sexta-feira, 27 de abril de 2012

Mensagem Aos Jovens

“Lembra-te também do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos dos quais venhas a dizer: Não tenho neles contentamento.” (Ec. 12.1) Quero trazer uma mensagem voltada para os jovens cristãos, pois sabemos que os jovens são a grande força e o futuro da Igreja, como também o futuro das demais áreas a serem ocupadas na sociedade. O que Salomão está nos ensinando através dessa passagem? Ele diz: “lembra do teu Criador nos dias da tua mocidade…” Está querendo expressar que o período da nossa vida onde temos maior disposição, energia, vigor, no qual estamos no auge da condição física, é o tempo da juventude. Sabemos que um jovem quando determina fazer algo e coloca isso na sua cabeça, ninguém pode barrá-lo ou impeli-lo; ele não mede esforços para conquistar ou pôr em prática seus planos. E o versículo ensina que é nesse momento da vida de um homem, na juventude, tempo de toda essa disposição, que devemos gastá-lo com Deus. Lançar toda essa energia e determinação nas coisas de Deus e na sua Palavra. Essa deveria ser a principal meta da juventude cristã: adquirir bagagem, conhecimento de Deus, experiências com Ele, adquirir profundo conhecimento bíblico, gastar horas em oração, começar a desenvolver um ministério, crescer à imagem de Cristo, ser um autêntico discípulo dele. Mas não é isso que tem acontecido com a juventude moderna. Eles estão envolvidos em inúmeras situações que não estão totalmente voltadas para Deus, tais como: NAMORO PRECOCE... Quantos cristãos estão gastando sua vida e depositando todos os seus sentimentos em um relacionamento, que na maioria dos casos está fora da direção de Deus, da aprovação dos pais e fora do tempo certo, tornando esses jovens dependentes desse relacionamento. Eles investem toda a força no relacionamento, o que muitas vezes prejudica suas demais áreas da vida como: rendimento escolar, trabalho, relacionamento com outras pessoas e principalmente prejudica o relacionamento com Deus, a comunhão com o Espírito Santo e a identificação com as Escrituras, pois este tipo de jovem não tem tempo, nem coração pronto para isso. Tudo em sua vida está voltado para o relacionamento. São as chamadas paixões e romances juvenis, que em muitas partes têm sido apoiadas pelas “igrejas modernas”, que patrocinam encontros juvenis e até encontros de casais solteiros, estimulando o jovem a gastar sua juventude atrás de um relacionamento e não de Deus. Um relacionamento cristão não pode ser como o relacionamento ímpio, nem como a cultura ímpia! Temos a mente de Cristo e devemos seguir uma cultura bíblica, deve-se ter uma preparação para iniciar o relacionamento, devem haver condições para que um relacionamento seja sustentando. Veja o que a Bíblia diz em Gn. 2.24: “Portanto deixará o homem seu pai e sua mãe, e apegar-se-à à sua mulher…” Preste atenção no padrão bíblico: não diz deixará o “menino” sua mãe… deixará o “adolescente” sua mãe… A Palavra diz: “deixará o homem”. Alguém maduro, capaz de sustentar emocional e financeiramente um relacionamento, uma pessoa preparada para um futuro matrimônio. É isso que a Bíblia ensina sobre namoro: o namoro só deve se iniciar quando o casal tem a intenção do matrimônio, e juntamente com a intenção, deve haver uma mínima condição do matrimônio. O que sair disso é apenas lascívia, satisfação da carne para ambos. Isso é pecado. Se não há propósito do matrimônio, o namoro não é bíblico nem é abençoado por Deus! AS FESTAS GOSPEL... Querem inventar um tipo de evangelho para cada classe de cristão. Nesse caso um evangelho para jovens. Já que a maioria desses ministérios não confiam no poder do Espírito Santo e na Sua capacidade de convencer o pecador, nem são capazes de atrair os jovens pela pregação do Evangelho. Assim, trazem formas alternativas de atrair os jovens, como as “festas gospel”, fazendo disso um ministério, usando camisas coloridas, frases fortes e até “cara-pintada”, dizendo: “somos jovens cristãos radicais”. Ao invés desses jovens estarem crescendo em conformidade com o caráter de Cristo, estão envolvidos e gastando suas energias nessas atividades, satisfazendo a carne em “festas” que não promovem a santificação e a edificação de nenhum jovem. O único propósito desses eventos é a satisfação pessoal. E aquilo que os jovens não poderiam fazer no mundo, eles estão fazendo dentro da Igreja, e ainda com titulo de “ministério jovem”. Não vejo nada de radical nessas “festas”, nada de extravagante, nem vejo uma maneira do jovem estar cumprindo o que está escrito em Eclesiastes 12.1: gastar sua vida com Cristo. Não existe um tipo de Evangelho para cada classe de cristão, o evangelho se estende para todas as pessoas de todas as classes, sexos e idade. Não temos que reinventar o Evangelho e trazer formas mundanas para atrair pessoas e mantê-las na Igreja, pois isso não é bíblico, não tem a aprovação de Deus. Muitas pessoas usam o trecho no qual Davi aparece pulando diante da arca (1Cr. 15:25-29) para apoiar essa “doutrina gospel” e dizem que essas “festas” simbolizam a nossa alegria, “que temos que ser alegres”… Desculpe mas você deve estudar a Bíblia: 1º – Davi estava saltando diante da arca – que é a personificação da presença de Deus – com santidade, reverência e temor! Entretanto não é isso o que acontece nessas “festas”: as danças e pulos são carnais, dão satisfação e prazer carnal e ninguém ali esta pulando diante da arca, pois ela não e nunca estará presente nessas festas. 2º – Temos sim que ser alegres todo o tempo (Fp. 4.4), mas a nossa alegria vem do cumprimento bíblico, vem da obediência a Cristo, ela é fruto do Espírito Santo e esse fruto (alegria) só vem mediante a santidade, pois o Espírito que libera o fruto é “SANTO” e não há santidade alguma nessas festas, nem qualquer sujeição às Escrituras… Como isso pode dar alegria a um crente genuíno? JOVENS CRISTÃOS RADICAIS... Você acha que isso é ser um jovem cristão radical: promover festas, pintar a cara, participar de acampamentos extravagantes? Isso não é o radical bíblico! Jovens radicais como a Bíblia ensina é ser como Estevão, como “o jovem Estevão”. A Bíblia narra que “Deus fazia prodígios (At. 6.8) pelas suas mãos”. Você já parou para estudar o que significa a palavra “prodígio”? São milagres, coisas inexplicáveis, escândalos! Estevão virou sua geração de pernas para o ar: pregando o Evangelho, ganhando almas, não vivendo para si mesmo, não se perdendo em relacionamentos precoces, mas foi um jovem de profunda vida devocional com Deus, de entrega, de marcas, que chegou ao absurdo de ser o primeiro mártir da Igreja. Veja o que Atos 7.56-60 narra a respeito desse jovem: “Mas ele, estando cheio do Espírito Santo, fixando os olhos no céu, viu a glória de Deus, e Jesus, que estava à direita de Deus. E, expulsando-o da cidade, o apedrejavam. E as testemunhas depuseram as suas capas aos pés de um jovem chamado Saulo. E apedrejaram a Estevão, que em invocação dizia: Senhor Jesus, recebe o meu espírito. E, pondo-se de joelhos, clamou com grande voz: Senhor, não lhes impute este pecado. E, tendo dito isto, adormeceu.” E você continua achando que é um jovem extravagante, quando obedece a um líder de louvor que diz: “tira o pé do chão”? O que você faz obedecendo essas cosias não tem nada de extravagante. Dar “amassos” na sua namorada, usar as roupas que você usa, falar as cosias que você fala e fazer parte dessas “festas gospel” não tem nada de extravagante nem de radical! O jovem Estevão sim era radical, tendo feito tudo que fez em prol de Cristo, uma vida dedicada desde a juventude para Cristo e, quando foi apedrejado pelos seus piores inimigos disse: “Senhor não considere os pecados deles”. Estevão estava querendo dizer: “mesmo nessa situação que estou passando eu os amo, quero vê-los na glória comigo. Perdoe eles. E dê a eles uma chance de receberem a Jesus e o precioso Evangelho do Cristo com quem eu vou me encontrar agora. Amém! OS JOVENS SADRAQUE, MESAQUE E ABEDE-NEGO... Assim como Daniel, intentaram em seus corações não se contaminarem com os manjares do rei (Dn. 1:8-16). Note que atitude tremenda: quando todo um povo se deleitava com os manjares do rei, os prazeres, os benefícios da carne, a luxuria, o bem estar, a auto-satisfação, esses jovens não – não se contaminaram – o que eles mostraram com isso? Que eram separados das práticas mundanas, eram santos! Santidade não é uma coisa que se vê hoje em dia no meio da juventude (separação do mundo). Na atualidade, cada vez mais o jovem cristão é parecido com o mundo, com a sociedade mundana, não há diferença com os demais jovens mundanos, pois eles se vestem iguais, assistem a mesma coisa na TV, suas palavras são iguais, frequentam “quase” os mesmos lugares, ou seja, vivem se contaminando com as iguarias do rei e por estarem contaminados acabarão se dobrando ou até já se dobraram ao rei – ao deus desse século – prostrando-se diante da sua estátua (Dn. 3). Mas Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, quando o edito real foi dado, dizendo “que todos deveriam adorar a estátua e que aquele que não a adorasse seria lançado no forno…”, o que eles fizeram? Preferiram ser queimados à traírem o seu Deus, à se dobrarem a um sistema ímpio e corrupto. Então, vendo que eles não se dobravam, o rei manda jogá-los na fornalha, sete vezes mais quente. Oh! Meu querido, isso sim é ser radical, que coisa mais linda, que testemunho de fé, de entrega, que convicção ainda na sua juventude. Esses sim estavam gastando sua vida “nos dias da sua mocidade”, arriscando-a pela causa, pelo verdadeiro REI: O Senhor dos Exércitos! Não se importaram com a fornalha, nem com qualquer outra oposição, sendo lançados lá dentro. É isso que a Igreja atual precisa, é desse tipo de jovens que a Igreja atual, que a Terra necessita: jovens ousados, intrépidos, que amam a Deus sobre todas as coisas, que não temem o rei, nem a fornalha e nunca se contaminarão com os seus manjares! E o final da passagem você já sabe: Jesus entrou e andou com eles na fornalha. É isso que estou tentando dizer. Assim como esses jovens bíblicos e tantos outros, gaste sua juventude, use toda a sua força servindo a Jesus Cristo, obedecendo fielmente sua Palavra, adquira marcas, novas experiências a cada dia, cresça com homens mais velhos, como diz Provérbios 13.20. Faça visitas com eles em presídios, em hospitais, cultos familiares, siga seus conselhos, aprenda com sua reta conduta. Esse é o tempo para que essas coisas aconteçam, tempo também de pregar o Evangelho, período no qual temos que ganhar o maior número possível de almas, pois temos disposição para ir e vir! A juventude é a época de abrir mão de muitas coisas, pois a maioria dos jovens são solteiros e podem dispor de tempo e recursos. Não hesite em pregar o Evangelho, a seara está madura: vá até ela, lance a preciosa semente, forme discípulos, crie um ministério pessoal… Quando você acha que vai ganhar almas? Quando você acha que vai ter disposição e tempo para caminhar com os discípulos até gerar Cristo neles, o que custará lhe muito? Quando você for mais velho? Quando for casado? Quando tiver filhos? Não, impossível! A hora é agora, nos dias da sua mocidade. Vá meu filho, pois João escreveu: “jovens sois fortes” (1Jo. 2.14). Vá, Deus está adiante de você como um fogo consumidor, destruindo seus inimigos, quebrando as portas de ferro, os ferrolhos de bronze, alie à sua robustez, dinâmica, espontaneidade, o conhecimento bíblico e o poder do Espírito Santo, então ninguém irá te deter! Você poderá ser um novo profeta, um novo Elias desse tempo. Como eu disse: Vá! Desenvolva também um relacionamento pessoal com Deus, tenha um ministério particular com Deus, quero dizer, uma vida devocional intocável. Cresça na comunhão, na intimidade, seja participante da natureza divina (2Pe. 1.4), pois então você se tornará um grande homem ou uma grande mulher de Deus. Eu sei que por ser jovem você está cheio de sonhos, planos e projetos futuros… Mas saiba: eles só se concretizarão segundo a vontade de Deus e Deus conhece cada um deles! Tenho certeza que Ele colocará a própria vontade Dele em você e fará muitas vezes que a sua vontade automaticamente seja a Dele. Seguindo todos esses passos teremos uma nação forte, uma sociedade honesta, uma Igreja poderosa e, principalmente, ministros do Evangelho com caráter, maduros, preparados e é isso que a Igreja atual mais necessita. Esse de quem estou falando é você meu jovem, está tudo nas suas mãos. Que o Espírito Santo te convença e te leve a uma vida intensa com o Senhor e que você gaste toda ela na sua mocidade.

