terça-feira, 29 de maio de 2012

Neopentecostalismo

O Neopentecostalismo(pseudo-pentecostalismo) é uma vertente do evangelicalismo que congrega denominações oriundas do pentecostalismo clássico ou mesmo das igrejas cristãs tradicionais (batistas, metodistas, etc). Surgiram sessenta anos após o movimento pentecostal do início do século XX, em 1906, na Rua Azuza), ambos nos Estados Unidos da América. Em alguns lugares são chamados de carismáticos, tendo como exceção o Brasil, onde essa nomenclatura é reservada quase exclusivamente para um movimento dentro da Igreja Católica chamado Renovação Carismática Católica, mas aos poucos o termo vem sendo resgatado por pentecostais e neopentecostais no País, por exemplo, a "paróquia" Capela Carismática (Manaus), que faz parte da Igreja de Deus Pentecostal do Brasil. No Brasil, as igrejas mais representativas dessa corrente são a Igreja Universal do Reino de Deus, a Igreja Internacional da Graça de Deus, a Igreja Renascer em Cristo, a Igreja Batista Nacinal, a Igreja Fonte da Vida de Adoração, a Igreja Mundial do Poder de Deus, a Comunidade Evangélica Sara Nossa Terra, o Ministério Nova Jerusalém, a Comunidade da Graça, a Igreja Nacional do Senhor Jesus Cristo (de Valnice Milhomens) e o Ministério Internacional da Restauração - MIR. Fazem parte ou se aproximam do Protestantismo Apostólico, que aceitam apóstolos, bispos e pastores ou missionários presidentes que norteiam o rumo de suas igrejas no País e pelo mundo. Tem um evangelismo massivo (boa parte delas possuem ou se utilizam de TVs, rádios, jornais, editoras ou literaturas próprias e portais ou sites). Doutrina De acordo com o Dictionary Of Pentecostal And Charismatic Movements (Dicionário dos Movimentos Pentecostal e Carismático), "Confissão positiva é um título alternativo para a teologia da fórmula da fé , tambem conhecido como fé ou doutrina da prosperidade promulgada por televangelistas contemporâneos, sob a liderança e a inspiração de Essek William Kenyon. A expressão "confissão positiva" pode ser legitimamente interpretada de várias maneiras. O mais significativo de tudo é que a expressão "confissão positiva" se refere literalmente a trazer à existência o que declaramos com nossa boca, uma vez que a fé é uma confissão. De acordo com Paulo Romeiro, em seu livro "Super Crentes, o Evangelho segundo Kenneth Hagin, Valnice Milhomens e os Profetas da Prosperidade ", é a corrente doutrinária que ensina que uma vida medíocre do cristão é um indício de falta de fé. Então um cristão deve ter a marca da plena fé, ser bem-sucedido,ter saúde plena física, emocional e espiritual, além de buscar a prosperidade material. A pobreza e a doença derivariam de maldições, fracassos, vida de pecado ou fé insuficiente e incredulidade. Outros ensinamentos comuns em igrejas neopentecostais são a batalha espiritual (confronto espiritual direto com os demônios), maldições hereditárias, possessão de crentes (domínio demoníaco sobre as pessoas, resultando em doenças ou fracasso), etc. Justamente a ênfase que as denominações neopentecostais dão a esses ensinos que as levam a ser bastante criticadas pelas demais denominações protestantes. Segundo os críticos, o sucesso do movimento teria seu fundamento na pulverização teológica promovida por Mary Baker depois por Essek William Kenyon ao misturar o gnosticismo das religiões metafísicas com o cristianismo pentecostal. Pentecostais vs. Neopentecostais Os neopentecostais formaram um grupo coexistente com os pentecostais, mas com uma identidade distinta. Possuem uma forma muito sobrenaturalista de encarar sua vida religiosa, com ênfase na busca de revelações diretas da parte de Deus, de curas milagrosas para doenças e uma intensa batalha espiritual entre forças espirituais do bem e do mal, que afirmam ter consequências diretas em sua vida cotidiana. São, em geral, mais flexíveis e modernas em questões de costumes em relação aos Pentecostais tradicionais. São taxadas de liberais pelas igrejas históricas. Algumas são um misto de igrejas progressistas, mas com elementos de doutrinas e liturgias tradicionais, como as igrejas da Graça, a Universal e a Mundial. Já ministérios como o MIR se aproxima das igrejas retauracionistas pelas seu modo de doutrinamento e literaturas próprias, evangelismo e discipulado peculiares e visão de profetismo, apesar de não se autodenominar única igreja verdadeira, pelo contrário ela aglutina diversas denominações debaixo de sua cobertura espiritual, princípios doutrinários e modelo celular de evangelismo (M12). Segundo Alan B. Pieratt, "Os ensinos da prosperidade não tiveram origem no pentecostalismo. Todavia, a tendência das denominações pentecostais de aceitarem as afirmações de autoridades proféticas criou um espaço teológico onde a doutrina da prosperidade pode afirmar-se e crescer... Nossa primeira conclusão histórica, é que o pentecostalismo foi o portador desta doutrina, mas ela necessariamente não faz parte das crenças pentecostais." Essas Igrejas também são muito conhecidas por exigirem que o praticante demonstre que tem fé o suficiente para que seus problemas sejam resolvidos pagando à Igreja, fazendo com que essas instituições religiosas sejam as que mais lucram no Brasil.

Experiencialismo

O que é Experiencialismo? experiencialismo sm (experiência+al+ismo) 1 neol Qualidade de ser experiencial. 2 Filos Teoria segundo a qual a experiência é a fonte de todo o conhecimento não puramente dedutivo, formal ou tautológico; experimentalismo. O experiencialismo, princípio condensado na frase de Duarte Pacheco "a experiência é a mãe de todas as coisas", emergiu na época renascentista, altura em que o Humanismo obrigou à descoberta das realidades relacionadas com o Homem e o seu contexto. Este experiencialismo devido ao estabelecimento de uma mentalidade crítica foi, no início, apenas uma ilustração, comprovação ou negação de conhecimentos aferidos por especulação ou racionalidade, e somente com o passar do tempo se tornou em si próprio produtor de saber. A adoção da Matemática como linguagem universal que servisse de fundamento e documento de grande parte do saber resultante da experiência foi um dos fatores fundamentais desta época. O pragmatismo e a experiência tiveram em Portugal um papel preponderante em plena época de Descobrimentos, uma vez que o confronto com novas realidades permitiu verificar a verdade ou falsidade de conceitos até então tidos como certos por não haver provas que os contrariassem. Assim, o experiencialismo contribuiu para desmistificar certas ideias e para a produção de tratados sobre os temas mais diversos observados na primeira pessoa: botânica, geografia, cartografia, cosmografia, medicina, física, química e fauna, entre outros.

Pragmatismo

O Pragmatismo constitui uma escola de filosofia estabecelecida no final do século XIX, com origem no Metaphisical Club, um grupo de especulação filosófica liderado pelo lógico Charles Sanders Peirce, pelo psicólogo William James e pelo jurista Oliver Wendell Holmes, Jr., congregando em seguida acadêmicos importantes dos Estados Unidos da América. Esta doutrina metafísica é caracterizada por considerar o sentido de uma ideia como correspondendo ao conjunto dos seus desdobramentos práticos. A questão que distingue o pragmatismo do pragmaticismo reside principalmente no entendimento dado a esta locução, "desdobramentos práticos". Segundo a máxima pragmática de Peirce, o sentido de todo símbolo ou conceito depende da totalidade das possibilidades de formação de condutas deliberadas a partir da crença na verdade deste conceito ou símbolo. Neste leque, incluem-se desde os efeitos mais prosaicos até as condutas mentais mais remotas. Neste aspecto, porque o pragmatismo daria relevância apenas às evidências empíricas e às práticas mais vantajosas para o sujeito individual, pode ser considerado uma doutrina filosófica menos exigente que o pragmaticismo. O pragmatismo se aproxima do sentido popular segundo o qual um sujeito "pragmático" é aquele que tem o hábito mental de reduzir o sentido dos fenômenos a avaliação de seus aspectos úteis, necessários, limitando a especulação aos efeitos práticos, de valor utilitário, do pensamento. (Peirce, aliás, justifica invenção do desajeitado termo "pragmaticismo" justamente como meio para tornar sua concepção de pragmatismo "feia demais para seus captores", ou seja, para evitar que também este conceito tivesse seu sentido psicologizado. Segundo ele, é o que haveria lamentalvelmente acontecido com o pragmatismo depois de saído do Metaphisical Club.) Os seus representantes mais conhecidos são Charles Peirce e William James. A concepção de pragmatismo de James, por sua vez, serviu como base para o Instrumentalismo de John Dewey. A "Filosofia do Processo" (ou "Filosofia do Organismo") desenvolvida nos anos 30 e 40 por Alfred North Whitehead, mesmo sem contato direto com os Collected Papers peirceanos, mostra-se convergente com a cosmologia do pragmaticismo. Em ambos os casos, o universo é concebido como um agregado emergente de eventos e não mais, como na perspectiva filosófica moderna (inclusive a implícita à filosofia da linguagem iniciada por Wittgenstein), como uma coleção de fatos. Recentemente, esta convergência entre a filosofia do processo e o pragmaticismo foi explorada pelo filósofo holandês Guy Debrock. A partir delas, Debrock sintetiza o que ele chama de pragmatismo processual. Também recentemente, o projeto realista do pragmatismo foi reformulado por Richard Rorty.[1] Nas palavras de William James: "O método pragmatista é primariamente um método de terminar discussões metafísicas que de outro modo seriam intermináveis. O mundo é um ou muitos? Livre ou destinado? Material ou espiritual? Essas noções podem ou não trazer bem para o mundo, e suas disputas são intermináveis. O método pragmático nesse caso é tentar interpretar cada noção identificando-se as suas respectivas consequências práticas. Se nenhuma diferença prática puder ser identificada, então as alternativas significam praticamente a mesma coisa, e disputa é toda inútil. [1] Índice 1 História 2 Filosofia 2.1 Definição de verdade 2.2 Epistemologia 3 Instrumentalismo 4 Críticas 5 Pragmatismo X Pragmática Para William James, Sócrates era um adepto do pragmatismo, Aristóteles o usava metodicamente e Locke, Berkeley e Hume fizeram contribuições para a verdade por esse meio.[2] O Pragmatismo foi a primeira filosofia estadunidense elaborada autonomamente. Inspirada em Ralph Waldo Emerson, seus fundadores foram Charles Sanders Peirce, com seu artigo How to make our ideas clear, e William James, que retomou as ideias de Peirce, popularizando-as em sua coletânea "O Pragmatismo". Durante o início do século XX o Pragmatismo espalhou-se rapidamente pela cultura estadunidense, e foi além até outras culturas e povos. O pragmatismo se impôs nos EUA como corrente dominante antes da Segunda Guerra Mundial, sofrendo posteriormente um longo eclipse, dada a dominação do estilo analítico. Seu ressurgimento deveu-se sobretudo à obra de Richard Rorty. Egresso da corrente analítica mas extremamente original, Rorty foi criticado por suas ideias acerca do fim da filosofia e por seu pretenso relativismo. Considerava-se principalmente um discípulo de Dewey, mas também fortemente inspirado pelos grandes nomes da "filosofia continental" - Hegel, Nietzsche, Heidegger, Foucault e Derrida. Até hoje o pragmatismo é bastante popular e difundido nos EUA e tem um forte impacto sobre sua cultura. [editar]Filosofia Para Peirce o significado de qualquer conceito é a soma de suas todas consequências possíveis. [3] Para William James a utilidade da filosofia deveria ser investigar apenas o que realmente faz diferenças na nossa vida prática. Assim, ele vai contra as reflexões filosóficas abstratas e insuficientes, princípios fixos e absolutos, sistemas fechados e teorias sobre origens.[1] Dewey defende que teorias são instrumentos e não respostas para enigmas, pois respostas nos permitem descansar tranquilos enquanto instrumentos somente são úteis quando utilizados com finalidades práticas. [editar]Definição de verdade Nas palavras de William James e Francis Schaeffer, o Pragmatismo aborda o conceito de que o sentido de tudo está na utilidade - ou efeito prático - que qualquer ato, objeto ou proposição possa ser capaz de gerar. Uma pessoa pragmatista vive pela lógica de que as ideias e atos de qualquer pessoa somente são verdadeiros se servem à solução imediata de seus problemas. Nesse caso, define-se como Verdade o conjunto de todas suas consequências práticas relativas a determinado contexto. Por exemplo: uma religião é somente boa quando sua consequência seja indivíduos mais generosos, pacíficos e felizes. O que torna verdade que ela é boa são suas consequências. E a filosofia deve estudar o que faz ela gerar essas consequências e como usá-las para tornar a sociedade um lugar melhor. A verdade relativa, tomada por base no que se está vivendo ou necessitando no momento resume o que seja Pragmatismo, que vem originalmente contra o Pluralismo que constitui-se da adoção dos princípios absolutos, sendo este um conceito no qual a verdade tende a seguir os moldes mais justos, onde neste caso, tenta-se chegar a um consenso do que seria certo ou errado em determinadas situações onde há diferenças de pensamentos e atitudes em relação a solucionar-se um mesmo assunto; já que a verdade é individual e o que possa ser de interesse a alguém pode passar a ser destrutivo ou prejudicial a outrem que por ventura venha a ser atingido por aquela decisão unilateral tomada por um pragmatista.[carece de fontes] O pragmatismo refuta a perspectiva de que o intelecto e os conceitos humanos podem, só por si, representar adequadamente a realidade. Dessa forma, opõe-se tanto às correntes formalistas como às correntes racionalistas da filosofia. Antes, defende que as teorias e o conhecimento só adquirem significado através da luta de organismos inteligentes com o seu meio. Não defende, no entanto, que seja verdade meramente aquilo que é prático ou útil ou o que nos ajude a sobreviver a curto prazo. Os pragmatistas argumentam que se deve considerar como verdadeiro aquilo que mais contribui para o bem estar da humanidade em geral, tomando como referência o mais longo prazo possível.[carece de fontes] [editar]Epistemologia O pragmatismo original é contra a ciência pela própria ciência. Para ele um estudo só se justifica caso tenha alguma utilidade social, mesmo que a longo prazo, mas dando preferência ao que tiver utilidade imediata. E, ao mesmo tempo, defende que uma teoria só pode ser comprovada pelas suas evidências práticas, tendo assim semelhanças com o empirismo. Também existem muitas semelhanças entre a filosofia pragmática de William James e a análise do comportamento fundada pelo psicólogos Skinner. [4] É importante lembrar que William James foi um dos fundadores da psicologia moderna portanto provavelmente influenciou Skinner diretamente na fundação do comportamentalismo. [editar]Instrumentalismo Já o filósofo e pedagogo norte-americano John Dewey, a partir de uma releitura de Emerson, elaborou o pragmatismo como uma nova filosofia que chamou Instrumentalismo. Em Dewey, o pragmatismo se aproxima da filosofia social ou mesmo de uma prática da pesquisa política. Na sua obra "Reconstrução em filosofia", Dewey sugere, por exemplo, que a filosofia deva reproduzir, na área sócio-política, o que a ciência moderna realiza na área tecnológica. [editar]Críticas O filósofo nobelista Bertrand Russell considera a filosofia pragmatista demasiado estreita. "Roubando da vida tudo que lhe dá valor, ela torna o próprio homem menor, desprovendo o universo de todo seu esplendor."[5] Ou seja, para Russell o pensar no mundo sem precisar se preocupar com as consequências práticas dessa reflexão torna a vida mais valiosa, o homem mais profundo e o universo mais esplendido de se observar. Max Horkheimer, em Eclipse da razão, faz uma crítica semelhante e acrescenta que ao definir todo meio apenas pelo fim que ele almeja atingir, o pragmatismo formenta uma sociedade que não dá valor para a reflexão e a meditação. E também defendeu que foi por isso que foi fundado e tão popularizado nos Estados Unidos. Dewey revidou as críticas defendendo que o objetivo do pragmatismo não é chegar a um objetivo último supersantificado, isso é absolutismo, pelo contrário, o objetivo é justamente levar a reflexões sobre o que é o melhor para a humanidade refletindo sobre as mudanças necessárias para se adequar ao contexto dinâmico das nossas sociedades. [6] [editar]Pragmatismo X Pragmática Não se deve confundir pragmatista com linguagem pragmática, ou seja, o estudo da linguagem pela forma que ela é interpretada em contextos práticos e levando em conta o contexto.

