quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Hoje é o Dia da Reforma Protestante; conheça as 95 teses de Lutero

Hoje é o Dia da Reforma Protestante; conheça as 95 teses de Lutero - No dia 31 de outubro é comemorado por evangélicos de todo o mundo o Dia da Reforma Protestante. Em 1517, um dia antes da festa católica de “Todos os Santos”, o monge agostiniano Martinho Lutero pregou publicamente suas 95 teses (veja abaixo), na porta da Catedral de Wittenberg, na Alemanha. Seu apelo era por uma mudança nas práticas da Igreja Católica, por isso o nome “Reforma”. A iniciativa teve consequências por toda a Europa, dividiu reinos, gerou protestos e mortes. E mudou para sempre a Igreja. Para alguns, Lutero destruiu a unidade do que era considerada a igreja, era um monge renegado que desejava apenas destruir os fundamentos da vida monástica. Para outros, é um grande herói, que restaurou a pregação do evangelho puro de Jesus e da Bíblia, o reformador de uma igreja corrupta. O fato é que ele mudou o curso da história ao desafiar o poder do papado e do império, e possibilitou que o povo tivesse acesso à Bíblia em sua própria língua. A principal doutrina de Lutero era contra o pagamento de penitências e indulgências aos líderes religiosos. Ele enfatizava que a salvação é pela graça, não por obras. Conta-se que muita coisa mudou dentro daquele monge até então submisso ao papa quando, em 1515, Lutero começou a dar palestras sobre a Epístola aos Romanos. Ao estudar as Escrituras se deparou com o primeiro capítulo de Romanos, que decretava “o justo viverá pela fé”. Desvendava-se diante dele o que é conhecida como “justificação pela fé”, ou seja, a justificação do pecador diante de Deus não é por um esforço pessoal, mas sim um presente dado àqueles que acreditam na obra de Cristo na cruz. Porta da Catedral de Wittenberg, na Alemanha, onde Martinho Lutero pregou publicamente suas 95 teses O movimento encabeçado por Lutero ocorreu durante um dos períodos mais revolucionários da história (passagem da Idade Média para o Renascimento) e mostra como as crenças de um homem pode mudar o mundo. A controvérsia acabou sendo, segundo historiadores, maior do que Lutero pretendia ou imaginara. Porém, ao atacar a venda de indulgências por parte da igreja, acabou opondo-se ao lucro obtido por pessoas muito mais poderosas do que ele. Segundo Lutero, se era verdade que o Papa tinha poder de tirar as almas do purgatório, devia usar esse poder, não por razões egoístas, como a necessidade arrecadar fundos para construir uma igreja, mas simplesmente por amor, e devia fazê-lo gratuitamente. A idolatria aos santos também foi um dos grandes pontos de discórdia com os lideres católicos. A maioria dos historiadores concorda que Lutero teria tentado apresentar seus argumentos ao Papa e alguns amigos de outras universidades. No entanto, as teses colocadas na porta da Catedral de Wittemberg e os muitos argumentos teológicos impressos e distribuídos por ele nos meses seguintes, acabaram se espalhando por toda a Europa, fazendo com que ele fosse chamado ao Vaticano para se retratar perante o Papa. A partir de então, entrou abertamente em conflito com a Igreja Católica. Acabou excomungado em 1520, pelo papa Leão X. Alegava-se que ele incorria em “heresia notória”. Devido a esses acontecimentos, Lutero temendo a morte, ficou exilado no Castelo de Wartburg, por cerca de um ano. Durante esse período trabalhou na sua tradução da Bíblia para o alemão, resultando na impressão do Novo Testamento em setembro de 1522. Legado de Lutero O famoso pastor Charles Spurgeon escreveu: “Lutero aprendeu a ser independente de todos os homens, pois ele lançou-se sobre o seu Deus! Ele tinha todo o mundo contra ele e ainda viveu alegremente. Se o Papa excomungou, ele queimou a bula de excomunhão! Se o Imperador o ameaçou, ele alegrou-se porque se lembrou das palavras do Senhor: “Os reis da terra se levantam, e os príncipes dos países juntos. Aquele que está sentado nos céus se rirá” (Salmo 2). Quando disseram-lhe: “Onde você vai encontrar abrigo se o Príncipe Eleitor não protegê-lo?”. Ele respondeu: “Sob o escudo amplo de Deus”. Lutero não podia ficar parado. Ele tinha que escrever e falar! E oh, com que confiança ele falou! Abominava as dúvidas sobre Deus e as Escrituras!” Para algumas vertentes do catolicismo, os protestantes são hereges. Para outras, “irmãos separados”. O movimento originado por Lutero ficou conhecido como Protestantismo e seus seguidores como “protestantes”. O termo é pouco comum no Brasil, onde se prefere usar “evangélicos”. As 95 teses: 1. Ao dizer: “Fazei penitência”, etc. [Mt 4.17], o nosso Senhor e Mestre Jesus Cristo quis que toda a vida dos fiéis fosse penitência. 2. Esta penitência não pode ser entendida como penitência sacramental (isto é, da confissão e satisfação celebrada pelo ministério dos sacerdotes). 3. No entanto, ela não se refere apenas a uma penitência interior; sim, a penitência interior seria nula se, externamente, não produzisse toda sorte de mortificação da carne. 4. Por consequência, a pena perdura enquanto persiste o ódio de si mesmo (isto é a verdadeira penitência interior), ou seja, até a entrada do reino dos céus. 5. O papa não quer nem pode dispensar de quaisquer penas senão daquelas que impôs por decisão própria ou dos cânones. 6. O papa não tem o poder de perdoar culpa a não ser declarando ou confirmando que ela foi perdoada por Deus; ou, certamente, perdoados os casos que lhe são reservados. Se ele deixasse de observar essas limitações, a culpa permaneceria. 7. Deus não perdoa a culpa de qualquer pessoa sem, ao mesmo tempo, sujeitá-la, em tudo humilhada, ao sacerdote, seu vigário. 8. Os cânones penitenciais são impostos apenas aos vivos; segundo os mesmos cânones, nada deve ser imposto aos moribundos. 9. Por isso, o Espírito Santo nos beneficia através do papa quando este, em seus decretos, sempre exclui a circunstância da morte e da necessidade. 10. Agem mal e sem conhecimento de causa aqueles sacerdotes que reservam aos moribundos penitências canônicas para o purgatório. 11. Essa cizânia de transformar a pena canônica em pena do purgatório parece ter sido semeada enquanto os bispos certamente dormiam. 12. Antigamente se impunham as penas canônicas não depois, mas antes da absolvição, como verificação da verdadeira contrição. 13. Através da morte, os moribundos pagam tudo e já estão mortos para as leis canônicas, tendo, por direito, isenção das mesmas. 14. Saúde ou amor imperfeito no moribundo necessariamente traz consigo grande temor, e tanto mais quanto menor for o amor. 15. Este temor e horror por si sós já bastam (para não falar de outras coisas) para produzir a pena do purgatório, uma vez que estão próximos do horror do desespero. 16. Inferno, purgatório e céu parecem diferir da mesma forma que o desespero, o semidesespero e a segurança. 17. Parece necessário, para as almas no purgatório, que o horror devesse diminuir à medida que o amor crescesse. 18. Parece não ter sido provado, nem por meio de argumentos racionais nem da Escritura, que elas se encontrem fora do estado de mérito ou de crescimento no amor. 19. Também parece não ter sido provado que as almas no purgatório estejam certas de sua bem-aventurança, ao menos não todas, mesmo que nós, de nossa parte, tenhamos plena certeza disso. 20. Portanto, por remissão plena de todas as penas, o papa não entende simplesmente todas, mas somente aquelas que ele mesmo impôs. 21. Erram, portanto, os pregadores de indulgências que afirmam que a pessoa é absolvida de toda pena e salva pelas indulgências do papa. 22. Com efeito, ele não dispensa as almas no purgatório de uma única pena que, segundo os cânones, elas deveriam ter pago nesta vida. 23. Se é que se pode dar algum perdão de todas as penas a alguém, ele, certamente, só é dado aos mais perfeitos, isto é, pouquíssimos. 24. Por isso, a maior parte do povo está sendo necessariamente ludibriada por essa magnífica e indistinta promessa de absolvição da pena. 25. O mesmo poder que o papa tem sobre o purgatório de modo geral, qualquer bispo e cura tem em sua diocese e paróquia em particular. 26. O papa faz muito bem ao dar remissão às almas não pelo poder das chaves (que ele não tem), mas por meio de intercessão. 27. Pregam doutrina mundana os que dizem que, tão logo tilintar a moeda lançada na caixa, a alma sairá voando [do purgatório para o céu]. 28. Certo é que, ao tilintar a moeda na caixa, pode aumentar o lucro e a cobiça; a intercessão da Igreja, porém, depende apenas da vontade de Deus. 29. E quem é que sabe se todas as almas no purgatório querem ser resgatadas, como na história contada a respeito de São Severino e São Pascoal? 30. Ninguém tem certeza da veracidade de sua contrição, muito menos de haver conseguido plena remissão. 31. Tão raro como quem é penitente de verdade é quem adquire autenticamente as indulgências, ou seja, é raríssimo. 32. Serão condenados em eternidade, juntamente com seus mestres, aqueles que se julgam seguros de sua salvação através de carta de indulgência. 33. Deve-se ter muita cautela com aqueles que dizem serem as indulgências do papa aquela inestimável dádiva de Deus através da qual a pessoa é reconciliada com Ele. 34. Pois aquelas graças das indulgências se referem somente às penas de satisfação sacramental, determinadas por seres humanos. 35. Os que ensinam que a contrição não é necessária para obter redenção ou indulgência, estão pregando doutrinas incompatíveis com o cristão. 36. Qualquer cristão que está verdadeiramente contrito tem remissão plena tanto da pena como da culpa, que são suas dívidas, mesmo sem uma carta de indulgência. 37. Qualquer cristão verdadeiro, vivo ou morto, participa de todos os benefícios de Cristo e da Igreja, que são dons de Deus, mesmo sem carta de indulgência. 38. Contudo, o perdão distribuído pelo papa não deve ser desprezado, pois – como disse – é uma declaração da remissão divina. 39. Até mesmo para os mais doutos teólogos é dificílimo exaltar simultaneamente perante o povo a liberalidade de indulgências e a verdadeira contrição. 40. A verdadeira contrição procura e ama as penas, ao passo que a abundância das indulgências as afrouxa e faz odiá-las, ou pelo menos dá ocasião para tanto. 41. Deve-se pregar com muita cautela sobre as indulgências apostólicas, para que o povo não as julgue erroneamente como preferíveis às demais boas obras do amor. 42. Deve-se ensinar aos cristãos que não é pensamento do papa que a compra de indulgências possa, de alguma forma, ser comparada com as obras de misericórdia. 