Perda Do Referencial

Juízes 2.10 – “E foi também congregada toda aquela geração a seus pais, e outra geração após ela se levantou, que não conhecia ao SENHOR, nem tampouco a obra que ele fizera a Israel”. Esta passagem do livro de Juízes relata o tempo no qual a nação de Israel já havia entrado na Terra Prometida sob a liderança de Josué, havia expulsado de lá os Cananeus, havia tomado as fortalezas de Jericó e Ai e estava estabelecida na terra. Josué já havia renovado a aliança com o povo (Js. 24. 1-28). Após todas essas conquistas, Josué vem a falecer (Js. 24. 29). Pouco depois, se levantou outra geração, que está descrita no versículo 10 (Jz. 2.10). Era uma geração diferente da geração de Josué. A Bíblia relata que “se levantou uma geração que não conhecia ao Senhor, nem tampouco a obra que ele fizera a Israel”. Foi uma geração apóstata, que não possuía aliança com Deus, nem compromisso com sua Palavra (com sua Lei). E esta geração fez o que “era mal aos olhos do Senhor” e serviu aos baalins (Js. 2.11), isto é, Israel estava seguindo seus próprios deleites, a sua vontade, andando debaixo de uma “justiça própria” e adorando deuses pagãos. É interessante notar que na geração atual da “Igreja Moderna” estamos vivenciando a mesma coisa: um povo que não conhece a Deus, nem a sua grandiosa obra. Temos contemplado um evangelho fraco, diluído, que beneficia a carne, que não condena o pecado, que não regenera e transforma o pecador. Dia após dia vemos cristãos preocupados com as ”promessas” (benefícios, “Teologia da Prosperidade”), que apresentam um Deus que só satisfaz o interesse material: carros, casas, melhor emprego, melhor salário… …procuram a Igreja e a fé para satisfazerem todos os seus desejos terrenos… Em alguns ministérios o alvo é o luxo e conforto. Dizem que “o verdadeiro cristão tem que ser próspero financeiramente”. A máxima desses ministérios é: “como pode um filho de pai rico ser pobre?”, pois dizem que por Deus ser nosso Pai, e ser dono do ouro e da prata (Ag. 2.8), devemos ser ricos. Há também as curas. Muitos buscam obter curas, receber milagres, ter alívios imediatos no seu corpo e tantos outros benefícios que Deus possa trazer. É esse o conhecimento da geração atual de Deus: algo de bom que Deus possa fazer por elas, seja o que for. E nessa busca, procuram a Igreja e a fé para satisfazerem todos os seus desejos terrenos, e não para adquirirem conhecimento de Deus, da sua Pessoa e do Seu caráter. Os tais não crescem em santificação e comunhão pessoal com Deus, através de uma vida profunda de oração, agindo assim não se conformam à imagem do Seu Filho Jesus Cristo (Rm. 8.29), não crescem “de glória em glória” à Sua semelhança (2Co. 3.18), tampouco são participantes da Sua natureza divina (2Pe. 1.4). Por isso se diz desta “geração cristã” que também não conhece “a obra que Ele fizera a Israel”, porque atualmente não há na Igreja conhecimento bíblico, conhecimento dos atributos de Deus, do Seu caráter, justiça, juízo, amor, misericórdia e graça; não há entendimento de como Ele aplicou essas coisas no transcorrer de toda Escritura, mostrando-se o Deus assombroso, terrível, justo e perfeito que é. Esse é o retrato da geração atual, semelhante à geração dos “dias dos Juízes”. Isso é um fato, e nós não podemos ignorar essa verdade explícita do “evangelho moderno”: é assim que a maioria dos cristãos têm vivido, sem conhecimento das obras de Deus. A falta de referencial é a causa… Mas eu quero apresentar a maior causa disso ter ocorrido. Ela está descrita em Juízes 2.8: “Faleceu, porém, Josué, filho de Num, servo do Senhor…” Josué, que foi o sucessor de Moisés, era um dos maiores homens do Antigo Testamento, um servo de Deus com inúmeras qualidades, um homem de aliança, liderança, respeito, consagração, que expressava autoridade, santidade, zelo com a Lei de Deus e comunhão profunda com Ele. Josué era o referencial daquela geração, o condutor, o responsável pela vida espiritual de Israel. Com a morte dele, Israel perdeu o referencial e a liderança espiritual que possuía, através da pessoa de Josué. Por conseguinte, a nação que se levantou, sem esse grande referencial, começou a se desviar e perder os conceitos espirituais: transgredindo a Lei, servindo a outros deuses e vivendo de maneira iníqua, até provocar a ira do Senhor. Esse foi o grande fator do declínio de Israel. E hoje, na nossa geração, isso não é diferente. A razão pela qual o Cristianismo atual, o padrão de vida espiritual dos cristãos e o “evangelho” que eles professam estar como está, é a falta de referenciais. Não estamos mais vivendo os tempos de John Wesley, Jonathan Edwards ou Hudson Taylor, que eram homens irrepreensíveis em sua conduta cristã e líderes poderosíssimos. Em contrapartida a esses homens de fé do passado, a maioria dos referenciais de hoje são homens sem caráter, sem autoridade espiritual, que não ensinam o evangelho bíblico, nem conduzem os cristãos a uma vida profunda com Deus. O que vemos são líderes ensinando sobre prosperidade financeira e “status”, ensinando a conquista de bens na Terra, utilizando até o exemplo do próprio Josué, que era um conquistador, para ensinarem que devemos “conquistar tudo que pudermos em âmbito material e terreno”. Outros referenciais da atualidade são os “curandeiros” e “milagreiros”, que são ovacionados pelos seus “supostos milagres” e tidos como homens de Deus apenas por seus “milagres”. Há ainda os referenciais da música, reputados como homens de Deus por ajuntarem as massas, por terem a melhor tecnologia audiovisual e comporem melodias extremamente alegres: são os “pop stars gospel” atuais. O que os define como homens de Deus são seus talentos e o número de pessoas que alcançam, mas não o seu caráter ou sua devoção pessoal a Deus. A maioria desses líderes não pautam seus ministérios exclusivamente na Bíblia, nem levam os cristãos a crescerem no ensino bíblico, na vida de oração, na santificação e na regeneração do seu caráter. Esse é o tipo de referenciais que possuímos hoje, que representam o modelo de liderança atual, sendo os responsáveis por conduzir a Igreja atual na “graça de Deus”. Se você notar, no Antigo Testamento, a nação de Israel, o povo de Deus, sempre refletia o seu altar: quando o altar do Senhor estava santificado, Israel prosperava, haviam colheitas e paz. Contudo, quando o altar estava corrompido por postes ídolos e outros deuses, a nação toda perecia, haviam secas e fomes, e Israel perdia suas batalhas contra os inimigos. Então, concluímos que o estado de declínio espiritual dos cristãos é causado pela corrupção do altar, decorrente da desobediência dos seus sacerdotes à Palavra de Deus, levando a sequidão espiritual, a falta de colheita dos frutos do Espírito e a derrota na batalha espiritual contra as hostes do inferno, criando uma geração débil e fraca, que não tem conhecimento profundo de Deus, nem da sua poderosa obra que fizera e ainda continua fazendo em corações sinceros e tementes a Ele. O nosso referencial é Jesus Cristo… Mas você deve estar pensando: na nova aliança, no tempo da graça, o nosso referencial é Jesus Cristo, pois está escrito: “Olhando para Jesus, autor e consumador da fé…” (Hb. 12.2). Isso é correto e essa é a única maneira de você se salvar desta geração corrupta! Você deve atentar somente às Escrituras. Entretanto, Deus sempre colocou grandes homens para conduzir seu povo e levá-lo a crescer em santidade, porque sabia (e sabe) ser necessário que hajam pastores aptos a conduzir Seu rebanho. Um grande exemplo de tal verdade no Novo Testamento foi o apóstolo Paulo. A sua liderança autêntica e zelosa foi um grande referencial para milhares de cristãos, ao ponto dele escrever: “Sede meus imitadores como eu sou de Cristo” (1Co. 11.1). E o Apóstolo continua até hoje sendo um modelo de liderança a ser imitado: na sua devoção e reverência a Deus, nas disciplinas que aplicava, no profundo zelo com a Igreja do Deus vivo, nas dores, aflições e perseguições que padecia pelo Evangelho. Um homem que “deveria” ser o modelo para qualquer líder deste tempo. Porém, se isso não tem ocorrido em nosso meio, você deve pautar toda a sua vida cristã nas Escrituras, seja ela seu guia, alimento e proteção, pois a Bíblia diz: “Examine-se, pois, o homem a si mesmo…” (1Co. 11.28). Examine a sua vida à luz das Escrituras: tudo que diga acerca de como ser um cristão aprovado por Deus, sobre como deve ser a sua conduta na sociedade, na igreja e no ministério. Atente para cada detalhe que está nos mandamentos, esforce-se para cumpri-los, conheça a Deus e o Seu caráter – que estão revelados na Bíblia – e você também conhecerá a obra que Ele fez e ainda faz. Além disso, procure ler sobre os grandes homens de Deus do passado, que transtornaram esse mundo para Jesus. Leia biografias e testemunhos de homens como David Brainerd, John Wesley, John Knox, Hudson Taylor, Jonathan Edwards e Jerônimo Savonarola (e tantos outros), pois a conduta desses homens e de seus ministérios irá te conceder grande inspiração. Creio haver, ainda que em pequeno número, alguns referenciais vivos, que pregam e escrevem a verdade, procure saber também deles, pois a Palavra diz: “Melhor é serem dois do que um. Porque se um cair, o outro levanta seu companheiro…” (Ec. 4.9-10). E este que deve estar conosco, o nosso “companheiro”, deve ser um bom referencial cristão. Sobretudo, como eu disse anteriormente, olhe para Jesus, fixe seus olhos, sua fé e sua confiança absoluta Nele; pois Ele jamais irá te confundir, errar com você ou te deixar, porque através da Sua Palavra Ele te fará um cristão santificado, transformado e, quem sabe, preparado para o ministério, te sustentando, até a Sua volta. Ele é, absolutamente, o melhor referencial que já existiu e ainda existe!

