vida de Deus em nós - e nós, como Corpo, iremos nos desintegrar. Nem as opiniões nem as dissensões são necessárias, pois basta o espalhar de um pouco de lodo entre nós. Continuamos partindo o pão e bebendo do cálice, porém, ainda assim, podemos estar divididos. O Corpo de Cristo não é basicamente uma doutrina, tampouco uma espécie de arranjo de coisas e pessoas, mas é essencialmente a vida. O que é a Igreja? A Igreja não é somente uma doutrina de acordo com as Escrituras, tampouco é somente um método segundo a Bíblia, mas é basicamente uma vida, a saber, a manifestação da vida de Cristo. A unidade não se baseia em nada mais do que a vida. Satanás só necessita misturar algumas impurezas em nós e nos outros secretamente, de modo que, ainda que entre nós não exista a mínima discordância de opiniões nem a menor indicação de dissensão, entretanto, sem saber, o Corpo está no processo de desintegração. Que o Senhor tenha misericórdia de nós e filtre (santifique) de nós toda impureza! "Ó Senhor, pela cruz e pelo Espírito Santo, filtra-nos! (santifica-nos!)" Quanto todos necessitamos investigar o lugar que nossos próprios desejos e inclinações têm em nós. Que lugar nosso próprio objetivo tem em nós? Que lugar nossa própria obra tem em nós? Ou será que deixamos que a vida de Cristo ocupe o lugar absoluto em nós? Quanto necessitamos voltar a Deus! Não necessitamos de um avivamento exterior. Temos apenas uma necessidade: voltar-nos interiormente a Deus e deixar que Ele nos limpe e purifique com a cruz e o Espírito Santo. Por sermos filtrados pela cruz e pelo Espírito Santo, oramos e esperamos por ser limpos de todas as impurezas que Satanás tem misturado entre nós. Que o Senhor tenha misericórdia de nós para que não coloquemos nossa confiança em nós mesmos, porque até mesmo o sentimento de termos razão pode ser utilizado por Satanás para realizar sua obra de desintegração! Necessitamos aprender a ir a Deus para obter iluminação, necessitamos aprender a ir aos irmãos e irmãs para correção. Precisamos estar dispostos a pagar qualquer preço e aceitar o tratamento da cruz a fim de poder manifestar verdadeiramente nossas funções como membros da Igreja. Não dizemos continuamente que amamos o Senhor? Não dizemos que nos consagramos a Ele? Então não temos de nos preservar, tampouco temer pagar o preço, mas temos de permitir ao Senhor que nos limpe de todas as impurezas, que são incompatíveis com a expressão da vida de Cristo por meio de nós e como manifestarmos em nossa vida nossas variadas funções como membros do Corpo, bem como viver o testemunho do Corpo de Cristo. Portanto, o engano, proveniente da mistura entre o santo e o profano, ou seja, da mistura entre o bíblico e o não-bíblico, provoca mais cedo ou mais tarde a divisão, que pode ocorrer dentro da igreja, ou na vida do crente em sua família ou em seu trabalho. Deus abençoa pessoa e não métodos. Deus não precisa de métodos, sistemas ou estratégias humanas para gerir a humanidade. Ele é Deus absoluto, onisciente, onipresente e onipotente. Por isto podemos afirmar que se “métodos” fossem essenciais para a Salvação dos homens, ele certamente teria revelado isto a tempo de constar na Bíblia, tal e qual a conhecemos hoje. Afinal não seria justo (e Ele é justo), deixar de informar aos seus filhos algo tão vital. A Colheita será feita por Jesus e seus anjos, e não pelos homens e seus “métodos” A Palavra declara que a colheita ocorrerá no fim dos tempos e será feita pelos anjos do Senhor. Ou seja os anjos serão os ceifeiros designados pelo próprio Jesus para a tarefa de colher todo o trigo, deixando o joio para trás. Devemos sim, buscar a santificação pessoal, pois somente assim conseguiremos nos concentrar em fazer a vontade do Senhor nestes tempos. Veja o que a Palavra decreta a respeito da colheita: Explicação da parábola do joio: “Então, tendo despedido a multidão, foi Jesus para casa. E chegaram ao pé dele os seus discípulos, dizendo: Explica-nos a parábola do joio do campo. E ele, respondendo, disse-lhes: O que semeia a boa semente é o Filho do Homem, o campo é o mundo, a boa semente são os filhos do Reino, e o joio são os filhos do Maligno. O inimigo que o semeou é o diabo; e a ceifa é o fim do mundo; e os ceifeiros são os anjos. Assim como o joio é colhido e queimado no fogo, assim será na consumação deste mundo. Mandará o Filho do Homem os seus anjos, e eles colherão do seu Reino tudo o que causa escândalo e os que cometem iniqüidade. E lançá-los-ão na fornalha de fogo; ali, haverá pranto e ranger de dentes. Então, os justos resplandecerão como o sol, no Reino de seu Pai. Quem tem ouvidos para ouvir, que ouça.” Mt 13:36-43 Vejamos com atenção: A ceifa, ou colheita, será no fim dos tempos, ou seja, o fim do mundo; e os ceifeiros, ou seja, os que irão colher, serão os anjos enviados por Jesus. A Bíblia é clara e conclusiva neste ponto: A COLHEITA NÃO SERÁ FEITA POR HOMENS. Já o Pr. Castellanos pensa muito diferente, pois acredita que seu método empresarial será a salvação da colheita. Veja nesta primeira passagem onde ele declara suas convicções e na segunda passagem onde ele alega ter ouvido Deus lhe falar: “A frutificação neste milênio será tão incalculável, que a colheita só poderá ser alcançada por aquelas igrejas que tenham entrado na visão celular. Não há alternativa: a igreja celular é a igreja do Século XXI (...) Deus me falou claro: Preocupa-te em servir-Me que Eu Me ocuparei de tuas necessidades. Acaso haverá um Senhor melhor do que Eu e uma empresa melhor do a Minha? Tudo o que necessitas Eu te darei!” (Castellanos, Sonha e ganharás o mundo, pg.143) No livro de Apocalipse temos uma confirmação a respeito de quem de fato fará a colheita: “E olhei, e eis uma nuvem branca, e assentado sobre a nuvem um semelhante a filho de homem, que tinha sobre a cabeça uma coroa de ouro, e na mão uma foice afiada. E outro anjo saiu do santuário, clamando com grande voz ao que estava assentado sobre a nuvem: Lança a tua foice e ceifa, porque é chegada a hora de ceifar, porque já a seara da terra está madura. Então aquele que estava assentado sobre a nuvem meteu a sua foice à terra, e a terra foi ceifada. Ainda outro anjo saiu do santuário que está no céu, o qual também tinha uma foice afiada. E saiu do altar outro anjo, que tinha poder sobre o fogo, e clamou com grande voz ao que tinha a foice afiada, dizendo: Lança a tua foice afiada, e vindima os cachos da vinha da terra, porque já as suas uvas estão maduras. E o anjo meteu a sua foice à terra, e vindimou as uvas da vinha da terra, e lançou-as no grande lagar da ira de Deus.” Ap.14:14-19 O Novo Comentário da Edições Vida Nova diz a respeito do versículo acima: O QUARTO ANJO (Ap 14.14-16) - É comum considerar estes versículos como descrevendo o arrebatamento da Igreja por Cristo na sua vinda, e os vers. 18-20 como o ajuntamento do mundo incrédulo para o juízo; é possível que seja esta a verdadeira interpretação da passagem, especialmente em vista do uso da frase um semelhante ao Filho do homem no vers. 14 (cfr. Ap 1.13). Contudo, parece estranho que Cristo fosse orientado por um anjo para levar a efeito a sua obra salvadora. À sua descrição, também, falta o resplendor das visões do Senhor em Ap 1.12 e Ap 19.11. Parece melhor, por conseguinte, considerar a forma parecida a homem como um anjo, compartilhando algo da glória de Cristo como o "anjo forte" de Ap 10.1. A colheita do trigo e das uvas então representa um ato todo-inclusivo de juízo, como em Jl 3.13, em que se baseiam estas duas visões, Para a colheita da terra por instrumentalidade angélica, comparar Mt 13.41-42.  As Origens do Movimento Todos os gedozistas acreditam que o G12 começou com a “visão” de Castellanos, no entanto iremos mostrar aqui alguns acontecimentos históricos, que comprovam a verdadeira origem do movimento. O que de fato Castellanos fez foi construir sua igreja, ou ainda usando as próprias palavras de Castellanos, sua “santa doutrina” usando três ingredientes: 1º Ingrediente: O Governo de 12 – Os Cursilhos da Cristandade foi um sistema criado em 1928, pelo padre espanhol Josemaria Escrivá (beatificado em 1992 e canonizado em 2002), eram uma espécie de retiro espiritual muito semelhante ao “Encontro com Deus” do G12. Estes Cursilhos alcançaram tanto sucesso, que chamaram a atenção do movimento católico “Opus Dei” (Obra de Deus) que passou a controlar os Cursilhos, os quais no Brasil ficaram conhecidos entre os católicos como “O Caminho”. Uma notícia atual sobre a Opus Dei e sua influência: A congregação católica ultraconservadora Opus Dei expressou nesta terça-feira satisfação pela eleição do cardeal Joseph Ratzinger como papa Bento XVI. "Em meu nome, e certo de expressar os sentimentos dos homens e mulheres que compõem a prelazia do Opus Dei, asseguro a Bento XVI a plena adesão à sua pessoa e profunda comunhão às suas doutrinas", afirmou o responsável pela instituição, Javier Echevarría. (http://www11.estadao.com.br/internacional/noticias/2005/abr/19/172.htm) Joseph Ratzinger, agora papa Bento XVI, não é apenas o principal representante das alas mais conservadoras do catolicismo. Esteve no comando durante 24 anos da Congregação para a Doutrina da Fé (versão moderna do Tribunal do Santo Ofício, ou seja, da Inquisição). Ratzinger foi responsável direto pela crescente “linha dura” nas questões doutrinárias da Igreja Católica e pelo modo como silenciou todo e qualquer que questionasse suas posições. Sabemos que Satanás quer a destruição da igreja de Cristo, e ao usarmos modelos eclesiásticos criados pelo nosso maior inimigo, estamos na verdade nos expondo a um risco enorme de destruição. Vale destacar que o OPUS DEI “desembarcou” nas Américas por volta de 1940, justamente na Colômbia, fato pelo qual Castellanos deve ter tido muita facilidade em implantar a “visão”, visto que todo o povo colombiano, quase que inteiramente idólatra, já estava acostumado desde o tempo de seus avós com os métodos gedozistas de encontros e administrativos. A origem modelo de governo com doze líderes e a utilização dos Cursilhos (extremamente parecidos com os “Encontros com Deus” do G12) é em parte do catolicismo romano, encabeçado pelo padre Josemaria Escrivá. Foi por volta de 1940 que a Opus Dei decidiu vir para a América Latina, escolhendo justamente a Colômbia, país totalmente fragilizado pela idolatria de sua população de maioria católica. Veja a seguir como era o modo de atuar dos Cursilhos na Opus Dei: O G12 romano trata o pesquisador dos fatos emergentes, o indagador das realidades sociais e o garimpeiro das verdades doutrinárias de mexeriqueiro, bisbilhoteiro, intriguista, metediço, enxerido e linguarudo. Nada de indagação, nada de curiosidade. O cursilhista é condicionado à passividade, a tornar-se como um cadáver nas mãos dos superiores eclesiásticos. Assim, fecham-se as bocas e abrem-se os ouvidos; anula-se a mente e dilata-se a memória; esvazia-se a cabeça de todas as interrogações e enche-a de afirmações dogmáticas “indiscutíveis” e “inquestionáveis”; e então o “gedozista” sai do “tríduo” remodelado, verdadeira “caricatura” de crente, imagem e semelhança de seus modelos, mas fanaticamente convicto de ter tido real “encontro com Cristo”. Sigilo, arma da Opus Dei e alma do Cursilho. Todo o empenho de eliminar o “espírito crítico” do cursilhando visa criar nele as condições mentais e psíquicas à submissão “consciente” aos seus “guias espirituais” e predispô-lo à aceitação dos ensinos e ordenanças constantes do esquema programático do tríduo de Escrivá. Atentem bem para o Artigo 58(Conforme o Livro de Anselmo Chaves: “Os Cursilhistas”, de onde extraímos os artigos de “Caminho” de Escrivá): “Olha, meu filho. Sê um pouco menos ingênuo (ainda que sejas muito criança, e mesmo por o seres diante de Deus) e não “ponhas na berlinda, diante de estranhos, os teus irmãos.” Pegar os negativos dos cursilhantes e dos cursilhados, revela-los e expô-los ao juízo público, colocá-los na “berlinda” para que não atuem na clandestinidade ou sob disfarce é, na opinião do pai da Opus Dei, “ingenuidade”, “meninice”. Para ele, maturidade é a capacidade de ocultar-se e ocultar intenções e propósitos, ou seja, ser hipócrita. Quanto mais secreto o Cursilho, mais livremente atuante, menos oposição dos contrários. Não se opõe ao que se desconhece.” (O G12 Evangélico – de Escrivá a Castellanos, Rev. Onezio Figueiredo) A metodologia dos pré-encontros, encontros e pós-encontros, adotadas pelo G12, foi inspirada no Movimento de Cursilhos de Cristandade da Igreja Católica. Pode-se