43. Deve-se ensinar aos cristãos que, dando ao pobre ou emprestando ao necessitado, procedem melhor do que se comprassem indulgências. 44. Ocorre que através da obra de amor cresce o amor e a pessoa se torna melhor, ao passo que com as indulgências ela não se torna melhor, mas apenas mais livre da pena. 45. Deve-se ensinar aos cristãos que quem vê um carente e o negligencia para gastar com indulgências obtém para si não as indulgências do papa, mas a ira de Deus. 46. Deve-se ensinar aos cristãos que, se não tiverem bens em abundância, devem conservar o que é necessário para sua casa e de forma alguma desperdiçar dinheiro com indulgência. 47. Deve-se ensinar aos cristãos que a compra de indulgências é livre e não constitui obrigação. 48. Deve ensinar-se aos cristãos que, ao conceder perdões, o papa tem mais desejo (assim como tem mais necessidade) de oração devota em seu favor do que do dinheiro que se está pronto a pagar. 49. Deve-se ensinar aos cristãos que as indulgências do papa são úteis se não depositam sua confiança nelas, porém, extremamente prejudiciais se perdem o temor de Deus por causa delas. 50. Deve-se ensinar aos cristãos que, se o papa soubesse das exações dos pregadores de indulgências, preferiria reduzir a cinzas a Basílica de S. Pedro a edificá-la com a pele, a carne e os ossos de suas ovelhas. 51. Deve-se ensinar aos cristãos que o papa estaria disposto – como é seu dever – a dar do seu dinheiro àqueles muitos de quem alguns pregadores de indulgências extorquem ardilosamente o dinheiro, mesmo que para isto fosse necessário vender a Basílica de S. Pedro. 52. Vã é a confiança na salvação por meio de cartas de indulgências, mesmo que o comissário ou até mesmo o próprio papa desse sua alma como garantia pelas mesmas. 53. São inimigos de Cristo e do Papa aqueles que, por causa da pregação de indulgências, fazem calar por inteiro a palavra de Deus nas demais igrejas. 54. Ofende-se a palavra de Deus quando, em um mesmo sermão, se dedica tanto ou mais tempo às indulgências do que a ela. 55. A atitude do Papa necessariamente é: se as indulgências (que são o menos importante) são celebradas com um toque de sino, uma procissão e uma cerimônia, o Evangelho (que é o mais importante) deve ser anunciado com uma centena de sinos, procissões e cerimônias. 56. Os tesouros da Igreja, a partir dos quais o papa concede as indulgências, não são suficientemente mencionados nem conhecidos entre o povo de Cristo. 57. É evidente que eles, certamente, não são de natureza temporal, visto que muitos pregadores não os distribuem tão facilmente, mas apenas os ajuntam. 58. Eles tampouco são os méritos de Cristo e dos santos, pois estes sempre operam, sem o papa, a graça do ser humano interior e a cruz, a morte e o inferno do ser humano exterior. 59. S. Lourenço disse que os pobres da Igreja são os tesouros da mesma, empregando, no entanto, a palavra como era usada em sua época. 60. É sem temeridade que dizemos que as chaves da Igreja, que foram proporcionadas pelo mérito de Cristo, constituem estes tesouros. 61. Pois está claro que, para a remissão das penas e dos casos especiais, o poder do papa por si só é suficiente. 62. O verdadeiro tesouro da Igreja é o santíssimo Evangelho da glória e da graça de Deus. 63. Mas este tesouro é certamente o mais odiado, pois faz com que os primeiros sejam os últimos. 64. Em contrapartida, o tesouro das indulgências é certamente o mais benquisto, pois faz dos últimos os primeiros. 65. Portanto, os tesouros do Evangelho são as redes com que outrora se pescavam homens possuidores de riquezas. 66. Os tesouros das indulgências, por sua vez, são as redes com que hoje se pesca a riqueza dos homens. 67. As indulgências apregoadas pelos seus vendedores como as maiores graças realmente podem ser entendidas como tais, na medida em que dão boa renda. 68. Entretanto, na verdade, elas são as graças mais ínfimas em comparação com a graça de Deus e a piedade da cruz. 69. Os bispos e curas têm a obrigação de admitir com toda a reverência os comissários de indulgências apostólicas. 70. Têm, porém, a obrigação ainda maior de observar com os dois olhos e atentar com ambos os ouvidos para que esses comissários não preguem os seus próprios sonhos em lugar do que lhes foi incumbidos pelo papa. 71. Seja excomungado e amaldiçoado quem falar contra a verdade das indulgências apostólicas. 72. Seja bendito, porém, quem ficar alerta contra a devassidão e licenciosidade das palavras de um pregador de indulgências. 73. Assim como o papa, com razão, fulmina aqueles que, de qualquer forma, procuram defraudar o comércio de indulgências, 74. muito mais deseja fulminar aqueles que, a pretexto das indulgências, procuram fraudar a santa caridade e verdade. 75. A opinião de que as indulgências papais são tão eficazes a ponto de poderem absolver um homem mesmo que tivesse violentado a mãe de Deus, caso isso fosse possível, é loucura. 76. Afirmamos, pelo contrário, que as indulgências papais não podem anular sequer o menor dos pecados venais no que se refere à sua culpa. 77. A afirmação de que nem mesmo São Pedro, caso fosse o papa atualmente, poderia conceder maiores graças é blasfêmia contra São Pedro e o Papa. 78. Dizemos contra isto que qualquer papa, mesmo São Pedro, tem maiores graças que essas, a saber, o Evangelho, as virtudes, as graças da administração (ou da cura), etc., como está escrito em I Coríntios XII. 79. É blasfêmia dizer que a cruz com as armas do papa, insigneamente erguida, eqüivale à cruz de Cristo. 80. Terão que prestar contas os bispos, curas e teólogos que permitem que semelhantes sermões sejam difundidos entre o povo. 81. Essa licenciosa pregação de indulgências faz com que não seja fácil nem para os homens doutos defender a dignidade do papa contra calúnias ou questões, sem dúvida argutas, dos leigos. 82. Por exemplo: Por que o papa não esvazia o purgatório por causa do santíssimo amor e da extrema necessidade das almas – o que seria a mais justa de todas as causas, se redime um número infinito de almas por causa do funestíssimo dinheiro para a construção da basílica – que é uma causa tão insignificante? 83. Do mesmo modo: Por que se mantêm as exéquias e os aniversários dos falecidos e por que ele não restitui ou permite que se recebam de volta as doações efetuadas em favor deles, visto que já não é justo orar pelos redimidos? 84. Do mesmo modo: Que nova piedade de Deus e do papa é essa que, por causa do dinheiro, permite ao ímpio e inimigo redimir uma alma piedosa e amiga de Deus, mas não a redime por causa da necessidade da mesma alma piedosa e dileta por amor gratuito? 85. Do mesmo modo: Por que os cânones penitenciais – de fato e por desuso já há muito revogados e mortos – ainda assim são redimidos com dinheiro, pela concessão de indulgências, como se ainda estivessem em pleno vigor? 86. Do mesmo modo: Por que o papa, cuja fortuna hoje é maior do que a dos ricos mais crassos, não constrói com seu próprio dinheiro ao menos esta uma basílica de São Pedro, ao invés de fazê-lo com o dinheiro dos pobres fiéis? 87. Do mesmo modo: O que é que o papa perdoa e concede àqueles que, pela contrição perfeita, têm direito à plena remissão e participação? 88. Do mesmo modo: Que benefício maior se poderia proporcionar à Igreja do que se o papa, assim como agora o faz uma vez, da mesma forma concedesse essas remissões e participações cem vezes ao dia a qualquer dos fiéis? 89. Já que, com as indulgências, o papa procura mais a salvação das almas do que o dinheiro, por que suspende as cartas e indulgências, outrora já concedidas, se são igualmente eficazes? 90. Reprimir esses argumentos muito perspicazes dos leigos somente pela força, sem refutá-los apresentando razões, significa expor a Igreja e o papa à zombaria dos inimigos e fazer os cristãos infelizes. 91. Se, portanto, as indulgências fossem pregadas em conformidade com o espírito e a opinião do papa, todas essas objeções poderiam ser facilmente respondidas e nem mesmo teriam surgido. 92. Portanto, fora com todos esses profetas que dizem ao povo de Cristo “Paz, paz!” sem que haja paz! 93. Que prosperem todos os profetas que dizem ao povo de Cristo “Cruz! Cruz!” sem que haja cruz! 94. Devem-se exortar os cristãos a que se esforcem por seguir a Cristo, seu cabeça, através das penas, da morte e do inferno. 95. E que confiem entrar no céu antes passando por muitas tribulações do que por meio da confiança da paz.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

LIBERDADE DE CONSCIÊNCIA, CRENÇA RELIGIOSA, CONVICÇÃO FILOSÓFICA OU POLÍTICA E ESCUSA DE CONSCIÊNCIA (ART. 5º, VI E VIII)

LIBERDADE DE CONSCIÊNCIA, CRENÇA RELIGIOSA, CONVICÇÃO FILOSÓFICA OU POLÍTICA E ESCUSA DE CONSCIÊNCIA (ART. 5º, VI E VIII)* - A constituição Federal prevê que ninguém será privado de direitos por motivos de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos impostas e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei, pois: "a liberdade de consciência constitui o núcleo básico de onde derivam as demais liberdades do pensamento. É nela que reside o fundamento de toda a atividade político-partidária, cujo exercício regular não pode gerar restrição aos direitos de seu titular". Igualmente, o art. 15, IV, da carta federal, prevê que a recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou´prestação alternativa acarretará a perda dos direitos políticos. Dessa forma, dois são os requisitos para privação de direitos em virtude de crença religiosa ou convicção filosófica ou política: não-cumprimento de uma obrigação a todos imposta e descumprimento de prestação alternativa, fixada em lei. O direito à escusa de consciência não está adstrito simplesmente ao serviço militar obrigatório, mas pode abranger quaisquer obrigações coletivas que conflitem com as crenças religiosas, convicções políticas ou filosóficas, como, por exemplo, o dever de alistamento eleitoral aos maiores de 18 anos e o dever de voto aos maiores de 18 anos e menores de 70 anos (CF, art. 14, parágrafo 1º, I e II), cujas prestações alternativas vêm estabelecidas nos arts. 7º e 8º do Código Eleitoral (justificação ou pagamento de multa pecuniária), e, ainda, à obrigatoriedade do Júri.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

O Que Diz a Bíblia sobre Homossexualismo?