O Efeito Do Pecado

“E disse ela: Os filisteus vêm sobre ti, Sansão. E despertou ele do seu sono, e disse: Sairei ainda esta vez como dantes, e me sacudirei. Porque ele não sabia que já o SENHOR se tinha retirado dele”. Jz 16.10 Trataremos nessa mensagem de hoje sobre um dos temas mais terríveis da cristandade, porém pouco mencionado nos púlpitos atuais: o efeito do pecado, isto é, suas consequências. Primeiramente, relembremos rapidamente o que é pecado – já que muitos cristãos hoje em dia parecem não saber o que é. Pecado é transgressão à Lei de Deus, é iniquidade, é desobediência a Deus e seus preceitos, é sair dos Seus retos caminhos e se rebelar contra Ele, quebrando sua Lei, ou seja, coisa muito comum nos dias atuais por parte dos ímpios e também para boa parte dos cristãos. Mas não trataremos hoje propriamente do pecado e sim das suas trágicas consequências. É muito importante abordar o poder letal, degradável e destruidor que tem o pecado, pois isso nos traz reflexões, consciência do perigo que corremos e, consequentemente, temor e arrependimento. Quero usar nesse tema o personagem descrito no versículo acima, tirado do livro de Juízes: Sansão. Sansão foi chamado para ser juiz de Israel e durante vinte anos julgou Israel, sendo o responsável por guardar os israelitas e libertá-los da opressão dos filisteus. Sansão, desde sua infância possuía um voto com Deus, era nazireu de Deus (veja Nm 6.1-21), não podia ser dado ao vinho, nem à prostituição e nem navalha poderia passar sobre sua cabeça, resumindo, Sansão era separado para o ministério: como juiz, deveria andar debaixo de um conjunto de normas e regras, tendo uma conduta exemplar diante de Israel e permanecendo obediente às leis de Deus. Infelizmente Sansão andou de forma contrária a todas as regras estabelecidas por Deus, quebrando todos os princípios. Violando de tal maneira a Lei de Deus, Sansão pecou desenfreadamente e o livro de Juízes, do capítulo 13 ao 16 descreve claramente seus inúmeros delitos: Sansão dormiu com uma prostituta, tocou no corpo de um animal morto, casou-se com uma filisteia, mentiu várias vezes e, por último, em seu relacionamento com Dalila – mulher do vale de Soreque – revelou seu segredo tendo os cabelos cortados, quebrando totalmente seu voto de nazireado. …chamado para ser juiz de Israel… andou de forma contrária a todas as regras estabelecidas por Deus Sansão era conhecido por sua grande força física: quando o Espirito de Deus vinha sobre ele, ele se tornava o homem mais forte da Terra: imbatível, indestrutível, intocável, pois a graça, a misericórdia e o poder de Deus estavam sobre Sansão. Contudo, houve um fator que destruiu Sansão, que o arruinou para o resto de sua vida, esse fator, esse item, foi o pecado. Gostaria agora de mostrar o efeito do pecado na vida de Sansão, pois Paulo em sua epístola aos Gálatas escreve: “tudo que o homem semear isso ceifará” (Gl 6.7). Sansão semeou pecado e veremos agora quais consequências ele colheu. Primeira consequência: A misericórdia de Deus é retirada. “E sucedeu que, importunando-o ela todos os dias com as suas palavras, e molestando-o, a sua alma se angustiou até a morte. E descobriu-lhe todo o seu coração, e disse-lhe: Nunca passou navalha pela minha cabeça, porque sou nazireu de Deus desde o ventre de minha mãe; se viesse a ser rapado, ir-se-ia de mim a minha força, e me enfraqueceria, e seria como qualquer outro homem”. Jz 16.16-17 Se você notar, mesmo Sansão vivendo em pecado, Deus sempre o livrava das mãos dos filisteus, como notamos em (Jz 16.9). Isso sucedeu várias vezes, porém, nos versículos 16 e 17 do mesmo capítulo vemos que a misericórdia de Deus é retirada! Dalila o molesta de tal maneira, intentando descobrir o segredo da sua força, que Sansão revela a ela, dizendo: “nunca subiu navalha na minha cabeça”. Deus permitiu que sua fraqueza fosse exposta, seu ponto fraco uma grande brecha para sua queda. Meu querido irmão, essa é a primeira consequência daqueles que estão vivendo uma vida de pecado, daqueles que estão brincado com pecados ocultos e dizem: “Deus ainda me honra, tenho respostas de orações, recebo alguma promoção aqui e outra ali, algumas bênçãos vem sobre mim e sobre minha família, continuo subindo no altar e cantando bem ou estou diante de um púlpito pregando com eloquência, recebendo elogios e até vendo frutos. Isso ocorre pelo que está escrito em Lamentações 3.22: “As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos”. Mas, invariavelmente, uma hora a misericórdia será retirada como ocorreu com Sansão! Aí sua vergonha será exposta, seus delitos contra Deus não ficarão impunes, cedo ou tarde isso será revelado e você poderá ser humilhado e exposto como o foi o rei Davi, quando pecou com Bate-Seba. Talvez você diga: “a misericórdia de Deus é muito grande”. Sim ela é. Ele é tardio em se irar (Na 1.3), mas preste muita atenção ao que o versículo diz: “Ele é tardio”, isso não significa que Ele nunca vai se irar! Veja o que diz em Jeremias 16.13: “porque não usarei de misericórdia convosco”. Para você que está vivendo uma vida de pecados ocultos, a qualquer hora a misericórdia poderá ser retirada e você estará totalmente entregue às mãos do inimigo! Segunda consequência: A perda de sua força. “(…) e retirou-se dele a sua força”. Jz 16.19 Como eu havia dito antes, Sansão era conhecido por sua estrondosa força física, mas pelos seus pecados sua força se foi, Sansão ficou fraco, sem qualquer possibilidade de vencer uma luta ou guerra; Sansão estava inofensivo diante do seu inimigo: os filisteus. Agora ele tinha se tornado um homem comum: não detinha mais o poder sobrenatural que lhe confiava grande força. Eis a segunda consequência do pecado: perdemos a força, ficamos fracos, não temos força para orar, não temos força para estudar a Palavra, não temos força para uma vida cristã saudável e, principalmente, não temos força para enfrentar o nosso inimigo: Satanás e seus exércitos. Com uma vida em pecado, não temos a menor chance contra ele! A força espiritual que nos revestia e as qualidades espirituais se foram devido ao pecado. Um dia já tivemos força, ânimo, poder, autoridade; lembra-se quando você não tinha medo de ninguém e tinha disposição para fazer qualquer coisa que dissesse respeito a Cristo e sua obra? Agora você se pergunta por que está tão fraco, desanimado, incrédulo, com anemia espiritual; às vezes você pensa que é culpa de alguém, que é o diabo que está causando essa fraqueza; às vezes atribui que é a vontade de Deus, que é um tempo ou uma fase em sua vida e nunca que se trata do efeito do pecado de uma vida cheia de brechas e engano! Talvez possa ser isso que está tirando sua força, meu querido irmão! Não é esse nem aquele fator: é consequência do pecado! O pecado enfraquece, corrói, destrói e mina as forças de qualquer cristão conhecedor das Escrituras, mas que a transgride voluntariamente. Se você está assim: não tem força para mais nada na sua vida, mesmo sendo cristão, examine sua vida à luz da Bíblia e veja quais brechas você tem dado e em quais pecados você está envolvido. Terceira consequência: Ausência da presença de Deus. (cap. 16.20) “(…) Porque ele não sabia que já o SENHOR se tinha retirado dele”. Jz 16.20 É um grande erro pensarmos que Deus, por causa de Seu amor, é conivente com nossas ações pecaminosas, pois Ele não tolera o pecado e também não tolera o pecador (Na 1.3) e também Deus não tem comunhão nem caminha com ímpios (Sl 1, 2Co 6.14-16). O Espírito de Deus, a presença de Deus se retirou de Sansão, essa é a mais trágica consequência que o pecado traz sobre nós: a ausência de Deus. Davi sentiu exatamente isso quando cometeu seus gravíssimos pecados e ele sabia o perigo que corria de ocorrer o mesmo em sua vida, quando escreveu o Salmo 51.11: “Não me lances fora da tua presença, e não retires de mim o teu Espírito Santo.” Davi sabia que uma vida de pecado, que delitos graves, conscientes, praticados contra Deus e Sua Palavra, poderiam leva-lo a ausência de Deus. Essa é a terceira consequência: perder Sua presença. O que somos nós sem o Espírito de Deus, sem a Sua presença para nos guiar, nos regenerar, nos policiar, nos advertir? Ela é o fluxo de vida da Igreja, o fluxo de vida do cristão. Sem a presença de Deus estamos mortos, entregues a sorte, ao mundo, e aos desejos da carne. Como cegos em um mundo sem luz, completamente perdidos e sem direção: eis o que ocorre com aqueles que estão vivendo uma vida de pecado. Então te pergunto: quantos cristãos dentro da Igreja não estão em pecado? Quantos ministérios de louvor e da Palavra não estão em pecado? Quantas igrejas inteiras não têm seus alicerces fundamentados no pecado? Mas ainda prevalecem, ainda funcionam normalmente, entretanto, sem saber que sutilmente a presença de Deus já os deixou faz muito tempo. Notem o que o versículo diz: “Nao sabia Sansão”. Ele nem percebeu, tinha se tornado insensível, carnal, não diferenciava mais o santo do profano, assim é a vida de muitos cristãos. Estão regendo suas vidas e ministérios na emoção, na carne, no intelecto. Só que tem outra questão importantíssima, que eu não poderia deixar de abordar: se há ausencia de um espírito, há a presença de outro! Não ficamos sozinhos, vazios. Se o Espírito de Deus sai, o espírito do mal entra, assim Satanás e seus demônios passam a dominar aquela pessoa. Veja o exemplo do rei Saul: “E o Espírito do SENHOR se retirou de Saul, e atormentava-o um espírito mau da parte do SENHOR.” (1Sm 16.14). Essa consequência é inevitável. Agora eu te pergunto: será que você que está escondendo todos esses pecados, transgredindo a Lei de Deus diariamente não está tendo a sua vida e o seu ministério regidos por Satanás? Meu Deus do céu, que condição execrável se encontra tal homem, tal mulher, tal denominação, que estão edificando Sião com sangue e Jerusalem com iniquidade! (Mq 3.10) Quarta consequência: Cegueira. “(…) Então os filisteus pegaram nele, e arrancaram-lhe os olhos”. Jz 16.21 Os filisteus vêm, vazam os olhos de Sansão e os arrancam, deixando-o totalmente cego. Essa é a quarta consequência: cegueira. Uma pessoa que vive na prática do pecado não tem mais discernimento espiritual, não sabe mais por qual caminho anda, não sabe quando houver decisões a tomar quais serão as corretas, fecham negócios errados, “batem cabeça” de um lado para o outro, tem atitudes incoerentes, pensa estar fazendo o bem, quando na verdade está fazendo o mal! Veja o que diz Provérbios 14.12: “Há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte”. Será que você não está assim: caminhando por veredas que aos seus olhos são saudáveis, no emprego, no relacionamento, no que diz respeito à Igreja, mas na verdade está em completa cegueira, cavando covas nas quais você mesmo cairá? Será que você não está magoando pessoas, ferindo sua família, oferecendo fogo estranho no altar do Senhor e achando que tudo isso é correto, que tudo isso é benefíco e que Deus ainda está te aprovando? Sinto te dizer: se você estiver vivendo uma vida de pecado, é exatamente assim que a sua vida se encontra! Você não pode dar crédito a si mesmo! Como se fiar em um cristão conhecedor da Lei que ao mesmo tempo é transgressor da mesma?! Tal pessoa, tal crente, não é digno de confiança, nem é digno de em si próprio confiar, pois a quarta consequência de uma vida de pecado é a cegueira. Quinta consequência: Ficar amarrado. “(…) e amarraram-no com duas cadeias de bronze (…).” Jz 16.21 Depois de cegar a Sansão, os filisteus o tomaram e amarraram com duas cadeias de bronze, anulando assim qualquer movimento extenso de Sansão. Essa é a quinta consequência: uma vida amarrada, limitada, atrofiada. Será que sua vida não está assim? Todas as áreas emperradas: casamento em crise, filhos rebeldes, dívidas por todos os lados, doenças, nada anda bem, você se sente totalmente amarrado, portas fechadas, o “não” passou a ser seu companheiro. Você atribui isso ao governo, à economia, põe e culpa no diabo, nos familiares, xinga, murmura, blasfema e esquece de pensar: talvez tudo isso é efeito dos meus pecados, de uma vida cristã relaxada, desregrada? Note uma coisa: uma pessoa amarrada não está totalmente impossibilitada de fazer as coisas. Tal pessoa possui ainda alguns movimentos: ela pode andar, mexer as mãos, a boca, os olhos, porém, as cadeias de bronze são pesadas, ela está atada, ela tem seus movimentos limitados! Dessa forma é a vida de uma pessoa amarrada: ela não deixa de fazer nada, entretanto, todas as suas ações e áreas da sua vida são limitadas. Não conseque concluir nada que inicia, nem ter progresso e sucesso nos seus projetos, pois está amarrada. Outro detalhe importante: as cadeias são de bronze, são impossíveis de ser quebradas pela força humana, necessitam de uma força sobrenatural para serem quebradas, mas como o pecado retirou essa força – a presença de Deus – essa pessoa jamais conseguirá se libertar. Isso implica que, por seus pecados, essa pessoa está condenada a uma vida cristã sofrível, arruinada e infeliz. Sexta consequência: Escravidão. “(…) e girava ele um moinho no cárcere”. Jz 16.21 Depois de ser acorrentado, Sansão foi colocado em uma prisão, numa masmorra, foi condenado a ficar ali trabalhando num moinho. Essa é a sexta consequência: o pecado nos faz escravos, pois Pedro diz: “(…) Porque de quem alguém é vencido, do tal faz-se também servo”. (2Pe 2.19). Sansão foi vencido pelo pecado, se tornou escravo dele, sujeitando-se aos seus moldes, ao seu domínio e ao seu poder destruidor. Também se tornou escravo de outro inimigo, porque estava no cárcere dos filisteus, era então prisioneiro dos filisteus, escravo deles, estava sujeito às suas ordens e vontades. Dessa maneira ocorre na vida daqueles que vivem em pecado: se tornam escravos do nosso inimigo, o diabo. E querendo ou não, sabendo ou não, estão sujeitados a sua vontade! Você já parou para pensar que consequência trágica ser escravo do diabo, depois de ter a liberdade em Cristo, depois de ter acesso ao sangue da nova e eterna aliança que veio do Calvário, depois de gozar da redenção e da verdade que liberta (Jo 8.32) se tornar de novo escravo de Satanás, voltar para suas garras maléficas, como isso pode ser possível? A resposta você sabe: pecado. O diabo é legalista, atua usando princípios da Lei de Deus, quando a quebramos, por mais que Deus seja misericordioso e perdoador, a quebra contínua e voluntária dará autoridade para Satanás nos tocar e nos dominar. Essa então foi a sexta consequência do pecado ilustrada na vida de Sansão. Como, então, evitar todas essas consequências? Você que está lendo deve pensar: “que mensagem dura, que pavor veio ao meu coração ao ler isso, pois me identifico com muitas coisas que estão aqui escritas, o que devo fazer então”? Se você foi confrontado pela Palavra de Deus, como todo homem deve ser, se ela trouxe luz e revelação daquilo que você está fazendo e pela Palavra você viu que é pecado e que todas essas consequências estão ocorrendo em sua vida, só há uma maneira de anular o efeito do pecado; é o arrependimento. Veja o que diz Provérbios 28.13: “O que encobre as suas transgressões nunca prosperará, mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia”. Confessar nossos pecados, arrepender-nos dos mesmos, pedir a misericórdia do Senhor, foi isso que Sansão fez – completamente desnorteado e destruído pela força descomunal do pecado ainda houve solução para Sansão – em Juízes 16.28 ele clamou ao Senhor dizendo: “Senhor Jeová, peço que te lembre de mim, esforça-me agora, só essa vez”! Sansão com essa frase – e com o tempo sofrido de cárcere – mostra arrependimento. A força de Sansão volta novamente, então ele abraça as duas colunas do templo dos filisteus e as derruba, matando todos os filisteus daquele lugar. Quer dizer que você sabe que Sansão se arrependeu e foi perdoado? Sim, pois ele é citado em Hebreus 11.32 na galeria dos heróis da fé! Esse é o caminho meu caro leitor: deixe sua vida de pecados, antes que seja tarde demais, antes que não haja mais remédio, antes que você seja exposto e envergonhado e colha consequências irreversíveis a você e a sua família, pois o salário do pecado é a morte (Rm 6.23). Você pode estar correndo o risco de ser fulminado pelo pecado aqui nesta terra e ainda padecer a eternidade no inferno! Não estou dizendo de um deslize, de uma fraqueza momentânea que todos nós estamos sujeitos, estou dizendo de uma vida na lama do pecado, estou dizendo de pecados maquinados, premeditados. Lembre-se do que diz a 1João 1.9: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça”. Para aqueles que confessam e se arrependem há perdão de Deus, há sangue suficiente para te purificar, há graça abundante sendo derramada sobre você, da mesma forma que foi com o filho pródigo, que arrependido voltou ao lar e foi completamente restaurado e perdoado (Lc 15.11-32). Como Paulo escreveu para aqueles que estão em Cristo, que são nascidos de novo: “Porque o pecado não terá domínio sobre vós”. (Rm 6.14).

