terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Por que a relação sexual antes do casamento é considerada pecaminosa?

Por que a relação sexual antes do casamento é considerada pecaminosa? - Na relação íntima de um casal unido pelos laços matrimoniais, há o que podemos chamar de “inocência erótica”; não existe culpa nem vergonha entre os cônjuges. Mas o mesmo não acontece nas relações reprovadas por Deus. A fornicação é uma delas. Todas e quaisquer práticas sexuais, inclusive a troca de carícias íntimas, entre pessoas que não são casadas constituem-se fornicação, que é uma transgressão ao padrão estabelecido por Deus. O sexo antes do casamento é pecado e tem resultados nefastos. Além de gerar sentimentos de culpa, medo, revolta, tédio, faz com que adolescentes e jovens se tornem pais precocemente, sem a devida maturidade para assumir as responsabilidades da paternidade; gera casamentos para salvaguardar a reputação dos pais e dos namorados ante a sociedade, contribui para a propagação de doenças sexualmente transmissíveis, como a AIDS. Além disso, todos os fornicários cometem prostituição, e não herdarão o Reino de Deus. Sabe o que é dito em Apocalipse 21.8? Mas, quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos fornicadores, e aos feiticeiros, e aos idólatras e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre, o que é a segunda morte. Portanto, se você é solteiro, ore e peça a Deus que lhe dê um companheiro a quem você ame e seja fiel, para que cumpra o modelo divino para a sexualidade. Deus está interessado na sua completude como ser humano, mas aprenda a esperar o momento e a pessoa certa para se casar, pois precipitação resulta em casamentos infelizes. Enquanto você é solteiro e não tem as responsabilidades conjugais, dedique-se ao Senhor. Santifique-se tanto no corpo como no espírito, para não ficar vulnerável às investidas de Satanás e aos desejos da carne; para que os seus impulsos sexuais sejam mantidos sob o total domínio do Espírito Santo. Só assim, você terá uma sexualidade e um estilo de vida dentro da vontade do Senhor. Se você é viúvo ou divorciado, ore, espere com fé e confie no Senhor. Se antes de converter-se ao evangelho você tinha uma vida sexual ativa sem ser casado, peça a Deus que lhe dê um cônjuge e seja fiel a ele. Assim, a sua vida conjugal dará bom exemplo para esta sociedade permissiva.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Como perdoar quem não demonstra arrependimento?

Como perdoar quem não demonstra arrependimento? - A morte vicária e expiatória de Jesus foi o preço que Ele pagou para que o ser humano fosse perdoado e restaurado à comunhão com Deus. Perdoar implica cancelar ou remir uma dívida. O sacrifício de Jesus na cruz foi o preço pago por Deus para perdoar-nos; a cédula, o escrito da dívida, que era contra nós foi cancelada (Colossenses 2.14). Uma vez que recebemos o perdão de Deus, quando merecíamos a morte, devemos demonstrar gratidão e disposição para perdoar aquele que nos ofendeu, até porque, na oração modelo do Pai-Nosso, Jesus pediu que Deus perdoasse as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores (Mateus 6.12), e advertiu-nos de que, se perdoarmos nossos ofensores, seremos perdoados pelo Pai celestial; se não os perdoarmos não seremos perdoados (v. 14,15). Contudo, quem já foi ofendido ou injustiçado sabe que não é fácil perdoar. Aliás, quanto maior for o dano a nós causado e a nossa proximidade com aquele que pecou contra nós, mais difícil será perdoá-lo. Nessas horas, devemos lembrar o quanto somos pecadores, quão bondoso e misericordioso o nosso Deus é para conosco, perdoando nossas transgressões e restaurando a nossa comunhão com Ele. Devemos, pois, demonstrar misericórdia e graça aos nossos ofensores, perdoando-os. É indispensável que entendamos e pratiquemos o perdão, cancelando a dívida que nosso próximo tem para conosco, a fim de que a nossa dívida com Deus também seja cancelada, não haja resquício de ódio e amargura em nosso coração, tenhamos paz, equilíbrio, alegria, e vivamos em harmonia com o Senhor, com nós mesmos e com nossos semelhantes. Ainda que alguém não reconheça o erro e não demonstre arrependimento genuíno pelo mal que nos causou, devemos perdoá-lo. Devemos fazer a nossa parte, e deixar o resto com Deus. Há pessoas que não perdoam porque quem as ofendeu não pediu perdão formalmente, reconhecendo seu erro, e há aquelas que não perdoam por acreditarem que a ofensa é grande e grave demais para ser apagada ou esquecida após um simples pedido de perdão. É difícil perdoar gente assim, mas devemos perdoar e saber pedir perdão. Em alguns casos a ofensa é patente; em outros, é uma questão de pontos de vista diferentes. Independente da situação, ainda que o ofensor não dê o braço a torcer, façamos a nossa parte, a fim de que a paz e a harmonia em nosso relacionamento com ele e com nós mesmos sejam restabelecidas. Se for preciso, deveremos até tomar a iniciativa de pedir perdão ao outro, mesmo que estejamos com a razão. O perdão é algo tão sério, que pode causar enfermidades emocionais, destruir relacionamentos e até impedir que Deus atenda às nossas orações e abençoe as nossas ofertas. Foi isso que Cristo ensinou em Mateus 5.23,24: Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão, e depois vem, e apresenta a tua oferta. Em suma, como cristãos obedientes à Palavra de Deus, devemos amar o nosso próximo como a nós mesmos e perdoá-lo diariamente, quantas vezes for necessário, em qualquer situação. Só assim, estaremos aptos a desfrutar de todas as bênçãos espirituais em Cristo. SUGESTÕES DE LEITURA: Mateus 18.21,22; Marcos 11.25,26; Lucas 11.4; 17.3,4; 2 Coríntios 2.10; Efésios 4.32; Colossenses 3.13