O Que Diz a Bíblia sobre Homossexualismo? - Todos somos tentados por desejos de coisas que Deus proibiu (Tiago 1:14-15). Eva desejou o fruto proibido no Éden (Gênesis 3:6). Algumas pessoas desejam ganho desonesto (Tito 1:7). Alguns homens desejam as esposas de outros (Mateus 5:28). Algumas pessoas desejam outras do mesmo sexo Gênesis 19:4-5). Deus exige que aprendamos a nos dominar para negar nossos desejos pecaminosos e para aceitar os limites que ele colocou ao nosso comportamento (2 Pedro 1:6; Gálatas 5:23). Este é o princípio que tem que ser aplicado aos desejos homossexuais que algumas pessoas sentem. Em vez de perder tempo e energia tentando justificar estes desejos na base da Genética, ou tentando pôr a culpa deles nas influências da infância, a pessoa que é tentada a ter relações sexuais com alguém do mesmo sexo precisa aprender a dominar seus desejos. Por quê? Porque Deus clara e absolutamente condenou as relações homossexuais. "Por causa disso, os entregou Deus a paixões infames; porque até as mulheres mudaram o modo natural de suas relações íntimas por outro, contrário à natureza; semelhantemente, os homens também, deixando o contacto natural da mulher, se inflamaram mutuamente em sua sensualidade, cometendo torpeza, homens com homens, e recebendo, em si mesmos, a merecida punição do seu erro" (Romanos 1:26-27). "Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas . . . herdarão o reino de Deus" (1 Coríntios 6:9-10). Deus aprova as relações sexuais entre um homem e sua esposa legítima (de acordo com a lei de Deus). Todas as outras relações sexuais sejam homossexuais ou heterossexuais são sempre e absolutamente proibidas (Hebreus 13:4). Não nos cabe procurar desculpas para justificar o pecado. É nossa responsa-bilidade buscar o meio de vencer a tentação (1 Coríntios 10:13; Tiago 4:7-10). Homossexualismo à luz da Bíblia. - A prática homossexual é conhecida desde os tempos remotos. Muito se tem debatido sobre isto seja em qualquer área, mas a que mais tem sido atacada pelos militantes homossexuais é a área da religião. Seja quem for que se interponha entre a liberdade de expressão do homossexuais tem sido duramente combatido, muitos "pastores e líderes" tem feito vista grossa e não combatido esta abominação. É triste ver o pecado ser tolerado abertamente, e muitas vezes defendido com unhas e dentes. Há sérios problemas com a pratica homossexual e sua variantes. Nestes últimos tempos a palavra tolerância tem sido a mais usada na imprensa a cerca do homossexualismo; e no entanto quando se fala nos cristãos é só para malhar. O que Deus diz na Bíblia sobre a pratica homossexual? A Bíblia é imparcial e tolerante nesta área das preferência sexuais de cada um? Ou ela dita como deve ser nossa vida e conduta? Homossexualismo é algo normal, ou Deus abomina? Vejamos desde o começo: Gênesis 1:27 E criou Deus o homem à sua imagem: à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. Deus não criou o Joaquim e o José, Nem Adão e João. Deus fez o homem e a mulher, só o relacionamento entre um homem e uma mulher que é plenamente realizado. O relacionamento homossexual é aberrante de desnatural. Um homem foi criado com certas características e a mulher com outras características distintas. As mulheres geralmente são mais emotivas que os homens, as mulheres tem uma visão de detalhes, a mulher tem uma certa fragilidade maior que os homens. Deus fez dois seres diferentes para viverem em harmonia um com o outro, pela lógica quando pegamos um quebra-cabeças, as peças tem que ser diferentes para se encaixarem. Muitas vezes os homossexuais acreditam que os crentes tem preconceitos contra eles, muitos não entendem que não temos preconceitos contra ninguém, nós devemos e somos ensinados a amar à todos. Mas não podemos e não devemos tolerar o pecado e a Bíblia deixa claro que o homossexualismo é pecado. Levítico 18:22 Com homem não te deitarás, como se fosse mulher; abominação é Para Deus a pratica homossexual é abominação, é pecado, embora várias igrejas alexandrinas, modernas tenham pregado a favor da pratica homossexual a Bíblia é clara neste ponto: Por isso Deus os abandonou às paixões infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário à natureza.E, semelhantemente, também os homens, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, homens com homens, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu erro.Rm.1:26-27. A Bíblia chama a pratica homossexual de "PAIXÕES INFAMES", ela não diz que é amor, e deixa claro que não pode haver qualquer tipo de amor na pratica homossexual. Aqui vale uma advertência, a Bíblia condena TODO tipo de relacionamento homossexual, seja masculino ou feminino, ou seja entre dois HOMENS, ou entre duas MULHERES, interessante é que não existe identidade homossexual por mais que tentem provar isto. Só existem homens ou mulheres. Deus não criou outro ser de outro sexo a não ser estes dois: HOMEM ou MULHER. A bíblia diz que "mudaram o uso natural" portanto Deus diz que o homossexualismo não é natural. Segundo diz que é "contrário a natureza"; ou seja não é correto falando em termos de biologia e sociologia. Diz que isto é pura "sensualidade", quando falamos sobre não se natural, muitos defensores do comportamento homossexual diz: "mas nós nos satisfazemos muito mais que um casal , um homem e uma mulher"; primeiro, creio que não estejam sendo honestos, mas segundo a Bíblia diz que eles estão se inflamando em sua sensualidade, assim, compreendemos que eles podem satisfazerem-se com seu pecado, mas não se tornam felizes. A Bíblia deixa claro que este tipo de relacionamento é torpe, distorcido. A Bíblia diz que recebem em si mesmos a recompensa de seu erro. O que acontece é que não estamos aqui para atacar os homossexuais, mas para discordar do homossexualismo. A Bíblia também é contra o travestismo, ou seja um homem usar roupas de mulher e vice-versa. Deuteronômio 22:5 Não haverá traje de homem na mulher, e nem vestirá o homem roupa de mulher; porque, qualquer que faz isto, abominação é ao SENHOR teu Deus. Deus diz que é abominação. Deus criou o casamento e fora disto qualquer pratica é abominável para Deus. Hebreus 13:4 Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; porém, aos que se dão à prostituição, e aos adúlteros, Deus os julgará. Ainda sobre o homossexualismo, efeminados, ele diz: 1 Coríntios 6:10 Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus. Deus diz que não herdarão o reino de Deus. Sodomitas aqui se refere aos homossexuais e aqueles que praticam pecados sexuais. Outro texto que mostra isto é: 1 Timóteo 1:10 Para os devassos, para os sodomitas, para os roubadores de homens, para os mentirosos, para os perjuros, e para o que for contrário à sã doutrina, Ser sodomita é ser contrário a Sã doutrina, ou seja os que aprovam as praticas homossexuais serão julgados por isto. Nós pregamos que Jesus pode salvar e transformar qualquer pessoa, veja: 1 Timóteo 1:15 Esta é uma palavra fiel, e digna de toda a aceitação, que Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal. Ele faz daquele que o recebe uma nova Criatura: 2 Coríntios 5:17 Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo. Homossexualismo é uma prática aprendida e pode ser apagada e a pessoa pode deixar de ser um homossexual, há vários testemunhos de ex-homossexuais. O pecado gera escravidão, mas Jesus quer dar libertação: João 8:36 Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres. João 8:32 E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. Deus tem um grande e infinito amor e tem o poder de libertar das drogas, dos vícios, do homossexualismo.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Espírito, Alma e Corpo – Tricotomia

Espírito, Alma e Corpo – Tricotomia - (PARTE 1) - O HOMEM É UM ESPÍRITO, QUE POSSUI UMA ALMA QUE HABITA EM UM CORPO. A Bíblia é muito clara em dizer que há uma grande diferença entre alma e espírito Tricotomia: Alma no hebraico: nephesh Alma no grego: psyche espírito no hebraico: ruah espírito no grego: pneuma ”E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.” 1ª Tess 5:23 “Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração.” Hebreus 4:12 “Disse então Maria: A minha alma engrandece ao Senhor, E o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador;” Lucas 1:46,47 “E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou em suas narinas o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente.” Gênesis 2:7 “E disse Deus: Produzam as águas abundantemente répteis de alma vivente; e voem as aves sobre a face da expansão dos céus. E Deus criou as grandes baleias, e todo o réptil de alma vivente que as águas abundantemente produziram conforme as suas espécies; e toda a ave de asas conforme a sua espécie; e viu Deus que era bom.” Gênesis 1:20,21 Deus criou os animais sem soprar em suas narinas e os chamou de "répteis de alma vivente"(criaturas que vivem e se movem). Diferentes do homem que recebeu o fôlego diretamente de Deus. Os seres humanos possuem portanto algo que veio diretamente da substancia de Deus. Em Isaias 26:9 o profeta Inspirado por Deus nos mostra que a alma está ligada aos sentimentos, e o espírito é o elemento vital de comunicação com Deus. “Com minha alma te desejei de noite, e com o meu espírito, que está dentro de mim, madrugarei a buscar-te; porque, havendo os teus juízos na terra, os moradores do mundo aprendem justiça.” Isaías 26:9 Conforme Eclesiastes 12:7 o pneuma=espirito não desce à sepultura. Ele é parte inerente ao homem sim, mas não o é do corpo sem vida, na morte há uma separação conforme os versículos expostos acima. “E o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu.” Eclesiastes 12:7 1) O corpo nos dá a consciência do mundo material. 2) A alma da ao homem a consciência de si mesmo, sabe que é uma personalidade. 