Esperança

“Cristo em vós esperança da glória” (Colossensses 1.27) Um dos sinônimos da palavra esperança é: ”expectativa ou coisa que se espera”. Esperança sempre foi uma palavra muito usada entre as pessoas. Creio que elas têm realmente esperança, muitas têm expectativa que algo bom, novo ou diferente ainda pode acontecer em suas vidas. Entretanto a maioria das pessoas acaba frustrada, decepcionada,porque a esperança de grande parte delas está depositada em algo que não pode satisfazê-las. Mesmo nas igrejas, entre o povo de Deus, há muita decepção e desespero, devido ao estado que ela (a igreja) se encontra. Mas quero te orientar a possuir uma esperança correta, que será correspondida. Ela deve estar voltada para a pessoa do Senhor Jesus Cristo; não o Jesus religioso e cultural das religiões, mas o Jesus bíblico. Estou dizendo de confiar nas Escrituras,apenas nas Escrituras.O problema é que nossa esperança não se baseia naquilo que é bíblico, e sim no que lançam a nós e temos que engolir… e na maioria das vezes não é bíblico, e se não é bíblico, Deus jamais cumprirá, o que conduz. a um fracasso da fé. Desafio você a crer e a obedecer tudo que a Bíblia ensina e orienta, e também o que ela promete. Desta forma você não será frustrado e jamais sua esperança resultará em nada, porque o Deus da Bíblia é infalível! Ele é um Deus de justiça e de juízo, que não tem o culpado por inocente (Ex. 34.7), que não compactua e nunca compactuará com o pecado, contudo é um Deus misericordioso, um Deus de amor, que sempre honra aqueles que andam em retidão (Sl. 84.11). Se você está passando momentos difíceis, escuros, não tem idéia do que está acontecendo e não entende porque tem que passar por isso: volte-se apenas para as Escrituras, estude-as, medite nelas, esforce-se em cumprir seus mandamentos e creia absurdamente em todas as promessas de Deus, pois isto te trará consolo,segurança e uma fé sólida, e tenha certeza que sua esperança resultará na mais plena vitória.

Fé Bíblica

“De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus.”(Rm. 10.17) A Bíblia diz que o justo vive pela (Hb. 10.38). A Bíblia também diz que tudo que é feito sem fé é pecado (Rm. 14.23). A fé é o componente da salvação, através dela somos salvos (Ef. 2.8-9) e é por ela que nos apropriamos das promessas de Deus: milagres, bênçãos, dons, e principalmente, é pela fé que obtemos as respostas de nossas orações. E por que muitos têm fracassado na sua fé e não têm conseguido atingir as suas expectativas com relação a sua fé? Na verdade é por que a maioria não tem uma fé bíblica, e por que não têm? Por falta de conhecimento bíblico, pois a fé não vem da cultura, não vem da emoção, não vem da crendice folclórica… a fé vem pelo ouvir e o ouvir pela palavra de Deus (Rm. 10.17). Apenas assim a fé brota: através do conhecimento bíblico, e se não há conhecimento bíblico não há fé. Como eu posso crer nas promessas de Deus se eu nem mesmo as conheço? Essa é a causa do fracasso da fé de muitos. Você quer ter uma fé de verdade, uma fé poderosa, inabalável, uma fé bíblica? Se aprofunde no conhecimento das Escrituras, estude-as, decore-as, medite sobre elas e conheça o caráter de Deus revelado nelas: Seus atributos, Sua lei, Seus mandamentos e as Suas promessas. Ore por elas. Pratique suas condições exigidas. Então você terá uma fé indestrutível, inabalável. Essa é a fé bíblica, que vem do “ouvir e ouvir a palavra de Deus”.

Perdão

“Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós; Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas”. (Mt. 6.14-15) Nessa passagem Jesus ensina um principio fundamental para nossa vida cristã: é a lei do perdão. Revela que devemos perdoar os nossos ofensores, ou seja, todos aqueles que já cometeram algum delito pequeno ou grave contra nós. Aqueles que já falharam poucas ou muitas vezes conosco. Jesus ensina: devemos perdoá-los, independentemente da gravidade da ofensa. O perdão aqui citado não deve ser só uma opção para nós, mas um dever, pois implica em não ser perdoado por Deus. Você notou o que o versículo 15 diz: Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas? Ou seja, se não perdoarmos os nossos ofensores, Deus também não perdoará nossas ofensas, delitos e pecados. Que tragédia para um cristão viver sem um perdão de Deus, carregando a própria culpa pelo delito! Meu amigo: há alguém que você precisa se reconciliar, que você precisa perdoar, ou pedir perdão? Coloque em oração, reconcilie-se com essa pessoa, perdoe-a de todo seu coração. Se você foi o ofensor, peça perdão, porque isso poderá remover as culpas e os fardos que você está levando, pois o perdão liberado traz cura, libertação, crescimento espiritual e sobretudo, traz paz com Deus. Peça perdão e perdoe.

Oração

“Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu.” (Mateus 18.18) Precisamos voltar a ter o hábito de “ligar e desligar”. O que Jesus está querendo ensinar com essa passagem? Dentre tantos ensinos que ela pode trazer é: a oração “ligar e desligar” é apresentar a Deus toda a nossa vida, nos seus mínimos detalhes, através da oração. Com essa correria, em que o mundo se encontra, temos negligenciado demais a oração, quando nos deparamos com problemas, adversidades e situações a serem resolvidas usamos todo nosso recurso humano primeiro ao invés de ligar tais coisas a Deus através da oração, por isso não conseguimos resultados positivos na nossa vida diária e é por isso, que a maioria dos cristãos andam enfermos, fracos e insensíveis espiritualmente. É a falta da oração secreta, passar horas a sós com o Pai, ser santificado por ele, ter o caráter transformado, receber maturidade espiritual e ser influenciado pelo Espírito Santo em todas as decisões, isso só pode ser conseguido através da oração. O cristão hoje em dia joga muita conversa fora, entra em muitos debates, perde muito tempo com coisas inúteis, tratando de tudo na força do seu braço, na sua carne, perde tanto tempo com a psicologia, com as ciências sociais e com terapia medicamentosa, tornando-se um cristão carnal e enfermo na fé. Mas a maneira correta de um cristão combater as adversidades da vida e caminhar com saúde espiritual é debaixo de uma vida diária e profunda de oração, somente assim ele terá vitoria. Poderia enumerar vários versículos concernentes a oração, mas, não o vou fazer. Chega de teoria, a oração se pratica, se ora, como disse Paulo “sem cessar’. Vá meu irmão, procure seu lugar secreto da oração e passe a sua vida toda lá, então você conhecerá quem é Deus e gozará de bênçãos na sua vida.

Fazei Tudo Com Amor

“Todas as vossas coisas sejam feitas com amor.” (1 Co. 16.14) Nessa passagem o apóstolo Paulo deixa cinco recomendações importantíssimas à igreja de Corinto, sendo a última recomendação a mais importante delas: “fazei tudo com amor”, que é um principio fundamental para uma vida cristã aprovada e saudável. O sentimento que tem que mover nossas ações, o propósito e o objetivo da nossa vida, bem como sonhos e metas deve ser o amor. Eu pergunto a você, você tem feito tudo com amor? Você educa seus filhos com amor? Faz as tarefas de casa com amor: como jantar ou a limpeza da casa? Seu trabalho, por menos recompensado financeiramente que seja, é feito com amor? É isso que Paulo está dizendo: “tudo com amor”. Todas as nossas ações, pensamentos, decisões, conclusões tem que se basear no amor. E quanto a vida espiritual e ministerial, é feita com amor? Você prega na sua congregação por amor a ela e aos ouvintes? Seu discipulado, visitas e evangelismo é movido por este tão nobre sentimento, que é o Amor? Sem reconhecimento algum de homens, sem glória alguma da terra, movido apenas pelo bem estar e salvação do próximo, pelo simples fato de vê-lo bem? Isso é amor! A Bíblia diz que “as nossas obras serão provadas pelo fogo”, se são feno, palha ou se é ouro (1 Co. 3.13). Eu creio que essa prova pelo fogo se baseará em quanto temos feito nossas obras com ou sem amor. O que não for com amor, será queimado, reduzido a cinzas, a pó e a vergonha. Creio que a maioria das obras feitas pelo Cristianismo de hoje é palha; somente aquilo que for feito com profundo amor à causa (o Evangelho) e ao próximo será aprovado, passará pelo fogo. Comece a partir de hoje a refletir nesse versículo e fazer todas as coisas: das menores às maiores, das naturais às espirituais com Amor. Esse amor que estou dizendo é o próprio amor de Deus dado a nós pelo Espírito Santo. Peça a Deus esse amor, tenha profunda comunhão com Ele e Ele transferirá a você esse amor, pois está escrito: Deus é amor (1 Jo. 4.8).

Pedir Certo

"Pedis, e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites". (Tg. 4.3) Hoje iremos aprender com essa passagem de Tiago, o porquê de muitas pessoas não terem suas orações atendidas. É porque elas pedem mal, ou seja, pedem de forma errada e coisas erradas. O que seria pedir mal? O próprio versículo responde: é pedir algo para gastar com nossos deleites (prazeres, satisfação pessoal e carnal). Deus não nos dará algo que em nossa intenção interior seja mundano, para obter honra, glória e riquezas terrenas. Deus não é um Deus que atende os deleites do homem. Que propósito Ele teria de ficar respondendo orações que apenas têm um fim carnal? Por isso não recebem os que possuem essas intenções. Tudo que pedimos a Deus deve ter um propósito. Quando você ora a Deus suplicando que Ele responda alguma necessidade sua, Deus pergunta: “com qual propósito me pediste isso? Que fim terá a resposta de tal pedido?” Se o propósito for para glorificar o nome Dele, para exaltar Seu filho Jesus nessa situação, dar bom testemunho para edificar as pessoas a nossa volta, propagar o reino de Deus… aí sim Ele responderá. Isso é pedir certo! Pois temos um propósito só na Terra: crescer à estatura de Cristo Jesus, nos conformar a imagem moral de Cristo e tudo que Deus nos dá deve convergir para essas coisas. Se nossas petições não trabalham para essas coisas estamos pedindo mal! Ele não irá de forma alguma conceder tais desejos que nos afastam de Cristo, que nos dão satisfação pessoal e que enaltecem apenas nosso ego, nos deixando orgulhosos e independentes. Não é essa a vontade de Deus. Pedir certo também é o que está descrito na chamada oração do “Pai-nosso”: SEJA FEITA A TUA VONTADE… É dizer: “Senhor, determinada coisa que eu quero é conforme a Sua vontade? Senhor, revele a Sua vontade para minha vida em determinada área!” Você pode dizer: “Deus é egoísta ao nos ensinar a orar para fazer a vontade Dele e não a nossa. Eu te digo que Ele não é! Isso é uma prova do amor e da graça Dele, porque nossa vontade foi afetada pelo pecado: nossa vontade produzirá morte, a vontade Dele produzirá vida. Então quando eu busco saber qual é a Sua vontade e oro para que essa vontade seja feita, estou provando do Seu amor, da Sua misericórdia e da sua graça e recebendo vida, e vida em abundância. Procure saber qual é a vontade de Deus através das Escrituras e pelo Espírito Santo e a medida que você souber essa vontade e orar sobre ela, então você estará pedindo de maneira correta, coisas corretas. Isso é pedir certo.