constatar este fato ao ler o livro "A Mensagem do Movimento de Cursilhos de Cristandade do Brasil" escrito pelo Pe. José Gilberto Beraldo e "Os Cursilhos de Cristandade por Dentro" escrito pelo ex-padre Dr. Aníbal Pereira dos Reis. Transcrevemos alguns trechos dos referidos livros para se verificar as semelhanças: O Movimento de Cursilhos ou a "obra dos cursilhos" teve seu início na década de 40 (Janeiro de 1949), na Ilha de Mallorca - Espanha (p.15) O método característico do movimento surgiu do seu cunho vivencial, testemunhal, simples, honesto e transparente, ainda que o entusiasmo daí resultante pudesse tocar, de preferência, na emotividade das pessoas(...) Em Mallorca , os Cursilhos, postos sob suspeita, foram praticamente suspensos até fins de 1957, quando voltaram a ser reorganizados (p.16). Tratava-se de uma tentativa de fazer com que o mundo, "de costas para Deus" se transformasse em "cristão, pela ação de uma "cristandade" nos moldes das pequenas comunidades primitivas(p.17). A primeira parte tratará da preparação para a semeadura. É tempo do Pré-Cursilho. (...) A Segunda parte será dedicada ao tempo da semeadura. É o tempo do Cursilho (...) A terceira parte tratará da continuidade, da manutenção e do desenvolvimento da semeadura, preparando a colheita do Reino de Deus. É o tempo do Pós-Cursilho (p.22). Depois são indicadas algumas qualidades para o candidato: devem ser líderes reais ou potenciais, capazes de influenciar seus ambientes com suas decisões, suas posturas, seu testemunho de vida; insatisfeitos com as circunstâncias em cujo contexto estão vivendo(p.63). No contexto da grande MENSAGEM, esta é uma mensagem de calor humano, de recepção fraterna e de acolhida caridosa. Feita a recepção fraterna e as saudações iniciais, o coordenador faz as comunicações de praxe. E já procura colocar os candidatos num clima de reflexão anunciando que "o Reino de Deus está próximo", que é preciso abrir os olhos e apurar os ouvidos para poder percebê-lo(p.102). Apresentação dos que ali estão para auxiliar no bom andamento do encontro: pessoal da cozinha, proclamadores da mensagem ou "mensageiros, encarregados de zelar pelo bem estar de todos,etc. (p.103). Falando sobre atitudes que favorecem ou dificultam a participação nos encontros, o autor menciona : Atitudes Prejudiciais: falta de personalidade, de capacidade para decisões; imaturidade ou incapacidade de levar as coisas a sério; covardia e medo de conhecer-se em profundidade e enfrentar a realidade e de assumir compromissos. Pessimismo, derrotismo, auto-suficiência, ser dono da verdade. Atitudes Positivas: não opinar antes do tempo, confiar nos amigos que os acompanham; respeito pela liberdade de cada um; afastar preconceitos; evitar comparações com outros movimentos de Igreja dos quais eventualmente alguns dos aqui presentes, participam; atitude sadia de aprendizado, de sermos todos discípulos, aprendizes de cristãos. Importante não é o que as pessoas falam, mas o que Deus quer falar, através delas, à vida, ao coração, à consciência de cada um, ao mundo de hoje, através dos discípulos. Motivação do retiro e convite ao silêncio: O silêncio que se sugere facilita a reflexão inicial destes dias. É um "clima" que se busca criar para que se possa ouvir, mais claramente, a voz de Deus. (p104, 105). (Citações do Livro "A Mensagem do Movimento de Cursilhos de Cristandade do Brasil" do Pe José Gilberto Beraldo; São Paulo: 1994). 2º Ingrediente: Células e Visões – O místico pastor coreano Paul (David) Yonggi Cho, autor do livro “A Quarta Dimensão”, livro com forte influência da Confissão Positiva, Teologia da Prosperidade, e Gnosticismo, contribuiu com o modelo de reuniões nas casas dos crentes nas chamadas “células”, e também com toda uma teoria a respeito da importância da palavra falada e dos sonhos e visões como caminho para conhecer a Deus. Para tanto Castellanos esteve por duas vezes pessoalmente na Coréia, sendo a primeira em 1992, (coincidentemente o ano da beatificação de Escrivá pelo Papa João Paulo 2º), para aprender como o pastor coreano havia conseguido um igreja tão grande. Vale destacar que as reuniões nas casas dos crentes, as chamadas células ou grupos familiares, têm origem bíblica, visto que naqueles tempos os apóstolos não tinham liberdade junto à liderança judaica da época para poderem falar de Jesus, e por força da necessidade o faziam de casa em casa. Veja: “E, perseverando unânimes todos os dias no templo e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar.” At. 2:46-47 Tal origem bíblica para as “células” é aproveitada por várias denominações atualmente sem, no entanto aderirem ao G12. O próprio Castellanos copiou esse modelo de reuniões e o nome “células” do Pr. Cho, homem que lidera hoje uma igreja imensa com cerca de um milhão de membros, segundo informações (aparentemente exageradas) do próprio Pr.Cho. Esse pastor coreano acredita tanto no poder da “palavra falada” assim como em sonhos e visões, que suas pregações e orações são recheadas de esquisitices e termos como incubação, quarta dimensão, e outras falacias. Numa ocasião no início de sua igreja, quando estava numa situação financeira ruim, Castellanos relata com admiração a atitude mentirosa do Pr. Paul (David) Yonggi Cho da Coréia, quando testemunhou em sua igreja a respeito de uma benção alcançada, sem de fato nada ter ocorrido – pura mentira. “‘- Irmãos, pela benção de Deus já tenho uma escrivaninha de mogno das Filipinas, uma linda cadeira de aço com rodinhas, e uma bicicleta com marchas de fabricação norte-americana. Louvado seja o Senhor! Já recebi todas estas coisas!” Em seguida sua confissão: “- Pastor, queremos ver suas coisas. (disseram alguns jovens da igreja) Fiquei aterrado porque não tinha contado com a possibilidade de ter de mostrar minhas coisas. Todos os membros da igreja moravam em um dos bairros mais pobres e se percebessem que seu pastor lhes havia mentido, meu ministério ali estaria terminado.” (Paul Yonggi Cho, A QUARTA DIMENSÃO, Editora Vida, pgs. 18 a 24) Esse tipo de doutrina, do sonhar ou falar e acontecer, é bem a linha de atuação dos “Atos proféticos” (leia mais adiante sobre isto) realizados pelos gedozistas, com diversos propósitos, sendo alguns bem estranhos. Veja o que o Pr. Augustus Nicodemus Gomes Lopes comenta a respeito da Confissão Positiva: “Outra coisa que tem nos preocupado é a influência doutrinária da “Confissão Positiva”, nas práticas do movimento. O movimento de “Confissão Positiva” começou com o pastor Essek William Kenyon, dos Estados Unidos. Ele pegou a idéia de filósofos sobre o poder da palavra; - “a palavra cria” - e trouxe isso para dentro da Igreja, criando a idéia de que pela palavra o crente consegue criar realidades ao seu redor. Um dos discípulos de Kenyon é Paul Young Cho, com aquele famoso livro, que fez muito mal ao Brasil, chamado “A Quarta Dimensão”, onde se lê que você visualiza, mentaliza e pela palavra você cria resposta à sua oração, exatamente do jeito que você queria. Outro discípulo é Benny Hinn, cuja literatura está espalhada pelo Brasil. Sua idéia é basicamente esta: Assim como Deus no começo criou todas as coisas pela palavra do seu poder, nós, porque somos deuses, podemos igualmente criar, podemos criar circunstâncias através da palavra.” (http://geocities.yahoo.com.br/momentoscomjesuscifras/textos/batalha.htm em 20/10/2004.) O Pastor Eronides DaSilva da ABU – Aliança Bíblica Universitária, comenta a respeito do pastor coreano: “... Quantos não têm lido o best seller do pastor Paul Yonggi Cho (que mudou seu nome para David, dizendo que assim o Espírito Santo o orientara), A Quarta Dimensão? Fantástico, não? Eu, fui um dos que o leu! Lendo-o, como outro livro de igual conteúdo, o leitor se atém, em primeira estância, na venda do produto: “o segredo da vida de êxito mediante a fé”! E o conhecidíssimo doutor Schuller acrescenta o último ingrediente para prender o leitor: “Não tente compreendê-lo. Simplesmente comece a desfrutá-lo! É verdadeiro; funciona; testei-o.” Sim, não tente compreendê-lo, como que os crentes pentecostais não fossem dirigidos pelo Espírito Santo; que as Escrituras Sagradas não fossem sua regra de fé e prática; e que ele mesmo inspirou a Paulo a escrever: “Não extingais o Espírito. Não desprezeis as profecias. Examinai tudo. Retende o bem...” I Ts 5.18-19 Infelizmente, e à guiza de uma pretensa desculpa eclesial, alguns têm afirmado: “os sinais não são para ser teologicamente explicados, mas piamente aceitos. ‘O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabe de onde vem nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito‘, justificando assim, que certos escritos ou manifestações devem ser inibidos de verificação à luz das Escrituras ou da teologia! O pastor Paul abordou, de forma infeliz e comprometedora, este assunto de muito brilho científico, reduzindo a Divindade à dimensão da matéria - Deus é imanente*, e nós, transcendentes! O Hinduísmo ensina esta heresia! Penso, logo existo, foi a semente diabólica lançada no campo para germinar certos ensinos e práticas extra-bíblicos! Ora, todo estudante de ciência sabe que tanto a massa, como o tempo, o espaço e aceleração, são físicos na sua própria dimensão transiente. A prova inequívoca e científica é que não podemos pensar em duas coisas ao mesmo tempo; e se jogarmos um relógio atômico de uma altura de 100 metros ele vai adiantar um décimo em catorze avos de segundos. Afirma Cho e os promotores da confissão positiva, na defesa da materialização das coisas divinas, que basta assumir a cor da bicicleta que deseja, a quantia do dinheiro que o projeto necessita, o tipo do noivo que sonha, e tudo Deus porá à sua porta! Mas o que dizer da afirmação de Jesus: “porque em verdade vos digo que, se tiverdes fé como uma grão de mostarda, direis a este monte...”! Sim, se tivermos fé! A fé “é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêm”, e não apenas uma afirmação platônica ou mental! Por favor, a Divindade está acima de tudo e de todos! Ele é eterno: "Porque assim diz o alto e o sublime que habita na eternidade, e cujo nome é santo" (Is 57.15)! Criar uma metonímia de um assunto tão relevante seria tentar reduzir um Deus transcendente a um invólucro imanente*! Deus tenha misericórdia de todos nós! * IMANENTE: diz-se do conhecimento de Deus que resulta mais de vivência religiosa do que de assimilação de doutrina que é constante, permanente, perdurável (Dic. Houaiss) Já o site Apologeticsindex.org, conhecido site em língua inglesa especialista no estudo de seitas e heresias, classifica o movimento “Fé Mundial” de Paul (David) Yong Cho como heresia. Veja: Paul (David) Yonggi Cho Pastor of the world's largest church (South Korea). Word-Faith teacher. Teaches "Christianized" versions of occult principles. In the February 1995 edition of Alpha, in an article entitled, "God as servant, Man as God," Charles Strohmer criticised David Yonggi Cho's "faith incubation" process, along with similar techniques of other "Faith Movement"proponents such as Kenneth Hagin, Agnes Sanford, Kenneth Copeland and Maurice Cerullo, as a clear departure from the true gospel. Michael Horton, writing in Power Religion, castigates Robert Schuller's forward to Yonggi Cho's Fourth Dimension arguing that it is a blend of "psychology, magic and religion" (p.327). John MacArthur, is equally forthright. In Charismatic Chaos, he asserts that Cho's ideas are "rooted in Buddhist and occult teachings"(p.149). From Chapter 6 of "The Toronto Blessing" - an examination of its theological roots Said to have prophesied that the "last great move of the Spirit" will originate in Canada. Also said to have prophesied that there would be revival in Pensacola, Florida The latter is called into question by a former member of the Brownsville Assembly of God: "It is interesting how a claim regarding a prophecy attributed to Korean Pastor Cho changed three times, each time becoming more specific until it identified Pensacola as the city where a "great end-time revival" would break out and spread throughout the world. Actually, I had heard of that prophecy years before when we lived in Kentucky, and there was speculation that Evangel Tabernacle would be the church where it was to start. The prophecy didn't change... the telling of it did." Dr. Herb Babcock, "That's How They Do It In Toronto!" (http://www.apologeticsindex.org/c17.html em 21/10/2004) Word-Faith Movement Also known as "Name-in-Claim-it," "Health and Wealth Gospel," "Positive Confession," "Word of