3) O espírito nos dá consciência de Deus. Ele nos relaciona com Deus na oração adoração, comunhão, (com o mundo espiritual). O Ser Humano é então formado de: Parte Material: Corpo Parte Imaterial: espirito e alma. Homem exterior: corpo e alma. "pois alma se expressa no mundo através dos cinco sentidos." Homem interior: espírito Isto é Tricotomia Bíblica! Querer dizer o contrário em relação à constituição do SER homem, é jogar com as palavras e brincar com a Bíblia, pois os textos expostos acima estão muito claros. PARTE 2 A Bíblia ensina a Tricotomia? Chama-se Tricotomia à doutrina, aceita por boa parte dos evangélicos brasileiros, segundo a qual nossa condição humana poderia ser seccionada em três elementos: corpo, alma e espírito, cada um realizando certas funções, através das quais somos o que somos. Alguns ainda ensinam que a Tricotomia seria um reflexo da Trindade de Deus. Não entendo como esta comparação pode ser válida; segundo o dogma da Trindade, as três pessoas da Divindade seriam coiguais, mas não existe qualquer nível de igualdade ente corpo, alma e espírito. São distintos e tem diferentes modos de ser. Ainda segundo o dogma trinitario, as três pessoas são da mesma essência, mas as essências do corpo, da alma e do espírito são diversas, sem elementos em comum, senão o ser do indivíduo. Não somos três pessoas, mas apenas uma pessoa. O dogma trinitário não ensina que Pai, Filho e Espírito Santo sejam, individualmente, partes de Deus, mas cada um plenamente Deus; corpo, alma e espírito nunca são plenamente o indivíduo, nem funcionam individualmente, mas apenas em conjunto. Se todos esses meus argumentos falharem, ainda assim rejeite-se fundamentar a doutrina nesta analogiapor não constar às Escrituras. Estas falam muitas vezes de espírito e alma, mas nunca diz positivamente "somos constituídos de espírito, alma e corpo". Dois textos que geralmente os trinitarianos usam em sua defesa são 1ª Tessalonicenses 5:23 e Hebreus 4:12. O primeiro usa as três expressões como significando a totalidade do indivíduo, enquanto o segundo texto diferencia entre alma e espírito, mostrando haver entre eles uma divisão, ainda que profundamente oculta. Mas seria isto suficiente para fundamentar uma doutrina? Minha resposta é não. Seria necessário provar que espírito, alma e corpo, em 1ª Tessalonicenses 5:23 são termos técnicos, e não expressões acidentais. E como se faz isso? Mostrando outras vezes o mesmo autor empregando a mesma expressão com o significado desejado. É por isso que é perigoso interpretar um versículo isolado do que tudo aquilo que um determinado autor escreveu em outros textos. Cada autor emprega palavras semelhantes com significados diferentes; por exemplo, a palavra DIAKONOS, nas epístolas paulinas não-pastorais, significa "ministro", uma expressão universal e acidental. Já nas epístolas pastorais (1ª e 2ª Timóteo e Tito) e em Romanos 16:1; Filipenses 1:1, DIAKONOS significa não qualquer tipo de ministro, mas é um termo técnico para um ministério eclesiástico específico: o serviço material da Igreja. Assim, para provar que, em 1ª Tessalonicenses 5:23, alma e espírito são realmente a totalidade da não-corporeidade humana em todo momento (e não apenas acidentalmente, ou por força de expressão), seria preciso provar em outros textos do mesmo autor o mesmo uso. Isto, porém, é impossível. Em outros textos, como Romanos 8:10; 1ª Coríntios 5:3; 7:34; 14:14, a união entre corpo e espírito significam a plenitude do ser humano, conforme a raiz mais primitiva, em Gênesis 2:7 (também atestada em Eclesiastes 12:7 como crença judáica). 1ª Coríntios 7:34 pretende ter o mesmo sentido que 1ª Tessalonicenses 5:23, mas não fala da alma. Ver também 2 Coríntios 7:1. É confuso usar em conjunto 1ª Tessalonicenses 5:23 com Hebreus 4:12, já que não há qualquer evidência de se tratar do mesmo autor, antes evidências em contrário, tanto históricas quanto textuais. Além disso, muitos outros textos bíblicos falam da plenitude do homem como "espírito e alma" (Mateus 10:28), e a plenitude não-corpórea ainda de outra maneira (Marcos 12:30; cf. Mateus 22:37; Lucas 10:27). É evidente, através de tais comparações, que não existia uma doutrina oficial da composição humana, seja dicotômica, seja tricotômica, mas antes fórmulas sugestivas, e não exaustivas. 1ª Tessalonicenses 5:23 sugere que se a expressão usada refere-se a todo o ser humano, mas não prova o inverso: que todo ser humano é limitado à expressão. Além disso, não existe uma doutrina na Bíblia a respeito do que significam "alma" e "espírito". Alma pode significa "ser vivo" (Romanos 13:1; 1 Coríntios 15:45; Apocalipse 16:3), vida (Atos 20:10) e também pode estar associada a desejo (Apocalipse 18:14), prazer (Mateus 12:18; Hebreus 10:38), integridade (2 Pedro 2:8), unidade (Atos 4:32), temor (João 12:27; Atos 2:43), tristeza (Marcos 14:34), mas qualidades pessoais semelhantes também são apresentadas relacionadas ao espírito, como mansidão e quietude (Gálatas 6:1; 1 Pedro 3:4), sectarismo (Tiago 3:16), temor (2 Timoteo 1:7), unidade (Filipenses 1:27), mente (Efésios 4:23), sabedoria (Efésios 1:17). Se o espírito está associado à sabedoria, também está à falta dela (1 Coríntios 14:15). Desse modo, "espírito" e "alma" não são termos técnicos, mas expressões vagas, que tem sentido de acordo com o contexto e o autor, e não se pode formular uma doutrina a respeito deles. Além disso, em alguns textos, por paralelismo retórico, espírito e alma tem o mesmo significado (Jó 7:31; 12:10; Isaías 26:9). PARTE 3 Dados bíblicos: Antes de perguntar se a Escritura vê “alma” e “espírito” como partes distintas do homem, devemos a princípio deixar claro que há forte ênfase na Escritura sobre a total unidade do homem que foi criado por Deus. Quando Deus fez o homem, ele “soprou em suas narinas o fôlego de vida, e o homem se tornou um ser vivente” (Gn. 2:7). Aqui Adão é visto como unidade, com corpo e alma vivendo e agindo conjuntamente. Esse estado original do homem, em harmonia e em unidade, ocorrerá novamente quando Cristo voltar e formos totalmente redimidos em nosso corpo, assim como em nossa alma, para viver com ele para sempre (v. 1Co 15.51-54). Ademais, devemos crescer em santidade e amor por Deus em cada aspecto de nossa vida, em nosso corpo assim como em nosso espírito ou alma (cf. 1Co 7.34). Devemos purificar-nos “de tudo que contamina o corpo e o espírito, aperfeiçoando a santidade no temor de Deus” (2Co 7.1). Mas uma vez que temos enfatizado que Deus nos criou para haver a unidade entre corpo e alma, devemos continuar salientando que a Escritura claramente ensina que há uma parte imaterial na natureza humana. Além disso, quando olhamos para o uso das palavras bíblicas traduzidas por “alma” (hebraico,nefesh e grego, psyche) e “espírito” (hebraico, rûah e grego, pneuma), parece que elas às vezes são usadas indistintamente. Por exemplo, em João 12.27, Jesus diz: “Agora, está angustiada a minha alma” enquanto que em um contexto muito semelhante no capítulo seguinte João diz que Jesus “perturbou-se em espírito” (João 13.21). Semelhantemente, lemos as palavras de Maria em Lucas 1:46,47: “Minha almaengrandece ao Senhor e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador”. Esse parece ser um exemplo evidente do paralelismo hebraico, um recurso poético no qual muitas vezes a mesma idéia é repetida usando palavras sinônimas, mas diferentes. Essa intercambialidade de termos também explica por que as pessoas que morreram e foram para o céu ou para o inferno podem ser chamadas “espíritos” (Hebreus 12.23 – “os espíritos dos justos aperfeiçoados”; também 1 Pedro 3:19 fala de “espíritos em prisão”) ou “almas” (Apocalipse 6.9 – “vi debaixo do altar as almas daqueles que haviam sido mortos por causa da palavra de Deus e do testemunho que deram”; 20.4 – “Vi as almas dos que foram decapitados por causa do testemunho de Jesus e da palavra de Deus”). Em adição a este uso indistinto das palavras alma e espírito, podemos também observar que o homem é visto como possuindo tanto “corpo e alma” como “corpo e espírito”. Jesus diz-nos para não temer aqueles que “matam o corpo, mas não podem matar a alma”. “Antes”, disse Jesus, “tenham medo daquele que pode destruir tanto a alma como o corpo no inferno” (Mateus 10.28). “Alma” aqui claramente deve ser entendida como referência à parte da pessoa que existe após a morte. Além disso, quando Jesus fala a respeito de “alma e corpo”, parece óbvio que Ele está falando a respeito da totalidade da pessoa, embora Ele não mencione “espírito” como componente separado. “Alma” parece equivaler à totalidade da parte imaterial do homem. Por outro lado, o homem é às vezes mencionado como “corpo e espírito”. Paulo quer que a igreja de Corinto entregue um irmão em pecado a Satanás “para que o corpo seja destruído, e seu espírito seja salvo no dia do Senhor” (1 Coríntios 5.5). Isso não significa que Paulo tenha se esquecido da salvação da alma do homem; ele simplesmente usa a palavra “espírito” para referir-se à totalidade da existência imaterial de uma pessoa. Semelhantemente, Tiago diz que “o corpo sem o espírito está morto” (Tiago 2:26), mas não menciona nada a respeito da alma existindo separadamente. Além disso, quando Paulo fala de crescimento em santidade pessoal, ele aprova as mulheres estão preocupadas em “serem santas no corpo e no espírito” (1 Coríntios 7.34), e sugere que isso cobre a totalidade da vida da pessoa. Ainda mais explícito é o texto de 2 Coríntios 7.1, no qual Paulo diz: “...purifiquemo-nos de tudo que contamina o corpo e o espírito, aperfeiçoando a santidade no temos de Deus”. Limpar a nós próprios da corrupção da “alma” ou do “espírito’ envolve a totalidade do lado imaterial de nossa existência (ver também Romanos 8.10; 1 Coríntios 5.3; Colossenses 2.5). De modo semelhante, tudo o que é dito que a alma faz é também dito que o espírito faz e tudo que é dito que o espírito faz é também dito que a alma faz. Os advogados da tricotomia enfrentam o problema difícil de definir clara e exatamente qual é a diferença entre a alma e o espírito (da perspectiva deles). Se a Escritura desse apoio à essa idéia de que nosso espírito é a parte de nós que diretamente se relaciona com Deus na adoração e na oração, ao passo que a alma inclui o intelecto (pensamentos), as emoções (sentimentos) e a vontade (decisões), então os tricotomistas teriam um argumento forte. Contudo, a Escritura parece não permitir que tal distinção seja feita. Por um lado, não é mencionado que as atividades do pensamento, do sentimento e das decisões são executadas somente pela alma. Nosso espírito também pode experimentar emoções. Temos o exemplo disso em Paulo, quando é dito que “o seu espírito se revoltava” (Atos 17.16), ou quando é dito que Jesus “perturbou-se em espírito” (João 13.21). Também é possível ter “o espírito oprimido”, que é o oposto da pessoa de “coração bem disposto” (Provérbios 17.22). Além disso, as funções de conhecer, perceber e pensar também podem ser executadas por nosso espírito. Por exemplo, Marcos fala que Jesus “percebeu [grego, epiginosko, ‘conheceu’] logo em seu espírito” (Marcos 2.8). Quando o Espírito “testemunha ao nosso espírito que somos filhos de Deus” (Romanos 8.16), nosso espírito recebe e entende esse testemunho, o que certamente constitui a função de conhecer alguma coisa. De