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

"... Meu Deus! Estou confuso e envergonhado ! para levantar a ti a minha face..."

"... Meu Deus! Estou confuso e envergonhado ! para levantar a ti a minha face..." (Esdras 9.6)- Estimado leitor, é com grande prazer que vos escrevo mais uma vez, na intenção de adverti-lo e abrir seus olhos. Estamos vivendo dias escuros e sombrios: os perigos nos rondam por todos os lados, inseguranças e incertezas nos apavoram; a sociedade pós-moderna, com sua imprevisibilidade, nos espanta; o governo e sua indiferença nos causa pavor; a cristandade naufraga em um caos espiritual e teológico, nos deixando quase sem esperança. Entretanto a vida continua, devemos em detrimento a tudo isso, continuar firmes “olhando para o autor e consumador da fé” (Hb 12.2). Creio ser urgente e oportuno falar de algo que está latente no coração de muitos: apesar de cristãos, não estamos imunes aos combates e intempéries da vida, que trazem aflições, dores e apertos no coração, que vão de problemas no casamento a crises financeiras e ministeriais, bem como tantas outras áreas, nos deixando perturbados. Mesmo diante desse quadro, hoje quero escrever sobre um assunto que talvez não seja muito comentado – mas que a maioria de nós vivencia – quero falar para aqueles que “estão em falta com Deus”, que estão aflitos e com o coração apertado por causa de Deus, me dirijo àqueles que estão com vergonha de Deus! Pois, é exatamente isso que Esdras enfaticamente retrata nesse versículo. Essa declaração de Esdras foi feita após o exilio babilônico. Os judeus haviam retornado a Israel depois de décadas de cativeiro na Babilônia. O objetivo deles era a reconstrução do Templo bem como dos muros da cidade sob a égide de Esdras e Neemias. Eles deveriam também restaurar o sacerdócio, o culto ao Senhor e a observância da Lei, trazendo assim paz e harmonia à nação. Porém, não foi bem isso que aconteceu: eles estavam negligenciando todos esses afazeres, desprezando a Lei, retardando a reconstrução do Templo, promovendo casamentos mistos (com mulheres não judias), enfim, estavam andando em total desacordo com a vontade de Deus, ignorando assim o próprio Deus! É nesse cenário que aparece Esdras, um dos seus líderes, que apesar de não participar diretamente desses pecados, fazia parte dessa nação, eram seus familiares, por isso Esdras se pronuncia – diante de Deus – em oração representando o seu povo e a si próprio dizendo: Meu Deus! Estou confuso e envergonhado, para levantar a ti a minha face… Por causa daquelas inúmeras transgressões – que o seu povo havia cometido – Esdras estava profundamente envergonhado e não conseguia nem levantar a cabeça diante de Deus! É disso que trata esse devocional. Esse é – para mim – o maior fardo que um homem pode ter no coração, a maior angústia da alma, o terrível dilema da mente: “estar em falta com Deus”! Acredito sinceramente que muitos de nós estamos vivendo essa realidade: quantos erros temos cometido? Quantas faltas, pecados, rebeldias, desleixo e omissão nas coisas de Deus e para com o próprio Deus temos cometido? O que nos leva a uma profunda vergonha. Por tudo isso nos tornamos como Esdras, são tantas decepções que damos a Deus, que não conseguimos levantar o próprio rosto para os céus. Assim como um filho que sempre dá desgosto para o seu pai, tirando notas baixas na escola, desobedecendo à ordens simples, desonrando-o em público e não respeitando o investimento que o pai faz. Assim nós temos feito com o nosso Deus e Pai – e como dói e constrange saber isso. Esse era o sentimento de Esdras ao ver aquela situação e o caos que se tornou Israel. Veja irmão, a mesma coisa está acontecendo conosco! No que estamos nos tornando? Por quais caminhos temos andado? Estamos deixando nosso primeiro amor, o zelo pela casa de Deus, a santidade e o temor a