Faith," etc. Word-Faith teachers owe their ancestry to groups like Christian Science, Swedenborgianism, Theosophy, Science of Mind, and New Thought--not to classical Pentecostalism. It reveals that at their very core, Word-Faith teachings are corrupt. Their undeniable derivation is cultish, not Christian. The sad truth is that the gospel proclaimed by the Word-Faith movement is not the gospel of the New Testament. Word-Faith doctrine is a mongrel system, a blend of mysticism, dualism, and gnosticism that borrows generously from the teachings of the metaphysical cults. The Word-Faith movement may be the most dangerous false system that has grown out of the charismatic movement so far, because so many charismatics are unsure of the finality of Scripture John MacArthur, Charismatic Chaos, p. 290 There are many perculiar ideas and practices in the Faith theology, but what merits it the label of heresy are the following: 1) its deistic view of God, who must dance to men's attempts to manipulate the spiritual laws of the universe; 2) its demonic view of Christ, who was filled with "the Satanic nature" and must be "born again in hell; 3) its gnostic view of revelation, which demands denial of the physical senses and classifies Christians by their willingness to do so; and 4) its metaphysical view of salvation, which deifies man and spiritualizes the atonement, locating it in hell rather than on the cross, thereby subverting the crucial biblical belief that it is Christ's physical death and shed blood, which alone atone for sin. All four of these heresies may be accounted for by Kenyon's syncretism of methaphysical thought with traditional biblical doctrine" D.R. McConnell, A Different Gospel (http://www.apologeticsindex.org/w00.html#wordf em 21/10/2004) 3º Ingrediente: Pragmatismo com propósitos – O pragmatismo no Cristianismo moderno tem como defensores, os autores americanos Rick Warren, Robert Schüller, Kenneth Hagin, Kenneth Copeland, Benny Hinn, Bill Hybels dentre outros, que nos últimos tempos cunharam a expressão “igreja do novo paradigma”, que nada mais é do que um modo empresarial de dirigir, onde o que mais importa é obter resultados (no caso membros), não importando se os métodos usados para atingir este objetivo são ensinados pela Bíblia ou pelo homem. Esses autores sofreram influência de Edward Demming e Peter Drucker e da TGS – Teoria Geral dos Sistemas. Mac Dominick (The Cutting Edge Ministries) elaborou um trabalho sobre pragmatismo na igreja muito esclarecedor. Segue um trecho: Como a Educação Progressiva e a Religião Orientada Para Resultados compartilham aquilo que parece ser um número desproporcional de similaridades, é preciso questionar a origem desses princípios e buscar uma fonte comum para essas similaridades, ou então consigná-las à mera coincidência. Entretanto, não existem coincidências, porque a fonte desses pontos em comum pode ser prontamente descoberta e a busca inicia olhando-se para as vidas de dois homens, Edward Demming e Peter Drucker. Demming (já falecido) e Drucker (com aproximadamente 95 anos) estão entronizados como especialistas renomados internacionalmente na administração empresarial e como gurus da metodologia da administração. Esses dois indivíduos estavam entre os membros principais de um grupo seleto de americanos (embora Drucker seja um cidadão americano, ele na verdade nasceu na Áustria) que são louvados como parte do esforço quase sobre-humano que desenvolveu filosofias de administração baseada em sistemas que começaram a ganhar reconhecimento público no Japão após a Segunda Guerra Mundial. A história popular é que americanos desenvolveram uma metodologia empresarial avançada que foi rejeitada pelas empresas ocidentais mas que foi avidamente adotada pelos japoneses. Quando essas filosofias foram postas em prática no Japão, o país derrotado se ergueu como a mitológica fênix de sua morte, devastação, desmoralização e destruição para se tornar um gigante industrial em pouco mais de uma década. Embora essa história seja parcialmente verdadeira, a realidade é que a abordagem de Demming está baseada principalmente em "processo" e "melhoria contínua do processo", e a "Administração Por Objetivos", de Peter Drucker, é inteiramente baseada em resultados. Entretanto, embora a abordagem dessas metodologias originem-se de um ponto-fonte diferente, as filosofias orientadas para resultados de Drucker podem se mapeadas com os mesmos princípios de processos incorporados por Demming. Por exemplo, o tema de Drucker de "construir comunidades" com "trabalhadores do conhecimento" é precisamente equivalente à busca de Demming para implementar um "espírito de equipe" de modo a "cultivar a lealdade corporativa e uma identidade compartilhada". (5) Essencialmente, Demming é menos baseado em resultados, mas Drucker incorpora processos que imitam ou são idênticos àqueles propostos por Demming para alcançar o resultado predeterminado. Portanto, a busca precisa continuar para uma origem comum desses métodos, pois os pontos filosóficos em comum são óbvios demais para serem apenas uma coincidência. Essa busca, entretanto, levará a pessoa para o lado mais tenebroso da administração empresarial. A "Administração por Objetivos" de Peter Drucker não foi uma idéia original, mas emanou de dentro das fileiras da filosofia esotérica alemã do século XIX. Os conceitos sistêmicos e orientados para resultados podem ser rastreados diretamente aos ensinos de Hegel, Marx, Nietzsche, Wellhausen, Blavatsky, e outros que foram fortemente influenciados pelo paganismo alemão. Por sua vez, esses mesmos princípios foram depois adotados pelos socialistas fabianos no início do século XX e facilmente comunicados a tipos como John Dewey, o "Pai da Educação Progressiva" (daí a origem do termo Educação Baseada em Resultados). (6) De forma muito preocupante, um exame mais profundo dos dogmas básicos desse sistema revela influências esotéricas e muito tenebrosas. Isto não é segredo nem mesmo para as fontes seculares da administração, que têm a coragem de fazer uma avaliação honesta do sistema. Por exemplo, em um artigo publicado pelo The Journal of Organizational Change Management, David M. Boje e Robert D. Winsor tratam do Gerenciamento da Qualidade Total (TQM, do acrônimo em inglês) - o ímã da metodologia de Demming / Drucker: "A tese deste artigo é que como um fenômeno econômico, a Administração da Qualidade Total tem sido posicionada como um conjunto cuidadosamente criado de modificações dos processos tecnológicos que objetivam levar a níveis avançados de qualidade do produto ou a custos menores e, dessa forma, fornecem a capacidade de alcançar e sustentar uma vantagem competitiva global. Entretanto, para alcançar esses objetivos, TQM direta e encobertamente altera os valores, a cultura e as mentalidades dentro de uma organização. Como resultado, e em paralelo com essas modificações tecnológicas, TQM estabelece um programa cuidadosamente integrado de engenharia social e psicológica que é crítico para sua implementação "bem-sucedida" e que tem um impacto significativo no comportamento e na consciência dos gerentes e dos funcionários." (7) Observe a frase que inicia no meio da citação, "... TQM direta e encobertamente altera os valores, a cultura e a mentalidade ... um programa integrado de engenharia social e psicológica...". Esse mesmo artigo diz, "TQM busca aperfeiçoar os sistemas de controle que produzem e impõem a uniformidade dentro dos produtos, componentes, trabalhadores, fornecedores e todo o sistema geral de produção. O problema é que uma maioria desse controle, em linha com os princípios de Taylor (1911), está direcionado aos corpos, almas e espíritos dos trabalhadores." (8) Compare essa observação de mudança sistêmica com o diagrama mostrado no início deste capítulo e que retrata a Educação Progressiva Tranformacional. Esse aspecto da metodologia de Drucker / Demming busca os mesmos resultados - uma mudança de paradigma - uma mudança da mente do velho para o novo, do passado para o futuro, do individualismo para a dinâmica de grupo, e do nacionalismo para o globalismo. Em seu livro de 1959, Landmarks of Tomorrow, Drucker estende-se longamente para descrever o que ele via com uma "mudança do sistema cartesiano linear de causa e efeito". (9) Ele não chama isso de "mudança de paradigma", pois Kuhn somente cunhou essa expressão em 1962. Entretanto, o dogma básico desse mesmo conceito é engenhosa e deliberadamente expresso nas filosofias de Drucker pré-1962. Por outro lado, o aspecto esotérico desta questão vem à frente quando começa-se a dirigir os princípios da administração para o corpo, alma e espírito. Essa metodologia cruza o limiar do secular para o religioso; e uma vez que a pessoa mergulhe em arenas religiosas com metodologias humanistas, a situação transiciona-se rapidamente do mundano para os níveis esotéricos. (Nos anos 50, o público americano não estava exatamente estusiasmado em adotar o "druckerismo" ou o "demmingismo". Na verdade, as bases esotéricas mencionadas anteriormente foram componentes críticos para a rejeição dos métodos de Drucker pelos magnatas da indústria americana. Entretanto, os mistérios esotéricos estavam no centro das religiões orientais, de modo que esses aspectos foram mais um incentivo do que um obstáculo para a mentalidade japonesa. Portanto, Demming tornou-se o pai de um novo paradigma empresarial que floresceu no Japão vinte anos antes de dar grandes passos no ocidente, mas a sorte estava lançada para trazer o ocidente a bordo também. Com o sucesso de TQM e da "Administração Por Objetivos" no oriente, a General Motors abriu suas portas para Peter Drucker e a implementação de seu plano. Uma vez que as primeiras portas se abriram, as comportas foram abertas em seguida. Hoje, a pouca base industrial que resta nos EUA luta sob a maldição das filosofias de Drucker / Demming, e essas mesmas filosofias contribuíram grandemente para o êxodo maciço dos empregos industriais americanos para os polos de mão de obra barata nos países do Terceiro Mundo e do sudeste asiático.) Na realidade, existe uma explicação muito lógica para a natureza esotérica da metodologia de Drucker / Demming. Esses indivíduos basearam suas metodologia na "Teoria Geral dos Sistemas" (TGS). A TGS foi originalmente proposta pelo biólogo húngaro Ludwig von Bertalanffy, em 1928. Ele propôs que "um sistema é caracterizado pelas interações de seus componentes e a não-linearidade dessas interações." (10) Kuhn, o criador da expressão "mudança de paradigma" aplicou a TGS à cultura e à sociedade, e via as culturas como sub-sistemas de interligação de uma sociedade planetária mais ampla. (11) Em 1980, o cosmólogo Stephen Hawking então expandiu o pensamento sistêmico para a plataforma global introduzindo a "Teoria do Caos" (12), que afirma a "interconectividade de todas as coisas" - (isto é, a batida das asas de uma borboleta na Ásia pode afetar o curso dos furacões no Atlântico). Como resultado, a Teoria Geral dos Sistemas tornou-se muito esotérica quando levada às suas conclusões lógicas: • TGS é sintomática de uma mudança na nossa cosmovisão. Não vemos mais o mundo em um jogo cego de átomos, mas ao invés disso, como uma grande organização." (13) • De acordo com a TGS, nada pode ser compreendido em isolamento, mas precisa ser visto como parte de um sistema." (14) • Se a pessoa aceitar a teoria que o mundo é um sistema holístico interconectado e interdependente (e dentro desse sistema há uma infraestrutura que é análoga de um sistema para outro), deverá logicamente concluir que a Hipótese de Gaia é verdadeira. • "A Hipótese de Gaia, de James Lovelock, apareceu em 1979 e evoluiu para se tornar um livro - Gaia: A New Look at Life on Earth, publicado pela Oxford Press em 1982. A Hipótese de Gaia defende a posição que a própria Terra é um organismo vivo, a fonte de toda a vida, que tem a capacidade de regular-se, ou curar a si mesma sob condições "naturais". A posição de Lovelock é que a espécie humana desenvolveu a tecnologia para sobrepujar a capacidade de Gaia de "curar" a si mesma, e está, portanto, condenada à destruição, a não ser que a espécie humana interrompa esse assalto tecnológico." (15) • Essencialmente, a Hipótese de Gaia não é nada mais do que a antiga adoração da deusa Mãe-Terra do paganismo antigo e da feitiçaria moderna. Com base em tudo o que foi dito acima, pode-se concluir que a Teoria Geral dos Sistemas é um sistema de crenças esotérico baseado em uma fusão de darwinismo e do misticismo oriental - muito similar ao que agora é chamado de "Nova Era". A TGS afirma que o homem está se movendo para o próximo nível de evolução, mas para alcançar esse patamar mais elevado, a humanidade precisa adotar uma consciência universal e comum, ou sistema de crenças ("as velhas crenças" precisam fazer a transição para "novas crenças"). Peter Drucker confirmou sua adesão a esse conceito por meio do desenvolvimento do modelo do "banquinho de três pernas". As pernas representam o sistema empresarial, o estado e o "setor privado". O assento do banquinho representa o alcance daquilo que ele chama de "comunidade", ou consenso, desses três setores separados (ou sub-sistemas) da sociedade. Drucker gastou a última metade de sua vida concentrando-se nesse "setor privado" (igrejas e organizações não-lucrativas) porque esse segmento oferece a plataforma para o consenso dialético para unir toda a humanidade para produzir o "fenômeno do salto" (16) para o próximo nível de "evolução social". De acordo com a Teoria Geral dos Sistemas e a Hipótese de Gaia, o "antigo sistema" precisa ser quebrado para que o "novo sistema" possa irromper. Referências: 5. Boje, David M. &Windsor, Robert D. “The Resurrection of Taylorism: Total Quality Management’s Hidden Agenda”, The Journal of Organizational Change Management, Vol 6, 1993, pg 62. 