fato, nosso espírito parece conhecer nosso pensamento muito profundamente, pois Paulo pergunta: “Pois quem conhece os pensamentos do homem, a não ser oespírito do homem que nele está?” (1 Coríntios 2.11). O objetivo desses versículos não é dizer que é o espírito (e não a alma) que sente e pensa as coisas, mas ao contrário, eles dizem que tanto a alma como o espírito são termos usados para descrever o lado imaterial das pessoas em geral, e é difícil ver qualquer real distinção no uso desses termos. Por outro lado, a alegação tricotomista de que o espírito é o elemento em nós que se relaciona mais diretamente com Deus na adoração e na oração não parece ter o apoio da Escritura. Lemos muitas vezes a respeito da alma adorando a Deus e se relacionando com Ele em outras espécies de atividade espiritual. “A Ti, Senhor, elevo a minha alma” (Salmo 25.1). “Minha alma engrandece ao Senhor” (Lucas 1.46). Essas passagens indicam que a alma pode adorar a Deus, louvá-lo e render-lhe graças. A alma pode orar a Deus, com Ana sugere quando diz: “eu estava derramando minha alma diante do Senhor” (1 Samuel 1.15). De fato, o grande mandamento é: “Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a suaalma e de toda as suas forças” (Deuteronômio 6.5; conforme Marcos 12.30). Não parece haver qualquer área da vida ou do nosso relacionamento com Deus na qual a Escritura diga que o espírito é ativo em vez da alma. Ambos os termos são usados para falar de todos os aspectos de nosso relacionamento com Deus. A visão tricotomista geralmente encara o espírito como mais puro que a alma e, quando renovado, livre do pecado é capaz de responder às sugestões do Espírito. Contudo, esse entendimento (que algumas vezes encontra lugar na pregação e nos escritos cristãos populares) não têm realmente apoio do texto bíblico. Quando Paulo encoraja os cristãos a se purificarem “de tudo o que contamina o corpo e o espírito” (2 Coríntios 7.1), ele claramente sugere que pode haver impureza (ou pecado) em nosso espírito. Semelhantemente, ele fala da mulher não casada que está preocupada em ser santa “no corpo e noespírito” (1 Coríntios 7.34). Outros versículos falam de modo similar. Por exemplo, o Senhor tornou o “espírito” de Siom, rei de Hesbom, obstinado (Deuteronômio 2.30). O Salmo 78 fala de pessoas rebeldes de Israel: “gente de espírito infiel” (v. 8). O “espírito altivo” precede a queda (Provérbios 16.18), e é possível para o pecador ter “um espírito pretencioso” (Eclesiastes 7.8, TEB). Isaías fala dos “desorientados deespíritos” (Isaías 29.24). Daniel diz que o “espírito” de Nabucodonosor “se tornou soberbo e arrogante” (Daniel 5.20). O fato de que “todos os caminhos do homem lhe parecem puros, mas o Senhor avalia oespírito” (Provérbios 16.2) sugere a possibilidade de pecado em nosso espírito (ver Salmos 32.2; 51.10). Finalmente, o fato de que a Escritura prova quem controla “o seu espírito” (Provérbios 16.32) sugere que simplesmente o espírito não é a parte pura de nossa vida que deve ser seguido em todos os casos, mas que ele igualmente pode ter inclinações ou desejos pecaminosos. O que, então, Paulo quer dizer quando afirma: “que o próprio Deus da paz os santifique inteiramente. Que todo o espírito, a alma e o corpo de vocês sejam preservados irrepreensíveis na vinda do nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Tessalonicenses 5,23)? Este versículo não fala claramente de haver três partes no homem? A expressão “o espírito, a alma e o corpo” é em si mesma inconclusiva. Provavelmente Paulo está aqui acumulando sinônimos para dar ênfase, como algumas vezes acontece em outros lugares da Escritura. Por exemplo, Jesus disse que devemos amar o Senhor “de todo o [nosso] coração, de toda a [nossa] alma e de todo o [nosso] entendimento” (Mateus 22.37). Será que isto significa que a alma é diferente do entendimento ou do coração? O problema é ainda maior em Marcos 12.30, que diz: “Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma, de todo o seu entendimento e de todas as suas forças”. Se usarmos o princípio de que tais listas de termos dizem respeito às partes que compõem o homem, se também acrescentarmos espírito a essa lista (e talvez também o corpo), teremos cinco ou seis partes no homem! Mas certamente essa é uma conclusão falsa. É muito melhor entender que Jesus estava acumulando termos sinônimos para demonstrar enfaticamente que devemos amar a Deus com a totalidade do nosso ser. Igualmente, em 1 Tessalonicenses 5.23, Paulo não está dizendo que a alma e espírito são entidades distintas, mas simplesmente que, seja qual for o nome que possamos dar a nossa parte imaterial, ele quer que Deus continue a santificar-nos totalmente para o dia de Cristo. PARTE 4 Tricotomia - A tricotomia Humana. Conforme os irmãos da EB da sede da IPRR pediram, ai está! Ao longo do tempo em que tenho ministrado aulas de escola bíblica e estudos em vários temas para as igrejas de Deus, ainda estou pra ver um assunto que cause mais dúvida do que este: Antropologia Teológica, e mais especificamente o estudo do homem na sua composição tríplice, corpo alma e espírito. Portanto para tentar amenizar esta dúvida resolvi escrever este artigo e publicá-lo aqui. O homem, a imagem de Deus E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra. (Gênesis 1: 26) E Adão viveu cento e trinta anos, e gerou um filho à sua semelhança, conforme a sua imagem, e pôs-lhe o nome de Sete. (Gênesis 5: 3) A semelhança é o caráter moral diferente e separável da substância, e foi perdida na queda.A imagem, porém é a substância espiritual da alma e não pode ser perdida. Em outras palavras mesmo a alma tendo pecado permanece com sua forma (imagem) original. Tal qual o corpo que depois da queda permaneceu com a mesma forma, sofrendo somente a perda do privilégio de uma vida sem fim com Deus no corpo. Visto que antes do pecado não havia morte.Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram. (Rom 5: 12)Intelectualmente o homem se parece com Deus, porque se não houvesse semelhança na intelectualidade o contato com Deus seria impossível e a comunicação jamais seria estabelecida. O homem se assemelha a Deus pelo fato de ter natureza racional e religiosa ao mesmo tempo. A tríplice composição humana. O corpo humano. O corpo foi formado do pó da terra, e é composto por 18 elementos encontrados no universo físico, estes elementos são a essenciais à vida do homem. Estes dezoito elementos estão distribuídos no ser do homem mais ou menos assim: 72% de oxigênio, 14% de carbono, 9% de hidrogênio, 5 % de nitrogênio e os restantes 3,5 % se compõem de pelo menos 15 elementos como cálcio, fósforo, potássio, enxofre, sódio, cloro quantidade mínima de iodo, cobre, zinco etc.Segundo o texto de Romanos 6,6 o corpo é considerado como principal veículo do pecado, pecado este que é consumado por meio do corpo com a direção e supervisão da alma. Sabendo isto, que o nosso homem velho foi com ele crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito, para que não sirvamos mais ao pecado. Porém a expressão aqui “corpo do peado” não quer dizer que o corpo seja sede do pecado, ou que tenha sido feito com este propósito. O corpo do cristão, porém deve ser consagrado ao Senhor e não ao pecado. Mas o corpo não é para a prostituição, senão para o SENHOR, e o SENHOR para o corpo. I Cor. 6,13. O corpo do crente é templo do Espírito Santo.O idioma hebraico trás várias palavras para definir CORPO, mas a principal delas é GEWYA que é usada principalmente no sentido de cadáver, ainda que também se refira ao corpo humano e suas formas de expressão como na referência que se segue: E acabado aquele ano, vieram a ele no segundo ano e disseram-lhe: Não ocultaremos ao meu senhor que o dinheiro acabou; e meu senhor possui os animais, e nenhuma outra coisa nos ficou diante de meu senhor, senão oNOSSO CORPOe a nossa terra. Gen 47,18. Em deuteronômio 28,4 aparece a palavra BETEN traduzida por corpo. O corpo tem funções específicas e é através do corpo que o homem mantém contato com o mundo físico, sendo esta sua principal função.O novo testamento faz uso da palavra grega SOMMA que se traduz corpo para se referir ao corpo humano. O corpo foi criado por Deus como elemento essencial para a existência do homem. Através do corpo o homem se torna senhor de si mesmo e de todo mundo em que vive. Assim sendo o corpo é elemento essencial do existir, viver, conhecer, desejar, fazer e sem ele homem não seria capaz de alimentar-se, reproduzir-se, aprender, comunicar-se, trabalhar etc. E é mediante o corpo que o homem é um ser social e religioso e por meio do corpo será um dia julgado por seu criador. Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal. 2 Cor. 5,10. O novo testamento no seu ensino Sobre a constituição humana apresenta uma distinção muito clara entre CORPO ALMA e ESPIRITO, como comprovam as referências que se seguem: E não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno a alma e o corpo. Mat.10,28, E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso SENHOR Jesus Cristo.I Tess. 5,23, Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração. Hb. 4,12,Porque, assim como o corpo sem o espírito está morto, assim também a fé sem obras é morta.Tg. 2,26. Sobre o conjunto completo do que denominamos ser o “homem” podemos dizer que: sendo o homem ESPÍRITO é capaz de ter conhecimento de Deus e comunhão com ELE; sendo ALMA tem conhecimento de SI MESMO; sendo CORPO, tem conhecimento do mundo em que vive através dos sentidos. Portanto é através do corpo físico que o homem entra em contato com o mundo material, através da alma entra em contato consigo mesmo como já disse e também com o mundo emocional metafísico ao seu redor, e com o espírito entra em contato com Deus e recebe em seu espírito o contato de Deus, como está escrito em Romanos 8,16O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus. Então podemos para definir este assunto de modo rápido e eficiente dizer que: O corpo é aquela parte do homem que lhe dá consciência do mundo enquanto a alma que inclui o intelecto, emoções, sentidos é a sede da personalidade e é denominada a parte da AUTOCONSCIÊNCIA. O espírito é aquela parte pela qual temos comunhão com Deus e somente pela qual podemos adorá-lo. A Alma Humana. Em qualquer estudo objetivo e honesto que se faça dos fenômenos psicológicos do homem o resultado honesto a que se chegará é o de que o homem de fato possui uma ALMA. Muitos filósofos já afirmaram ao longo do tempo que é impossível negar a existência da alma humana sem tornar no mesmo momento ininteligíveis todos os