Sofrimento Do Justo

“…no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo.” (Jo 16:33) O cristianismo moderno e atual ensina que em nossa conversão teremos somente paz, conforto e prosperidade financeira. Mas Jesus ensina que não é bem assim: que enfrentaremos sofrimentos, aflições e dificuldades em nossa vida, pois nós temos uma grande caminhada aqui na Terra e ela muitas vezes será marcada por adversidades e dores porque isso faz parte do cristianismo verdadeiro. E por que ocorre isso? Primeiro, porque esse lugar não é nossa pátria, não é nosso lugar de descanso, nem o lugar que Ele preparou para passarmos a eternidade. Há um novo céu e uma nova terra nos esperando; lá sim toda dor e sofrimento será aliviada e a realização de todos os nossos sonhos concretizará. Segundo, as aflições e sofrimentos servem para aperfeiçoar nosso caráter, nos tornar mais dependentes de Deus, aprimorar nossa fé, nos deixar espirituais e ainda nos fazer provar do poder sobrenatural de Deus. Por isso uma das marcas do cristianismo verdadeiro são as aflições, mas o versículo não termina aí, ele nos dá uma promessa, dizendo: tende bom animo, eu venci o mundo. O que Jesus está querendo dizer? Que Ele é mais forte do que qualquer adversidade, qualquer tribulação, tentação, enfermidade e demônios. Ele venceu todos eles na cruz do calvário. E se Ele venceu, nós também venceremos, porque esse mesmo Cristo, que subjugou todos os seus inimigos na cruz, que tem todo o poder, também habita em nós. Por isso Ele disse: “tende bom animo eu venci o mundo” (aflições e tribulações). E vocês também vencerão. Não haverá aflições e dificuldades que vocês não conseguirão passar, pois Ele está à frente como um grande guerreiro, combatendo nossas guerras e também nos enviou o Consolador, o Espírito Santo, que nas horas difíceis da vida nos trará alívio, segurança e uma paz, que nada ou ninguém pode nos dar. Quando você estiver passando por grandes adversidades e temores recorra a Jesus em oração, pois Ele prometeu nunca nos abandonar e nos momentos que mais precisarmos Ele estará presente. Lembre-se: no mundo passaremos aflições, mas elas nunca nos prevalecerão.

Olhe Para Jesus

“E fez Joás o que era reto aos olhos do SENHOR todos os dias em que o sacerdote Joiada o dirigia.” (2Re. 12.2) Quero falar hoje sobre a passagem do rei Joás, que conduzia o seu reinado com retidão, sempre com o auxílio do sumo sacerdote Joiada. Fazia tudo que era correto, andava na Lei de Deus, cumpria todos os mandamentos e tudo ia bem com seu reinado… Mas morrendo Joiada, ele se desviou da lei de Deus e comprometeu o seu reinado (2Cr. 24.12). Qual foi o erro de Joás? Apesar de andar de modo correto com Lei do Senhor, ele dependia de Joiada, ou seja, sua confiança estava toda apoiada na vida de um homem, ao invés de estar firmada no próprio Deus. Como conseqüência, quando aquele homem morreu, Joás se perdeu. A mesma coisa acontece com muitos cristãos dos nossos dias, que apóiam a sua fé em homens, pastores, cantores e profetas. O termômetro desses cristãos, muitas vezes, não é Cristo e sim os homens. Não conseguem orar sozinhos, crescer sozinhos, vivem em gabinetes pastorais, correndo atrás de “profetas”, só caminham segundo “profecias”, são dependentes de homens! A qualquer momento esses cristãos podem se perder ou se decepcionarem, pois nós, os homens, somos passíveis de erro, sujeitos a falhas, então, invariavelmente, os cristãos que depositam a confiança em homens poderão passar pelo mesmo que Joás passou, e se perderem. Entretanto a Bíblia diz: “Olhando para Jesus, autor e consumador da fé…” (Hb. 12.2). É somente Nele que temos que colocar nossa fé, esperança, confiança e total dependência, pois Ele não é homem, não está sujeito a erros ou falhas, Ele é perfeito! E Ele é o único capaz de suprir todas as nossas necessidades! Há outro versículo que diz: “Olharam para ele, e foram iluminados; e seus rostos não ficaram confundidos.” (Sl. 34.5). Aqui diz que em mundo de trevas, somos iluminados ao nos voltarmos para Ele, e não seremos jamais confundidos, pois Ele é a nossa Lâmpada e o nosso Guia. Confie em Jesus, segundo as Escrituras, assim você jamais cairá como Joás, mas permanecerá de pé e ainda glorificará o nome Dele.

Amor

“O amor não faz mal ao próximo. De sorte que o cumprimento da lei é o amor.” (Romanos 13:10) Vamos falar hoje sobre o amor.O apóstolo Paulo nos ensina claramente nesta passagem que o amor não faz mal ao próximo e que também ele é o cumprimento da lei, isto é, o cumprimento de todos os mandamentos. Viver uma vida cristã obediente é amar. Nós, cristãos, devemos manifestar esse tão nobre sentimento ao próximo – ou seja, todas as pessoas a nossa volta – e isso com ações, como ensina a carta de João: “não amemos somente de palavras” (1Jo. 3.8). O mundo atual precisa de amor. Por mais avançada que esteja a tecnologia e a ciência, por mais que haja entretenimento, o fato é que o mundo está doente! O homem moderno é um homem doente, depressivo, sem identidade, as nações e seus governantes batem cabeça procurando uma resposta para o grande surto doentio que a humanidade se encontra… e qual seria a cura para o mundo? Te respondo: é o amor. O mundo precisa de amor. As pessoas precisam ser amadas. Esse é o remédio. Só existe um povo que tem esse amor: é o povo de Deus, pois a Bíblia diz que “Deus é amor” (1Jo. 4.8) e Deus só habita entre o Seu povo. Sou eu e é você cristão. Então devemos levar a cura ao mundo: às pessoas. Meu irmão, estou te convidando a amar, e amar de forma incondicional: se compadecer da necessidade alheia, ajudar o mais fraco, não julgar as pessoas, pagar sempre o mal com o bem, o que, como disse Paulo, “é o cumprimento de toda Escritura”. E essa prática não nos fará apenas cristãos obedientes e genuínos, mas também trará cura para todos que estão à nossa volta. Talvez você não possua grandes talentos, ou poder financeiro ou até grandes dons espirituais, mas eu creio que você já tem o maior dos dons derramado em você pelo Espírito: o amor. Se você tem duvida, peça mais amor a Deus e exercite esse amor, pois você descobrirá que o amor do Pai está em você e você pode levá-lo a todos neste mundo perdido. Amém.

Família

“Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.” Gênesis 2.24 Quero trazer uma mensagem hoje sobre a família. A família é um órgão que existe desde a criação dos primeiros seres da raça humana. Ela foi estabelecida pelo próprio Deus, quando uniu Adão e Eva, que posteriormente geraram filhos, assim estava constituída a primeira família da raça humana, segundo a Bíblia. A família é o principal componente da sociedade. Ela é a primeira unidade social de uma nação. Um povo, um mundo e uma sociedade, para que sejam melhores, dependem da família. Quero fazer uma pergunta: como está sua família? Que valor você tem dado aos seus familiares? Essa deve ser nossa primeira preocupação como cristãos. Quanto tempo você tem dedicado afetivamente a seus filhos, pais, tios ou avós? Nessa semana você já abraçou alguém da sua família, dizendo: “eu te amo”? Já teve um momento descontraído e íntimo com algum deles? E quanto a você que esta morando em outra cidade longe de seus familiares, se lembrou deles essa semana? Já deu um telefonema? Mandou um e-mail para sua mãe, para seu pai ou filho? Já imaginou o que ele(s) pode(m) estar fazendo neste momento que você lê esta mensagem? Pois é meu irmão, enquanto nós temos tempo, façamos tais coisas, pois depois de Deus, são as pessoas que mais temos que valorizar nessa Terra. Às vezes eles estão debaixo de nosso nariz e não os amamos, respeitamos ou os agradecemos da forma devida. Não perca mais tempo, use toda oportunidade que você tiver e aproveite o máximo com sua família. Outra coisa e a principal delas é a salvação de seus familiares. O meio mais próximo de Deus se chegar a eles é você. Na maioria das vezes será através da sua vida que a salvação chegará até eles: com seu testemunho e pregação do Evangelho a eles. Ainda há a intercessão. Muitos lembram-se de orar para tudo e para todos e às vezes não apresentam as pessoas mais próximas a Deus. Quanto você tem chorado diante de Deus pelos seus familiares, quanto você tem importunado o Trono da Graça, orando em favor de todos os seus familiares, principalmente seu pai, sua mãe ou seus filhos? Dê prioridade a eles, sejam eles os principais alvos de suas orações, de seus jejuns. Dia e noite clame pelos seus familiares até que venha a resposta do céu. Outro aspecto a ser considerado é seu testemunho de integridade, obediência, submissão e responsabilidade. Mostre à sua família que você é um verdadeiro cristão e que através de sua conduta eles sejam conduzidos a temer a Deus. Há também uma promessa para nossa família. A mesma que Paulo deu ao carcereiro no livro de Atos, quando ele perguntou: “que é necessário que eu faça para me salvar?” (At. 16.30) Paulo respondeu: “Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa” (At. 16.31). Se você não crê estou te convidando a crer em Jesus. Se você já crê então permaneça meu irmão, pois a salvação que está em você será transferida aos seus familiares à medida que você insistir por eles. Então toda sua casa, ou seja, sua família será salva, alcançará a proteção, o amor, e a graça de Deus. Amém.

Graça

“Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus.” Rm. 3.24 Graça: um dos termos que mais revela a essência do Evangelho. As religiões têm misericórdia, tem perdão, tem justiça, tem juízo, mas só o Evangelho tem Graça. Um dos significados da palavra graça é o “favor benevolente e imerecido de Deus ao homem”. É pela graça que somos salvos da ira vindoura e da condenação do inferno. É pela graça que somos perdoados dos pecados, pela graça somos aceitos como filhos de Deus e pela graça alcançamos o ministério e somos usados por Deus. Por que quero falar sobre a graça? Porque apesar dessas afirmações acima, há muitas pessoas que sempre tiveram dificuldade de receber e lidar com a graça. Muitas pessoas tentam ser aceitas por Deus por atos de bondade, por esforço próprio, lutando para serem santas a todo o custo ao ponto de se flagelarem interiormente, carregando assim um fardo muito pesado, pois todas as suas tentativas são e serão inúteis. Por mais que alguém tente, não conseguirá ser bom, não conseguirá ser santo, não conseguirá acertar sempre, devido ao pecado que em nós habita. Isso então fará com que essa pessoa ande sempre culpada, a fará achar que sempre está devendo algo a Deus, por não conseguir os resultados esperados… E por que ela não consegue? Porque ela tenta tudo pelo seu esforço, pela forca do seu braço e ela nunca irá conseguir, jamais! Temos que entender que é tudo pela graça, ou seja, nunca conseguiremos ser tão santos, tão bons, amar a todos, cumprir os mandamentos ao ponto de sermos aceitos, logo o que Deus faz? Nos aceita mesmo não conseguindo, isso é Graça, favor imerecido: nós não merecemos ser perdoados e Ele nos perdoa, não merecemos ir para céu, e Ele nos leva, não merecemos pregar o Evangelho, mas Ele nos deixa pregar, não merecemos ganhar almas, mas Ele nos dá almas, não merecemos nada, mas Ele nos dá tudo… E continuará a dar e fazer sem que haja qualquer atributo nosso cooperando para isso. Apenas Ele fazendo, pelo simples fato que quer fazer e continuará sempre a fazer. Isso é Graça.