6. Blumenfeld, Samuel L., NEA,Trojan Horse in American Education, The Paradigm Company, Boise, Idaho, 1984, pg 44-47. 7. Boje, pg 57. 8. Ibidem, pg 59. 9. Drucker, Peter. Landmarks of Tomorrow, Dimensions Publishing, 1959. 10. Walonick, pg 1. 11. Ibidem. 12. Ibidem, pg 6. 13. Ferguson, pg 157. 14. Ibidem, pg 52. 15. Lamb, Henry, “Rise of the Global Green Religion”, Eco-Logic magazine, 2/12/98. 16. Houston, Jean, “Whole System Transition and the Rise of the Planetary Society”, audio tape, Association of Curriculum Management and Development, 1989. Mas o que seria pragmatismo ou ainda o que seria a igreja do novo paradigma? Veja a seguir a explicação de Mac Dominick (The Cutting Edge Ministries) em seu livro “Pragmatismo na Igreja: Uma Religião Orientada Para Resultados e Que Abre a Porta Para o Anticristo”: Igreja dirigida por propósitos - Este termo foi inventado pelo pastor Rick Warren, da Igreja da Comunidade de Saddleback, no sul de Los Angeles. A idéia é que uma igreja deve colocar sua visão nos seus propósitos finais e estruturar sua metodologia de modo a alcançar esses propósitos. O termo "dirigida por propósito" é sinônimo de "orientada para resultados". Em seu livro "Uma Igreja com Propósitos", Rick Warren relaciona o processo de se tornar "dirigida por propósitos". Para os objetivos desta análise, a palavra "resultado" foi substituída por "propósitos". O significado é o mesmo. O plano dele é como segue: o Defina o resultado o Exija o resultado o Baseie as atividades de modo a alcançar o resultado o Inicie o programa para alcançar o resultado O resultado nesse caso é o crescimento exponencial da igreja. Igreja do novo paradigma - Novamente, o pastor Rick Warren, em seu livro inovador, "Uma Igreja com Propósitos", diz que o escreveu para oferecer um "novo paradigma". A definição básica do novo paradigma relaciona-se com um "novo modo de pensar". Nesse caso, um novo modo de pensar sobre como "fazer igreja". A razão determina que se esse é um novo modo de pensar no ministério, o modo antigo deve estar seriamente errado. Isso precisa então levar a pessoa a avaliar o "modo antigo" conforme criticado pelo pastor Warren em seu livro. O "velho modo de pensar", de acordo com Warren, é caracterizado em sua maior parte, por aqueles que continuam a tentar comunicar o evangelho para a cultura moderna em um "estilo fora de moda". A filosofia de Warren exibe a superioridade do estilo sobre o conteúdo, o que é contrário ao ensino bíblico. A Bíblia diz que o homem deve "procurar apresentar-se aprovado... que maneja bem a Palavra da Verdade..." (...) Entretanto, quando alguém defende o estilo sobre a substância no caso de uma igreja, está basicamente dizendo que o processo usado para fazer a igreja crescer é mais importante que o ensino doutrinário da igreja. O pastor Warren rejeita qualquer problema com essa metodologia perigosa declarando, "... o estilo de adorar que você tem diz mais sobre sua origem cultural do que sobre sua teologia." Se isso fosse verdade e se a cultura determinasse um estilo de adoração utilizando música Rock Acid, drogas e orgias - isso não implicaria em uma teologia furada? Essa ilustração pode ser absolutamente risível, mas claramente exibe os extremos que podem ser derivados da assim chamada abordagem "do novo paradigma" para o ministério. Em segundo lugar, a igreja do novo paradigma está intencionalmente projetada para rápido crescimento, pois o crescimento da igreja é o resultado desejado da Religião Orientada Para Resultados. Para alcançar esse objetivo, o projeto desse tipo de igreja baseia-se nos princípios da Administração de Empresas e nas pesquisas de mercado do Marketing. O problema que surge com essa metodologia é visto na revelação bíblica, "A palavra da cruz é loucura para os que perecem." [1Co ríntios 1:18] A Bíblia também ensina que o próprio Jesus Cristo é "uma pedra de tropeço e rocha de escândalo" [1Pedro 2:8] Com base nessa aparente contradição, a pergunta precisa então ser feita, "Como então você coloca no mercado um produto que é tão ofensivo e louco?" A resposta é simples. Você precisa modificar o "apelo" do produto para distrair a percepção das pessoas de sua ofensa e loucura, de modo a atrair o público-alvo. Essas mudanças necessárias inevitavelmente resultam em um afastamento da Palavra de Deus e uma apostasia sorrateira que no final apagará o último traço de verdade em um período muito curto de tempo. Um aspecto final e muito preocupante do rótulo "novo paradigma" é o fato que o termo "paradigma" foi popularizado no fim dos anos 70 e início dos anos 80 por Marilyn Ferguson em seu livro "A Conspiração de Aquário". Esse livro foi outra obra de referência que caracterizou o trabalho interno do Movimento de Nova Era com o termo "Mudança de Paradigmas". A autora Ferguson afirmava que a nova espiritualidade produzida pelas filosofias de Nova Era eventualmente levaria a uma "massa crítica" na consciência humana para provocar uma grande Mudança de Paradigmas que iniciaria um novo nível de evolução do homo sapiens para o homo noeticus, o homem-deus. Equiparar Rick Warren com Marilyn Ferguson pode não parecer justo, mas algumas perguntas simples devem ser feitas: Por que um pastor batista utilizaria terminologia de Nova Era para descrever sua nova metodologia de crescimento de igreja? Deve qualquer cristão que crê na Bíblia utilizar qualquer tipo de terminologia que o equipare (justa ou injustamente) com aqueles que estão envolvidos com as práticas ocultistas? O senso comum não diria que tais comparações seriam feitas com a utilização dessa terminologia? Aqueles que estão envolvidos nas práticas ocultistas não veriam essa terminologia como um sinal que as coisas não são como realmente parecem no Movimento de Crescimento de Igrejas? Embora todas essas perguntas possam ser respondidas de uma maneira positiva, o simples uso dessa terminologia é no mínimo, desconcertante.” (Mac Dominick - The Cutting Edge Ministries, “Pragmatismo na Igreja: Uma Religião Orientada Para Resultados e Que Abre a Porta Para o Anticristo”) Quem financia a igreja do novo paradigma O Dr. Warren tem doutorado em Ministério pelo Seminário Teológico Fuller, que está ligado em rede à linha de financiamento de Fuller, que inclui a Fundação Rockefeller e a Luce Fundation. (Henry Luce foi um maçom de grau muito elevado), o Lilly Endowment (a Lilly é um grande laboratório fabricante de medicamentos para doenças mentais e fabricante do Prozac). Essas fundações patrocinam a Associação das Escolas Teológicas dos Estados Unidos. E essa associação está diretamente envolvida com a formação de milhares de pastores atualmente nos Estados Unidos. A questão crucial é: O que uma fundação profundamente ligada à maçonaria, e outra de um fabricante de remédios para depressão e doenças mentais, os quais causam forte dependência, pretendem ao financiar a formação de pastores? Será que o objetivo é levar pessoas para Cristo? Ou será que satanás está usando estas pessoas com seus métodos para minar a Palavra de Deus atacando a igreja na sua raiz? Militares sabem que quando tem que destruir um inimigo, devem primeiramente enfraquecê-lo. O G12 e quaisquer doutrinas que preguem um Novo Paradigma, Nova Dimensão, Nova Unção, Novo Mover, Fé Mundial, etc., na verdade têm enfraquecido a igreja como um todo, levando muitos a se apostatarem da fé. A Bíblia diz que muitos apostatariam sim, mas não diz para ficarmos calados e impassíveis diante disto. Precisamos mais do que nunca, perseverar na fé e na sã doutrina. É urgente que abandonemos os métodos mundanos e nos fizemos apenas em Deus e em seus ensinamentos. É vital que doutrinas, sonhos, revelações, profecias, etc., sejam analisados sob a luz da Palavra de Deus. Conclusão sobre os ingredientes Portanto a “visão” de governo dos 12, ou G12, iniciada pelo Pr. Castellanos é apenas uma estratégia montada para gerir as igrejas baseando em suas ambições vaidosas de crescimento, usando para isto os modernos métodos do pragmatismo americano, a secular Opus Dei católica com seus Cursilhos da Cristandade, e as células da igreja coreana, numa receita de aparente sucesso e abrangência mundial. O problema é que suas doutrinas fogem da Bíblia em diversos pontos, e por este motivo é de importância crucial, permanecermos alertas e bem atentos, como a própria Palavra de Deus nos exorta nos versículos e contextos abaixo: Gálatas 1:8 "Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos pregasse outro evangelho além do que já vos pregamos, seja anátema." Mateus 24:24 "porque hão de surgir falsos cristos e falsos profetas, e farão grandes sinais e prodígios; de modo que, se possível fora, enganariam até os escolhidos." 2Tessalonicenses 2:9 "a esse iníquo cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás com todo o poder e sinais e prodígios de mentira," 1 João 4:1 "Amados, não creiais a todo espírito, mas provai se os espíritos vêm de Deus; porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo." 1 Tessalonicenses 5:21 "mas ponde tudo à prova..." 1Coríntios 2:13 "...comparando coisas espirituais com espirituais." Atos 17:11 "Ora, estes eram mais nobres do que os de Tessalônica, porque receberam a palavra com toda avidez, examinando diariamente as Escrituras para ver se estas coisas eram assim." (Bereanos) Tito 1:9 "retendo firme a palavra fiel, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para exortar na sã doutrina como para convencer os contradizentes.” Provérbios 19:2 “Não é bom agir sem refletir; e o que se apressa com seus pés erra o caminho” Paulo nos adverte em 2Tm 4:1-5 “Conjuro-te diante de Deus e de Cristo Jesus, que há de julgar os vivos e os mortos, pela sua vinda e pelo seu reino. Prega a palavra, insta a tempo e fora de tempo, admoesta, repreende, exorta, com toda longanimidade e ensino. Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo grande desejo de ouvir coisas agradáveis, ajuntarão para si mestres segundo os seus próprios desejos, e não só desviarão os ouvidos da verdade, mas se voltarão às fábulas. Tu, porém, sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério.”  