fatos que eles estudaram.A alma é uma substância simples e espiritual. Em palavras simples ela é composta de uma única matéria, é isso o que quer dizer “simples”.E há corpos celestes e corpos terrestres, mas uma é a glória dos celestes e outra a dos terrestres. (I Coríntios 15: 40) A palavra alma se traduz da palavra hebraica “nephesh” e do grego “Psychê, originalmente significa: “ hálito de vida.NEPHESH em alguns casos na Bíblia se refere à pessoa como um todo, ou seja, como um ser que vive. Enquanto que no grego a palavra Psychê se refere à parte interior, invisível e imortal do homem, ou seja, sua ALMA. Todas as almas, pois, que procederam dos lombos de Jacó, foram setenta almas; José, porém, estava no Egito. Ex. 1,5Mas se a família for pequena para um cordeiro, então tome um só com seu vizinho perto de sua casa, conforme o número das almas; cada um conforme ao seu comer, fareis a conta conforme ao cordeiro. Ex. 12,4Estes contextos bíblicos nos mostram alma sendo traduzida do hebraicoNEPHESH indicando um SER que VIVE. Nesse sentido NEPHESH se aplica tanto a animais quanto a seres humanos.No antigo testamento os vocábulos NEPHESH hebraico e PSYCHÊ grego aparecem 755 vezes e esta parte do homem (a alma) era considerada pelos Judeus como a sede das percepções, do desejo do prazer.Entre todos os seres da criação foi no homem que Deus implantou a alma mais poderosa, e Deus rege no homem através da alma (Psychê).Resumindo e facilitando o entendimento NEPHESH é a vida limitada, a vida biológica, aquela presente nos animais e nos seres humanos que se encerra com a morte, enquanto PSYCHÊ é vida ilimitada, imortal, a ALMA em SI, aquela vida que se criou pela junção do espírito humano com o corpo humano no ato criativo de Deus em Genesis 2,7. E formou o SENHOR Deus o homem do pó da terra (corpo), e soprou em suas narinas o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente (alma). A Bíblia praticamente nos obriga a admitir que a ALMA seja uma substância, quer dizer, uma realidade. A alma humana é fonte e suporte da vida, vegetativa, sensitiva e racional.Quanto à sua origem a alma indiscutivelmente tem origem em Deus no momento da formação do corpo. E esta afirmação se baseia nas seguintes passagens bíblicas: E formou o SENHOR Deus o homem do pó da terra, e soprou em suas narinas o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente. Gen. 2,7. O Espírito de Deus me fez; e a inspiração do Todo-Poderoso me deu vida. Jó 33,4. PESO da palavra do SENHOR sobre Israel: Fala o SENHOR, o que estende o céu, e que funda a terra, e que forma o espírito do homem dentro dele. Zac. 12,1. Entre outros textos.Finalizando nosso pensamento sobre a alma humana, ela no contexto bíblico é uma substância espiritual que está ligada ao espírito humano e se combinam entre si em cada detalhe. A alma estabelece contato com o mundo através do corpo seu tabernáculo.Porque também nós, os que estamos neste tabernáculo, gememos carregados; não porque queremos ser despidos, mas revestidos, para que o mortal seja absorvido pela vida. (II Coríntios 5: 4) Neste texto NÓS equivale ao homem interior (alma e espírito) e TABERNÁCULOequivale ao (corpo). O Espírito Humano. O espírito como já tivemos ocasião de dizer nas linhas acima é aquela parte pela qual temos comunhão com Deus e somente pela qual podemos adorá-lo.Como é o espírito humano o responsável pela comunicação com Deus ele pode ser denominado de o ELEMENTO DA CONSCIÊNCIA DE DEUS. Como definição geral do termo a palavra espírito vem do hebraico “RUASH” da qual se deriva o vocábulo Grego “PNEUMA” que se traduz por espírito, literalmente significa o movimento dinâmico do AR. E formou o SENHOR Deus o homem do pó da terra, e SOPROU em suas narinas o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente. (Gênesis 2: 7) O espírito humano é a sede legal da VIDA em todos os sentidos. A palavra espírito ocorre cerca de 400 vezes no antigo testamento e 385 vezes no Novo. Referindo-se àquela parte do homem que tem conhecimento, E que habita dentro do Homem (corpo).Porque, qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem, que nele está? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus. I Cor. 2,11.O espírito representa a natureza maior do homem e rege de modo elevado o caráter do homem, o espírito procura reger o homem segundo o conceito de Deus, tentando transformá-lo cada dia na verdadeira imagem e semelhança do Pai, a fim de cumprir sua missão.Eu me atrevo a definir a missão do espírito humano ajudado por Deus com as palavras de I Tess. 5,23: E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso SENHOR Jesus Cristo. Jesus disse certa vez: Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca. (Mateus 26: 41) O Espírito na verdade pode ser considerado como aquela parte do homem que é consciente e preparada, cuja missão primária é levar o homem a Deus. Três poderes específicos regem no espírito do homem, O INTELÉCTO A FEIÇÃO E A VONTADE. · O intelecto é a parte que lhe capacita a faculdade de julgar, recordar, imaginar e raciocinar. · A feição lhe capacita a sensibilidade de sentir dor, prazer, ódio, amor e outros sentimentos. · A vontade capacita o ser humano para o dever de escolher; de rejeitar o mal e aceitar o bem conforme seu livre arbítrio. No tocante à vida o Espírito Humano é responsável pela vida consciente do homem desde sua formação e nascimento até a morte. Se a alam como já dissemos é de uma substância imaterial, é de se deduzir por certo que o espírito também o seja. Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e vede, pois um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho. Luc. 24,39. O homem é possuidor de um corpo, uma alma e um espírito (Somma, Psychê e Pneuma) que juntos formam o SER HUMANO. O homem não subsiste fora desse contexto, corpo alma e espírito. Só se separam estas partes para efeito de estudo, mas o homem será condenado em sua constituição tríplice ou será salvo de igual modo. Jamais será admitida a idéia de o corpo e alma serem lançados na condenação do inferno enquanto o espírito volta a Deus que o deu. Ademais é sabido como comprova o texto abaixo que o espírito humano também peca ainda que sua missão seja a de lavar o homem a Deus. ORA, amados, pois que temos tais promessas, purifiquemo-nos de toda a imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de Deus. (II Coríntios 7: 1) Porque onde há inveja e espírito faccioso aí há perturbação e toda a obra perversa. (Tiago 3: 16) Fixando então cada uma das nossas partes tem e executam funções específicas. Através do corpo físico o homem entra em contato com o mundo material, através da alma entra em contato consigo mesmo e com o mundo emocional metafísico ao seu redor, e com o espírito entra em contato com Deus e recebe em seu espírito o contato de Deus pelo Espírito Santo.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Idolatria na Bíblia

Idolatria na Bíblia - "Não vos volteis para os ídolos, nem façais para vós deuses de fundição. Eu sou o Senhor vosso Deus".(Levítico 19:4) Idolatria é adorar a criação em vez do Criador. A Bíblia diz em Romanos 1:22-23 “Dizendo-se sábios, tornaram-se estultos, e mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis.” Os mandamentos proíbem que adoremos ídolos ou imagens. A Bíblia diz em Êxodo 20:3-4 “Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para ti imagem esculpida, nem figura alguma do que há em cima no céu, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra.” Porque a rebelião é como o pecado de adivinhação, e a obstinação é como a iniqüidade de idolatria. Porquanto rejeitaste a palavra do Senhor, ele também te rejeitou, a ti, para que não sejas rei. 1 Samuel 15:23 Os ídolos deles são prata e ouro, obra das mãos do homem. Têm boca, mas não falam; têm olhos, mas não vêem; têm ouvidos, mas não ouvem; têm nariz, mas não cheiram; têm mãos, mas não apalpam; têm pés, mas não andam; nem som algum sai da sua garganta. Semelhantes a eles sejam os que fazem, e todos os que neles confiam. Salmos 115:4-8 Então vieram a mim alguns homens dos anciãos de Israel, e se assentaram diante de mim. E veio a mim a palavra do Senhor, dizendo: Filho do homem, estes homens deram lugar nos seus corações aos seus ídolos, e puseram o tropeço da sua maldade diante da sua face; devo eu de alguma maneira ser interrogado por eles? Portanto fala com eles, e dize-lhes: Assim diz o Senhor Deus: Qualquer homem da casa de Israel que der lugar no seu coração aos seus ídolos, e puser o tropeço da sua maldade diante da sua face, e vier ao profeta, eu, o Senhor, lhe responderei nisso conforme a multidão dos seus ídolos; para que possa apanhar a casa de Israel no seu coração, porquanto todos são alienados de mim pelos seus ídolos. Portanto dize à casa de Israel: Assim diz o Senhor Deus: Convertei-vos, e deixai os vossos ídolos; e desviai os vossos rostos de todas as vossas abominações. Porque qualquer homem da casa de Israel, ou dos estrangeiros que peregrinam em Israel, que se alienar de mim e der lugar no seu coração aos seus ídolos, e puser tropeço da sua maldade diante do seu rosto, e vier ao profeta para me consultar a favor de si mesmo, eu, o Senhor, lhe responderei por mim mesmo; e porei o meu rosto contra o tal homem, e o farei um espanto, um sinal e um provérbio, e exterminá-lo-ei do meio do meu povo; e sabereis que eu sou o Senhor. E se o profeta for enganado, e falar alguma coisa, eu, o Senhor, terei enganado esse profeta; e estenderei a minha mão contra ele, e destruí-lo-ei do meio do meu povo Israel. Ezequiel 14:1-9 Portanto, meus amados, fugi da idolatria. 1 Coríntios 10:14 Ora, as obras da carne são manifestas, as quais são: a prostituição, a impureza, a lascívia, a idolatria, a feitiçaria, as inimizades, as contendas, os ciúmes, as iras, as facções, as dissensões, os partidos, as invejas, as bebedices, as orgias, e coisas semelhantes a estas, contra as quais vos previno, como já antes vos preveni, que os que tais coisas praticam não herdarão o reino de Deus. Gálatas 5:19-21 Exterminai, pois, as vossas inclinações carnais; a prostituição, a impureza, a paixão, a vil concupiscência, e a avareza, que é idolatria; Colossenses 3:5 Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para ti imagem esculpida, nem figura alguma do que há em cima no céu, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Êxodo 20:3-4 Dizendo-se sábios, tornaram-se estultos, e mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis. Romanos 1:22-23

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

O que está por trás do G-12 ?