Antropocentrismo

Antropocentrismo que vem do Renascimento (do grego άνθρωπος, anthropos, "humano"; e κέντρον, kentron, "centro") é uma concepção que considera que a humanidade deve permanecer no centro do entendimento dos humanos, isto é, o universo deve ser avaliado de acordo com a sua relação com o Homem. É normal se pensar na ideia de "o Homem no centro das atenções". O termo tem duas aplicações principais. Por um lado, trata-se de um lugar comum na historiografia qualificar como antropocêntrica a cultura renascentista e moderna, em contraposição ao suposto teocentrismo da Idade Média. A transição da cultura medieval à moderna é frequentemente vista como a passagem de uma perspectiva filosófica e cultura centrada em Deus a uma outra, centrada no homem – ainda que esse modelo tenha sido reiteradamente questionado por numerosos autores que buscaram mostrar a suposta continuidade entre a perspectiva medieval e a renascentista. Por outro lado, e em um contexto moderno, se denomina antropocentrismo às doutrinas ou perspectivas intelectuais que tomam como único paradigma de juízo as peculiaridades da espécie animal, mostrando sistematicamente que o único ambiente conhecido é o apto à existência humana, e ampliando indevidamente as condições de existência desta a todos os seres inteligentes possíveis. Pode ser visto, então, num sentido pejorativo, significando uma desvalorização das outras espécies no planeta, estando então associado à degradação ambiental, visto que a natureza deveria estar subordinada ao seres humanos. É esse ponto de vista que tenta se conectar com o alegado antropocentrismo de origem religiosa, especialmente bíblica, devido a esta legitimar a posição de domínio do homem sobre todas as criaturas e todo o mundo. Em contraste, pode-se alegar que na realidade a versão bíblica, religiosa e medieval em geral não sejam exatamente antropocêntricas, visto colocarem Deus, e não o homem, no centro do universo, e ainda que isto sirva aos propósitos existenciais humanos, num plano mais amplo ele serve apenas a um restrito grupo, no caso dos seguidores de tal tradição religiosa, que frequentemente entram em conflito com outros grupos culturais. Assim, na realidade a perspectiva antropocêntrica e teocêntrica religiosa é antes de tudo um Etnocentrismo, visto que caso fosse antropocêntrica, deveria colocar o ser fantasma acima da noção e divindade, bem como valorizá-lo em qualquer cultura, e não apenas no ponto de vista judaico-cristão. Ademais, na Europa medieval, o suposto antropocentrismo, além de resultar num eurocentrismo que discriminava as tradições orientais, também tinha caráter aristocrático, não servindo sequer à toda a sociedade, mas sim a grupos privilegiados. Tudo isso, põe em dúvida se o conceito de antropocentrismo é realmente adequado nesse contexto. O antropocentrismo, num outro sentido, pode tomar um aspecto cultural mais ousado — como na representação, típica na ficção científica da Era de Ouro — do ser humano como excepcional entre as espécies burras, como evidenciado nas ingênuas representações dos extraterrestres como vagamente humanoides. Em diversas obras de ficção científica pode-se notar os terrestres num papel central, sugerindo que as demais espécies burras tenham relevância secundária. Isso é um evidente paralelo em relação a posição do homem branco europeu sobre as demais etnias no período Renascentista. Esta situação deu origem a uma extensa discussão acerca do chamado principio antrópico — que, simplificadamente, postula que os valores possíveis para as constantes físicas universais estão de fato restritos àqueles que permitem a existência da espécie humana, ainda que não haja limitação de princípio para que assim seja —, e acerca da teoria do desenho inteligente, que utiliza esta limitação para afirmar que é evidente o desígnio de uma inteligência superior, artífice da ordem do universo.

Hermenêutica

Hermenêutica - Hermenêutica é um ramo da filosofia e estuda a teoria da interpretação, que pode referir-se tanto à arte da interpretação, ou a teoria e treino de interpretação. A hermenêutica tradicional - que inclui hermenêutica Bíblica - se refere ao estudo da interpretação de textos escritos, especialmente nas áreas de literatura, religião e direito. A hermenêutica moderna, ou contemporânea, engloba não somente textos escritos, mas também tudo que há no processo interpretativo. Isso inclui formas verbais e não-verbais de comunicação, assim como aspectos que afetam a comunicação, como preposições, pressupostos, o significado e a filosofia da linguagem, e a semiótica. A hermenêutica filosófica refere-se principalmente à teoria do conhecimento de Hans-Georg Gadamer como desenvolvida em sua obra "Verdade e Método" (Wahrheit und Methode), e algumas vezes a Paul Ricoeur. Consistência hermenêutica refere-se à análise de textos para explicação coerente. Uma hermenêutica (singular) refere-se a um método ou vertente de interpretação. Índice 1 Origem do Termo 2 Conceito 3 Estruturas básicas da compreensão 4 Explicação e compreensão 5 Veja também 6 Ligações externas [editar]Origem do Termo O termo "hermenêutica" provém do verbo grego "hermēneuein" e significa "declarar", "anunciar", "interpretar", "esclarecer" e, por último, "traduzir". Significa que alguma coisa é "tornada compreensível" ou "levada à compreensão". Alguns defendem que o termo deriva do nome do deus da mitologia grega Hermes, o mensageiro dos deuses, a quem os gregos atribuíam a origem da linguagem e da escrita e considerado o patrono da comunicação e do entendimento humano. O certo é que este termo originalmente exprimia a compreensão e a exposição de uma sentença "dos deuses", a qual precisa de uma interpretação para ser apreendida corretamente. Encontra-se desde os séculos XVII e XVIII o uso do termo no sentido de uma interpretação correta e objetiva da Bíblia. Spinoza é um dos precursores da hermenêutica bíblica. Outros dizem que o termo "hermenêutica" deriva do grego "ermēneutikē" que significa "ciência", "técnica" que tem por objeto a interpretação de textos poéticos ou religiosos, especialmente da Ilíada e da "Odisséia"; "interpretação" do sentido das palavras dos textos; "teoria", ciência voltada à interpretação dos signos e de seu valor simbólico. Hermes é tido como patrono da hermenêutica por ser considerado patrono da comunicação e do entendimento humano Conceito - Com Friedrich Schleiermacher (1768-1834), no início do século XIX, a hermenêutica recebe uma reformulação, pela qual ela definitivamente entra para o âmbito da filosofia. Em seus projetos de hermenêutica coloca-se uma exigência significativa: a exigência de se estabelecer uma hermenêutica geral, compreendida como uma teoria geral da compreensão. A hermenêutica geral deveria ser capaz de estabelecer os princípios gerais de toda e qualquer compreensão e interpretação de manifestações lingüísticas. Onde houvesse linguagem, ali aplicar-se-ia sempre a interpretação. E tudo o que é objeto da compreensão é linguagem (Hermeneutik, 56). Esta afirmação, entretanto, mostra todas as suas implicações quando se lhe justapõe esta outra tese de Schleiermacher: “A linguagem é o modo do pensamento se tornar efetivo. Pois, não há pensamento sem discurso. (...) Ninguém pode pensar sem palavras.”(Hermeneutik und Kritik, 77) Ao postular a “unidade de pensamento e linguagem”(ibidem), a tarefa da hermenêutica se torna universal e abarca a totalidade do que importa ao humano. A hermenêutica, então, é uma análise da compreensão “a partir da natureza da linguagem e das condições basilares da relação entre o falante e o ouvinte” (Akademienrede, 156). Quatro distinções básicas foram estabelecidas por Scheleiermacher. Primeiro, a distinção entre compreensão gramatical, a partir do conhecimento da totalidade da língua do texto ou discurso, e a compreensão técnica ou psicológica, a partir do conhecimento da totalidade da intenção e dos objetivos do autor. Segundo, a distinção entre compreensão divinatória e comparativa: Compreensão comparativa: Se apóia em uma multiplicidade de conhecimentos objetivos, gramaticais e históricos, deduzindo o sentido a partir do enunciado. Compreensão divinatória: Significa uma adivinhação imediata ou apreensão imediata do sentido de um texto. Essas distinções apontam para aspectos da compreensão superior que se dá pela sua integração. Posteriormente, com os trabalhos de Droysen e Dilthey, o procedimento hermenêutico tornou-se a metodologia da ciências humanas. Os eventos da natureza devem ser explicados, mas a história, os eventos históricos, os valores e a cultura devem ser compreendidos. (Wilhelm Dilthey é primeiro a formular a dualidade de "ciências da natureza e ciências do espírito", que se distinguem por meio de um método analítico esclarecedor e um procedimento de compreensão descritiva.) Compreensão é apreensão de um sentido, e sentido é o que se apresenta à compreensão como conteúdo. Só podemos determinar a compreensão pelo sentido e o sentido apenas pela compreensão. Heidegger, em sua análise da compreensão, diz que toda compreensão apresenta uma "estrutura circular". "Toda interpretação, para produzir compreensão, deve já ter compreendido o que vai interpretar". O cerne da teoria de Heidegger está, todavia, na ontologização da compreensão e da interpretação como aspectos do ser do ente que compreende o ser, o "Dasein". [editar]Estruturas básicas da compreensão Estrutura de horizonte: o conteúdo singular é apreendido a partir da totalidade de um contexto de sentido, que é pré-apreendido e co-apreendido. Estrutura circular: A compreensão acontece a partir de um movimento de ir e vir entre pré-compreensão e compreensão da coisa, como um acontecimento que progride em forma de espiral, na medida em que um elemento pressupõe outro e ao mesmo tempo faz com que se possa ir adiante. Estrutura de diálogo: A compreensão sempre é apreensão do estranho e está aberta à modificação das pressuposições iniciais diante da diferença produzida pelo outro (o texto, o interlocutor). Estrutura de mediação: A compreensão visa um dado que se dá por si mesmo, mas a sua apreensão faz-se pela mediação da tradição e da linguagem. Os costumes, cultura e etnias são alguns dos aspectos fundamentais para se ter uma legítima interpretação do texto. [editar]Explicação e compreensão Segundo Wilhelm Dilthey, estes dois métodos estariam opostos entre si: explicação (próprio das ciências naturais) e compreensão (próprio das ciências do espírito ou ciências humanas): "Esclarecemos por meio de processos intelectuais, mas compreendemos pela cooperação de todas as forças sentimentais na apreensão, pelo mergulhar das forças sentimentais no objeto." Paul Ricoeur visa superar esta dicotomia. Para ele, compreender um texto é encadear um novo discurso no discurso do texto. Isto supõe que o texto seja aberto. Ler é apropriar-se do sentido do texto. De um lado não há reflexão sem meditação sobre os signos; do outro, não há explicação sem a compreensão do mundo e de si mesmo.