Deus. A preguiça tem sido nossa marca, vivemos num tempo de indiferença espiritual, frieza e descaso para com a santa palavra de Deus! Por causa disso tudo, quando chega a hora da oração – o momento da comunhão com Deus e de estar a sós com Ele – o corar do rosto é o que ocorre, pois inevitavelmente diante Dele ficamos envergonhados pelo que estamos fazendo! Como dói olhar para trás e ver o rastro desastroso que estamos deixando e concluirmos que temos sido filhos desgostosos ao nosso Pai! Veja o quanto Deus investiu em nós, do que estamos nos queixando? O que nós temos a dizer a Deus, a não ser expressar nossa eterna gratidão? O simples fato – se é que posso chamar de simples – de ter nos salvado, não é suficiente? Cobriu-nos com sua Graça e Misericórdia, nos abençoou com tantas bênçãos celestes, nos concedeu a dádiva de pregar o seu santo Evangelho, nos amou com eterno amor, nos chamou de filhos, depositando em nós tamanha confiança! É por isso que ficamos com vergonha: é a vergonha de Davi, quando foi repreendido por Natan. Quanto Deus fez por Davi? Quanto demonstrou amor, graça e misericórdia, e Davi, retribuiu com tanta lambança! Atente no estado que Davi estava quando escreveu o Salmo 51: ele estava profundamente envergonhado pelo que fizera com Deus. Sansão foi coberto de poder e confiança ao ser levado ao ofício de juiz – com poderes nunca vistos até hoje – mas veja o que Sansão fez, os delitos hediondos que cometeu! Lá estava Sansão – na cela dos filisteus – cego, preso, sem forças e com muita, muita vergonha de Deus. Pedro – um dos discípulos mais próximos de Jesus – tinha intimidade, foi tratado com tanto carinho, respeito e zelo por seu Mestre – tanto que foi-lhe conferido um grande chamado – e o que ele fez? Negou o seu Senhor três vezes! Depois a Bíblia diz que ele chorou amargamente. Aquele era o choro da vergonha por ter decepcionado tanto o seu Senhor. E assim também temos feito uma bateria de violações contra Deus! Nós sabemos que Deus é perfeito e eterno – mas bem no fundo, pelo bom senso que possuímos – dizemos: “Deus não merece isso que estou fazendo, que desgosto estou dando a Ele, que tolo e estúpido tenho sido. Meu Deus! Quanta falha. Tenho vergonha de dirigir minhas palavras ao Senhor, tenho vergonha de fazer qualquer oração diante da Sua santidade, não consigo nem levantar minha cabeça, tem misericórdia de mim”! Na verdade, o que estou tentando lhe dizer, é que nós fazemos como o filho pródigo: passamos uma fase da vida sem dar contas do lamaçal que estamos envolvidos – passando muitos dias, meses e até anos – convivendo nesse estado precário, sem nos darmos conta do mesmo, mas, de súbito, somos tomados por um choque de realidade: onde estou? O que estou fazendo? Aonde isso vai parar? Então, um profundo pesar vem ao nosso coração! Tenho convicção que o remédio para tudo isso é o arrependimento sincero e recorrermos a Deus através de muita oração! “Ah Deus! perdoe-nos por fazer tanto contra o Senhor, nos perdoe no mais profundo do nosso coração. Não é nossa causa que está em jogo e sim a Sua, não é o nosso nome, o nosso reino, a nossa reputação, e sim os Sua! Quanta omissão da nossa parte, quantos crimes feitos contra o Senhor, quanto desleixo! Senhor, estamos quebrantados, consternados, arrependidos, nos perdoe segundo a multidão das Suas misericórdias e, se os teus servos tem achado graça aos Seus olhos, nos dê mais uma chance, mais uma oportunidade de te honrar novamente. Nos dê também os recursos necessários para que isso aconteça, renove as nossas forcas, nossa esperança, nossa fé, levante nossa cabeça porque nem isso conseguimos fazer… Para que assim honremos o Seu precioso Nome e não venhamos mais depreciá-Lo. Tire nossa vergonha, ó Deus, para que de novo tenhamos a alegria da sua salvação. Em nome do teu Filho Jesus, te peço todas essas coisas. Amém”!