Sede Firmes

“Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor”. (1Co. 15.58) Anseio hoje falar algo ao seu coração para te trazer ânimo, motivação e incentivo, porque constantemente estamos sofrendo embates, ataques e aflições que somado com o silêncio de Deus nos leva a perder o ânimo, a motivação e chega ao ponto de abalar nossa fé e convicção. Sentimo-nos fracos e desencorajados, por não atingirmos os resultados necessários ou os resultados que nós julgamos necessários. Muitas vezes fazemos disso um fardo e cobramos algo de nós que nem mesmo Deus nos cobra e por que isso ocorre? A nossa vida cristã é marcada por orações, jejuns, travamos batalhas descomunais contra nossa carne (nossa velha natureza), entesouramos no céu com nossa consagração e voto após voto…Também em nosso ministério pessoal, pregando num púlpito ou fora dele, evangelizando almas, intercedendo para que elas se convertam, nas visitas e no discipulado. Mas, às vezes, em meio a tudo isso, olhamos ao redor e invariavelmente afirmamos: “isso não está adiantando nada! Não está sendo recebido por Deus! Não está tendo efeito algum! Ou seja: está sendo vão. Então entra em cena o desânimo. Mas há uma palavra de consolo para nós, pois na maioria das vezes as coisas não são como parecem ser. O próprio Paulo nos motiva dizendo: “O nosso trabalho não é vão no Senhor”, isso significa que Deus tem acompanhado sua vida, tem recebido suas orações, tem aceitado os votos que você já fez a Ele, sabe da sua luta com o ministério pessoal ou na igreja e Ele está dizendo: “Nada do que está sendo feito com sinceridade e com o coração correto está sendo vão!” Deus jamais desperdiça um momento sequer da nossa vida. Tudo que fazemos e tudo ao nosso redor está sendo usado para nosso aperfeiçoamento e para glória Dele! Você verá meu irmão, que em mais um pouco de tempo começará colher e essa colheita será fruto de todos esses meses e anos trabalhando pessoal ou ministerialmente para o Senhor e que nada disso foi vão! Termino dizendo como Paulo, sabendo agora que você está cheio de ânimo e motivação: “Sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor”. Amém.

Testemunhar de Cristo

“Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra.” Atos 1.8 Uma das grandes marcas de um Cristão genuíno é testemunhar de Cristo ,manifestar as virtudes de Cristo e do reino dos céus através do nosso modo de viver e pregação do evangelho. Somos chamados para anunciar o Reino de Deus e o poder transformador da salvação que há em Cristo através do nosso testemunho, atraindo almas perdidas ao Salvador. Você deve testemunhar de Cristo em seu dia a dia, “sendo uma carta conhecida e lida por todos os homens” como diz o apóstolo Paulo (2Co. 3.2). Fazendo isso você mostrará às pessoas o que Cristo tem feito em sua vida e como Ele tem mudado sua maneira de enxergar o mundo, que seus valores mudaram, que sua mente foi aberta e agora você descobriu o amor de um Deus tremendo e que Ele tem um plano eterno pra nós. Quantas oportunidades temos de testemunhar de Cristo: numa viajem de ônibus ou avião, que passamos horas com um desconhecido do nosso lado e simplesmente nos omitimos! Quando estamos em outra cidade e nos hospedados em alguma casa. Na escola ou em nossos relacionamentos diários, seja com um vendedor de mercado, um gerente de banco, um porteiro de prédio… É o nosso dever falar a eles de Cristo e pregar a eles o Evangelho! Nós jamais deveríamos deixar passar uma oportunidade sequer! Entretanto, sabemos que deixamos dezenas e até centenas de pessoas passarem por nós sem testemunharmos de Cristo. Irmão, fale a elas de Cristo, mostre sua alegria por ter encontrado esse tesouro, como na parábola do tesouro escondido (Mt. 13.44). Mostre que agora sim você tem a verdadeira paz, e que ela não veio por bens materiais ou qualquer outra coisa terrena, mas veio do Reino de Deus que chegou a você e pode chegar até elas! Outra forma de testemunhar de Cristo é com sua conduta. Me diga: seu padrão de vida mostra o Reino de Deus ,expressa o amor de Deus? Sua maneira de viver é um testemunho de quanto Cristo é justo e que Deus é amor? Ou seu testemunho é de uma pessoa irada, invejosa, amargurada, descontrolada , e que em vez de atrair as pessoa ao reino ás afastam? Pois é, e não deveria ser assim, pois sem palavras e apenas com nosso testemunho de fé e nossas ações poderíamos atrair pecadores ao Reino de Deus! Eles deveriam ver uma paz e alegria em nós tão grandes e valores tão diferentes, que seriam levados a quererem isso em suas vidas! Essa é a palavra meu irmão: dê testemunho de Cristo! Como o versículo acima diz, o poder do alto já te revestiu e você tem condições sobre-humanas para testemunhar, com a regeneração que o Espírito Santo te concedeu e o poder Dele para anunciar com palavra e feitos o glorioso evangelho de Cristo. Isso é dar testemunho Dele!”

Experiência Com Deus

“No ano em que morreu o rei Uzias, eu vi também ao Senhor assentado sobre um alto e sublime trono; e o seu séquito enchia o templo. (…) Então disse eu: Ai de mim! Pois estou perdido; porque sou um homem de lábios impuros, e habito no meio de um povo de impuros lábios; os meus olhos viram o Rei, o SENHOR dos Exércitos.” (Is. 6.1,5) Estava meditando esses dias acerca da nossa diferença com os personagens bíblicos: Jeremias, João Batista e o apóstolo Paulo. E pude perceber como eles tinham uma visão espiritual maior, como possuíam um amor maior pelas almas e como eram possuídos por uma convicção e renúncia absurdas! Então me questionei o porquê de hoje a nossa visão espiritual ser menor e mais superficial, o porquê de sermos tão terrenos e incrédulos e tão insensíveis as coisas de Deus? Deus então me levou a essa passagem de Isaías. (Is. 6.1,5) Provavelmente Isaías era também assim como nós: insensível, indiferente e não sabia exatamente a sua própria condição , o seu propósito na terra e muito menos a condição do povo ao seu redor… Agora, por que Isaías era assim? Porque seu contato com Deus era superficial, a revelação que Isaías tinha de Deus ainda não era da Sua glória, enfim, Isaías não tinha nenhuma experiência profunda com Deus. Mas no ano em que morreu o rei Uzias, a Bíblia diz: “eu vi também ao Senhor”. Isaías teve uma experiência impactante com Deus, Isaías teve uma comunhão mais profunda com Deus, como disse Leonard Ravenhill: “precisamos de uma revelação da majestade de Deus” e foi isso que Isaías teve. E o que ocorreu logo após essa experiência? Isaías disse: “Ai de mim! Pois estou perdido”. Isaías viu a sua própria condição, percebeu que estava completamente perdido e que não poderia fazer nada por si próprio, Isaías viu sua humanidade: débil, imperfeita e incapaz. Depois disse: “sou um homem de lábios impuros”. Ele sentiu convicção do seu pecado com toda sua força, olhou para dentro de si e aquilo que julgava ser ruim, viu que era ainda muito pior! Viu o quanto o pecado dele próprio era terrível e abominável aos olhos de Deus! Também: “e habito no meio de um povo de lábios impuros”. Isaias viu a condição do povo a sua volta, viu que, assim como ele, era grande a necessidade das almas perdidas, viu que elas estavam em completo caos e totalmente condenadas, sentiu as dores por ver um povo desviado e sem Deus! O que ocorreu na vida de Isaías ao ter essa experiência com Deus, esse contato maior com Deus e perceber sua condição e a dos seus semelhantes? Isaías não pôde mais ficar indiferente! Agora ele sabia o quanto precisava de Deus, o quanto deveria amá-lo, ele sabia que sua consagração deveria aumentar – e muito! Sua disposição quanto a obra ministerial e sua total dependência de Deus precisavam aumentar! Aí sim Isaías experimentou a verdadeira santificação e transformação, e não o que julgamos ser santo, veja: “E com a brasa tocou a minha boca, e disse: Eis que isto tocou os teus lábios; e a tua iniqüidade foi tirada, e expiado o teu pecado”. Com relação às almas, agora sim o amor de Isaías havia nascido por elas, pois ao ver a condição das tais, Isaías ficou chocado, viu sua total perdição e não poderia ficar de braços cruzados! Agora ele tinha certeza que elas necessitavam de ajuda com propósitos eternos, agora não era mais aquele ministério burocrático, sem sentimentos, movido por leis e imposições, algo que fazemos muito: ministérios secos e vazios! Não meu irmão! Isaías tinha agora paixão pelas almas e a prova disso é que ele disse: “Eis-me aqui, envia-me a mim”. Termino dizendo que Isaías nunca mais foi o mesmo homem! Isaias foi transformado por ter uma revelação da majestade de Deus. E é exatamente isso que deve acontecer com você – não significa que será, propriamente, uma experiência como de Isaias – mas quanto mais contato você tiver com Deus, quanto mais comunhão você tiver e essa comunhão for profunda, mais você saberá da sua condição e da condição desse mundo perdido, e com essas revelações isso mudará completamente sua vida cristã e seu ministério. Busque experiência com Deus como a de Isaías e tenha uma comunhão muito mais profunda com Ele “o Senhor dos Exércitos”.

Abundante Graça

“E os apóstolos davam, com grande poder, testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça”. (At. 4.33 ) Quando olhamos para a Igreja descrita em Atos, contemplamos o tremendo êxito que essa Igreja tinha, o quanto seus líderes, obreiros e apóstolos eram bem sucedidos ministerialmente! Parecia que o povo de Deus daquela época tinha uma fé poderosa e inabalável, e suas vidas eram marcadas por perseguições, milagres, conversões, abundante alegria e um crescimento estrondoso do cristianismo. Essa era a marca da Igreja e dos cristãos daquela época! Estudando esse texto podemos aprender e entender qual foi o segredo de tamanha eficácia na vida pessoal e ministerial dos cristãos daquela Igreja. O segredo deles? A graça – “e em todos eles havia abundante graça” – era tudo fruto da maravilhosa graça! Algo que está praticamente extinto hoje em dia, note que o versículo diz: “abundante”, ou seja, não era algo escasso e sofrível, mas tranbordante. É exatamente disso que precisamos para os dias de hoje: só viveremos uma vida cristã saudável, nosso ministério só tera êxito, se abundarmos em graça. Isso quer dizer a manifestaçao plena do reino Deus Deus em nós pelo Espírito Santo, em obras e em poder, no caráter, em ações, em palavras, na sociedade, na igreja, individualmente, coletivamente, isto é, a ação grandiosa e sobrenatural de Deus sobre os homens. Óh, oremos para quê alcancemos essa abundante graça em nosso dias! Nossa vida cristã de hoje é seca e humana, não somos regenerados, não somos sensíveis ao Espírito Santo, assim também não somos espirituais, não há poder sobrenatural na maior parte da nossa vida, nossos valores são pouco eternos, não há o caráter fraternal e generoso daquela época, que revela a base do cristianismo, veja: “E todos os que criam estavam juntos, e tinham tudo em comum. E vendiam suas propriedades e bens, e repartiam com todos, segundo cada um havia de mister [necessidade]. E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração”. (At 2.44) No ministério o mesmo ocorre: o quanto fazemos a obra de Deus “no braço”, no grito e na violência? Não conseguimos levar nenhum pecador a conversão, nosso discípulado e aconselhamentos estão sem vida, não produzem resultados para o reino de Deus, nossos sermões são entediantes… Quanto corremos de um lado para o outro, quanto recurso gasto, energia gasta, cansaço e nenhum resultado, daí apelamos para nossas técnicas, pressão psicológica, ameaças e, acreditem até chantagem! Deus o que está acontecendo!? Veja a graça no ministério do apóstolo Paulo: ”A minha palavra, e a minha pregação, não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração de Espírito e de poder”. (1Co. 2.4) Está faltando essa abundante graça nos tomar, nos possuir, nos encharcar até nossas fibras serem “infectadas” do Espírito Santo! Como o próprio Jesus era, óh como eu gosto e invejo essa passagem: “E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade”. Jesus se fez homem e foi cheio de graça – abundante em graça – que qualidade tremenda e desejável para uma pessoa ter!! Óh meus queridos, anseie buscar e possuir essa graça em alta medida, seja essa sua oração!