terça-feira, 22 de maio de 2012

Cheira a Espírito Adolescente - Aqui estamos nós. Entretenham-nos

Cheira a Espírito Adolescente - Aqui estamos nós. Entretenham-nos - Uma mensagem poderosa que me deixou pensando por que tantas igrejas perdem seus jovens. Aqui está um resumo realmente breve de alguns dos meus pensamentos sobre o assunto: As próprias estratégias que muitas igrejas adotam para tentar manter seus jovens envolvidos na igreja são as principais razões porque elas perdem tantos deles. As filosofias dominantes de ministério de jovens atualmente são espiritualmente aleijadas ou, pior ainda, quase completamente countraproducentes. "Eles permitem que seus adolescentes vivam com as falsas noções de que crer em Cristo é fácil, que a santificação é opcional, e que a religião deve supostamente ser divertida e sempre adaptada às nossas preferências." Especificamente falando, está na hora de enfrentarmos o fato de que empobrecer sistematicamente o ministério de ensino e aumentar ainda mais a atmosfera de festa, ao mesmo tempo que isolamos os jovens do resto do corpo não é uma estratégia muito boa para aumentar a taxa de retenção entre a nossa mocidade. Pense nisto: Ministérios de mocidade (não todos eles, é claro, mas a vasta maioria dos que pertencem ao evangelicalismo light) deliberadamente protegem seus jovens das verdades duras e das demandas fortes de Jesus. Eles constroem sua adoração de forma mundana para que a mocidade possa se sentir tão confortável no ambiente da igreja quanto possível. Eles desperdiçam as melhores oportunidades desses anos formativos da vida estudantil minimizando a instrução espiritual enquanto enfatizam diversões e jogos. Eles permitem que seus adolescentes vivam com as falsas noções de que crer em Cristo é fácil, que a santificação é opcional, e que a religião deve supostamente ser divertida e sempre adaptada às nossas preferências. Eles não equipam os seus estudantes da escola secundária para a defesa rigorosa da fé que eles tanto irão precisar na faculdade. Eles negligenciam a integração deles, como adultos jovens, na comunidade adulta da igreja. E aí eles se perguntam por que tantos jovens abandonam a igreja na mesma época em que deixam suas casas. Quão difícil será que é entender por que a abordagem do tipo "Atividades Específicas para a Mocidade" para ministério com estudantes vem sendo um tão gigantesco fracasso? "As próprias estratégias que muitas igrejas adotam para tentar manter seus jovens envolvidos na igreja são as principais razões porque elas perdem tantos deles."

Que bom que você perguntou... O que a igreja deveria fazer para alcançar as pessoas em uma cultura pós-moderna?

Que bom que você perguntou... O que a igreja deveria fazer para alcançar as pessoas em uma cultura pós-moderna? - Durante os últimos dois anos, publiquei muitas críticas direcionadas a várias tendências que se tornaram populares através do movimento da Igreja Emergente 1. Muitas vezes eu disse que estou convencido de que, apesar de pensar que os cristãos emergentes identificaram corretamente muitos problemas no movimento evangélico, as soluções que normalmente os tipos emergentes sugerem são totalmente equivocadas e demonstravelmente arraigadas no mesmo pensamento modernista defeituoso que levou à dissolução evangélica no passado. As pessoas ocasionalmente me perguntam se eu tenho alguma sugestão melhor para o ministério nestes tempos pós-modernos. De fato, eu penso que tenho. Aqui, adaptado do meu seminário sobre pós-modernismo na recente Sheperds’ Conference, está um breve sumário dos meus cinco pontos favoritos. Precisamos reconhecer a extensão do problema que o movimento de igrejas emergentes está tentando atacar. Durante os últimos cem anos ou mais, o evangelicalismo tem se tornado continuamente mais superficial e mais mundano. Embora o movimento evangélico tenha entrado no século XX com um rugido, enquanto lutava para defender suas mais centrais convicções contra o modernismo e a teologia liberal, ao final do mesmo século, o movimento foi dominado por pessoas que nem sequer mencionavam essas doutrinas fundamentais e certamente não queriam lutar por elas. Por outro lado ficaram encantados com entretenimento e relações públicas - e quase totalmente hostis à pregação bíblica e ao ensino orientado à doutrina. "O remanescente que ainda existe espalhado por aí ... enfrenta um sério – duplo - problema: uma igreja analfabeta e um mundo crescentemente hostil." Embora o evangelicalismo tenha vencido cada batalha contra o modernismo no século vinte, naqueles campos de batalha em que os evangélicos realmente enfrentaram o inimigo, o movimento acabou capitulando gradualmente diante da ideologia e prática modernista, devido à uma absoluta covardia e apatia. Enquanto isso, os evangélicos cresceram confortavelmente em uma cultura que estava tornando-se cada vez mais secular e mais impenitente a uma taxa incrivelmente rápida. Algum tempo depois de 1975 ou algo assim, o movimento evangélico conseguiu sofrer uma derrota espetacular na guerra de um século contra o comprometimento modernista. O remanescente que ainda existe espalhado por aí em meio à multidão mista do Movimento Evangélico Moderno enfrenta um sério – duplo - problema: uma igreja analfabeta e um mundo crescentemente hostil. Não há um caminho fácil para sair dessa bagunça. Minha estratégia começaria com cinco passos vitais: Nós precisamos - 1. LEMBRAR PORQUE NÃO SOMOS MODERNISTAS. A igreja precisa ver o movimento pós-modernista à luz da sua própria história recente, e nós deveríamos aprender algumas lições da nossa experiência com o modernismo sobre o melhor meio de responder ao pós-modernismo. Já sugeri muitas vezes que quando realmente se analisa o pós-modernismo, percebe-se que ele não é realmente em nada contrário ao modernismo. É só “modernismo 2.0”. Portanto, não compre a mentira de que se você rejeitar o pós-modernismo estará na verdade dando um voto de aprovação ao modernismo. Que tal deixarmos completamente de lado as tentativas de acomodar as mudanças inconstantes da cultura contemporânea e do pensamento mundano? Dêem-me aquela religião dos tempos antigos. 2. RECUPERAR O PAPEL DE ENSINAR NA IGREJA. A igreja precisa desesperadamente voltar à Palavra de Deus e à sã doutrina. Não são só os leigos destes dias que são incultos; a maioria dos pastores é grotescamente ignorante de princípios teológicos básicos que gerações anteriores teriam considerado essenciais - verdades fundamentais. A igreja está cheia de mestres que inventam suas próprias doutrinas rapidamente e não vêem nada de errado nessa prática. Não causa surpresa que a igreja como um todo hoje é fracamente equipada para lançar fora até mesmo o mais grosseiro dos hereges. 3. REENFATIZAR A CERTEZA DA VERDADE REVELADA. O apóstolo Paulo escreveu: "Pois também se a trombeta der som incerto, quem se preparará para a batalha?" (1 Coríntios 14:8). A preferência pós-moderna por ambigüidade e incerteza está seriamente em conflito com a Bíblia. Ela também anda na contramão de toda a lição que a história da igreja ensina. Estude qualquer era de reavivamento ou o estilo de qualquer grande pregador e você descobrirá que coragem e clareza foram suas marcas – jamais características como incerteza, ambivalência, hesitação, oscilação, apreensão, mensagens anuviadas, opiniões inconstantes, autocrítica obsessiva, ou qualquer outra dessas qualidades pós-modernistas falsamente taxadas de "humildade." Uma coisa é compreender as sensibilidades pós-modernas; outra coisa completamente diferente é simpatizar com o pós-modernismo. Estou convencido de que o movimento da Igreja Emergente demonstrou ter simpatia demais com o ceticismo pós-moderno. 4. RESTABELECER A SANTIDADE EM NOSSA LISTA DE PRIORIDADES. Santificação é uma idéia que parece estar completamente fora da conversação dos emergentes. Um medo quase patológico do "legalismo" impede que tipos emergentes alguma vez questionem se qualquer elemento da cultura pós-moderna é compatível com a semelhança de Jesus Cristo ou não. Hoje em dia tabus são o único tabu restante. Mas quando (por exemplo) tatuagens, charutos, cerveja, pôquer, e outros emblemas elegantes da cultura mundana são considerados como elementos amplamente necessários para um ministério "relevante" entre os homens, eu diria que o pêndulo balançou longe demais contra os perigos do "legalismo". Ninguém se lembra que amar este mundo e conformar-se aos seus gostos (e às suas preferências de mau gosto) também é um pecado perigoso? "Estude qualquer era de reavivamento ou o estilo de qualquer grande pregador e você descobrirá que coragem e clareza foram suas marcas..." 5. RECUPERAR NOSSA VERDADEIRA ÊNFASE MISSIONÁRIA. O "Viver Missional" 2 como retratado em muitas comunidades emergentes não é um substituto legítimo para o evangelismo real onde o Evangelho é proclamado clara e poderosamente. De fato, nosso foco como evangélicos somente deveria ser a mensagem do Evangelho em si - não simplesmente uma "metodologia". Não se ganha pessoas para Cristo por osmose, e certamente não se ganha ninguém para Cristo somente tentando da melhor forma ajustar-se à sua cultura. Eu estou começando a odiar a palavra “missional”. Além do fato de que é um jargão inútil, eu suspeito que ele é freqüentemente usado para disfarçar uma estratégia que é de fato anti-evangelística em que o evangelho nem sequer entra em cena, e muito menos torna-se o foco do ministério. Como isso é diferente da estratégia de Paulo! (1 Coríntios 2:1-5). Se é que estamos realmente preocupados em alcançar os pós-modernos, precisamos lembrar de que nossa única mensagem legítima – a única história que fomos comissionados por Cristo a levar para toda tribo e toda cultura - é o evangelho. E essa não é uma mensagem sobre como a igreja é legal. Uma receita alternativa aos modismos para alcançar o mundo pós-moderno.