O que está por trás do G-12? O que está por trás do Grupo dos Doze? Preliminarmente, queremos tecer algumas considerações a respeito do tão propalado e comentado Grupo dos Doze (G-12), a fim de que o leitor fique inteirado sobre a origem desse movimento. Na qualidade de cristão sincero, não poderia deixar de abordar esse tema (I Co. 11.19). Também sabemos que é dever de todo cristão batalhar pela fé que uma vez nos foi dada (Judas 3). É dever nosso, seja homem ou mulher salva por Jesus Cristo, procurar mostrar a nossos irmãos, que têm uma fé pura e baseada na Palavra de Deus, os ensinos e práticas antibíblicos que têm surgido em nosso meio, sobretudo no que diz respeito às heresias proferidas pelos adeptos do G-12, a partir de seu criador, o visionário e sonhador pastor colombiano César Castellanos Dominguez, que vem difundindo suas falsas visões pelo mundo todo. Não é pretensão nossa descer a detalhes, nem dizer com a profundidade que o caso requer – até porque já temos livros na praça sobre o assunto - mas tão somente informar de maneira concisa o que é o movimento e em que pilares se fundamenta o Modelo dos Doze. Minha preocupação não é com o crescimento numérico desse movimento – até porque tem crescido às custas de crentes incautos de outras denominações, que têm sido assediados por seus adeptos - mas com os desvios teológicos que têm contaminado de forma decisiva diversos irmãos que se dizem ser cristãos. Em três anos de fé cristã, salvo pela graça e misericórdia de Deus, nunca vi tanta confusão doutrinária no meio do povo de Deus em nosso país, como tenho visto nesses últimos anos. O Brasil é um país místico, obcecado pelo sobrenatural. Certamente esta é uma das razões por que seitas como Testemunhas de Jeová, mormonismo, espiritismo e Nova Era têm proliferado tanto aqui. E justamente agora, quando os cristãos deveriam unir-se para enfrentar a fase mais difícil da Igreja, diante da iminente volta de Cristo e a conseqüente revolta de satanás, surge um movimento desse, dizendo-se ser cristão, mas que está mais para o judaísmo, espiritismo, etc., do que para o cristianismo. Muitas pessoas, por não terem alicerce bíblico, embasamento das doutrinas do Evangelho, portanto, têm sido enganadas, tendo passado a viver em escravidão espiritual. Tendo aparência de cristão e não sendo como afirmam. Pois têm relegado o sacrifício vicário de Cristo e adotado práticas totalmente em desacordo com o que a Bíblia ensina. Julgam-se salvas por métodos e rituais criados por homens e desprezam ou não dão valor à graça divina. Têm renegado a graça de Cristo, adotando rituais da lei, que nada têm a ver com a dispensação em que vivemos. Por se tratar de um movimento herético, queremos apontar algumas referências bíblicas, que alertam a Igreja do Deus Altíssimo sobre o que ocorrerá antes da volta de Cristo, para arrebatar a Sua noiva, que O aguarda com grande expectativa: Surgirão ventos de doutrinas (Ef. 4.14, Hb. 13.9, 2 Tm. 4.3-4); Surgirão falsos cristos e falsos profetas (Mt. 24.24); Devemos ter cuidado com os falsos profetas (Mt. 7.15); Haverá apostasia (2 Ts. 2.3); Alguns apostatarão da fé (I Tm. 4.1-2); Não devemos mudar nosso entendimento (2 Ts. 2.2); Devemos ficar firmes e guardar as tradições (2 Ts. 2.15); Devemos permanecer naquilo que aprendemos (2 Tm. 3.14); Devemos reter a Palavra, que é igual à doutrina (Tt 1.9); Quem não permanecer na doutrina não é de Deus (2 Jo 9). Ao ler os assuntos que colocamos em tela neste trabalho, lembre o leitor que não estamos julgando, de forma nenhuma, a subjetividade de qualquer um e nem tampouco a legitimidade da fé de quem quer que seja, mas por desencargo de consciência, sentimo-nos impelidos a invocar a razão dos fatos. Perdoe-me o leitor por se sentir constrangido ao tratar deste assunto, mas não podemos confundir o bem com o mal, o certo com o errado, mesmo que haja algumas vezes aparente semelhança. Até porque nós devemos lutar pela fé que nos foi dada (Judas 3). COMO TUDO COMEÇOU O G-12 foi criado pelo Pastor Colombiano César Castellanos Dominguez, baseado em uma "Visão" que Deus lhe teria dado. Isso ocorreu depois que ele conheceu a Igreja liderada pelo Pastor David Yongg Cho, em Seul, na Coréia do Sul, cujo trabalho é feito através de Igrejas com células (não é "em" e, sim, "com" células), a exemplo dos Grupos Familiares, de Discipulados, existentes aqui no Brasil. Acontece, porém, que o Pastor César, conforme relata em seu livro "Sonha e Ganharás o Mundo", teve essa "Visão" e transformou a sua Igreja em Grupos de Doze, sendo ele próprio responsável por doze líderes, estes por outros doze, cada um, e assim sucessivamente, numa progressão geométrica. Nesse sistema o Pastor é, apenas e tão somente, um supervisor de líderes (comentaremos melhor sobre o caso adiante) e não de um rebanho, de uma igreja, portanto. COMO ENTROU NO BRASIL No Brasil o movimento baseado nesse princípio está com o Pastor Renê Terra Nova (Ministério Internacional da Restauração), ex-Pastor da Igreja Batista (Manaus-AM); com a Pastora Valnice Milhomens (Igreja Nacional do Senhor Jesus), ex-membro, também, da Igreja Batista (São Paulo-SP); e com o Pastor Robson Rodovalho (Comunidade Sara Nossa Terra), de Brasília-DF. Recentemente também aderiu a esse movimento a Igreja Quadrangular, além de outros líderes de somenos importância. Segundo o Pastor César Castellanos, na "visão" Deus lhe teria dito: "Sonha, sonha com uma grande Igreja, porque os sonhos são a linguagem do meu espírito. A Igreja que hás de pastorear será tão numerosa quanto as estrelas do céu e a areia do mar, que de multidão não se poderá contar". Nessa mesma "visão"Deus teria lhe perguntado: que Igreja gostarias de pastorear? De acordo com suas experiências, observou que os que têm êxito são os que apreenderam a ter esperança, a "sonhar", a projetar-se (seu livro citado pág. 20, 21 e 34). César Castellanos ensina que, pela utilização dos sonhos, todos nós podemos provocar transformações no mundo real, trazendo à realidade aquilo que incubamos em nossas mentes. Ao afirmar que o "mundo é dos sonhadores", ele coloca uma condição para que recebamos tudo de Deus: atrever-nos a sonhar. Esta afirmação contrasta com o que a Bíblia diz: "e esta é a confiança que temos nEle, que, se pedirmos alguma coisa, segundo a Sua vontade, Ele nos ouve" (I Jo 5:14). Não existe absolutamente passagem alguma na Bíblia que se possa usar para endossar a afirmação de que os sonhos são a linguagem do Espírito de Deus. Há uma gritante diferença entre receber visões e sonhos de Deus e desenvolver os seus próprios. Este evangelho pervertido, como afirmou o Pr. David Wilkerson, busca transformar homens em deuses. É-lhes dito: "seu destino está no poder da mente (...), transforme seus sonhos em realidade usando o poder da mente". Fique sabido de uma vez por todas que Deus não abdicará de Sua soberania em favor do poder de nossas mentes, seja ele positivo ou negativo. Devemos buscar a mente de Cristo, e Sua mente não é materialista; não se focaliza no sucesso ou na riqueza. A mente de Cristo se focaliza na glória de Deus e na obediência à Sua Palavra. Foi assim que surgiu a "Visão" para implantar o Modelo dos Doze, o conhecido G-12, com Igrejas em Células de multiplicação, resultado de um visionário sonhador. Veja como ele se expressa: "Deus dá visões, revelações e ‘sonhos’ àqueles que se submetem integralmente à sua vontade" (SONHA e Ganharás o Mundo, pág. 33). Cremos, sim, nessa afirmativa, porém desde que tudo seja de conformidade com a Palavra de Deus e não de acordo com desejos e caprichos pessoais. É, no mínimo, curioso o fato de o Pastor César Castellanos enfatizar tanto as suas "Visões" dadas por Deus (?) e que o levaram a criar esse movimento espiritual. Aliás, pelo que se sabe, todos os movimentos gnósticos e seitas e heresias até agora surgidos sempre foram com base em "Visões e Revelações", conforme afirmaram, dados por Deus. O que dizer de Joseph Smith (fundador da Igreja dos Mórmons), Ellen G. White (Mãe da Igreja Adventista), Kenneth Hagin (Teoria da Prosperidade), Peter Wagner (Guerra Espiritual), David Berg (Os meninos de Deus), Marilyn Hickey (Maldição Hereditária), Essek Willian Kenyon (Confissão Positiva) e outros mais. Entendemos ser bastante ridículo e, até, antibíblico, dizer que "os sonhos são a linguagem do Espírito de Deus". O Espírito Santo não nos traz sonhos, traz-nos realidade e poder para proclamarmos o Evangelho de Cristo (At 1.8) e termos comunhão com Jesus Cristo (Jo 14.26). É o Espírito Santo quem nos convence do pecado (Jo 16.18), revela-nos a verdade a respeito de Cristo (Jo 14.16-17), realiza o novo nascimento (Jo 3.5-6) e faz-nos membros do corpo do Senhor Jesus (I Co 12.13). Pelo que se vê, o Pastor César está envolvido numa redoma de vaidade, quer na multidão de seus sonhos, quer nas suas muitas palavras (Ec 5-7). Porém Deus disse: "Tenho ouvido o que dizem aqueles profetas, profetizando