Sobre o livro “Sonha e ganharás o mundo” “Tenho ouvido o que dizem aqueles profetas, profetizando mentiras em meu nome, dizendo: Sonhei, sonhei.” Jr 23:25 Após um exame detalhado do livro chave do movimento G12 “Sonha e ganharás o mundo” escrito em 1997 e publicado no Brasil pela editora Palavra da Fé Produções, (impresso na Centrais Impressoras Brasileiras Ltda. em São Paulo) chegamos a conclusão que o modelo de igreja idealizado pelo Sr. Castellanos, é repleto de heresias, onde a mistura do santo com o profano é evidente em muitos trechos de sua obra, que serve de base para todo o movimento G12, principalmente daqueles que adotaram a “visão” na integra. Muitos pastores, infelizmente têm acreditado nos sonhos de Castellanos, pois de modo geral nenhuma das pseudo-revelações do “espírito” recebidas por ele, possuem confirmação na Palavra de Deus, o que transforma tais visões e ou revelações em falsas profecias. É digno de nota o fato de este livro de Castellanos não ser facilmente encontrado nas livrarias tradicionais e muito menos nas livrarias Cristãs. Um busca pela internet pelo Google – www.google.com não revelou nenhuma livraria que oferecesse o livro. Foi numa livraria ligada a uma igreja gedozista que encontramos o livro, que tem servido como uma espécie de cartilha aos que abraçaram a doutrina criada por Castellanos, e dita como “santa doutrina” por ele mesmo. Impossível deixar de lembrar que o livro de mórmon, assim como o de Castellanos, somente é encontrado dentro da seita mórmon. Alterando ou distorcendo a Palavra Uma das faltas graves contra a Palavra de Deus, que Castellanos comete, é a citação de trechos da Bíblia, sem dar a referência, e quase que invariavelmente, nestes casos, o trecho citado foi alterado ou distorcido de modo a atender os malabarismos eis-exegéticos do autor. Também há ocorrências de citação de passagens que simplesmente não existem. Em Apocalipse, lemos o alerta a todos que se julgarem autorizados a editar ou acrescentar algo à palavra de Deus, no entanto tal advertência é ignorada solenemente. “Eu alguma coisa, Deus lhe acrescentará as pragas que estão escritas neste livro; e se alguém tirar qualquer coisa das palavras do livro desta profecia, Deus lhe tirará a sua parte da árvore da vida, e da cidade santa, que estão descritas neste livro.testifico a todo aquele que ouvir as palavras da profecia deste livro: Se alguém lhes acrescentar” Ap. 22:18-19 Veja alguns exemplos de desvio da Palavra: - - - - - - - > Heresia: Abraão era pagão e adorava outros deuses No livro de Castellanos lemos: “A Bíblia diz que Jeová apareceu a Abrasão e lhe disse: “Eu sou o Deus Todo Poderoso, anda em Minha presença e sê perfeito. E porei a Minha aliança entre Mim e ti, e te multiplicarei grandissimamente. Então caiu Abrão sobre o seu rosto, e falou Deus com ele, dizendo: Quanto a Mim, eis a minha aliança contigo: serás o pai de muitas nações” (Gênesis 17:1-4). Aqui Deus se revelou a um homem pagão, que adorava ídolos e reverenciava imagens, de um modo que nunca se havia revelado a nenhum outro.” [pg.88] Refutação: Abraão nunca foi pagão e nunca adorou ídolos. Isto é uma heresia, e uma afronta ao homem que é tido no meio Cristão como o “Pai na Fé”. Não há na Bíblia nenhuma menção sobre Abraão ter sido pagão. Somente seus pais haviam sido, mas Abraão não. “Disse mais Deus a Abraão: Tu, porém, guardarás o meu concerto, tu e a tua semente depois de ti, nas suas gerações.” Gn 17:9 A Lei do Silêncio das Escrituras declara que não se deve argüir nada nem contra nem a favor, e com relação à passagem acima Abraão não era pagão. - - - - - - - > Heresia: Deus foi pai e mãe ao mesmo tempo de Abraão No livro de Castellanos lemos: O original em hebraico destaca que o Senhor lhe disse: "Eu sou o El Shadai", palavra que significa "mama", ou seja, Deus lhe estava dizendo: "Eu sou o que dá a mama, o que amamenta, o que nutre, o que sustenta." Ainda que Abraão contasse com 99 anos de idade neste ocasião, tinha feridas que não haviam sido tratadas nem confrontadas; o Senhor viu que dessa maneira não Lhe podia servir e Se apresentou, não só como pai, mas também como mãe. Só depois de entrar no processo de cura de suas feridas, Abraão estava pronto para ser “pai de multidão de nações” [pg.88] Refutação: Lendo este trecho do livro de Castellanos, não temos alternativa a não ser tachá-lo como FALSO PROFETA. Muito astuto, tenta alterar a Palavra de Deus alterando o significado de “El Shadai” que sabidamente significa DEUS TODO PODEROSO, por “mama” ou “seio de mulher”. Castellanos não é somente um falso profeta, é também um herege. De onde ele tirou a idéia que Abraão tinha feridas interiores? Da Bíblia é que não foi. IMPORTANTE: Dizer que Deus é homem e mulher ao mesmo tempo reflete o pensamento antigo e atual do GNOSTICISMO. Castellanos, portanto revela grande simpatia pelas doutrinas gnósticas. Castellanos divulga doutrina do Gnosticismo Sobre o Gnosticismo veja este comentário esclarecedor: (Onde sublinhamos nota-se extrema semelhança com o G12) A palavra gnóstico origina-se do grego gnosis, que significa "conhecimento". A palavra é utilizada, mais exatamente com o sentido de conhecimentos ocultos acessíveis somente aos iluminados. Os gnósticos acreditavam compartilhar de experiências espirituais secretas que lhes punham em posição privilegiada para interpretar a religiosidade do mundo. Sua versão do cristianismo era, dentre outras coisas, feminista. Deus é às vezes descrito como um ser andrógino, ou seja, com características tanto masculinas quanto femininas. Alguns desses textos descrevem ritos sexuais, outros fazem referências confusas a ensinamentos sobre Jesus e seus discípulos. Naturalmente, esses textos são usados na literatura feminista na tentativa de redefinir o cristianismo, revelando a "verdadeira história" por trás de suas origens. "Dezenas de textos cristãos já foram considerados sagrados, depois, heréticos e, por fim, esquecidos. Por que estamos voltando a procurá-los?" Essa dúvida foi apresentada na revista Time, cuja matéria de capa tratava desses evangelhos. Lemos ali que esses evangelhos "preenchem uma necessidade evidente de visões alternativas da história cristã, tanto por parte de prosélitos da Nova Era como por parte de fiéis heterodoxos incomodados com algumas restrições teológicas em sua fé". O artigo afirma que alguns grupos de estudo de igrejas estão lendo esses evangelhos alternativos e descobrindo que estão em harmonia com o atual espírito de tolerância, endossando a religião do tipo "faça você mesmo.” (Pr. Erwin Lutzer, A FRAUDE DO CÓDIGO DA VINCI, Editora Vida, 2004.) O G12 faz questão de bater sempre na mesma tecla: Todos devem renovar suas mentes deixando para trás o que é velho, ou melhor desprezando a revelação que faz do Cristianismo a melhor doutrina deste mundo. “Há um poder tremendo na inovação, na renovação da mente,...” (Castellanos, Sonha e ganharás o mundo, pg.50) “Tudo quanto temos alcançado até o momento, tem sua origem num propósito divino, associado a renovação de nossas mentes, uma mente decidida sempre a sonhar, inovando no atuar.” (Castellanos, Sonha e ganharás o mundo, pg.52) Os cultos e reuniões do G12 são marcados por pregações que colocam a renovação da mente como uma obrigação ao crente. Ter uma mente aberta às doutrinas gedozistas e visionárias de Castellanos e seus discípulos é aparentemente mais valioso do que ter os frutos do Espírito Santo manifestos na vida do crente. Tais frutos são desprezados sistematicamente pela liderança que usando de técnicas de marketing, e manipulações da Palavra, pretende encalacrar a “visão” em todos, a qualquer custo, doa a quem doer. - - - - - - - > Distorção: Raposinhas põem a perder colheitas “A Bíblia diz: as pequenas raposinhas colocam a perder as grandes colheitas” [pg.71] Refutação: A Bíblia NÃO DIZ ISTO! Na verdade lemos: “Apanhai-me as raposas, as raposinhas, que fazem mal às vinhas, porque as nossas vinhas estão em flor.” Ct 2:15 Infelizmente é muito comum no movimento de Castellanos, o uso da Palavra de modo distorcido de modo a cobrir suas falhas doutrinárias. No caso acima, o autor tenta argumentar que nada pode atrapalhar a multiplicação das células, e exorta aos gedozistas para que tomem cuidado com aqueles que são contra o movimento ou aqueles que não “multiplicam”. Veja o que a Bíblia de Estudo Shedd diz a respeito de Ct 2:15: Raposas... raposinhas. Os filhos de Deus também pedem que Cristo proteja a sua vinha contra devastadores, isso é, falsos profetas a serviço do diabo (At 20:29-30 e 1Pe 5:8). - - - - - - - > Heresia: Jeremias diz que a palavra de Deus é uma afronta “Jeremias foi posto no cárcere e seus pés no cepo, depois que Deus o enviou com uma palavra específica ao rei: inclusive, Jeremias esteve em angústia e aflição, dizendo a Deus: “Senhor, Tua palavra me tem sido por afronta, a tal ponto que disse: calarei e não voltarei a profetizar” porque todos estavam contra ele.” [pg.134] Refutação: A Bíblia não diz isto! Jeremias nunca disse a Deus que Ele o estava afrontando com suas palavras, e nunca Jeremias disse a Deus que não profetizaria mais! Pelo contrário, Jeremias sempre se mostrou fiel a Deus e a suas ordens, e mesmo sofrendo afrontas, sempre levou as mensagens de Deus. Vale destacar que quem afrontava Jeremias eram os reis ou governantes e não Deus. Veja: “Tu, ó SENHOR, o sabes; lembra-te de mim, e visita-me, e vinga-me dos meus perseguidores; não me arrebates, por tua longanimidade; sabe que, por amor de ti, tenho sofrido afronta.” Jr 15:15 Castellanos tenta com esta distorção, ou acréscimo à Palavra de Deus, confirmar a sua tese na importância das profecias, pois algumas páginas adiante ele escreve sobre a profecia que alega ter recebido do Senhor, sobre Ele ter escolhido um colombiano para curar os Estados Unidos. - - - - - - - > Heresia: Salomão disse: “Sem visão meu povo perece” ? “Quantas igrejas mantém a mesma membresia de várias décadas, sem se preocupar em multiplicar os talentos que Deus lhes tem dado? As perguntas com relação a falta de metas definidas transbordam. O sábio Salomão disse: “Sem visão, o povo perece” ” (Castellanos, Sonha e ganharás o mundo, pg.149) De fato a influência do pastor coreano Paul Yonggi Cho sobre Castellanos é enorme, tanto que percebemos exatamente as mesmas distorções do texto bíblico. Veja esta passagem do livro de Cho: “É por esse motivo que o Espírito Santo vem a fim de cooperar conosco:; para criar, ajudando os jovens a ter visões e os velhos a sonhar sonhos (sic). Por meio de sonhos e visões saltamos rapidamente as barreiras de nossas limitações e nos esticamos até alcançar o universo. É por isso que a Palavra de Deus diz: Onde não há visão o povo perece.” (Paul Yonggi Cho, A QUARTA DIMENSÃO, Editora Vida, pg. 45) Refutação: Não existe essa frase na Bíblia, nem nenhuma outra que possua este sentido. Castellanos (e Cho) mais uma vez acrescentou algo a Palavra de modo a atender sua linha de raciocínio, que nesta parte de seu livro, tenta de modo confuso, explicar o porque uma igreja deve aceitar “visões”, pois caso não aceite, ficará sempre com poucos membros, fria e morta espiritualmente, conforme os manuais do G12 gostam de definir as igrejas que não abraçaram a “visão do G12”. Jesus deixou claro que sem compreensão (ou conhecimento) das Escrituras, seu povo erra: “-Respondeu-lhes Jesus: Porventura não errais vós em razão de não compreenderdes as Escrituras nem o poder de Deus?” Mc 12:24 Não há na Palavra, nenhuma menção a necessidade da igreja ter uma visão além daquelas contidas na Palavra de Deus, que em sua perfeita sabedoria e benignidade, não teria deixado de nos informar sobre algo tão importante. Ainda que Salomão tivesse dito isto (o que não disse), é obvio que Jesus Cristo veio para Ser Aquele no qual devemos manter nossos olhos e nossa visão. Olhemos para Jesus, pois Ele é o único caminho pelo qual devemos seguir. “Portanto, nós também, pois estamos rodeados de tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com perseverança a carreira que nos está proposta, fitando os olhos em Jesus, autor e consumador da nossa fé, o qual, pelo gozo que lhe está proposto, suportou a cruz, desprezando a ignomínia, e está assentado à direita do trono de Deus. Considerai, pois aquele que suportou tal contradição dos pecadores contra si mesmo, para que não vos canseis, desfalecendo em vossas almas. Ainda não resististes até o sangue, combatendo contra o pecado;” Hb 12:1-4 “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” 2Co 5:17 - - - - - - - > Alteração: Mateus 22:37 “Amarás ao Senhor teu Deus com toda a tua mente, com toda a tua alma, e com todas tuas forças, com todo teu ser” [Castellanos, Sonha e ganharás o mundo, pg.129] Refutação: O correto é: (grifos acrescentados) ARA: “Respondeu-lhe Jesus: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento.” ARC: “E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento.” NTLH: “Jesus respondeu: - Ame o Senhor, seu Deus, com todo o coração, com toda a alma e com toda a mente.” NVI: “Respondeu Jesus: " 'Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento'” Reina Y Valera (Espanhol): “Y Jesús le dijo: Amarás al Señor tu Dios de todo tu corazón, y de toda tu alma, y de toda tu mente.” Portanto, podemos perceber que há uma sutil tentativa de adequar a Palavra de Deus a filosofia do G12 de renovação da mente, pois a palavra “coração” foi substituída por “mente”. Líderes enganados O próprio Castellanos na contra capa do livro e em diversos pontos do texto, diz que jamais duvidou do que o “espírito” lhe disse, às vezes claramente em seu ouvido. Jamais ele teve