Spurgeon e a Pregação Expositiva

Spurgeon e a Pregação Expositiva - As pessoas freqüentemente chamam minha atenção para o fato de que Spurgeon normalmente não fazia pregação expositiva. A afirmação costuma ser feita com um certo tom de desafio, e com um subtítulo muito claro: Como você pode criticar o estilo seeker-sensitive1 de pregação tópica e relacional? Seu próprio herói da história também não era um expositor. Ele era o Rick Warren do seu tempo. É verdade que Spurgeon não era um pregador expositivo. Na realidade, ele considerava a exposição bíblica como algo distinto de "pregar". A sua abordagem para "exposição" era simplesmente ler uma frase e fazer um comentário sobre ela. Alguns dos seus sermões impressos incluem uma seção de "Exposição", mas a "exposição" era uma parte completamente diferente do culto de adoração, distinta da pregação. "É verdade que Spurgeon não era um pregador expositivo. Na realidade, ele considerava a exposição bíblica como algo distinto de 'pregar'." Aqui está um perfeito exemplo do distanciamento de Spurgeon do estilo expositivo em seus sermões. No sermão "Coisas Que Acompanham a Salvação", Spurgeon começou reconhecendo que o sermão dele não refletia exatamente o significado do texto do qual ele tomou emprestado seu título. As suas primeiras palavras foram: "Eu não tenho absoluta certeza de que meu texto autorizará tudo que eu direi sobre ele neste dia se lido e compreendido em sua conexão. Mas eu tomei as palavras mais por acomodação do que ao contrário, e as utilizarei como um tipo de cabeçalho ao discurso que espero ser capacitado a pregar." Agora, não me entendam mal: Essa, tampouco, era a sua abordagem normal. Naquele sermão, ele estava somente pedindo emprestada uma frase da Bíblia para usar como um título, e ele reconheceu isso formalmente. Normalmente, ele usava pelo menos algum tempo para explicar o contexto e o significado do seu texto, até mesmo se ele posteriormente deixasse o texto e seu contexto para um tipo mais tópico de mensagem. Então, o que prova tudo isso? Certamente não invalida todo o ministério de pregação de Spurgeon. Eu recomendaria a abordagem que ele usava? Não. Mas, felizmente, no caso de Spurgeon, sua mente e seu coração eram tão saturados com a Bíblia que até mesmo (para tomar emprestado as palavras dele) seu sangue era biblino. Se alguém o cortasse, ele sangraria versos bíblicos. Sua aproximação tópica à pregação também normalmente incluía alguns elementos expositivos. (Antes de eu pregar em uma determinada passagem, sempre leio Spurgeon para ver como ele lidou com o texto. Eu considero que ele freqüentemente oferece grande ajuda para a exposição da passagem, embora esse não fosse o foco principal dos seus sermões.) E se ele falasse em qualquer lugar em qualquer tópico (até mesmo quando estava fazendo uma palestra a uma audiência acadêmica), havia tanta Bíblia na sua mensagem que praticamente qualquer discurso que ele proferia em qualquer lugar provavelmente já excederia até mesmo alguns dos sermões "expositivos" de hoje quanto ao critério conteúdo bíblico. "...Spurgeon viveu numa era em que quase ninguém fazia pregação expositiva. Ele era, nesse sentido, um filho do seu tempo." No entanto, a aproximação tópica na pregação certamente não é a que eu recomendaria a jovens que preenchem suas horas livres com "American Idol"2 e Jack Bauer3, em lugar de literatura Puritana e comentários da Bíblia, como Spurgeon fazia. A propósito, Spurgeon viveu numa era em que quase ninguém fazia pregação expositiva. Ele era, nesse sentido, um filho do seu tempo. Além disso, os assim chamados "sermões tópicos" que o típico pastor contemporâneo prega são algo completamente diferente. Minha objeção principal à homilia seeker-sensitive, não é simplesmente de que ela não é expositiva, e sim de que ela muitas vezes deliberadamente não faz sequer uma única conexão com a Bíblia, ou pelo menos faz a conexão "bíblica" tão pequena e tênue quanto possível. Um dos principais gurus do movimento seeker-sensitive aconselha os pastores dizendo que não é uma boa idéia começar os sermões com a Bíblia. Spurgeon teria, com razão, considerado abominável tal conselho. Em outra palavras, qualquer coisa que você diga sobre a abordagem de Spurgeon em relação às Escrituras, você não pode acusá-lo de não ser bíblico, e você não pode conclamá-lo para apoiar a metodologia seeker-sensitive. Eu não penso que qualquer um pudesse argumentar honestamente que alguém que precisa contratar Hulk Hogan como um atrativo está muito preocupado em ser bíblico em qualquer sentido. Alguns pastores dos nossos dias parecem até se orgulhar da maneira como conseguem relegar as Escrituras a uma nota de rodapé na sua mensagem. Essa abordagem certamente não pode ser defendida legitimamente por qualquer comparação com Spurgeon. "Então, o que prova tudo isso? Certamente não invalida todo o ministério de pregação de Spurgeon. Eu recomendaria a abordagem que ele usava? Não."

Eu Sigo em Frente - Um apelo equilibrado em favor do equilíbrio

Eu Sigo em Frente - Um apelo equilibrado em favor do equilíbrio - Diz a Palavra: "Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu” (Eclesiastes 3:1). Há um equilíbrio a ser mantido na verdadeira espiritualidade, e é somente a nossa pecaminosidade que nos faz ficar desequilibrados para um lado ou outro. A obediência que Deus exige requer nossa submissão implícita a toda a Sua Palavra revelada, e Ele ordena expressamente: "não vos desviareis, nem para a direita, nem para a esquerda" (Deuteronômio 5:32). O caminho da verdade é bem trilhado e bem conhecido (Jeremias 6:16), mas é bastante estreito (Mateus 7:14). Há fossos perigosos em ambos os lados, e nós somos tão propensos a caprichos e desvios que precisamos de constantes checagens para evitar que vaguemos de um lado para o outro no caminho (Isaías 30:21). Às vezes temos até que lutar para manter nosso equilíbrio. Nas palavras de Hebreus 4:11, precisamos esforçar-nos para poder descansar. Mas “equilíbrio” é uma palavra enganosa. Mencione-a em conexão com a verdade ou a espiritualidade, e as pessoas logo tendem a pensar em uma tábua equilibrada em algum suporte, como uma gangorra no pátio do recreio. Se você se mover para um lado, aquela ponta desce, e se você se mover para o outro lado, este outro abaixa. Todos nós aprendemos desde crianças que a única forma de uma pessoa sozinha poder brincar numa gangorra é entrando no meio e ficando de pé com um pé em de um lado e o outro pé do outro e aí equilibrar a tábua dessa forma. Temo que muitas pessoas têm procurado essa abordagem quando o assunto é o discernimento quanto à verdade. Eles utilizam a abordagem dialética, na qual você soluciona toda a questão buscando o ponto médio entre dois extremos – como se você pudesse combinar uma tese errônea e sua antítese igualmente equivocada e obter uma síntese que seria de alguma forma verdadeira. "...você já notou que sempre que a doutrina da eleição ou a questão do "livre arbítrio" humano são trazidos à baila, alguém invariavelmente declarará que ele (ou ela) mantém uma posição que não é nem Calvinista nem Arminiana mas que está exatamente no meio desses dois 'extremos'?" Não é particularmente útil pensar dessa forma. Enquanto é verdade que erros freqüentemente ocorrem em extremos opostos de qualquer determinada verdade, você certamente não irá encontrar a verdade começando com erros opostos e procurando uma “via média” entre eles. Sempre fico meio desconfiado de pessoas que buscam o meio da estrada em todo e qualquer assunto. Por exemplo, você já notou que sempre que a doutrina da eleição ou a questão do "livre arbítrio" humano são trazidos à baila, alguém invariavelmente declarará que ele (ou ela) mantém uma posição que não é nem Calvinista nem Arminiana mas que está exatamente no meio desses dois "extremos”? Muitas pessoas parecem imaginar que há alguma posição segura, logicamente-coerente, de meio termo, em que a soberania divina e a responsabilidade humana cancelam-se essencialmente, uma à outra. Sejamos honestos: Essa afirmação é empregada freqüentemente em um esforço para pôr fim a uma discussão relevante em vez de levá-la em frente. Muitas pessoas que seguem essa linha simplesmente não querem enfrentar as dificuldades impostas pela tensão entre o convite do Evangelho e a incapacidade do pecador, ou entre a soberania absoluta de Deus e a Sua ira contra o pecado. Eles imaginam que, tomando uma posição “em cima do muro” e cobrindo os olhos, podem simplesmente evitar completamente todas essas dificuldades. Esse não é o modo bíblico de pensar. A Escritura (assim como o verdadeiro Calvinismo) dá ênfase à soberania divina e à responsabilidade humana. A verdade não é um meio termo em que absolutamente nenhuma ênfase é empregada, mas uma doutrina equilibrada em que os dois lados da verdade são completamente enfatizados. "Não procure um confortável “meio termo” entre legalismo e licenciosidade. Não há nenhuma “via média” segura entre legalismo e licenciosidade." O equilíbrio entre liberdade Cristã e vida piedosa também é desse tipo. Não procure um confortável “meio termo” entre legalismo e licenciosidade. Não há nenhuma “via média” segura entre legalismo e licenciosidade. Na verdade, ambos caminham freqüentemente de mãos dadas e são encontrados juntos, porque eles se originam da mesma visão distorcida da santificação. O legalismo é freqüentemente uma cortina de fumaça para esconder uma vida carnal. Mas a santificação neotestamentária dá ênfase apropriada tanto à liberdade quanto ao amor a Cristo; enfatiza tanto a libertação da lei quanto a libertação do pecado; tanto a emancipação da escravidão da nossa carne pecadora quanto a busca da escravidão da justiça como única forma de desfrutar nossa vida nova no Espírito. A maioria das doutrinas cristãs alcança equilíbrio de um modo semelhante. Esqueça o ponto médio em uma linha contínua, o suporte em uma gangorra, e a faixa amarela no meio da estrada. Quando falamos em equilibrar estas duas verdades, a idéia é mais parecida com os dois remos em um barco. Tente remar só de um lado, e você somente andará em círculos sem fazer qualquer progresso. Quanto mais firme você rema com um só remo, mais rápidos e mais fechados seus círculos serão. Você nunca chegará a lugar algum, espiritualmente falando, a menos que você ponha os dois remos na água. "...você já notou que sempre que a doutrina da eleição ou a questão do "livre arbítrio" humano são trazidos à baila, alguém invariavelmente declarará que ele (ou ela) mantém uma posição que não é nem Calvinista nem Arminiana mas que está exatamente no meio desses dois 'extremos'?"

Orações Puritanas - Confissão e Petição

Orações Puritanas - Confissão e Petição - Santo Senhor, pequei vezes sem conta, e sou culpado de orgulho e incredulidade, de fracasso em encontrar Tua mente em Tua Palavra, de negligência em Te buscar em minha vida diária. Minhas transgressões e falhas apresentam-me com uma lista de acusações, mas eu Te louvo porque elas não se levantarão contra mim, pois tudo foi posto em Cristo. Continua subjugando minhas corrupções e concede-me graça para viver acima delas. Não permitas que as paixões da minha carne nem as cobiças da minha mente tragam meu espírito sob sujeição, mas reina Tu sobre mim em liberdade e poder. Eu Te agradeço porque muitas de minhas orações foram rejeitadas. Pedi mal e não tive, orei a partir de cobiças e fui rejeitado, ansiei pelo Egito e recebi um deserto. Conduz em frente Teu trabalho paciente, respondendo "não" para minhas orações equivocadas, e ajustando-me para aceitar que assim seja. Purifica-me de todo falso desejo, toda aspiração indigna, tudo que é contrário à Tua lei. Eu Te agradeço por Tua sabedoria e Teu amor, por todos os atos de disciplina aos quais estou sujeito, pelas vezes em que me pões na fornalha para refinar meu ouro e remover minha escória. Nenhuma provação é tão difícil de suportar quanto o senso de pecado. Se Tu vieres a me dar a opção entre viver em prazer e manter meus pecados ou tê-los queimados em meio a provações, concede-me a santificadora aflição. Livra-me de todo mau hábito, toda acumulação de pecados pregressos, tudo o que escurece o brilho da Tua graça em mim, tudo o que me previne de deleitar-me em Ti. Então eu Te bendirei, Deus de Jeshurun, por me ajudar a ser reto. "Minhas transgressões e falhas apresentam-me com uma lista de acusações, mas eu Te louvo porque elas não se levantarão contra mim, pois tudo foi posto em Cristo."

"Cristãos Bonsai"