O Amor

“Aquele que não ama não conhece a Deus…” 1João 4.8 Você nâo fica chocado com uma declaração dessas: “Aquele que nâo ama nâo conhece a Deus!?” Eu uma vez mais fiquei, pois uma afirmaçao tão enfática como essa me leva a indagar: “Deus dos céus será que eu realmente te conheço?” Quantos de nós, cristâos, batem no peito afirmando em nossos cultos, ou em nossa orações: “Deus está aqui e nós o conhecemos”? Ou em nossos estudos bíblicos e teológicos acabamos por pensar que de tanto estudar conhecemos bem a Deus? Contudo, na verdade conhecemos sobre Deus e nâo a Deus! E por que estou dizendo isso? O cohecimento verdadeiro e completo de Deus só vem pelo amor – ”aquele que não ama não o conhece” – que declaração aterrorizante, chocante, que joga toda nossa teoria sobre Deus no chão, quebra todas as nossas teses, estudos, auto-piedade, auto-sacrifício e religiosidade. Declaração que nos envergonha, nos humilha, nos causa impacto, arrepios e nos leva a afirmar: eu nâo devo conhecer a Deus! Por isso chegamos a uma conclusão chocante: será que amamos? Quanto do que fazemos no dia-a-dia – das coisa naturais às espirituais – é feito com amor? E quanto às pessoas: dos ímpios aos nossos irmãos na fé, olhe para eles nesse momento, veja sua situação, seu estado, pessoas que estão vindo na sua mente ou que você convive no dia-a-dia, você as trata com amor, ou melhor: você as ama? Deus dos céus o que estamos fazendo? Que apavoro toma os nossos corações! Se não sabemos amar, e se não amamos de fato, estamos em total escuridão, pois assim vivemos sem o conhecimento de Deus, e sem conhecê-lo onde iremos? Como venceremos? Óh Deus, nos ajude amar e mostar o seu amor! Quanto descaso e indiferença da nossa parte para com as pobres almas perdidas – sem Deus e sem amparo – e nós rodeados de conforto e da graça, milhares famintos, doentes, destruídos, condenados e nós possuímos o reino e o enterramos!? E a razão pela qual tudo a nossa volta está tão superfficial – de forma a não colhermos resultados – é porque não fazemos nada com amor, não amamos. Eu não estou dizendo de obras, eu não estou dizendo de ações somente, eu estou dizendo de inteções, eu estou dizendo de sentimentos: “ALGO QUE É FEITO E MOVIDO PELO AMOR!” E o resultado é uma falta de conhecimento de Deus, que nos deixa débeis, cegos, e isso é a maior condenação que um homem pode ter: “não conhecer a Deus”, que tragédia, que juízo!!! Será que não é por isso que a cristandade atual está tão perdida e confusa, não seria essa uma das causas do declínio da igreja moderna, pois ela parece sem um pingo de conhecimento de Deus? Então olhamos e somos obrigados a afirmar: “nossa atual geraçao não ama!” Estou fazendo um apelo para que você ame, ore pedindo pelo Espírito, para que ele derrame desse amor, ou talvez ele já foi até derramado: e será possível que você não o pratica, não o exercita, enfim, não ama? E ele não é manifestado, não por que você não o tenha, e sim porque você não usa a sua vontade, a sua iniciativa em amar, pois assim assim com certeza Deus faria o resto! E a razão de tudo isso é o nosso egoísmo, fruto desse evangelho egoísta de hoje, que sufoca o amor… Vá enquanto é dia, ame, pratique o amor e assim conheça a Deus. Saia dessa escuridão espiritual que você se encontra, tenha uma revelação maior de Deus, amando. Caso contrário você poderá ouvir: “Ei, você nâo conhece a Deus!

O Silêncio de Deus

"Ó Deus, não estejas em silêncio; não te cales, nem te aquietes, ó Deus" – Sl. 83.1 A vida cristã não é marcada somente por situações positivas: triunfos e conquistas, há também os períodos de dor, incerteza, tratamento e, talvez, a situação de maior dificuldade de se entender ou de lidar é com o silencio de Deus! Simplesmente não há mais respostas. não há um movimento de Deus, uma palavra, um sussuro sequer, parece que Deus se afastou, que não está presente mais, não está atuando em nosso favor, nos abandonou, enfim, nada acontece! Temos um curto período de tempo chamado primeiro amor, nesses tempos tudo vai bem, Deus nos protege com sua graça, responde quase que instantâneamente nossas orações, temos experiências rotineiras – mesmo que pequenas com Deus – somos fortes, destemidos, não ficamos uma semana sequer sem ouvir a voz de Deus, entretanto, logo esse tempo passa, então esse período horrível nos alcança: “Deus se cala”, somos levados ao desespero, então dizemos onde está Deus, o quê aconteceu? Será que estou em pecado, será juízo de Deus sobre a minha vida, isso é fruto de algum deslise? Então fazemos como Habacuque: “Até quando, SENHOR, clamarei eu, e tu não me escutarás? Gritar-te-ei: Violência! E não salvarás?” (Hc. 1.2). Quanto ao sobrenatural de Deus, parece que isso virou lenda, um “conto de fadas” em nossa vida, não há um sinal, uma resposta sobrenatural às nossas orações, em nossa famílias, em nosso caráter, em nosso ministério… somos sempre secos, sempre vazios, sempre homens naturais, nada de demonstração de poder: tanto em nós como por nós! Choramos sobres as promessas bíblicas, recitamos todos os versículos que conhecemos, jejuamos, oramos, esperamos – com ou sem paciência – e fazemos até votos absurdos na tentativa de ver apenas um movimento de Deus – somente um, um só! E nada, ele está em silêncio! Óh como dói, os olhos começam a lacrimejar, nos deparamos com nossa completa fragilidade, insignificância e impotência, o quê está acontecendo? Quero te consolar com minhas palavras e dizer porque isso ocorre, quero que você entenda que os olhos de Deus nunca fugiram da sua vida, Ele está de contínuo te observando! Esse período de silêncio acontece, para que você se torne totalmente dependente da Sua graça, que basta Ele se afastar um segundo que você morreria e que você não pode dar uma passo sem Ele para que veja que não pode fazer nada sem Ele, absolutamente nada! Ele permite fracassos, falhas, humilhações (fruto desse silêncio), para que você possa olhar para o céu e dizer: “Quem tenho eu no céu senão a ti? E na terra não há quem eu deseje além de ti” (Sl.73.25). Não se preocupe com resultados, sucesso, não se preocupe em ser aceito pelos homens, não se preocupe com os números que seu ministério pode alcançar – isso te culpa muito não é? – mas Deus não está preocupado com isso, não é esse o principal propósito Dele na sua vida: “te fazer bem sucedido”. Não, absolutamente não! Ele quer te aperfeiçoar, te fazer uma pessoa melhor para Ele – e não para as pessoas e para o ministério – fazendo coisas que você não vai entender e por isso dói tanto! Só que o silêncio não dura para sempre, terminado os propósitos de Deus, Ele voltará a falar com você, da mesma forma que com o apóstolo Paulo, no livro de Atos, Capítulo 18: ele estava em Corinto, disputando na sinagoga acerca de Jesus e estava sendo resistido, estava confuso, estava querendo desistir e naquele momento não tinha uma direção clara do que fazer – Deus estava em silêncio – mas logo depois, Deus quebrou o silêncio dizendo: “E disse o Senhor em visão a Paulo: Não temas, mas fala, e não te cales; Porque eu sou contigo, e ninguém lançará mão de ti para te fazer mal, pois tenho muito povo nesta cidade.” Assim como com Paulo, Deus voltará falar com você, trará sinais da Sua fidelidade e você verá que todo esse período contribuiu – e muito – para sua vida! Continue O buscando, se consagrando, pagando preços cada vez mais altos, pois nada disso é ou será vão.

Doce ou Salgado?

"Meus irmãos, pode também a figueira produzir azeitonas, ou a videira figos? Assim tampouco pode uma fonte dar água salgada e doce". Tiago 3.12 É muito interessante estudarmos essa passagem do livro de Tiago, pois ela nos ensina preciosas verdades sobre a natureza do homem. O texto revela que uma fonte que jorra água doce em um dia, não pode em outro dia jorrar água salgada. Imagine se uma tribo inteira dependesse dessa água para beber e matar sua sede, e essa fonte, de semana em semana, mudasse de doce para salgada? Seria estranho e cruel da parte da fonte, mas graças a Deus e às Suas leis isso não pode ocorrer. O mesmo texto também mostra sobre plantas frutíferas – figueiras e oliveiras. Não pode uma espécie de planta dar frutos de outra espécie, isso é impossível, vai contra as leis que regem a natureza! Imagine a cena: você colhendo uvas de uma videira, e no mês seguinte colhendo figos da mesma videira! Isso é impossível! Que situação hilária seria você ver um pé de manga cheio de laranjas, ou como o texto ensina: produzir em uma semana um fruto doce e saudável, e no mês seguinte dar um fruto venenoso, que perversão a natureza estaria cometendo se fizesse isso, não?! Pobres pessoas que dependessem desses frutos para viver, mas como eu disse, isso não pode acontecer com as plantas. Entretanto, acredite: “acontece com os homens”! Eles possuem essa terrível capacidade de serem bons e maus ao mesmo tempo, são capazes de amar e odiar com extrema facilidade, têm aparência boa e por dentro são maus, dizem palavras boas mas têm pensamento malignos… Essa é uma realidade comum entre os homens: terem muitas personalidades e temperamentos, produzindo maldade e bondade ao mesmo tempo. Então, o que Tiago quer ensinar trazendo essas ilustrações: uma fonte doce não pode dar água amarga? Ele está ensinando que, depois da nossa conversão nos tornamos uma fonte doce, temos a natureza de Cristo e Seu Espírito, então devemos jorrar somente água doce: boas obras, boas palavras, bons pensamentos… De forma que uma fonte doce não pode produzir água salgada, assim nós não devemos ficar oscilando, mas sermos realmente nascidos de novo, feitos para as boas obras, para que os homens glorifiquem a Deus por elas! (Mt 5.16) Esse “transtorno bipolar cristão” é muito comum atualmente e você não pode confiar em certos cristãos pois eles manifestam de tudo, aliás há muita gente com cara boa praticando só maldades – esses nem digo que oscilam – são é maus mesmo. Cheios de rancor, inveja, ira, ódio, vingança, imoralidade, cobiça, etc. Outra coisa que esse tipo de crente gosta muito de fazer é hostilizar outros crentes, ser rude, grosso, diminuir e denegrir – com palavras e tratamentos – apenas “porque não foi com a cara do outro ou porque não gostou do sucesso do outro”! O Corpo de Cristo (Igreja) está cheio de coisas como essas, e isso não deveria ocorrer, porque “supostamente”, somos fonte que jorra água doce – “cristãos” – e não poderíamos jorrar “água salgada” (perversão), pois à semelhança das plantas citadas, e da fonte, que dão de comer e beber a muitas vidas – e essas vidas dependem desse alimento – assim as pessoas dependem da Igreja, somos o canal que leva a elas a vida espiritual, ”o Evangelho”, trabalho esse que nem aos anjos fora confiado! Nosso papel é ser sal da terra e luz do mundo (Mt. 5.13-14), mas como as pessoas vão depender de nós se continuamente estamos jorrando doce e salgado? Pode um povo confiar sua gente a uma fonte dessas? Iriam morrem de sede, não é? Termino citando as palavras de Jesus: “Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus.” Mateus 5:16.

Fazer o Bem

“E não nos cansemos de fazer bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido.” Gálatas 6.9 Um exercício tremendo para a vida espiritual e uma das melhores formas de manifestar a natureza de Cristo é fazer o bem. A vida de um cristão piedoso deve ser uma vida ativa, intensa, movimentada, pois foi isso que ocorreu quando os discípulos oraram: “o lugar se moveu” (At. 4.31). Deve ser uma vida de movimento e de ações, e que coisa melhor poderia ser incluída nessas ações como “fazer o bem”? Muitas pessoas se queixam de não possuir dons espirituais, dons ministeriais, cargos na igreja ou ficam esperando pela manifestação sobrenatural de Deus: como milagres, maravilhas espantosas e curas – e sim, Deus opera dessa maneira, mas depende de Sua soberania – e pela falta do acontecimentos dessas coisas, ficam dispersos, confusos e em completa inércia! O que deveríamos fazer enquanto essas coisas não ocorem, esperá-las? Temos muito a fazer, principalmente o que depende de nós! O sobrenatural depende de Deus, mas o natural – que também depende de Deus – depende de nós! Então vamos fazer o bem: quantas coisas podemos e devemos fazer? Por exemplo, ajudar os mais fracos nas suas tarefas, auxiliar uma pessoa com seus estudos, doar nosso tempo para uma pessoa enferma/solitária como os idosos, alimentar uma famila com parte dos nossos recursos, responder sempre as pessoas com bondade, dar um pouquinho de alegria aos mais fracos nesse mundo tão hostil – evidentemente acompanhando tudo isso com a pregação do Evangelho. Isso é fazer o bem! Já imaginou quantas viúvas ficariam felizes apenas com uma visita? Não estou dizendo de fazer um milagre por elas, ou levar dinheiro a elas, estou falando só uma visita! Uma das maiores características de um cristão deveria ser a bondade, já pensou nisso? Ser bom! Ser conhecido como uma pessoa boa! O apóstolo Paulo usa o termo “não nos cansemos”, ou seja, fazer sempre, nunca cessar, o tempo todo, estarmos sempre dispostos para fazer o bem. Te pergunto: suas palavras são com doçura para as pessoas? O tratamento com seu semelhante é um tratamento bondoso? Quantos recursos você gasta para promover o bem das pessoas? Percebe o quanto podemos fazer até que o sobrenatural de Deus começe a agir? Veja como a vida de um cristão pode ser ativa, intensa, sem que ele opere um milagre sequer! Portanto, meu irmão, como o próprio apóstolo Paulo diz: “Então, enquanto temos tempo, façamos bem a todos” (Gl. 6.10). Vá! Faça visitas em hospitas, dê um sorriso aos doentes, dê um abraço nos deprimidos, diga: “eu te amo” aos abandonados, chore com os solitários, ria com os humildes, gaste toda sua vida fazendo o bem para quem quer que seja! Ainda que você não tenha nenhum tipo de reconhecimento, ou não veja nada transcedental. Por fim – obviamente – o maior bem a fazer às pessoas é lhes pregar o Evangelho de Cristo, pois fazer o bem é manifestar uma das faces de Deus.