o cuidado e zelo que a Bíblia nos cobra. Veja abaixo uma lista dos comportamentos que Deus espera que tenhamos e os versículos referentes: • Prove os espíritos: 1João 4:1 • Julgue as profecias: 1Co 14:29 • Coloque a prova os que a si mesmo se dizem apóstolos: Ap 2:2 • Examine tudo a luz da Palavra como um bom bereano: At 17:11 • Livre-se dos sutis enganos espirituais: 2Co 2:11 Já Castellanos disse: “Quando Deus fala a seu coração, não pense duas vezes, dê o passo! Dando o passo, vem o revestimento do Senhor, e algo acontece no mundo espiritual” [pg.141] Nesta frase vemos uma extrema ingenuidade, ou algo pior, no entanto, este mau conselho, somente pode ser proveniente de um líder cego. Jesus no seu tempo, também enfrentou lideres cegos, na época eram os fariseus, veja: “Este povo honra-me com os seus lábios, mas o seu coração está longe de mim. Mas em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens.” Mt 15:8-9 “Deixai-os; são condutores cegos; ora, se um cego guiar outro cego, ambos cairão na cova.” Mt 15:14 Ainda sobre obediência cega a espíritos: A expressão "obedecer ao espírito" é realmente bíblica? "O Espírito Santo, que Deus outorgou aos que Lhe obedecem" (At 5.32) é a principal frase que fez surgir a expressão "obedecer ao Espírito". Ela foi usada por Pedro diante do Concílio de Jerusalém, mas não aparece em qualquer outro lugar nas Escrituras. A passagem completa precisa ser lida com cuidado para se chegar a uma conclusão clara: "Importa obedecer a Deus" (vs. 29), Pedro disse ao Sinédrio, pois "somos testemunhas (...) e bem assim o Espírito Santo, que Deus outorgou aos que Lhe obedecem". Será que o apóstolo quis dizer "obedecer ao Espírito" ou "obedecer a Deus", de acordo com as primeiras palavras da passagem? A distinção é importante e a colocação das palavras somente pode ser corretamente entendida pelo ensino de outras partes das Escrituras: o Deus Triúno nos céus deve ser obedecido por meio do poder do Espírito de Deus que habita nos que crêem. Pois colocar o Espírito Santo como o objeto da obediência, em vez de o ser Deus, o Pai, por meio do Filho, pelo Espírito Santo, cria o perigo de levar o crente a confiar em um "Espírito" dentro ou a redor dele e a Ele obedecer em lugar de confiar no Deus (Pai, Filho e Espírito Santo) no trono dos céus e a Ele obedecer, Àquele que deve ser obedecido pelo filho de Deus que foi unido ao Seu Filho; ou seja, o Espírito Santo é o meio pelo qual Deus é adorado e obedecido. (Jessie Penn Lewis, Guerra contra os Santos – Tomo1) Dialogando com demônios Na página 113 de seu livro, Castellanos demonstra plena ignorância a respeito do mundo das trevas: “A mulher caiu ao chão e os demônios começaram a falar-me. Lembrei a passagem na qual o Senhor perguntou ao demônio como se chamava, assim que procedi de igual modo: ‘Em nome de Jesus, diz-me como te chamas!’ Para minha surpresa, começou a responder: ‘Chamo-me Marta, Maria, Nídia’. Digo que, para minha surpresa, pois até esse momento imaginava que todos os demônios se chamavam Belzebu ou Satanás.” (Castellanos, Sonha e ganharás o mundo, pg.113) Texto base: Gn 3.1-5 O inimigo não tinha permissão para destruir o homem, mas tentou fazê-lo destruir a si mesmo. Como não havia ser humano em pecado para ser usado, Satanás usou a serpente. Seu assunto inicial foi a própria Palavra de Deus: “Foi assim que Deus disse?” 1- O Diabo usa a Palavra de Deus, alterando seu conteúdo ou seu objetivo (Mt. 4.5-6). Assim, surgem as heresias e falsas religiões (1Tm. 4.1-5). Muitos usam a Bíblia com propósitos malignos, inclusive em defesa do pecado. 2- Não converse com o Diabo. Não dialogue com pessoas endemoninhadas. Apenas expulse o demônio. Não peça informações aos espíritos malignos. Não busque água em fontes sujas. Cuidado com o conselho dos ímpios (Sl. 1; 1Co. 15.33). 3- Precisamos conhecer muito bem a Palavra de Deus para resistirmos à heresia e à tentação. Precisamos saber exatamente “o que Deus disse”. Adão e Eva pecaram dentre outras coisas, por seguirem uma palavra distorcida, ou uma sugestão do inimigo. A verdadeira Palavra de Deus é aquela que nos conduz à santificação, aquela que nos alerta e ensina contra o pecado. Experiências de falta de controle sobre o “espírito” Nos dois trechos abaixo, vemos a descrição de Castellanos e de sua esposa de experiências estranhíssimas, onde os fatos por ele descritos assemelham-se muito mais a experiências onde o demônio agiu em suas vidas de modo a mantê-los endemoniados. No caso da primeira descrição o fato de Castellanos alegar ter perdido o controle de sua alma, é um indício de possessão conforme farta literatura a respeito. (Guerra Contra os Santos de Jessie Pen Lewis, O poder latente da Alma de Watchman Nee, e Enciclopédia de História e Teologia Cristã). Já os relatos que ele faz de ter visto um túnel de luz, numa experiência de “saída de seu corpo” são muito mais característicos do gnosticismo, da Nova Era, ou do espiritismo. Castellanos relata ter saído do corpo “Compartilhava numa tarde com um amigo de infância, em uma cafeteria, acerca da morte de Katherine Kulhman, algo realmente incrível em meu conceito, atrevendo-me a comentar: irmão, não creio que ela tenha morrido; é neste tempo tão difícil que Deus mais necessita de Seus servos; talvez os que morrem são os que não podem resistir as provas que virão antes da grande tribulação. Quando terminei de falar, senti um forte golpe em minha cabeça, e vi que cairia daquele terceiro andar da cafeteria, sem que ninguém pudesse impedi-lo. Ladrilhos, telhas e janelas vinham abaixo estrepitosamente, sepultando-nos debaixo de fim mar de escombros. Experimentei meu espírito se desprendendo do corpo. Lutei, porém uma força invisível controlava minha alma. De repente, veio à minha mente a prova do mês anterior e recordei-me das palavras: "Não é hora!" Apropriei-me delas e disse: "Senhor, não é possível que Tu permitas esta morte, não é hora, Tu precisas de mim na terra: dá-me forças apara regressar ao corpo e poder levantá-lo em Teu nome. Ao terminar esta oração, entrei no corpo como quem põe um vestido inteiriço, tratei de movê-lo, mas o corpo não respondeu, pelo que disse: “Senhor Jesus Cristo, em Teu nome... !” Bastou pronunciar, o nome de Jesus, para que a parte espiritual se ligasse com a física e pude remover os escombros.” (Castellanos, Sonha e ganharás o mundo, pg.24 e 25) Neste relato, os trechos em negrito saltam aos olhos, tanto devido ao tipo de experiência pelas quais passou Castellanos, como pela oração egocêntrica que ele foi capaz de fazer num momento, supostamente tão difícil. É impressionante alguém ter a audácia de dizer a Deus, que Ele precisa de um mortal qualquer. Em diversos trechos, o autor demonstra se entregar de forma completa ao “espírito”. Ora, sabemos que o Espírito Santo de Deus jamais passaria por cima de nossa vontade, o que de fato nunca faz, pois qualquer pessoa, mesmo nos momentos de completo envolvimento com o Espírito Santo, nem por um momento sequer perde o controle sobre sua vontade, seu corpo ou sua mente. O Espírito Santo opera em nós, de modo amoroso e respeitando nosso querer e nossa vontade. Alguns podem até “cair no Espírito”, mas sempre por vontade própria e com absoluto controle de suas faculdades mentais. Cláudia Castellanos (sua esposa) relata ter caído durante a oração de outro pastor e ter visto demônios: “Deus havia desejado, desde o princípio, abençoar nossa família, trazendo-nos a Seus pés e dar-nos muita prosperidade, mas havia gigantes que primeiro tinham que ser destruídos. Em uma ocasião uma irmã, que era usada em libertação, convidou minha esposa à sua casa e ali lhe manifestou o seu desejo de orar por ela. Ao impor suas mãos sobre Cláudia, esta caiu ao chão e se iniciou um processo de libertação de sua família, especialmente e seu pai; Cláudia recorda que, com suas próprias palavras, pronunciava os nomes dos espíritos que estavam governando seus familiares. Nunca havíamos experimentado algo assim ao longo da vida cristã, pelo que, minha esposa não entendia com clareza o que se passava, mas a libertação começava a concretizar-se.” (Castellanos, Sonha e ganharás o mundo, pg.95) A exaltação dos sonhos César Castellanos ensina (na verdade plagia o coreano Paul Yonggi Cho) que, pela utilização de sonhos, todos nós podemos provocar transformações no mundo real, trazendo à realidade aquilo que incubamos em nossas mentes. Ao afirmar que o “mundo é dos sonhadores”, ele coloca como condição para que recebamos tudo de Deus: atrever-nos a sonhar. (César Castellanos, Sonha e Ganharás o Mundo, 22) Esta afirmação contrasta com a Bíblia que diz: “E esta é a confiança que temos nele, que, se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve” 1Jo 5:14 “E qualquer coisa que lhe pedirmos, dele a receberemos, porque guardamos os seus mandamentos, e fazemos o que é agradável à sua vista” 1Jo 3:22 Esta tentativa de sugerir que Deus cria, utilizando-se de sonhos ou visualizações, ou qualquer outra técnica, ao mesmo tempo que tenta limitar o poder de Deus, endeusa o homem. Leiamos alguns trechos do capítulo 37 do livro de Jó: “Com sua voz troveja Deus maravilhosamente; faz grandes coisas, que nós não podemos compreender. “, “A isto, ó Jó, inclina os teus ouvidos; para, e considera as maravilhas de Deus. Porventura sabes tu como Deus as opera, e faz resplandecer a luz da sua nuvem?”, “Ao Todo-Poderoso não podemos alcançar; grande é em poder; “ Jó 37:5,14-15,23 Na visão do trono de Deus em Apocalipse 4, o apóstolo João nos relata que os vinte e quatro anciãos adoravam o Senhor dizendo: “Digno és, Senhor, de receber glória, e honra, e poder; porque tu criaste todas as coisas, e por tua vontade são e foram criadas” (Ap 4:11). É importante não perder de vista que apesar desta idéia de produzir a realidade através de sonhos incubados (ou visualizados) na mente, estar ausente nas Escrituras, ela está presente em toda a literatura ocultista, sendo um dos seus recursos fundamentais. Este engano sutil tem levado muitos cristãos sinceros a substituir a verdade por sonhos e imagens. Não são os nossos sonhos, nem a formação de imagens mentais, que irão produzir ou determinar isso ou aquilo, mas a Soberana Vontade de Deus, a qual, a despeito de nossa vontade, irá produzir a gloriosa manifestação de Deus na vida do crente. Castellanos procura avalizar esta crença citando trechos da Bíblia onde torce sua interpretação. Conta, por exemplo, que Neemias “agasalhou” dentro de si um sonho: restaurar Jerusalém, deixando-se “engravidar” por isso, “visualizando” assim, Jerusalém reconstruída. Escreve o autor: Neemias era um profeta que estava cativo na Babilônia, quando recebeu a notícia de que seu povo se encontrava em dificuldades e os muros de sua cidade destruídos. Quando ouviu isto, sentiu uma dor profunda em seu coração, porém ao mesmo tempo começou a agasalhar dentro de si mesmo um sonho (...) porém o profeta teve a visão de restaurá-la e se deixou engravidar por isto (...) (César Castellanos, Sonha e Ganharás o Mundo, 19) Mais adiante ele relata um suposto diálogo com Deus, onde o Senhor lhe ordena: “Sonha, sonha com uma Igreja muito grande, porque os Sonhos são a linguagem de meu Espírito. Porque a igreja que hás de pastorear será tão numerosa como as estrelas do céu e como a areia do mar, que de multidão não se poderá contar.” (César Castellanos, Sonha e Ganharás o Mundo, 20 e 21) Essa linha de pensamento é muito mais ligada ao Positivismo do que com a Palavra de Deus, e faz parte da filosofia da Nova Era, e como tal não têm fundamento bíblico. Dave Hunt escreve em “A Sedução do Cristianismo”, o seguinte: Os crentes estão caindo involuntariamente numa velha prática ocultista ao tentarem criar a realidade e até mesmo manipular a Deus por meio da formação de imagens mentais vívidas. (Dave Hunt, A Sedução do Cristianismo, 153) Sendo assim, vejamos o que diz a Bíblia: “E sucedeu que, ouvindo eu estas palavras, assentei-me e chorei, e lamentei por alguns dias; e estive jejuando e orando perante o Deus dos céus”, “E o rei me disse: Que me pedes agora? Então orei ao Deus dos céus,” Ne 1:4 e 2:4 Ficou claro, então, que a atitude de Neemias foi CHORAR, LAMENTAR, JEJUAR, e ORAR à Deus. Esta é a verdadeira linguagem que encontramos na Bíblia. Nada indica que Neemias tenha sonhado, ou feito projeções imaginativas, ou tenha incubado, ou até mesmo ficado “grávido” de algo. Neemias era um servo de Deus e, como todo servo temente a Deus, O buscava em oração, na expectativa de ouvir a Sua voz, e obedecer a Sua