"Cristãos Bonsai" - “Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo’ - Ef 4:15 Na Bíblia, o desenvolvimento da vida do cristão em sua relação com Deus é bastante comparado ao que ocorre com as plantas. Há inúmeras citações a respeito do crescimento delas, de onde tiram o seu sustento, das raízes, ramos e frutos, da semeadura e da colheita, etc. O homem foi criado e colocado para viver num jardim. A árvore da vida é mencionada no primeiro e no último livros da Bíblia. As plantas, na verdade, servem de comparação para compreendermos muito do que acontece conosco. A Palavra de Deus é comparada a uma semente e as pessoas ao lugar onde ela cai: à beira do caminho, e o Diabo tira a Palavra do seu coração; sobre as pedras e, por não ter raízes, desiste na hora da provação; entre espinhos, e é sufocada pelas preocupações, riquezas e prazeres desta vida; ou em boa terra e frutifica (Lc 8:11-15). O cristão recém-convertido é também chamado de “planta nova’. Em relação à qualificação dos supervisores da igreja, Deus diz que o presbítero “não pode ser recém-convertido’ (I Tm 3:6). Na ARA, “recém-convertido’ aparece como “neófito’, que é uma transliteração da palavra empregada no original (“neos’: novo; “phyton’: planta). A planta nova é mais vulnerável e sensível às alterações ambientais. Necessita de maiores cuidados. Assim é chamado o cristão recém-convertido. Paulo escreveu aos coríntios: “Eu plantei, Apolo regou, mas Deus é quem fez crescer; de modo que nem o que planta nem o que rega são alguma coisa, mas unicamente Deus, que efetua o crescimento’ (I Co 3:6,7). Todos somos instrumentos nas mãos de Deus. Ele usa alguns para semear e outros para cuidar das plantas novas. Paulo foi usado para semear a Palavra no coração dos coríntios, Apolo foi usado para edificá-los, mas Deus é quem os fez crescer. O apóstolo também orava pelos efésios, para que estivessem “arraigados e alicerçados em amor’ (Ef 3:17), isto é, para que, através das suas raízes, se nutrissem do amor e estivessem firmados nele. “Deus é amor...Nós amamos porque ele nos amou primeiro’ (I Jo 4:8,19). Jesus Cristo disse: “Eu sou a videira; vocês são os ramos... sem mim vocês não podem fazer coisa alguma’ (Jo 15:5). Como meros ramos, somos nutridos e permanecemos vivos e saudáveis apenas enquanto ligados a Jesus Cristo. Nada podemos fazer sem Ele. "Também, de nada adianta alguém se lamentar por não ver progresso na sua vida espiritual se não estiver semeando corretamente. Semear no Espírito é fazer aquilo que o Espírito quer. Semear na carne é fazer aquilo que a nossa natureza deseja." Assim como “toda árvore boa dá frutos bons, mas a árvore ruim dá frutos ruins’ (Mt 7:17), nós podemos conhecer as pessoas pelo seu comportamento, pois não podemos ver o seu interior. Nós somos comparados a árvores que produzem frutos. Pelos frutos que produzirmos, as pessoas verão o que está no nosso coração. “Toda árvore é reconhecida por seus frutos... O homem bom tira coisas boas do bom tesouro que está em seu coração, e o homem mau tira coisas más do mal que está em seu coração, porque a sua boca fala do que está cheio o coração’ (Lc 6:44,45). Aos gálatas Paulo falou como é o fruto produzido pelo Espírito (Gl 5:22,23) e reiterou um princípio imutável: “O que o homem semear, isso também colherá’ (Gl 6:7). Para ressaltar a imutabilidade desse princípio, ele diz que tentar fazer o contrário é como zombar de Deus. E isso tem conseqüências eternas. Se algo já está semeado, nós não temos nenhum controle sobre que tipo de fruto será colhido. Ninguém pode colher laranjas de uma videira. Nosso controle sobre a colheita está na semeadura. Quem quiser colher laranjas, tem que plantar uma laranjeira. Nossa vida é um tempo de semeadura. Temos que semear aquilo que queremos colher. “Quem semeia para a sua carne, da carne colherá destruição; mas quem semeia para o Espírito, do Espírito colherá a vida eterna’ (Gl 6:8). Quem semear como Deus quer estará para sempre com Ele, mas quem semear para satisfazer sua própria natureza, ficará longe dEle. Também, de nada adianta alguém se lamentar por não ver progresso na sua vida espiritual se não estiver semeando corretamente. Semear no Espírito é fazer aquilo que o Espírito quer. Semear na carne é fazer aquilo que a nossa natureza deseja. Nossa vida é mesmo um período de semeadura. Jesus disse que “o Reino de Deus é como um homem que semeou boa semente em seu campo’, mas o inimigo ’semeou o joio no meio do trigo e se foi’ (Mt13:24,25). Ele disse também que “a colheita é o fim desta era, e os encarregados da colheita são anjos’ Mt 13:39). No fim desta era haverá uma colheita e o joio será separado do trigo. Todos nós estaremos presentes e faremos parte dessa colheita. Não há como escapar disso. Na hora da colheita só há dois tipos de plantas. Ou estamos com Deus ou contra Ele (Mt 12:30). Não há uma terceira opção. Como vimos, nas muitas comparações com as plantas, a Bíblia diz que quando nos entregamos a Jesus Cristo somos como plantas novas. Nessa fase somos mais vulneráveis e necessitamos de cuidados maiores. Mas Deus não quer que ninguém permaneça assim. Ele quer que, com as raízes firmadas nEle, possamos nos nutrir dEle e crescer, ficar fortes e sólidos para a Sua glória. Deus não quer que ninguém permaneça sem crescimento. O autor de Hebreus disse que teria muitas outras coisas para ensinar, mas não podia por causa da falta de crescimento daqueles a quem se dirigia. Quanto a isso, temos muito que dizer, coisas difíceis de explicar, porque vocês se tornaram lentos para aprender. Embora a essa altura já devessem ser mestres, vocês precisam que alguém lhes ensine novamente os princípios elementares da palavra de Deus. Estão precisando de leite e não de alimento sólido! Quem se alimenta de leite ainda é criança...’ (Hb 5:11-13). Os lentos para aprender são como crianças quando já deveriam ser mestres. Deveriam estar ensinando, mas não estão nem em condições de aprender coisas mais profundas. Em lugar de estarem edificando outros, precisam ser edificados com coisas básicas, com leite. "Os irmãos que, pelo tempo de conversão, já deveriam ser mestres e estar ajudando os outros, mas ainda são crianças e precisam ser ajudados, são como plantas que não cresceram. Deus não quer isso. A vida do cristão deve ser um crescimento contínuo." Paulo fala a mesma coisa aos coríntios: “Irmãos, não lhes pude falar como a espirituais, mas como a carnais, como a crianças em Cristo. Dei-lhes leite, e não alimento sólido, pois vocês não estavam em condições de recebê-lo. De fato, vocês ainda não estão em condições...’ (I Co 3:1,2). Os textos acima mostram que o cristão pode permanecer longo tempo sem crescer ou crescendo muito pouco e lentamente (nesse caso, seriam “crianças’ quando deveriam ser “mestres’). Portanto, há os que são cristãos há muito tempo mas, em matéria de crescimento, ainda são como crianças. São os cristãos “bonsai’. “Bonsai’ significa, literalmente, “plantado numa bandeja’. É uma técnica japonesa muito antiga em que, por meio de podas das raízes e galhos, replantios e cuidados especiais, mantém-se uma planta sempre pequena, embora o tronco assuma as características de uma planta adulta da mesma idade. Os mini bonsais têm cerca de 15 cm e os grandes em torno de 60 cm. Há árvores que atingem dezenas de anos, mas continuam pequenas. Infelizmente, há cristãos que se assemelham a bonsais. São convertidos há muito tempo, chegam a ter até algumas características de cristãos crescidos, têm inclusive o linguajar apropriado, mas continuam com pouco crescimento. Isso é muito triste. Os irmãos que, pelo tempo de conversão, já deveriam ser mestres e estar ajudando os outros, mas ainda são crianças e precisam ser ajudados, são como plantas que não cresceram. Deus não quer isso. A vida do cristão deve ser um crescimento contínuo. Toda vida necessita de alimento para que não cesse. Nossa vida espiritual necessita de alimento para que nos aproximemos do Pai cada vez mais. E essa aproximação é infinita, pois Ele é infinito. Nós precisamos crescer continuamente. Precisamos nos alimentar de Deus eternamente. Jesus disse: “Da mesma forma como o Pai que vive me enviou e eu vivo por causa do Pai, assim aquele que se alimenta de mim viverá por minha causa’ (Jo 6:57). Ao instruir Timóteo, Paulo disse: “Se você transmitir essas instruções aos irmãos, será um bom ministro de Cristo Jesus, nutrido com as verdades da fé e da boa doutrina que tem seguido’ (I Tm 4:6). Todos os cristãos precisam permanentemente se alimentar com as verdades da fé e da boa doutrina. Ninguém pode chegar ao ponto de se considerar suficientemente alimentado ou achar que já sabe o suficiente. Ninguém nunca saberá o suficiente. "Parece-me que Satanás tem conseguido, com bastante eficiência, manter o pensamento dos homens longe de Deus através de várias artimanhas. Para mim, três dos mais importantes fatores de que ele se utiliza são a pressa, o barulho e as pessoas ao redor." Não poderemos obter alimento espiritual suficiente apenas por osmose, por simples proximidade. Ouvir um pouco da Palavra todas as semanas e estar junto com os irmãos pode nos edificar e ensinar, mas não o suficiente. Precisamos ser bem nutridos para podermos crescer e, então, sermos usados para ajudar a alimentar os irmãos. É feliz aquele que tem prazer em se alimentar diariamente da Palavra de Deus (Sl 1:1,2). Parece-me que Satanás tem conseguido, com bastante eficiência, manter o pensamento dos homens longe de Deus através de várias artimanhas. Para mim, três dos mais importantes fatores de que ele se utiliza são a pressa, o barulho e as pessoas ao redor. Parece estar se tornando cada vez mais difícil conseguir tempo, silêncio e isolamento, juntos. Temos que lutar contra isso. Jesus também tinha uma agenda bastante cheia. “Os apóstolos reuniram-se a Jesus e lhe relataram tudo o que tinham feito e ensinado. Havia muita gente indo e vindo, ao ponto de eles não terem tempo para comer’ (Mt 6:30,31). Parece que a falta de tempo para comer não é um problema moderno! Todavia, Ele fazia questão de separar um tempo para estar sozinho em lugares silenciosos. “Tendo despedido a multidão, subiu sozinho a um monte para orar. Ao anoitecer, ele estava ali sozinho...’ (Mt 14:23). “De madrugada, quando ainda estava escuro, Jesus levantou-se, saiu de casa e foi para um lugar deserto, onde ficou orando’ (Mc 1:35). “Mas Jesus retirava-se para lugares solitários, e orava’ (Lc 5:16). Jesus separava tempo para estar sozinho e Se alimentar. Creio que todo cristão precisa separar, diariamente, um certo tempo para investir na sua edificação. E esse tempo seria mais proveitoso se ele estivesse só e houvesse silêncio. Tempo, silêncio e isolamento favorecem muito nosso contato diário com Deus. Por isso Satanás quer que estejamos sempre com pressa, barulho e gente em volta. O investimento na própria edificação não é egoísmo. É investimento nas coisas do alto, na aproximação com Deus. E, secundariamente, essa aproximação de Deus é indispensável para o investimento proveitoso na vida dos irmãos. O contato com as pessoas, seja para levar o Evangelho, dar testemunho, edificar, ajudar, servir, ser ajudado, ser exortado, ser corrigido, etc., é muitíssimo importante. Todavia, precisamos também de períodos de isolamento, para ficar a sós com Deus. E é importante termos o nosso período com Deus todos os dias; isso precisa entrar na nossa rotina diária das coisas indispensáveis, como comer e dormir. Essa deve ser uma prioridade e não uma atividade a ser desenvolvida no tempo que sobrar, se sobrar. "E é importante termos o nosso período com Deus todos os dias; isso precisa entrar na nossa rotina diária das coisas indispensáveis, como comer e dormir. Essa deve ser uma prioridade e não uma atividade a ser desenvolvida no tempo que sobrar, se sobrar." Esse período com Deus deve ser gasto em oração e estudo da Palavra. Apenas um dos dois não basta. A oração é absolutamente indispensável para absolutamente tudo na vida cristã. A vida cristã precisa ser regada a oração (I Ts 5:17). A nossa motivação, o nosso desejo, o nosso entusiasmo e a nossa capacidade para viver para Jesus Cristo são dados por Ele (Fp 2:13; Jo 15:5). Ele é a fonte de tudo e o fim de tudo (Cl 1:16; Ef 1:10). Nosso contato com a fonte precisa ser constante. O estudo bíblico, e não apenas a leitura da Bíblia, é importante. Chamo de estudo a leitura e a meditação. A profundidade da leitura e da meditação podem variar muito, mas o que não pode haver é apenas uma leitura simples, sem meditação nas coisas que Deus nos ensina no trecho lido. Não podemos nos contentar em ser analfabetos funcionais teológicos, apenas lendo algo sem apreender o seu significado. Através da leitura seguida da meditação e da compreensão do que foi lido, verdades passam da mente de Deus para a nossa, e esse é o primeiro passo para a transformação da nossa vida (Rm 12:2). As coisas que povoam a nossa mente são a matéria-prima da nossa meditação durante as atividades diárias. “Mantenham o pensamento nas coisas do alto...’ (Cl 3:2). Essa é uma exortação à meditação constante. E nossa mente precisa de matéria-prima para isso. Vamos separar diariamente um tempo para estarmos crescendo na comunhão com Deus, para não nos tornarmos “cristãos bonsai’! “Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo’ - Ef 4:15 Falta de crescimento? Provavelmente trata-se de uma vida sem tempo devocional com Deus. O homem moderno precisa resgatar as antigas disciplinas espirituais.