Preparação

"Retira-te daqui, e vai para o oriente, e esconde-te junto ao ribeiro de Querite, que está diante do Jordão. Levanta-te, e vai para Sarepta, que é de Sidom, e habita ali; eis que eu ordenei ali a uma mulher viúva que te sustente". 1Reis 17.3,9 Todos conhecem muito bem a história de Elias – em seu épico confronto com os profetas de Baal – na qual ele apresenta-se ao rei Acabe e manda convocar todo Israel e os 450 profetas de Baal para se encontrarem com ele no monte Carmelo. Elias ora e faz fogo descer do céu de forma espantosa, aniquilando os 450 profetas de Baal no ribeiro de Quisom. Logo em seguida diz a Acabe: “sobe e aparelha seu carro, pois há som de abundante chuva”, então Elias ora fervorosamente pedindo chuva, e depois de três anos e meio volta a chover em Israel – naquela mesma hora. Que passagem magnífica Elias protagonizou na Bíblia! Que autoridade espiritual, que êxito na sua chamada! Poucos, mesmo nos padrões bíblicos foram tão notáveis como Elias. Mas é importante saber algo que às vezes deixamos passar… Antes de tudo isso acontecer, antes de Elias protagonizar tais feitos, ele teve um tempo de preparação, um tempo de treinamento. Todas as pessoas vitoriosas, triunfantes, bem-sucedidas – seja em qual área for – antes de ocuparem suas posições, tiveram que ser preparadas, instruídas, enfim, serem treinadas primeiramente para depois alcançarem o êxito. Foi isso exatamente o que ocorreu na vida de Elias. O texto diz que “Elias teve que se isolar, viver da água de um ribeiro, se alimentar de corvos, depois do ribeiro secar-se, Deus o manda viver da mão de uma viúva, numa cidade chamada Sarepta de Sidom (fora de Israel)! Elias estava sendo preparado, estava amadurecendo, estava sendo treinado, só depois Deus disse: “Agora mostra-te a Acabe”! Creio que com sua vida está ocorrendo o mesmo! Esse tempo e as coisas que nele estão se passando fazem parte da sua preparação, mesmo que você já tenha formado e estabelecido princípios espirituais, ou mesmo formado pequenos ministérios, eles ainda não começaram realmente, é tudo treinamento. Ainda que você fique preocupado e frustrado por causa da falta de eficácia, dos erros cometidos e principalmente da falta de resultado – seja na sua vida pessoal ou no possível ministério – é tudo, absolutamente tudo, preparação! Vou te orientar um pouco a respeito disso: um soldado, antes de ir para guerra, treina anos e anos, faz simulações da verdadeira guerra, é criado um verdadeiro combate, permeado com dor, sofrimento, renúncia, labor – às vezes chega a ser desumano o treinamento – só que tem uma coisa: a munição desse treinamento é de festim, as balas não são de verdade! Eu ainda posso errar, ainda não é a guerra, os resultados ainda não são contados… Posso cair, posso perder, posso falhar, e por quê? Porque é tudo parte do treinamento, entenderam? Entretanto você diz: “parece tão real, para mim já começou a guerra e estou perdendo, falhando, está dando tudo errado! Pois é, dessa forma Deus nos treina – com situações reais, com pessoas e com almas eternas, com nossos sentimentos, em nosso caráter – Ele não desperdiça nenhuma oportunidade! Tudo para Deus é passível de ser usado para nos conformar à imagem de Cristo! A simulação chega ao ponto de ser pior que a própria guerra – talvez muitas guerras não serão tão descomunais como o treinamento – porém, no treinamento ainda são permitidos erros e falhas! Por isso te digo: levante a cabeça, não desanime, não se preocupe com resultados e falhas, aquilo e aqueles que você acha que estão perdidos, não estão. Deus está cuidando disso, e está cuidando deles. Até agora tudo serviu para sua preparação! Continue firme, não deixe de escalar essas muralhas, não deixe de passar agruras – ninguém disse que ia ser fácil – não é, e nunca será fácil. Apenas não recue diante da prova, pois soldados nunca treinam sozinhos, seu treinador está lá com ele, o orientando, assim como você está sendo treinado pelas próprias mãos do maior de todos os comandantes, o Senhor dos Exércitos, que esteve, está, e sempre estará com você. Só mais um tempo e você então ouvirá: “AGORA, MOSTRA-TE A ACABE.”

O Poder Da Oração

“Perseverai em oração, velando nela com ação de graças…” Colossenses 4.2 A oração, sem dúvida, é a maior forma de alcançarmos o reino de Deus com todas as suas virtudes. A oração é o poder de se comunicar com Deus; é a maneira de interagir, dialogar, inferir com ele. Você entendeu? Estou dizendo que com essa graça chamada “oração” eu tenho a capacidade de entrar na presença e me comunicar com o ser totalmente soberano, glorioso e eterno; o único perfeito, revestido de santidade e magnificência: Deus. Através da oração o imperfeito se encontra com o perfeito. Você consegue compreender a profundidade disso? Isso é simplesmente maravilhoso! A oração é muito mais que um momento de lançarmos a Deus nossas necessidades. A oração não pode ser limitada a pedir, pedir e pedir… a oraçao é um momento íntimo de devoção pessoal, comunhão e adoração a Deus: você fala, mas também ouve! É um momento ímpar, que transcende nosso entendimento! Quantas riquezas e tesouros insondáveis são revelados na presença Dele?! Óh, o quanto devemos amar esse momento secreto – a sós com Deus – e derramar-mo-nos ante o Seu trono, com sinceridade, humildade e submissão. Um homem que conhecia bem o valor da oração era David Brainerd, vejamos uma declaração retirada do seu diário: “Hoje pude dedicar-me continuamente a oração, durante o dia; mediante a bondade divina, percebi a necessidade de perseverar em minhas súplicas. Tenho recebido entendimento das coisas divinas, que tem me proporcionado coragem e resolução, tenho descoberto, de modo geral, que quanto mais me dedico a oração secreta, mais me deleito nela, e mais tenho apreciado o espírito de oração. Ocupar o nosso tempo com Deus, e em favor Dele, é o caminho para quem quiser levantar-se e deitar-se em paz.” Que linhas fantásticas desse grandioso missionário! É assim que devem ser nossas orações: anelantes por coisas espirituais, revelações da majestade de Deus, coisas grandes e ocultas (Jr. 33.3). No momento da oração ocorrem tantas coisas que você não tem idéia: há uma movimentação no mundo espiritual e no mundo natural, você está em contato com a natureza divina (2Pe. 1.4), sua mente é renovada, seu caráter é regenerado, o novo homem em Cristo está sendo formado. A medida que você ora, você é conformado à imagem de Cristo, você cresce à Sua estatura! Ainda, nos é conferido poder sobrenatural, o Espírito Santo nos enche, há manifestação do fruto do Espírito, sabedoria divina nos é acrescentada, e graça – abundante graça – é manifestada em todos os seus nuances. Quanta coisa a oração pode fazer, se estamos fracos, através dela somos fortalecidos; se sentimos culpa pela imoralidade e sujeira, a oração nos limpa e santifica; sentimos a doçura da santidade de Cristo em nós, nossa fé é fortalecida, nossa confiança em Deus é confirmada, todos os males são aniquilados pelo poder da oração: adeus desânimo, tristeza, angústia, fraqueza, ódio, ira, ressentimento, tudo isso é varrido pela oração. Termino dizendo algo: se tem uma coisa que o inferno combate e resiste com toda a sua força é a oração de um cristão, é a oração da igreja! Não existe nada que ele tema tanto, e conceda mais eficácia à um cristão do que sua vida de oração. Você deve ter notado nesses últimos anos quanto tem sido difícil orar, não é mesmo? E eu posso te dizer que com o passar do tempo vai se tornar ainda pior: haverá cansaço, falta de tempo, preguiça, ansiedade, falta de concentração e todo o inferno impedindo suas orações, prepare-se! Apesar de tudo isso, você não deve desistir, como diz o versículo (Cl. 4.2): “Persevere”, (essa palavra no grego é proskareteo) que quer dizer: “ocupar-se ativamente de algo”, então ele está dizendo com isso “ocupar-se ativamente com a oração”. Insista, combata, trave uma luta colossal, com a sua carne, com o pecado e contra as forças do inferno, até que você construa uma vida de oração poderosa. Então você verá que cristão você se tornará.

Uma Só Palavra

“E, entrando Jesus em Cafarnaum, chegou junto dele um centurião, rogando-lhe,E dizendo: Senhor, o meu criado jaz em casa, paralítico, e violentamente atormentado.E Jesus lhe disse: Eu irei, e lhe darei saúde.E o centurião, respondendo, disse: Senhor, não sou digno de que entres debaixo do meu telhado, mas dize somente uma palavra, e o meu criado há de sarar.” Hoje, o desejo do meu coração é que através dessa mensagem escrita seu coração seja fortalecido e se encha de fé e esperança. Que demonstração de fé incontestável e tremenda – capazes de nos renovar e ensinar – são narradas nos Evangelhos, sem dúvida os Evangelhos são inspirações de fé! E para mim creio ser essa, a demonstração de fé do centurião de Cafarnaum uma das mais extraordinárias de toda Bíblia – que exemplo fantástico! Ele possuía um criado doente, e foi a Jesus rogar por ele, Jesus movido pela sua humildade e submissão e também pelo bem estar do criado, atende sua súplica e diz: “Eu irei, e lhe darei saúde”. Aqui já aprendemos algo notável no centurião, quando ele responde: “Senhor, não sou digno de que entres debaixo do meu telhado”. Ele expressa profunda reverência e temor a Jesus, e logo em seguida ele pronuncia uma das declarações de maior expressão de fé nas Escrituras, dizendo a Jesus: “Mas dize somente uma palavra, e o meu criado há de sarar”. Que afirmação maravilhosa foi essa! A fé, a convicção, a certeza do centurião foram tão descomunais que fizeram Jesus ficar impressionado: “E maravilhou-se Jesus, ouvindo isto, e disse aos que o seguiam: Em verdade vos digo que nem mesmo em Israel encontrei tanta fé”. Essa é a única passagem que mostra Jesus sendo impactado por alguém. Que exemplo de fé para nós, que confiança em Deus, que conhecimento do Seu poder – “BASTA UMA PALAVRA”. É isso o que eu quero ensinar a você, você notou? Você ouviu o que disse o centurião? “Uma só palavra”, da parte de Deus, apenas isso, e tudo pode ser mudado! Olhe a sua volta, veja toda essa adversidade que você está passando, quão grande, quão colossal, quão diabólica… É praticamente impossível que haja solução, cura, saída… Você está totalmente perdido e confuso! Mas para Deus basta que Ele diga: “uma palavra”, uma só palavra e tudo isso que você está passando pode mudar. Meu Deus! Por que temos dificuldade de crer em tão grande poder? Amado irmão creia comigo, quão encorajadoras são essas palavras! Mesmo nesse estado sem solução que você se encontra, basta um só movimento do seu pensamento, uma só vibração do seu ser e você será liberto desse pecado instantaneamente, e poderá ser santificado, transformado como Isaías (Is. 6). Uma simples ordem de Deus e toda essa tribulação, dor, adversidade, por mais terrível que pareça, pode desaparecer – uma só palavra! Você logo pergunta: então porque ele não libera essa palavra? Porque Ele está esperando você crer, Ele está esperando você ser ousado o suficiente como o centurião e dizer para os seus problemas, para seus pecados, dores e doenças, Ele está esperando você dizer para o diabo e o inferno que estão te atormentado: “basta meu Deus dizer uma palavra e vocês todos virão à baixo”! Ele está esperando você dizer para Ele próprio: “eu confio no Senhor,eu creio no Seu grande poder, Tu tens tanto poder e magnificência que só uma palavra é suficiente! Você teria audácia de crer nisso? Pois é, se assim for, você não só deixará o seu Senhor e Mestre maravilhado, mas da mesma forma que o centurião terá a resposta a sua causa: “E naquela mesma hora o seu criado sarou”. Louvado seja o nome do Senhor! Que nós venhamos a descansar em tão grandes promessas e saber que nosso Deus, com sua poderosa palavra, está no controle de tudo!