palavra. Por isso, Deus colocou em seu coração o desejo de ir a Jerusalém para reedificá-la. Leiamos o texto bíblico: “...e não declarei a ninguém o que meu Deus me pôs no coração para fazer em Jerusalém” Ne 2:12 Não existe absolutamente passagem alguma na Bíblia que se possa usar para endossar a afirmação de que os sonhos são a linguagem do Espírito de Deus. Há uma gritante diferença entre receber visões e sonhos de Deus e desenvolver os seus próprios, pois como diz a Palavra: “Porque, como na multidão dos sonhos há vaidades, assim também nas muitas palavras; mas tu teme a Deus.” Ec 5:7 Técnicas de regressão usadas no “Encontro com Deus” Infelizmente, durante o Encontro, na hora em que está sendo aplicada a “cura interior”, os encontristas são levados a repetir uma oração, onde o pastor diz que Deus nos escolheu desde o ventre da nossa mãe, e então pede a todos que se imaginem desde o instante da concepção, passando pela vida uterina, como Deus o tratou com amor, até o seu nascimento, etc., etc.. Tais técnicas de regressão são usadas pela psiquiatria, sob supervisão médica e somente em casos específicos, pois existem riscos no processo devido à pessoa ter que reviver traumas passados. No entanto, o G12 usa desta técnica durante o Encontro, acreditando que isto não tem maiores conseqüências, e que agindo desta forma estarão levando a pessoa a uma cura interior. Infelizmente isto não é sempre uma verdade, pois temos relatos de pessoas que precisaram ser até internadas em clínicas de recuperação psicológica após terem participado do encontro, e outras que entraram em depressão profunda após o “Encontro com Deus”, chegando a fazer uso de medicação antidepressiva. Vejamos este comentário do irmão Manoel Basílio: É incrível o relato que o Pastor César faz na página 113, onde ele afirma que para libertar uma mulher possuída pelo espírito de lesbianismo, teve que orar por ela desde que se encontrava no ventre de sua mãe. Fez uma regressão em toda a vida passada, a partir da concepção. Isto baseado, segundo ele, em Efésios 1.4 Ora! Ficamos abismados com essa narrativa! E nos perguntamos: o que tem a ver a libertação da endemoniada com a passagem bíblica citada? Senão vejamos o que a Bíblia nos diz no versículo citado: “como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis diante dele em amor;” Onde o Pastor César Castellanos aprendeu essa prática? Baseada na Bíblia, certamente, não! Não há um só versículo que nos dê margem para "regressão". Essa prática faz parte de sua visão pessoal, fundamentada em técnicas psicoterápicas e espíritas. A palavra de Deus nos mostra bem claro como o crente deve proceder nesses casos: Mateus 17.21 (oração e jejum) e Marcos 16.17 (em nome de Jesus). Esta, sim, é a maneira correta e bíblica de expulsarmos os demônios, e não fazendo levantamento da vida passada da pessoa endemoniada. Simplesmente ele distorce a Palavra de Deus. (www.conscienciacrista.org.br) Não é necessário voltarmos para trás, ou regredir, para resolvermos traumas passados, pois somos de Cristo!!! Ele nos resgatou e nos salvou, naquele momento em que foi crucificado por nossos pecados. Jesus quer que abandonemos o passado e olhemos para frente, ou seja, para Ele. “Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam e avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.” Fp 3:13-14 “E Jesus lhe disse: Ninguém que lança mão do arado e olha para trás é apto para o Reino de Deus.” Lc 9:62 O Encontro é necessário para o verdadeiro arrependimento No G12 explicam que o "verdadeiro arrependimento", é quando o crente declara detalhadamente os seus pecados, chora, sente dor por ter ofendido a Deus (Pág. 118 do Plano Estratégico). Dizem que o verdadeiro arrependimento só acontece quando o novo convertido participa do Encontro. Refutação – Quanta aberração existe! Quer dizer que o crente não foi perdoado por Deus no dia em que aceitou a Cristo? Jesus nos disse que quem ouve a Sua Palavra e crê naquEle (Deus) que O enviou tem a vida eterna (Jo 5.24). Assim, cremos que a salvação é instantânea, não há a necessidade de marcar um "Encontro" para termos que nos arrepender de novo. Se o genuíno arrependimento só se dá nesse "Encontro", conforme a "Visão" do G-12, como ficaria a situação da pessoa que morresse antes de participar desse "ritual"? Não, não cremos assim! O ladrão na cruz, o mordomo da Etiópia, Zaqueu, Cornélio, dentre muitos outros exemplos bíblicos, todos foram salvos na hora em que se encontraram com Cristo. Compare Cl 2.14, Hb 8.12 e 10.17-18, Tt 3.4-7, etc. Em Atos 2.38-43 vemos quase 3.000 pessoas sendo salvas por Cristo e o foram quando o Espírito Santo as convenceu através do pronunciamento do Apóstolo Pedro. Foi um arrependimento verdadeiro e sincero. Nada de ‘encontro’ nos moldes promovidos pelo Grupo dos Doze. O mesmo aconteceu comigo e com os crentes em geral, salvos pela graça de Deus. Fomos salvos no momento em que ouvimos a Palavra de Deus, nos convencemos de que éramos pecadores e por isso nos arrependemos e passamos a ser novas criaturas. Não precisamos participar de "Encontros” para nos tornarmos salvos, graças a Deus. (www.conscienciacrista.org.br) Claudia Castellanos, a política e o Brasil É público o interesse pela política por parte do casal Castellanos. Cláudia Castellanos, já foi candidata a vereadora e até a presidente da Colômbia, mas foi como senadora que foi eleita. Em seu livro, vemos na pg. 46 uma descrição dos motivos pelos quais Claudia decidiu entrar na política: “Em 1989, a Colômbia estava vivendo uma de suas etapas mais difíceis e o Espírito Santo me guiou a tomar outra das decisões transcendentais: ingressar na política. (...) Experimentei uma profunda dor pelo que ocorria e, no espírito, pude ver a violência, o dano causado pelo narcotráfico e os milhares de famílias em desolação e separadas de Deus. Senti compaixão, um dos frutos do Espírito que tinha que ser desenvolvido pela Colômbia: O amor.” No entanto em um congresso recente, a própria Cláudia Castellanos aparentemente decidiu deixar seu amado país para trás: “Este ano numa visita a Bogotá encontrei-me com o presidente da Colômbia. A conversa estava num tom um tanto quanto informal. Para “quebrar o gelo” fiz uma brincadeirinha. “Já nos conhecemos há tanto tempo, presidente, e o senhor nunca me ofereceu uma embaixada...”. O presidente então me respondeu: escolha a embaixada que você quer e eu lhe darei. Senti que naquele momento não estava ouvindo a voz daquela autoridade e sim a do Espírito Santo. Falei, então, sem ao menos consultar meu marido, Ap. César Castellanos, o Brasil. Pois aquela é a nação do avivamento! Assim, no dia 1 de agosto/04 voltarei à Brasília para a minha cerimônia de posse como Embaixadora da Colômbia no Brasil. Esse episódio da minha vida me trouxe importantes reflexões. Uma delas diz respeito ao sobrenatural de Deus e que Seus pensamentos são infinitamente maiores que os nossos. O futuro do Brasil é de bênçãos. Aleluia! O povo brasileiro paga um valioso preço pela redenção do seu país. São expectadores do Espírito Santo. O que se seguirá daqui para frente é uma herança de prosperidade e de construção de uma nação para Deus. O Brasil será conhecido por ser uma potência, não só no mundo cristão como também no mundo político. Em breve todos andarão em torno do Brasil. Tornar-me Embaixadora no Brasil foi o maior presente que Deus me deu. E creio que a conquista desse posto foi uma forma de Deus ampliar o meu ministério.” (http://www.mir.org.br/acontec/ac36/abert2.htm) O rebatismo de Cláudia Castellanos É impressionante saber que uma pastora, ouvindo uma voz de um espírito, tomou a decisão de desprezar seu batismo original feito 21 anos antes, batizando-se novamente pelas mãos de um estranho e suspeito missionário mexicano, que fez questão de declarar a ela que possuía o ministério de João Batista (palavras entregues por uma profetiza não identificada). Vemos aqui, claramente a ação de espíritos enganadores: “Foi numa viagem a Israel, à qual quase me neguei a ir, quando, caminhando pelas ruas de Jerusalém, escutei pela primeira vez a voz do Espírito Santo, dizendo-me: "Filha, tenho te trazido a esta terra porque desde agora escutarás Minha voz. Tudo o que tens vivido até hoje tem sido simples preparação. Daqui em diante começa teu ministério!" Creio que não entendi no primeiro momento. Já tinha vinte e um anos de vida cristã, era pastora, havia desenvolvido uma liderança e feito muitas coisas que poderiam considerar-se características de uma pessoa que tinha tudo definido, mas ó Senhor me indicava que tudo isso era parte do processo no qual, quem vai ser usado por Ele tem que entrar. Um processo doloroso, que não é fácil suportar humanamente, no qual se tem que morrer, auto negar-se, pois, do contrário, não se dá fruto. Nessa ocasião fui sensível à voz de Deus, quando me disse que fosse ao Jordão para ser batizada novamente e, inclusive, me mostrou quem havia de fazê-lo, um missionário mexicano que logo me compartilhou que, quando sua mãe estava grávida dele, um profeta orou mostrando: "Este menino que vai nascer, terá o ministério de João o Batista!. O batismo no rio Jordão de fato está na moda, tanto que o padre Marcelo (conhecido padre católico) e o apresentador de televisão Gugu Liberato fizeram questão de cumprir esse ritual, que para eles nada mais é do que uma cerimônia mística onde almejam alcançar alguma espécie de proteção pessoal mais elevada, afinal é o rio Jordão! Fico tentando imaginar o que Deus pensa destas pessoas... Uma voz estranha Quando saí das águas do Jordão, senti literalmente no espírito que os céus se abriram e que Deus enviava Seu Espírito Santo. Foi quando minha vida mudou. Orei profundamente, sentindo o verdadeiro quebrantamento. Terminado o evento que nos havia conduzido até Israel, o pastor que dirigia me pediu que pregasse no lugar onde Jesus compartilhou o Sermão da Montanha. Eu não estava incluída no programa, mas sabia que esta proposta vinha do Senhor e, quando abri meus lábios, fui mudada em outra mulher. Recordo-me que falava com uma voz tão potente que me assombrava a mim mesma; sem dúvidas o Espírito Santo estava atuando através de minha vida. Daí em diante tenho seguido escutando a voz de Deus, dirigindo todos os meus passos. Meu tempo devocional foi transformado, dando-me intercessão profética e interpretação de línguas, além da capacidade de observar os corações de nosso povo para conhecer suas necessidades espirituais.” (Castellanos, Sonha e ganharás o mundo, pg.56) Mais um detalhe preocupante revelado por Claudia, foi o fato de ela falar com uma voz tão potente que assombrava a ela mesma! Isto é no mínimo algo bem estranho. Profecias sem base bíblica Numa das várias mensagens de espíritos enganadores recebidas por Castellanos, temos na página 137 de seu livro, uma de suas mais tenebrosas “profecias”, onde os Estados Unidos, envoltos num imenso conflito dependerão do modelo gedozista para livrarem-se dos terríveis acontecimentos que os esperam. Veja a seguir o trecho em questão (e alguns outros) e as refutações em seguida: Prosperidade para a igreja de Castellanos Em 1989, como o próprio Castellanos afirma, Deus iria confirmar mais uma vez seu propósito para com ele, através de uma profecia entregue por Randy McMillan, ministro radicado na Colômbia: “Esta igreja tem encontrado graça diante dos Meus olhos. Tenho uma grande visão para vocês. Quanto à área financeira, lenvatá-los-ei com sinais da Minha glória. (...) Vou abençoá-los sobrenatural e economicamente como igreja para que alcancem coisas que os outros não tem alcançado...Sou um Deus de bênção e prosperidade total em teu espírito, tua alma e teu corpo; em todas as coisas materiais...Por fé em Deus e em Cristo Jesus, vocês tem direito a ser abençoados em todas as coisas, ainda que materiais, disse o Senhor. Os ministérios dessa igreja vão prosperar... Busquem-Me, diz o Senhor, entrem em aliança Comigo e verão suas finanças prósperas, Minha igreja próspera e Minha obra expandida (...) Ao pastor, o Espírito diz: Tenho muitos projetos para ti, estás entrando na primeira etapa, não descanses, não desmaies pelo caminho, porque tudo tem seu tempo (...) Meu Espírito tem gozo pela liberdade e liderança desta igreja, e assim quero prosperar-vos grandemente...Verão Minha glória e os levarei de glória em glória, diz o Senhor.” (Castellanos, Sonha e ganharás o mundo, pg.38) Refutação Bíblica: A profecia apresentada como sendo de Deus traz um conteúdo que não encontra precedentes nem respaldo nas