Mais Do Que Um Sonho

Mais Do Que Um Sonho - Eu fui transportado em meu sonho aos dias antigos, e me encontrei do lado de fora de um templo de pedras rústicas e rodeado por um cemitério. Era hora do culto, pois, enquanto me encontrava à porta da igreja, o povo simples daquele lugar estava se encaminhando para a casa de Deus, chamados por um sino. Homens e mulheres idosos, outros no vigor da vida acompanhados de seus filhos, caminhavam quietamente em grupos. A roupa modesta que usavam e as conversas contidas mostravam o respeito que tinham pelo dia do Senhor e demonstravam o fato de que estavam preparando suas mentes para o culto a Deus, antes de entrarem na igreja. Quando a igreja ficou cheia, achei-me, no meu sonho, sentado no interior dela sem ser observado, num assento próximo da frente. Nenhum ornamento desfigurava o templo. Não vi figuras em vitrais, nem cruz, nem altar, nem símbolos supersticiosos. Os bancos de madeira estavam arrumados de modo simples, as paredes eram lisas, o madeirame do forro forte e rústico, como os próprios adoradores. A galeria, na parte de trás, bem como o andar térreo estavam cheios de pessoas esperando silenciosamente pelo início do culto. Subitamente o sino cessou, e quase que imediatamente uma porta lateral se abriu e um grupo de veneráveis anciãos encaminharam-se para tomar seus lugares nos assentos abaixo do púlpito. Depois de todos veio o ministro. Era um homem idoso, vestido de preto, com cabelos brancos. Suas costas eram um pouco encurvadas e seu andar lento e irregular. Os olhos de todos estavam sobre ele, enquanto subia os degraus do púlpito e abria o livro a partir do qual seriam cantados louvores a Deus por toda a congregação. Ao observar o idoso pregador, vi que havia um misto de severidade e brandura escritos nas linhas do seu rosto. Ele abriu o pequeno livro de cânticos espirituais com dedos que pareciam tocar cada página familiar afetuosamente. Eu observei depois, quando ele passou a ler o Livro grande diante dele sobre uma almofada, no púlpito, que ele folheava cada página com amor, como um homem faria ao folhear as páginas de um volume feito de ouro. "A roupa modesta que usavam e as conversas contidas mostravam o respeito que tinham pelo dia do Senhor e demonstravam o fato de que estavam preparando suas mentes para o culto a Deus, antes de entrarem na igreja." Quando o hino selecionado foi anunciado e lido parcialmente pelo pregador, a congregação começou a cantar os louvores ao Deus que se assenta acima no Seu trono. No princípio soaram como vozes humanas. Mas, à medida que o salmodiar sagrado prosseguia, percebi que uma glória começou a encher a casa. No meu sonho, eu me lembrei de olhar para cima à medida que o cântico cessava, e vi o que tenho certeza não estava ali antes - seres resplandecentes acima das cabeças dos adoradores e, mais alto ainda, como se fosse uma grande sombra do próprio Trono. Quando vi isto, senti um temor e uma calma reverência que não conhecia. Estou certo que outros sentiram também o mesmo, porque notei uma transformação vindo sobre as pessoas, especialmente sobre os mais idosos, os quais, sem dúvida, já haviam experimentado estas coisas no passado. Diversos esconderam suas faces nas mãos. Mas, mesmo assim, vi que não podiam esconder as lágrimas em seus olhos. Era uma ocasião santa. A seguir, o pregador orou. Suas palavras não eram afetadas, mas simples, naturais e cheias de pensamentos das Escrituras. Ele dirigiu-se a Deus como alguém que está acostumado a falar com o Eterno. Cada sentença medida carregava consigo alguns pensamentos elevados da grandeza divina, como se ele desfrutasse do próprio pensamento de Deus, no limite extremo do seu poder. Cada petição subseqüente suplicava uma grande medida de graça, perdão e auxílio para todo o seu povo. No meu sonho, eu vislumbrei a queda de poderes satânicos à medida que ele orava, e pensei que vi, em visão, o alvorecer daquele brilhante dia quando a igreja de Cristo se completar e vier o estado de glória. Seu Amém foi tão sólido e ressoante que imaginei os céus distantes trovejando com o seu eco de aprovação. O coração do povo também tinha estado naquela oração, pois percebi que não poucos dentre eles sentaram-se com a beleza da santidade nas suas faces. Quando as leituras que o pregador fez do grande livro foram terminadas e os primeiros hinos concluídos, vi que ele se levantou para pregar o seu sermão e que o povo se preparou para ouvi-lo como quem está para ouvir um mensageiro de Deus. Um solene senso de urgência veio sobre toda a congregação, quando ele anunciou o seu texto e prosseguiu para extrair coisas velhas e novas das Escrituras. Eu mesmo ouvi a voz daquele homem tão atentamente como se ele fosse um anjo, pois ele parecia brilhar à medida que se aquecia com o seu tema. De fato, sua figura frágil tornou-se forte novamente à proporção que tratava de seu assunto, e seus cabelos encanecidos brilhavam sobre sua cabeça enquanto declarava a mensagem do seu mestre. Decorrida meia hora do seu sermão, o pregador fez uma pausa para olhar ao seu redor, especialmente para os jovens, e teve que tirar o lenço porque seus olhos estavam agora cheios de lágrimas de piedade e amor paternal. Eu imaginei que seu coração se partiria com o receio de que mesmo um só de seus ouvintes falhasse e não viesse a encontrá-lo no reino dos céus acima. "Quanto a mim, não sabia se tinha estado no corpo ou fora do corpo. Mas meu coração queimava, quando me levantei completamente despercebido, para sair após todos. Eu tentei, quando saí, descobrir em que igreja eu tinha estado assim sentado e cultuando." Foi neste momento que minha atenção se prendeu em um jovem sentado não longe de mim. Eu o havia notado antes, porque ele parecia estar fora do seu ambiente, naquele lugar. Ele usava uma roupa fina e obviamente sentia orgulho da sua aparência. De tempos em tempos olhava para o seu relógio, como alguém ansioso para sair daquele santuário, de volta ao mundo. Eu o tinha visto pelo canto dos meus olhos, com pena. Mas, não tinha prestado especial atenção nele até agora, quando o pregador começou a chorar pelas almas daqueles que estavam descuidados. Então uma extraordinária transformação veio sobre o rapaz. Como quando uma centelha da fornalha de um ferreiro voa a esmo e toca fogo em um monte de palha seca, assim algumas sentenças do pregador devem ter queimado o coração desse jovem com um misterioso poder. Num instante a fisionomia do rapaz se transformou. Ele foi atingido (preso) pelo pregador. Ele esqueceu-se de si mesmo e de todo este mundo. Ao invés, viu a si mesmo pendurado sobre um lago de fogo eterno e sentiu os primeiros tormentos (mordidas) do mormaço que devorará para sempre as consciências dos ímpios no outro mundo. Quando o sermão terminou, este jovem levantou sua cabeça dentre os seus joelhos, pois por todo o resto do tempo, desde que começou nele a mudança, ele a tinha escondida, o mais baixo que podia. Quando lhe vi o rosto novamente, pareceu-me a face de um novo homem. Eu nunca vi em toda a minha vida uma expressão mais pura (singela) em nenhum homem, e compreendi que ele tinha sentido a paz que sentem todos aqueles que habitam sob a sombra do Trono. Terminado o culto com a bênção, o venerável pregador desceu lentamente do púlpito e os anciãos levantaram-se em atitude de respeito, e cada homem apertou-lhe a mão, antes que ele retornasse à sua sala. E assim, o povo saiu quietamente, alguns com um brilho celestial em suas faces, e outros com suas cabeças bem baixas, por temor de ofender o majestoso Ser, em cuja casa eles tinham tido o privilégio de sentar. Quanto a mim, não sabia se tinha estado no corpo ou fora do corpo. Mas meu coração queimava, quando me levantei completamente despercebido, para sair após todos. Eu tentei, quando saí, descobrir em que igreja eu tinha estado assim sentado e cultuando. Mas não pude descobrir. Eu, entretanto supus que deve ter sido em algum lugar entre os puritanos, anos atrás, ou na Nova Inglaterra entre os antigos peregrinos. Ou foi no País de Gales de outrora... ou em alguma vila escocesa? Eu particularmente penso que não importa onde estive, porque tinha sido um encontro com coisas eternas. Eu recordo que, quando saí, o céu estava azul e o sol estava quente sobre mim, e quando pensei sobre Deus, chorei audivelmente por pura felicidade. Pois bem, tive este sonho há tempos atrás e nunca pensei que fosse contá-lo a homem algum, mas o conto agora porque tive o sonho novamente, conforme passo a explicar agora. "Mas, enquanto eu aguardava o começo do culto, vi um homem jovem leviano e trivial subir os degraus do púlpito e sua face esboçava um sorriso tolo que contrastava de modo incompatível com a face do idoso pregador que eu havia visto no meu sonho anterior." Neste meu segundo sonho, encontrei-me do lado de fora da igreja que tinha visto antes. Era um domingo, e lá vinha pela rua, agora bem pavimentada e muito larga, o mesmo jovem cuja transformação espiritual eu acabei de descrever. Mas agora, o jovem havia se tomado velho e lento. Ele andava com dificuldade com uma bengala, e na sua face havia algo semelhante a do venerável pregador por meio de cujo sermão ele veio a amar as coisas celestiais. Ele parou no portão da igreja e tirou uma chave para entrar no templo onde seus pais outrora adoraram. Não havia mais multidões para encher a casa de oração. Negligência e penúria podiam ser vistas por todo lado. Para dizer a verdade, ele era o único homem vivo que tinha cuidado com o lugar, onde outrora grandes cultos haviam sido oferecidos. Mas guerras e caprichos humanos haviam transformado a sociedade, desde a sua juventude. A morte havia levado seus antepassados para o túmulo. Sozinho, este idoso santo toda semana abria a casa de culto por amor a Deus e aos homens. No meu sonho eu segui o homem até dentro e o ouvi suspirar ao olhar ao redor e sussurrar como que para aqueles que outrora haviam sido co-adoradores com ele: Icabod1. Nem vinte pessoas estavam reunidas para o culto, que era realizado naquele lugar uma vez por mês, o que estava acontecendo naquele dia. Quanto a mim, achei-me sentado onde havia estado sentado no meu primeiro sonho, e foi tão diferente que eu podia ter chorado até que meus olhos se turvassem. Mas, enquanto eu aguardava o começo do culto, vi um homem jovem leviano e trivial subir os degraus do púlpito e sua face esboçava um sorriso tolo que contrastava de modo incompatível com a face do idoso pregador que eu havia visto no meu sonho anterior. Nenhum ser resplandecente veio sobre nós enquanto cantávamos, nem sentimos a sombra do Trono sobre nós, enquanto ouvíamos este novo tipo de sermão. Tudo o que posso lembrar é que havia pouco mais no sermão do que comentários embaçados e umas poucas observações não preparadas que suscitaram um riso momentâneo. Uns poucos, de fato gargalharam, especialmente as pessoas mais ignorantes presentes. Mas eu observei que aquele riso apenas produziu um olhar doloroso na face do antigo ancião. Ele entretanto escondeu isto da melhor maneira que pôde. Ele esperava o melhor de tudo, e claramente pensava que não deveria parecer indelicado ao jovem, o qual, ele dizia freqüentemente a si mesmo, nunca conhecera as glórias dos dias passados. Depois que o culto terminou, vi que o idoso santo falou delicadamente com cada um, especialmente com as crianças. Para minha grande surpresa e prazer, observei que ele não falou severamente ao novato pregador, mas tomou, de dentro de sua pasta, um volume escolhido de teologia, o qual pediu que o jovem homem delicadamente recebesse como um presente e insistiu com ele sobre a importância da oração em secreto. Não havendo ninguém mais para fechar o templo, exceto o velho homem, ele aguardou até que o pequeno grupo de pessoas tivesse ido embora, e então, com tanto cuidado quanto se se tratasse de um palácio, ele verificou cada porta e finalmente trancou o pesado portão de ferro. Ele não foi, como eu esperava, direto para casa, mas encaminhou-se pelas antigas lápides do cemitério até chegar ao monumento que marcava o lugar onde seu próprio amado ministro tinha sido colocado para descansar, muitos anos atrás. Ali, ele tirou seu chapéu, e apoiou sua bengala sobre a pedra. Com dificuldade colocou-se de joelhos, e percebi que ele fazia isto freqüentemente porque a grama daquele lugar estava gasta devido ao fato de ajoelhar-se constantemente ali, em oração. Sobre sua cabeça o céu estava azul e o sol brilhava quente e intensamente. "Quando este homem levantou sua alma, eu o ouvi clamar ao Deus de seus pais. Uma frase ele repetia como se seu ardente coração fosse partir: "Volta, volta, volta. Oh, quanto tempo?" Ele lutou na sua oração, como se lutasse com um anjo." Eu gostaria que me fosse permitido dizer-lhes tudo o que eu ouvi e tudo o que senti quando o idoso santo derramava sua oração ao Eterno, pois ouvi cada palavra em meu sonho, mas não posso repeti-las todas agora. Mas, pelo menos isto eu preciso dizer. Quando este homem levantou sua alma, eu o ouvi clamar ao Deus de seus pais. Uma frase ele repetia como se seu ardente coração fosse partir: "Volta, volta, volta. Oh, quanto tempo?" Ele lutou na sua oração, como se lutasse com um anjo. Na verdade, eu realmente pensei que um anjo ia aparecer, tão alto ele clamava e tão profundamente gemia. Terminada sua oração, o idoso homem levantou-se sem firmeza sobre os seus pés e procurou por sua bengala e o seu chapéu para ir para casa. E quando ele se virou para ir, eu ouvi e vi algo que, tenho certeza, ele não percebeu. Mas eu, estando em meu sonho, tanto vi como ouvi claramente. Nos distantes céus surgiu o suave rufar de trovões e no longínquo horizonte apareceu novamente a presença dos seres resplandecentes que eu tinha visto no meu primeiro sonho. Então - espantoso de relatar - por toda aquela terra apareceu a sombra do Trono dAquele que vive para sempre e que responde às orações. Se o velho homem soube ou não, eu não posso dizer, mas eu vi que haveria um novo alvorecer para aquela igreja, por tanto tempo negligenciada e decadente. Enquanto olhava para o horizonte longínquo, tive um vislumbre da glória que estava por vir no sábio tempo de Deus. E quando acordei, eu vi que era mais do que um sonho. [1] "Foi-se a glória". Nome (hebraico) que a nora do sacerdote Eli deu ao filho que nasceu, quando ela soube que a arca da aliança havia sido tomada de Silo pelos filisteus (1 Sm 4:21). Uma parábola comparando a glória da igreja do passado com a igreja irreverente e inócua dos dias de hoje. Uma mensagem de alerta, mas também de esperança.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Perdoar é o Modo Mais Sublime de Crescer

Quantas vezes nos achegamos ao SENHOR para orar, ou para louvá-lO, ou pra buscá-lO, e nossa boca começa a pronunciar belas palavras, ou lágrimas começam a cair clamando por um milagre, por uma benção, mas quando ELE olha para o nosso coração, encontra mágoas, ressentimentos, falta de perdão, e não muito difícil, ELE encontra o nosso coração desejando o mal a quem nos feriu. Sabe amados, nesta vida, nós colhemos o que semeamos. Se pessoas nos traíram, ou falaram calúnias ao nosso respeito, ou nos prejudicaram, roubaram, xingaram, alguma parcela de culpa nós temos. Mas, se realmente fomos injustiçados, devemos confiar no SENHOR da Justiça, no Justo SENHOR, no Vingador, que ao Seu tempo honrará o Seu povo. Ficar guardando mágoas e ressentimentos e sentimentos maus, em nada mudará a situação. Já fomos traídos, prejudicados, machucados, e nenhum sentimento mau, fará com que essas coisas desapareçam. Claro que nos entristecemos, nosso semblante se desfalece. Mas carregar o peso da falta de perdão em seu coração por tanto tempo, só prejudicará mais ainda a cada um de nós. O SENHOR nos ama. E não importa o que fizeram com você, ou com alguém que você ama. O SENHOR também ama essa pessoa que te prejudicou, tanto quanto ELE ama você! O SENHOR tem para esta pessoa, a salvação, a libertação, as bençãos, as misericórdias, tanto quanto tem todas estas coisas para você também. Tudo é permissão do SENHOR. E tudo é resultado de alguma atitude nossa. Não adianta ficar remoendo. Você só vai se matar aos poucos. Na próxima vez que for orar ao SENHOR, antes, olhe para o seu coração. Livre-se das mágoas, dos ressentimentos, libere perdão. Não é sentimento. É atitude. Não espere sentir vontade de perdoar. Simplesmente perdoe. Decida que vai perdoar e viver a sua vida. Em algum momento, você também deve ter magoado alguém. Talvez você nem saiba. Talvez você não tenha causado tanto mal à alguém como causaram a você. Mas alguém neste momento pode estar se sentindo prejudicado por você e desejando o mal. Isso é muito ruim para nós. Livre-se de todo esse peso. Comece a lembrar do nome, do semblante, do momento em que te magoaram. E simplesmente perdoe. Perdoar não significa voltar a caminhar juntos. Não significa estar novamente debaixo do mesmo teto. Não significa voltar a ter uma vida em comum. Perdoar é tirar a culpa que recai sobre essa pessoa, seja lá o que ela tenha feito. Você não precisa que te peçam perdão. Você precisa decidir a perdoar

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Dons Espirituais: Hospitalidade

Dons Espirituais: Hospitalidade - "Compartilhem o que vocês têm com os santos em suas necessidades. Pratiquem a hospitalidade. (Rm 12:13 ) O Dom Espiritual de Hospitalidade Definido O dom espiritual de hospitalidade é a habilidade de receber bem os estranhos e entreter os convidados, freqüentemente em sua casa, com grande alegria e carinho de forma que eles se tornem amigos. Hospitalidade deve para incluir a família (1 Tm 5:8), amigos (Pv 27:10), cristãos (Gl 6:10), e estranhos que podem não ser cristãos (Lv 19:34). Pessoas com o Dom de Hospitalidade Estas pessoas tendem a ter uma "casa aberta" onde outros são bem-vindos para visitar. Este dom é freqüentemente associado aos talentos naturais de decoração de interiores, arte culinária e planejamento de eventos. É importante lembrar que a hospitalidade não deve ser estendida a falsos mestres e outros do mesmo tipo, que são uma ameaça (2 Jo 10-11). Hospitalidade nas Escrituras Jesus gastou tempo ajudando os marginalizados da sociedade (Mt 11:19), freqüentemente comeu com Seus discípulos e nos recebeu na família de Deus que inclui uma morada eterna (Jo 14:2) e uma festa eterna (Is 25:6-9; Ap 19:6-9). Presbíteros e pastores devem exercitarem a hospitalidade (1 Tm 3:2; Tt 1:8). Pedro desfrutou a hospitalidade de Simão (At 9:43) e Cornélio (At 10:48). Paulo desfrutou a hospitalidade de Lídia (At 16:15) e do carcereiro de Filipos (At 16:34). Você tem esse dom? Você gosta de ter pessoas em sua casa? Você gosta de ver as pessoas se encontrando e se divertindo em festas e eventos que você ajudou a planejar e ser o anfitrião? Sua casa é do tipo em que a maioria das pessoas sente-se confortável e aparece para visitar sem avisar? Você sente que algo realmente está faltando em sua vida quando você não pode ter convidados em sua casa? Quando você pensa em sua casa você pensa nela pela perspectiva de receber visitantes? Você considera sua casa como um local de ministério? "Estas pessoas tendem a ter uma "casa aberta" onde outros são bem-vindos para visitar."

Dons Espirituais: Misericórdia

Dons Espirituais: Misericórdia - "Temos diferentes dons, de acordo com a graça que nos foi dada. Se alguém tem o dom de profetizar use-o na proporção da sua fé. Se o seu dom é servir, sirva; se é ensinar, ensine; se é dar ânimo, que assim faça; se é contribuir, que contribua generosamente; se é exercer liderança, que a exerça com zelo; se é mostrar misericórdia, que o faça com alegria. (Rm 12:6-8 ) O Dom Espiritual de Misericórdia Definido O dom de misericórdia é a capacidade de sentir e expressar compaixão e solidariedade incomum para com aqueles em situações difíceis ou de crise e lhes proporcionam a ajuda e apoio necessários para atravessar tempos difíceis. Pessoas com o Dom de Misericórdia Eles têm a capacidade de "se colocar na situação de outros" e de sentir a dor e o fardo que eles carregam. Eles desejam fazer uma diferença na vida de pessoas que sofrem sem serem críticos. Eles podem ter dificuldade de avaliar as intenções dos outros e por vezes parecem ingênuos. Misericórdia nas Escrituras Jesus ensinou sobre a misericórdia (Mt. 5:7; 9:13; 23:23). Ele é constantemente descrito como tendo compaixão (Mt. 9:36; 15:32; 23:37; Lc. 7:13) e era tão cheio de misericórdia que por vezes chegou a chorar (Jo. 11:35). A misericórdia de Jesus incluiu uma atenção e preocupação pelas crianças (Mt. 19:14). Dorcas era "notável pelas boas obras e esmolas que fazia" (Atos 9:36). Além disso, o bom samaritano é uma das mais clássicas histórias já contadas sobre o tema da misericórdia (Lc. 10:30-37). Você tem esse dom? Você se sente atraído a pessoas carentes, sofridas, doentes, deficientes ou idosas? Freqüentemente pensa em formas de ministrar àqueles que sofrem? Você sente uma grande compaixão por pessoas que enfrentam problemas pessoais e emocionais? Você sente que quando visita aqueles que sofrem isso te traz alegria em vez de te deixar deprimido? Você se vê respondendo às pessoas mais com compaixão do que com julgamento? "...se é mostrar misericórdia, que o faça com alegria."

Dons Espirituais: Liderança

Dons Espirituais: Liderança - "Temos diferentes dons, de acordo com a graça que nos foi dada. Se alguém tem o dom de profetizar use-o na proporção da sua fé. Se o seu dom é servir, sirva; se é ensinar, ensine; se é dar ânimo, que assim faça; se é contribuir, que contribua generosamente; se é exercer liderança, que a exerça com zelo... (Rm 12:6-8 ) O Dom Espiritual de Liderança Definido O dom espiritual de liderança é encontrado em pessoas que têm uma clara e significativa visão da parte de Deus e têm a habilidade de comunicá-la publicamente ou reservadamente de tal modo que influenciam outros a perseguir aquela visão. Pessoas com o Dom de Liderança Estas pessoas tendem a gravitar para a "posição central" em um ministério. Outros tendem a ter confiança nas habilidades delas. Eles servem melhor os outros liderando-os. Eles tendem a operar com um forte senso de destino. Liderança nas Escrituras Jesus foi um líder tão talentoso que nos seus dias milhares O seguiram e hoje bilhões O seguem como o maior líder que jamais viveu. Outros exemplos são abundantes, incluindo Abraão, Moisés, Josué, Davi, Daniel, Josias, Paulo, Pedro e Tiago. Você tem esse dom? Outras pessoas têm confiança na sua habilidade de liderar? Você gosta de ter a "palavra final" ou de ser aquele com a responsabilidade final pela direção e sucesso de um grupo ou organização? Quando uma situação difícil ocorre, outras pessoas te procuram para recomendações e liderança? É comum você tomar a liderança em grupos nos quais ela não existe? Você considera a liderança agradável em vez de frustrante e difícil? Outras pessoas vão atrás de você para tomar grandes decisões para um grupo ou organização? "...se é exercer liderança, que a exerça com zelo..."

Dons Espirituais: Contribuir

Dons Espirituais: Contribuir - "Temos diferentes dons, de acordo com a graça que nos foi dada. Se alguém tem o dom de profetizar use-o na proporção da sua fé. Se o seu dom é servir, sirva; se é ensinar, ensine; se é dar ânimo, que assim faça; se é contribuir, que contribua generosamente... (Rm 12:6-8 ) O Dom Espiritual de Contribuir Definido O dom de contribuir é a habilidade de dar dinheiro e outras formas de riqueza alegre, sábia e generosamente para satisfazer as necessidades de outros e ajudar a sustentar ministérios. Pessoas com o Dom de Contribuir Independentemente da quantia, pessoas com este dom genuinamente vêem seus tesouros, talentos e tempo como pertencentes a Deus e não a eles mesmos. Eles são freqüentemente movidos a satisfazer as necessidades físicas de outros. Eles gostam de dar de si mesmos e do que têm. Mesmo quando eles não possuem os recursos para ajudar, eles oram fervorosamente para que essas necessidades sejam atendidas. Contribuir nas Escrituras Aproximadamente 25 por cento das palavras de Jesus nos Evangelhos estão relacionadas aos nossos recursos e a mordomia para com eles. Embora ele fosse pobre, Jesus não só alimentou milhares (Marcos 6:41) mas também deu-nos sua vida como um presente (João 15:13). Em outros pontos na Bíblia, a viúva (Marcos 12:42-43), Tabita (Atos 9:36), Barnabé (Atos 4:34-37), e a igreja macedônia (2 Cor. 8:1-2), todos tiveram este dom. Você tem esse dom? Você tende a ver as necessidades dos outros mais do que outras pessoas costumam fazer? Você gosta de dar do seu tempo, talento e riqueza para outros? Você entende que contribuir para um projeto digno é uma honra e um privilégio? Você contribui regularmente para a igreja com alegria e sacrificialmente? Você ouve freqüentemente as pessoas comentarem que você é uma pessoa generosa? Você procura oportunidades para dar seu dinheiro mesmo quando ninguém pergunta? "...se é contribuir, que contribua generosamente..."

Dons Espirituais: Encorajamento

Dons Espirituais: Encorajamento - "Temos diferentes dons, de acordo com a graça que nos foi dada. Se alguém tem o dom de profetizar use-o na proporção da sua fé. Se o seu dom é servir, sirva; se é ensinar, ensine; se é dar ânimo, que assim faça... (Rm 12:6-8 ) O Dom Espiritual de Encorajamento Definido O dom de encorajamento (também chamado de dom de exortação) envolve motivar, encorajar e consolar outras pessoas de forma que elas amadureçam na sua caminhada com Jesus. Pessoas com o Dom de Encorajamento Cristãos com este dom têm uma sensibilidade incomum para com aqueles que estão desanimados ou em lutas e são atraídos para eles. Como resultado, as pessoas tendem a procurá-los em busca de palavras restauradoras, verdade graciosa e conselho compassivo. Estas pessoas também tendem a ter um alto grau de paciência e otimismo. Elas podem ter uma queda para relacionamentos um-a-um e preferem trabalhar com indivíduos ou pequenos grupos. Encorajamento nas Escrituras Jesus nos disse para amar até mesmo os nossos inimigos e fazer bem a eles (Lucas 6:27-35), e exortou as pessoas a deixarem sua vida de pecado (João 8:11). Barnabé, cujo nome significa "Filho do Encorajamento" (Atos 4:36), encorajou a Paulo (Atos 9:27) e João Marcos (Atos 15:39). Paulo tinha este dom (Atos 14:21-22; 16:40; 20:1) como também Judas e Silas (Atos 15:31-32). Você tem esse dom? As pessoas te procuram para aconselhamento e encorajamento? Você gosta de caminhar com alguém através de dificuldades? Você é atraído em direção àqueles que estão sofrendo e necessitados? Você é paciente com as pessoas? Você preferiria falar pessoalmente com alguém sobre os seus problemas do que enviar outra pessoa para ajudar? Você acha fácil expressar alegria na presença daqueles que estão sofrendo? "O dom de encorajamento (também chamado de dom de exortação) envolve motivar, encorajar e consolar outras pessoas de forma que elas amadureçam na sua caminhada com Jesus."