Escrituras. Não encontramos em nenhum lugar das Escrituras Deus fazendo alianças financeiras com pessoa alguma. Pelo contrário, a Bíblia nos apresenta uma Aliança Eterna, inaugurada pelo sangue do Cordeiro: A Nova Aliança. Ela satisfaz plenamente as nossas necessidades. Não é preciso adicionar-lhe coisa alguma, nem existe a possibilidade de subtrair dela alguma coisa. O que Deus fez é de todo perfeito. É-nos dito pela Palavra : “Porque esta é a aliança que depois daqueles dias farei com a casa de Israel, diz o Senhor; porei as minhas leis no seu entendimento, e em seu coração as escreverei; eu lhes serei por Deus, e eles me serão por povo; e não ensinará cada um a seu próximo, nem cada um ao seu irmão, dizendo: Conhece o Senhor; porque todos me conhecerão, desde o menor deles até ao maior.Porque serei misericordioso para com suas iniquidades, e de seus pecados e de suas prevaricações não me lembrarei mais.” Hb 8:10-12 A Bíblia também fala das riquezas inescrutáveis da Graça de Deus, “que é Cristo em vós, esperança da glória;” (Cl 1:27). Conhecer a Cristo é a verdadeira riqueza que devemos buscar ansiosamente. Profecias como esta supra mencionada, mais do que qualquer outra coisa, fazem alusão ao Evangelho da Prosperidade, com suas malfadadas promessas de riqueza e prosperidade material, baseadas em entendimentos distorcidos do texto bíblico. Além de prometer prosperidade financeira, ainda ensina, erroneamente, que temos direitos a serem observados e satisfeitos, obrigatoriamente, por Deus, não levando em conta Sua Soberana vontade. Deus promete prosperidade àqueles que o servem, mas essa prosperidade significa única e exclusivamente NÃO TER FALTA DE NADA, ou seja, ser próspero biblicamente falando, é ter todas as suas necessidades supridas por Deus. Erwin Lutzer comenta: “Esse evangelho não poderia ter sido pregado na Roma antiga, assim como não funcionaria nos dias de hoje em lugares como o Haiti, a Bielo-Rúsia ou Angola. Seria realmente difícil convencer os mártires da igreja de que eles tinham um direito dado por Deus de serem ricos e prósperos, pois se contentariam com a pobreza, caso fossem libertos da boca dos leões e da espada dos assassinos. Não o “Deus da minha saúde e da minha riqueza” é o deus do ocidente, o deus do capitalismo, o deus do consumismo. Quando corretamente interpretada, a Bíblia pode ser proclamada em todas as culturas. O que dizemos sobre Deus deve ser a mais pura verdade nos tempos de guerra ou de paz, na pobreza e na riqueza, na via e na morte. Pode até parecer que o “Deus da minha saúde e da minha riqueza” foi retirado da Bíblia, mas essa é uma interpretação distorcida que deixa milhares de pessoas desiludidas em seu rastro. Como podemos acreditar nesse deus sendo que Jesus disse: “As raposas têm suas tocas e as aves do céu têm seus ninhos, mas o Filho do homem não tem onde repousar sua cabeça” Mt 8:20? Ou então, olhando para Paulo que, da prisão, escreveu: “... aprendi a adaptar-me a toda e qualquer circunstância” Fp 4:11” (Erwin Lutzer, 10 Mentiras sobre Deus, Ed.Vida) Essa profecia é exclusivista ao afirmar de maneira presunçosa que Deus tem tratado o MCI (Ministério Carismático Internacional) de maneira especialmente diferenciada, o que vem de encontro à palavra de Deus, que diz: “Porque, para com Deus não há acepção de pessoas” (Romanos 2:11). Será que existe algum motivo especial para isso? Deus chama Sua Igreja de Corpo de Cristo. A Bíblia diz: “e sujeitou todas as coisas a seus pés, e sobre todas as coisas o constituiu como cabeça da igreja, que é o seu corpo, a plenitude daquele que cumpre tudo em todos.” (Ef 1:22-23). No contexto bíblico, esta Igreja não é uma denominação particular, mas um grupo de pessoas redimidas pelo precioso sangue de Cristo, regeneradas pelo Espírito Santo, as quais se colocaram nas mãos de Deus, alegremente aceitando a Sua vontade, alegremente fazendo a Sua vontade, e alegremente permanecendo na terra do lado dEle, para manter o Seu testemunho. E as promessas de Deus são para esta Igreja, não sendo, portanto, exclusividade do MCI, ou de quem abraçou a “visão dos doze”. Castellanos libera misericórdia de Deus aos Estados Unidos - página 137 Finalmente, em 1997, através dos lábios de Bill Hammond e Cindy Jacobs, Deus fala novamente com ele: “...Vou usar a Colômbia para ensinar a igreja americana, a igreja dos Estados Unidos, como guerrear nos lugares celestiais..E o Senhor diz a seu filho César: Haveis sido chamado em um tempo como este para os Estados Unidos da América, e ensinarás a mensagem que Eu te tenho ensinado a ti (...)...Abrirei as portas dos mais gigantescos estádios e estarão cheios de gente faminta...O Senhor diz: Vou trocar a maldição e usarei um colombiano para curar os perseguidores; utilizarei um colombiano para liberar a misericórdia de Deus (...)...E o Senhor te diz: Filho, Eu te tenho enviado para cura dos Estados Unidos. Filho Meu, poderia haver falado a outra pessoa para fazer isto, mas te peço a ti, te peço a ti, amarás as minhas ovelhas?...Porque há muitos crentes nos Estados Unidos que amam a Deus, e as trevas que virão contra esta nação causarão terror e fogo, incêndios, e cidades arderão em fogo: mas há tempo, diz o Senhor, e para isso Eu te unjo como José, para ir ao Egito e sarar a nação...O Senhor diz: Filho Meu, não temas porque o diabo já tem jogado o que ele tem de pior, tem tratado de destruir-te, mas Eu tenho declarado nos céus: diabo, já não poderás tocar neste homem, porque ele está no curso do Meu destino, Eu o tenho levantado para Meus próprios propósitos e estou nomeando anjos guerreiros à frente e detrás dele (...) Nenhuma arma forjada contra ti prosperará, e toda língua acusadora que se levante contra em ti em juízo, Eu a condenarei, diz o Senhor...Meus olhos tem estado buscando em toda a terra um homem como tu (...)...Desde este dia em diante falarás com autoridade apostólica, com unção fresca...Nações se levantarão e cairão com a palavra profética que saíra de teus lábios; estou levantando a Meus profetas e a Meus apóstolos para que sejam Minha voz em toda a terra...Libero uma dupla porção sobre ti e sobre tua esposa e os demais, disse o Senhor...” (Castellanos, Sonha e ganharás o mundo, pg.137) Refutação Bíblica: É de fato uma ousadia insana, achar que Deus precisa de alguém para “liberar” sua misericórdia. Deus é soberano, e Sua misericórdia nos alcança sempre que Ele assim desejar. Se precisássemos de alguém deste mundo para alcançarmos a misericórdia divina, jamais alcançaríamos. Deus é soberano, misericordioso e justo, e jamais passaria sua responsabilidade para o homem. A Palavra nos mostra em Lm 3, que a misericórdia de Deus se manifesta sem instrumentalidade humana. Esta profecia faz preocupantes afirmações quanto ao futuro dos Estados Unidos, ao falar sobre “fogo, incêndios, e cidades que arderão em fogo”. Vale ressaltar que esta predição não se encontra presente na Bíblia. Ela afirma, ainda, categoricamente que Castellanos é o canal escolhido para que a misericórdia de Deus possa ser liberada. Estranho e sem fundamento, pois a Bíblia nos ensina que somos alcançados pela misericórdia de Deus através de Cristo Jesus. Diz ainda em Hebreus 4:16 que basta que “Cheguemo-nos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno.”. Sabendo ainda que Jesus disse dEle mesmo: “Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim” (João 14:6). Quando a profecia se refere alegoricamente a José, na verdade está buscando respaldo para a linguagem de sonhos. Embora esqueça que os sonhos de José (leiam Gênesis 37) nada têm a ver com imaginação criativa, poder mental, visualização, ou qualquer outra falácia oriunda do ocultismo e da feitiçaria. A profecia comunica ordens dadas por Deus nas regiões celestiais, para que o diabo não mais toque em Castellanos, e ainda nomeia anjos guerreiros para guardá-lo. Não têm a mesma sorte os demais cristãos, assim como também não a teve o Apóstolo Paulo, segundo o relato bíblico, em II Coríntios 12:7 que diz: “E, para que me não exaltasse pela excelência das revelações, foi-me dado um espinho na carne, a saber, um mensageiro de Satanás para me esbofetear, a fim de não me exaltar.”. Apesar de orar a Deus três vezes para que isso se desviasse dele, o Senhor disse a ele: “A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza.” (II Coríntios 12:9a). Então o Apóstolo Paulo responde de tal maneira que evidencia o profundo amor e temor que tem pelo Senhor: “De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo” (II Coríntios 12:9b). A despeito da afirmativa de Castellanos, e se fosse realmente verdadeira essa profecia, restar-nos-ia apenas clamar pela misericórdia de Deus, consolando-nos com a sua Palavra Fiel, que diz em I João 5:18: “Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não peca; mas o que de Deus é gerado conserva-se a si mesmo, e o maligno não lhe toca”, e também em João 10:27-29: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem; E dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão. Meu Pai, que mas deu, é maior do que todos; e ninguém pode arrebatá-las da mão de meu Pai”. Contudo, Deus não nos isenta de batalhar contra as forças espirituais do mal: “No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder.Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo.” (Efésios 6:10-11), pois de outro modo, como disse o Apóstolo Paulo, poderíamos nos exaltar. Tenhamos pois plena confiança em Deus, “porque mais são os que estão conosco do que os que estão com eles” (II Reis 6:16). Por último, a profecia coloca Castellanos como o “escolhido” por Deus para esta hora, o que lhe outorga o título de Apóstolo, com poderes inclusive para sobrepujar nações através de suas palavras. Fala dele e para ele como o único encontrado digno na face da terra, enquanto a Bíblia diz: “Não há um justo, nem um sequer” (Romanos 3:10). Procura com isso dar a Castellanos uma exclusividade que não encontra respaldo na Bíblia. A Palavra diz que Deus procura os seus fiéis: “Os meus olhos estarão sobre os fiéis da terra, para que se assentem comigo; o que anda num caminho reto, esse me servirá.” (Salmos 101:6) A Bíblia nos diz, também, que o único que possui autoridade para subjugar reinos e nações é Jesus Cristo: “Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz. Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome; para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai” (Filipenses 2:9-11). Nada, nem ninguém, pode igualar-se a Cristo, o qual está sentado à direita de Deus Pai, O Todo-Poderoso. Cristo é o Sumo Pastor, “Rei dos reis e Senhor dos senhores” (Apocalipse 19:16). A sua grandeza é exclusiva. Em Colossenses 2, o Apóstolo Paulo mostra que todos os tesouros de sabedoria e de conhecimento estão em Cristo (Colossenses 2:3). Não há nenhuma verdade ou entendimento fora dele. A plenitude da divindade está em Cristo (Colossenses 2:9). Não existe parte alguma da natureza e da Pessoa de Deus que não esteja expressamente revelada em Jesus. Achamos nossa perfeição em Cristo (Colossenses 2:10). Nele está a circuncisão espiritual, o perdão e a nova vida (Colossenses 2:11-13). Quando morreu, Jesus tirou o poder das forças satânicas, ganhando sobre elas uma decisiva vitória (Colossenses 2:14-15). Jesus é a realidade para a qual todas as leis, festas e símbolos do Velho Testamento apontavam (Colossenses 2:16-17). Todo o crescimento do corpo depende de Cristo, que é a cabeça (Colossenses 2:19). Qualquer busca da verdade, do entendimento, ou do crescimento espiritual, fora de Cristo, com certeza vai falhar. (www.solascriptura-tt.org) Índia sem idolatria ?! Confuso, extremamente mal informado ou mal intencionado, são algumas das conclusões a que podemos chegar a respeito de uma pessoa que tem coragem de escrever em seu livro, na página 65, onde comenta a respeito do missionário Guilherme Carey, quando de sua visita a Índia, havia conseguido abolir as práticas pagãs daquela nação. Castellanos argumenta que a Índia teve suas práticas pagãs abolidas para apoiar suas teorias, pois escreve em seguida que este “homem era um visionário que desde o principio soube o que queria, e isto o levou a projetar-se para o êxito.” Infelizmente, a Índia continua mergulhada profundamente na idolatria, como demonstra o gráfico acima.

Um comentário:

  1. O profeta que tem um sonho conte o sonho; e aquele que tem a minha palavra, fale a minha palavra com verdade. Que tem a palha com o trigo? diz o SENHOR.
    Jeremias 23:28

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