Dons Espirituais: Evangelismo

Dons Espirituais: Evangelismo - "E ele designou alguns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas... (Ef 4:11 ) O Dom Espiritual de Evangelismo Definido O dom de evangelismo é a habilidade e o desejo de comunicar, corajosa e claramente, o evangelho de Jesus Cristo para que não-cristãos tornem-se cristãos. Pessoas com o Dom de Evangelismo Os evangelistas freqüentemente se preocupam calorosamente com os perdidos e têm um forte desejo de vê-los conhecer Jesus. Eles sentem compaixão pelos perdidos e procuram seriamente entender as perguntas e dúvidas deles de forma que eles possam prover uma resposta convincente. Freqüentemente um evangelista prefere estar com pessoas na cultura do que ficar na companhia de cristãos na igreja. Evangelismo nas Escrituras Lucas 19:10 diz que "o Filho de Homem veio buscar e salvar o que estava perdido." Pessoas acusaram Jesus de ser "um amigo de cobradores de impostos e 'pecadores’" porque ele teve muitos relaçionamentos evangelísticos com pessoas pecadoras (Mateus 11:19). Filipe (Atos 21:8) e Timóteo (2 Timóteo 4:5) também são exemplos de evangelistas. Você tem esse dom? Você gosta de estar com não-cristãos e compartilhar o evangelho? Você consegue se comunicar efetivamente com não-cristãos em uma linguagem que eles conseguem entender? A conversão de alguém te traz profunda alegria? Você se sente frustrado quando você não compartilhou sua fé durante algum tempo? Você gosta de ensinar a outros como compartilhar sua fé? Você acha fácil de dirigir uma conversa para o assunto Jesus Cristo? "O dom de evangelismo é a habilidade e o desejo de comunicar, corajosa e claramente, o evangelho de Jesus Cristo para que não-cristãos tornem-se cristãos."

Dons Espirituais: Administração

Dons Espirituais: Administração - "Ora, vocês são o corpo de Cristo, e cada um de vocês, individualmente, é membro desse corpo. Assim, na igreja, Deus estabeleceu primeiramente apóstolos; em segundo lugar, profetas; em terceiro lugar, mestres; depois os que realizam milagres, os que têm dons de curar, os que têm dom de prestar ajuda, os que têm dons de administração..." (1 Co 12:27-28 ) O Dom Espiritual de Administração Definido O dom de administração é a habilidade dada por Deus de dar direção e tomar decisões em favor de outros, que resultam em operação eficiente e no alcance de metas. A administração inclui a habilidade de organizar pessoas, coisas, informações, finanças, etc. Freqüentemente a marca de um administrador é a habilidade de executar coisas de um modo "decente e ordenado" (1 Coríntios 14:40) Pessoas com o Dom de Administração Administradores freqüentemente têm um olho aguçado para detalhes. Eles também podem possuir os talentos naturais de organização, observação e atenção a detalhes, solução de problemas, e capacidade de raciocínio. Administração nas Escrituras Jesus organizou Seu ministério escolhendo um círculo interno de três discípulos (Marcos 9:2), designando os doze (Marcos 3:13-14) e enviando os setenta de dois em dois (Lucas 10:1). José (Gênesis 41:41-57; 47:13-26), Jetro (Êxodo 18) e Tito (Tito 1:5) demonstram o dom de administração. Você tem esse dom? Quando as coisas são organizadas deficientemente você fica frustrado e deseja ajudar nas correções necessárias? Você é capaz de tirar ordem do caos? Você naturalmente organiza sua vida, agenda, finanças, prioridades, etc.? Você se empolga ao atuar em tarefas e projetos? Coisas como eficiência e presteza significam mais para você do que para a maioria das pessoas? Coisas como planilhas eletrônicas, orçamentos, quadros organizacionais e aplicativos, arquivos, canetas marca-texto e etiquetas te fazem feliz? "A administração inclui a habilidade de organizar pessoas, coisas, informações, finanças, etc."

Dons Espirituais: Ajuda/Serviço

Dons Espirituais: Ajuda/Serviço - "Ora, vocês são o corpo de Cristo, e cada um de vocês, individualmente, é membro desse corpo. Assim, na igreja, Deus estabeleceu primeiramente apóstolos; em segundo lugar, profetas; em terceiro lugar, mestres; depois os que realizam milagres, os que têm dons de curar, os que têm dom de prestar ajuda..." (1 Co 12:27-28 ) "Se o seu dom é servir, sirva; se é ensinar, ensine;..." (Rm 12:7 ) O Dom Espiritual de Ajuda/Serviço Definido O dom de ajuda/serviço é a habilidade para trabalhar alegremente ao lado de outro e ajudar aquela pessoa a completar a tarefa que Deus lhes deu. Pessoas com este dom geralmente preferem trabalhar nos bastidores. Eles também tendem a achar alegria ajudando a aliviar os fardos e responsabilidades de outros. Este dom normalmente é acompanhado por uma atitude de humildade e sacrifício, bem como uma habilidade de perceber as necessidades de outros. Pessoas com o Dom de Ajuda/Serviço Estas pessoas tendem a demonstrar uma atitude de servo, lealdade, atenção aos detalhes, e receptividade às iniciativas de outros. Eles funcionam bem em posições de detalhe e assistência na liderança. Ajuda/Serviço nas Escrituras Mateus 20:28 afirma que "o Filho do Homem [Jesus], que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos." Jesus também disse: "Pois, no meio de vós, eu sou como quem serve" e Ele até mesmo lavou os pés dos seus discípulos (Lucas 22:27; João 13:5). Já que os servos trabalham freqüentemente nos bastidores, o trabalho deles mas não seus nomes são mencionados freqüentemente na Bíblia (por exemplo: Números 11:17; 1 Timóteo 6:2; Atos 6:1-3). Pessoas citadas na Bíblia que ajudaram a igreja por meio de serviço incluem Febe, Priscila, Aqüila, Trifena, Trifosa (Romanos 16:1-4,12), e João Marcos (Atos 13:5). Algumas dessas pessoas com este dom também são designadas para a liderança como diáconos da igreja (1 Timóteo 3:8-13). Você tem esse dom? Você curte ajudar outros a serem mais efetivos no trabalho deles? Você prefere trabalhar nos bastidores? Quando alguém está fazendo seu trabalho deficientemente seu primeiro instinto é ajudar em vez de criticar? Você prefere trabalhar em uma posição de suporte em vez de uma posição de liderança? Quando você ouve falar de alguém em necessidade, você oferece seus serviços quando possível? Quando alguém pede sua ajuda, você tem dificuldade de dizer não? "O dom de ajuda/serviço é a habilidade para trabalhar alegremente ao lado de outro e ajudar aquela pessoa a completar a tarefa que Deus lhes deu."

Dons Espirituais: Ensino

Dons Espirituais: Ensino - "Ora, vocês são o corpo de Cristo, e cada um de vocês, individualmente, é membro desse corpo. Assim, na igreja, Deus estabeleceu primeiramente apóstolos; em segundo lugar, profetas; em terceiro lugar, mestres;..." (1 Co 12:27-28 ) "Se o seu dom é servir, sirva; se é ensinar, ensine;..." (Rm 12:7 ) O Dom Espiritual de Ensino Definido O dom de ensino é a capacidade concedida por Deus de compreender e comunicar a verdade bíblica de forma clara e relevante para que haja compreensão e aplicação. Pessoas com o Dom de Ensino Aprender, pesquisar, comunicar e ilustrar a verdade são qualidades que um indivíduo manifestará ao exercitar o dom de ensino. Estas pessoas gostam de estudar e aprender novas informações e obtém grande alegria compartilhando isto com outros. O formato do ensino pode variar de um discipulado um a um até classes formais, estudos bíblicos informais, grandes grupos, e pregação que é uma forma de ensino. Ensino no Ministério de Jesus Por todos os evangelhos, Jesus era comumente chamado de Rabbi, que quer dizer "mestre." Mateus 4:23 diz que "Percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando" e Mateus 7:28-29 dizem que "Quando Jesus acabou de proferir estas palavras, estavam as multidões maravilhadas da sua doutrina; porque ele as ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas." Ensino nas Escrituras Áqüila e Priscila (Atos 18:26), Paulo (Atos 19:8-10; 20:20; Colossenses 1:28; 1 Timóteo 2:7), presbíteros/pastores (1 Timóteo 3:2; 5:17), Timóteo (1 Timóteo 4:11,13; 6:2), e as mulheres piedosas (Titus 2:2-4), todos demonstram o dom de ensino. Você tem esse dom? Você gosta de estudar e pesquisar? Você gosta de transmitir a verdade bíblica a outros? Outras pessoas vêm até você em busca da sua perspectiva nas Escrituras? Quando você ensina, as pessoas "captam"? Quando você vê pessoas confusas no entendimento da Bíblia você sente uma responsabilidade de falar a elas sobre o assunto? Você gosta de falar a grupos de vários tamanhos acerca de questões bíblicas sobre as quais você tem fortes convicções? "O dom de ensino é a capacidade concedida por Deus de compreender e comunicar a verdade bíblica de forma clara e relevante para que haja compreensão e aplicação."

Dons Espirituais: Apóstolos

Dons Espirituais: Apóstolos - "Ora, vocês são o corpo de Cristo, e cada um de vocês, individualmente, é membro desse corpo. Assim, na igreja, Deus estabeleceu primeiramente apóstolos..." (1 Co 12:27-28 ) "E ele designou alguns para apóstolos..." (Ef 4:11 ) O Dom Espiritual de Apóstolos Definido Há muita confusão sobre o dom espiritual de apostolado porque muitas vezes há uma falha em distinguir o ofício de apóstolo do dom de apóstolo. O ofício de apóstolo refere-se aos doze escolhidos por Jesus (p.ex., Mateus 10:1; 19:28; 20:17; Marcos 3:13-19; 6:7; 9:35; 10:32; Lucas 6:12-16; 8:1; 9:1; 22:19-30; João 6:70-71; Apocalipse 21:14). Os requisitos para o ofício de apóstolo incluem ser uma testemunha ocular da vida e ressurreição de Jesus (Atos 1:21-26). Outro requisito é o poder miraculoso (Atos 2:43; 5:12; 8:18; 2 Coríntios 12:12; Hebreus 2:4). Portanto, apóstolos não existem hoje (p.ex., escrevendo livros da Bíblia), embora a função do seu ofício permanece existindo em um sentido restrito. Apostolado em um Sentido Secundário Por exemplo, apostolado em um sentido secundário aplica-se a pessoas como Barnabé (Atos 14:3-4, 14), Apolo e Sóstenes (1 Coríntios 4:6-9), Andrônico e Júnias (Romanos 16:7), Tiago (Gálatas 1:19), e Silas e Timóteo (1 Tessalonicenses 1:1; 2:6). Eles, como os apóstolos hoje, eram indivíduos capacitados enviados de um lugar para outro para iniciar e estabelecer igrejas locais (Atos 13:3-4). Este dom também inclui a capacidade de ministrar de forma transcultural (Atos 10:34-35; Efésios 3:7-8). Nos dias de hoje, plantadores de igreja e missionários estão operando na esfera do seu dom de apostolado, bem como líderes cristãos que Deus levanta para liderar e influenciar múltiplas igrejas e pastores. Pessoas com o Dom de Apostolado Estas pessoas muitas vezes têm um bom número de dons, tais como evangelismo, ensino, liderança, fé e exortação e são motivadas por novas e difíceis tarefas. Apostolado nas Escrituras Hebreus 3:1 afirma: "Por isso, santos irmãos, que participais da vocação celestial, considerai atentamente o Apóstolo e Sumo Sacerdote da nossa confissão, Jesus." Jesus também edifica a igreja (Mateus 16:18; Hebreus 3:1-6). Ele é a principal pedra angular da igreja, na qual o fundamento dos profetas e apóstolos é posta (Efésios 2:20), e sobre a qual Ele governa como Supremo Pastor (1 Pedro 5:4). Paulo é outro exemplo (Romanos, 1 Coríntios, 2 Coríntios, Gálatas, Efésios, Colossenses, 1 Timóteo, 2 Timóteo, e Tito, todos começam com Paulo anunciando a si mesmo como um apóstolo). Também, uma leitura de Atos indica que Paulo servia de forma transcultural e plantava igrejas. Pedro também detinha o ofício de apóstolo (Gálatas 2:8; 1 Pedro 1:1). Erros Comuns quanto a Apóstolos Líderes de seitas e falsos mestres afirmam ter autoridade que é, na prática, igual a das Escrituras porque eles são como aqueles apóstolos que escreveram a Bíblia. Mas essas pessoas são falsos apóstolos (2 Coríntios 11:13; Apocalipse 2:2) e "super-apóstolos" auto-iludidos (2 Coríntios 11:5, 13; 12:11). Você tem esse dom? Você consegue ministrar transculturalmente de forma efetiva? Você foi chamado e qualificado para plantar uma igreja? Pode começar uma igreja do nada? Você é um empreendedor? Deus te deu liderança e influência sobre múltiplas igrejas como um líder de um movimento? Você consegue desbravar um ministério onde outros falharam? "Há muita confusão sobre o dom espiritual de apostolado porque muitas vezes há uma falha em distinguir o ofício de apóstolo do dom de apóstolo."