mentiras em meu nome, dizendo: Sonhei, sonhei. Até quando sucederá isso no coração dos profetas que profetizam mentiras, e que são só profetas do engano do seu próprio coração (Jr 23.25-26)?". Não é demais relembrarmos que o último profeta desta era foi João Batista (Lc 16.16) e foi Cristo quem disse. E se foi Cristo, Ele tem autoridade! E como vem esse ‘profeta’de última hora? Lendo o livro do Pastor César, na pág. 88, deparamo-nos com a afirmação de que Abraão, aos 99 anos, tinha muitas feridas não tratadas. Tal alegação não procede e falta com a verdade ao proclamar tamanha aberração, distorcendo os fatos bíblicos. O que a Bíblia nos revela é que Abraão foi obediente ao chamado do Senhor e era homem de muita fé em Deus. Foi-nos o exemplo (Gn 12.4 e Rm4.12). Para o Pastor César, somente após participar do "Encontro", cujo assunto abordaremos mais adiante, é que o crente recebe a cura interior e é liberto de qualquer maldição que tenha imperado em sua vida, bem como experimenta o verdadeiro arrependimento e o novo nascimento. O "Encontro", afirma ele, é mais importante do que os batismos na água e no Espírito Santo e eqüivale a todo um ano de assistência fiel à Igreja (livro citado, pág. 91). Sobre a chamada cura interior e maldição também abordaremos adiante. Ele afirma, ainda, que qualquer "rejeição" de uma pessoa que tenha ocorrido durante a gravidez, na infância ou na adolescência, é o tema de maior tratamento dispensado durante o "Encontro" e cortar todas as maldições que venham por descendência e compreender com exatidão quem é Deus é um dos temas principais. (pág. 92). Biblicamente não há respaldo para essas heresias do colombiano. Se o tivesse, José, filho de Jacó, teria que ter passado por um tratamento, promovido um "Encontro" para livrar-se de tudo que passou nas mãos de seus irmãos, bem como quando esteve preso no Egito. E o que dizer de Jó, que perdeu tudo o que possuía em um só dia, inclusive seus filhos? O Apóstolo Paulo também precisaria desse "Encontro", para quebrar as maldições, porque além de ter perseguido a Igreja de Cristo, também consentiu na morte de Estêvão. Portanto, não há sustentação bíblica para tais rituais. É incrível o relato que o Pastor César faz na página 113, onde ele afirma que para libertar uma mulher possuída pelo espírito de lesbianismo, teve que orar por ela desde que se encontrava no ventre de sua mãe. Fez uma regressão em toda a vida passada, a partir da concepção. Isto baseado, segundo ele, em Efésios 1.4. Ora! Ficamos abismados com essa narrativa! E nos perguntamos: o que tem a ver a libertação da endemoniada com a passagem bíblica citada? Senão vejamos o que a Bíblia nos diz no versículo citado: "como também nos elegeu nEle antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dEle em caridade". Onde o Pastor César Castellanos aprendeu essa prática? Baseada na Bíblia, certamente, não! Não há um só versículo que nos dê margem para "regressão". Essa prática faz parte de sua visão pessoal, fundamentada em técnicas psicoterápicas e espíritas. A palavra de Deus nos mostra bem claro como o crente deve proceder nesses casos: Mateus 17.21 (oração e jejum) e Marcos 16.17 (em nome de Jesus). Esta, sim, é a maneira correta e bíblica de expulsarmos os demônios, e não fazendo levantamento da vida passada da pessoa endemoniada. Simplesmente ele distorce a Palavra de Deus. E as aberrações não ficam só no que já comentamos. Para ele o "Pastor da Igreja é o Espírito Santo", enquanto que ele (o Pastor César) "é apenas o colaborador" (livro citado, pág.107-108). Mas que inversão de valores! A Bíblia Sagrada nos afirma que o Pastor é o "apascentador do rebanho de Deus" (At 20.28) e responsável pela "pregação e doutrina da Igreja" (II Tm 4.1-4), enquanto que o Espírito Santo é o que habita em todo crente salvo (Jo 14.16-17 e I Co3.16) e adverte a Igreja contra a apostasia (I Tm 4.1-2), além de outros atributos. Em lugar algum das sagradas escrituras encontramos Jesus, os apóstolos, ou o próprio Deus dizendo que quem pastoreia a Sua igreja seja o Espírito Santo. São homens, sim, escolhidos por Ele (Deus) para tomar conta do rebanho dEle, apascentar os salvos por seu Filho Jesus (Ef 4.11-12). Esse pastor gosta de inverter as coisas. E como gosta! Diz ainda o Pastor César que o que "ele mais tem estudado na Bíblia" é a vida de Jesus Cristo (livro citado, pág. 103-104). Não nos parece verdadeira esta afirmativa. Onde ele encontrou no Novo Testamento Jesus ou seus apóstolos ensinando sobre maldição hereditária, quebra de maldição e regressões desde a vida intra-uterina? Onde ele encontrou Jesus ensinando que a pessoa que O recebesse como Senhor e Salvador fosse participar de um "Encontro", a fim de nascer de novo? Foram as "Visões" que lhe revelaram? Aliás, impossível acreditar. Porém, os devaneios do Pr. César, que para ele foram palavras de Deus que lhe foram dirigidas, não ficaram no que já relatamos. Conta ele em seu livro retromencionado, na pág. 83, que "ganhávamos e ganhávamos multidões de uma forma sem precedentes na Colômbia, mas muitos deles não ficavam na igreja. Em várias oportunidades encontrei-me com alguns dos convertidos em diferentes lugares, que me diziam: ‘Pastor, eu conheci o Senhor na missão, mas estou congregando em tal igreja’. Eu dizia: ‘Amém, glória a Deus, esta alma não se perdeu, está sendo edificada!’. No entanto, chegou o dia em que Deus chamou minha atenção, dizendo-me: ‘Estás errado: essa alma Eu a trouxe à tua igreja; se tivesse querido mandá-la a outra igreja tê-lo-ia feito. Enviei-a para ti para que cuides dela e espero que me respondas’." Para quem conhece Deus e a Sua Palavra, cremos que aqui não cabe qualquer comentário sobre o relato do pastor colombiano. Primeiro porque Deus não faz acepção de pessoas, nem de igreja, porque para Ele há uma só Igreja, nem tampouco igreja nenhuma pertence a esse ou àquele pastor. A Igreja é do Senhor Jesus Cristo e não uma exclusiva para o pastor César Castellanos. Como afirmamos inicialmente, o movimento nasceu na Colômbia; no Brasil tem como um de seus braços fortes a Igreja Nacional, que é pastoreada por Valnice Milhomens. Esta escreveu o seu mais recente livro intitulado "Plano Estratégico para Redenção da Nação". Nele, ela descreveu com riqueza de detalhes o que é a "Igreja em Células" adotada por ela em nosso país, e como funciona o Modelo dos 12. Quer dizer que o plano para redenção do Brasil e do mundo não é de Deus, em Cristo, mas o do G-12? PRINCÍPIOS BÁSICOS DO G-12 Abordaremos a seguir os princípios básicos adotados pelo movimento, que norteiam seus ensinos e práticas diárias de todos os seus adeptos. Julgamos, assim, estar contribuindo para esclarecer o leitor, principalmente o público evangélico, a respeito do movimento G-12. Enfatizamos mais uma vez que a Igreja é em Células e não com Células (pág. 60 do livro supracitado). A diferença é que na "Igreja com células", estas estão intimamente ligadas à igreja, trabalhando para a Igreja e têm todo o apoio pastoral da Igreja, enquanto que na "Igreja em células", na forma adotada pelo G-12, estas são autônomas, independentes e funcionam como verdadeiras igrejas. Nesse sistema de ‘Igrejas em Células’: Os crentes cuidam uns dos outros (não há pastor, mas um líder) nas células; A Igreja tem dois componentes básicos: a celebração e as células; A Celebração é a reunião no Templo (observe o leitor que não é chamado de culto, mas celebração); A Célula (em casas), porém, é a mais importante; Na Célula são recolhidos os dízimos e as ofertas e celebram até a Santa Ceia; Na Célula pode fazer o batismo em águas, desde que a pessoa não tenha condições físicas para ir ao Encontro, onde são batizados os seus membros; Pelo que se vê, o trabalho nas casas, onde as células reúnem-se, está acima de todo e qualquer trabalho realizado no Templo. Ao contrário do que ocorre nas demais Igrejas, que possuem ‘grupos familiares’, de ‘discipulado’, etc (e não as conhecidas células do G-12), que desenvolvem trabalhos de aprendizado da Palavra de Deus, e que estão totalmente ligadas e dependentes de suas matrizes, sejam templos centrais ou congregações. Na Igreja em Células, nesse modelo, seus membros participam da Igreja unindo-se às células. Nelas os crentes são responsáveis uns pelos outros. (pág. 63). A Bíblia nos ensina que quem vela (cuida) dos crentes é o anjo (pastor) da Igreja, e não essa cumplicidade pregada pelo G-12. Segundo afirma a "Pastora" Valnice, "um Pastor não pode discipular mais do que doze pessoas. Se isso fosse possível, Jesus o teria feito". E continua: "Ele (o Pastor) não pode cuidar bem de uma Igreja com mais de cem membros". Por isso é que "o pastoreio e discipulado acontecem no contexto da célula" (pág. 63).Mas que absurdo! Trataremos do assunto mais adiante. No modelo dos Doze, o descrente, após sua decisão para Cristo, vai para a célula (e não para a Igreja), onde permanece por dois meses até participar do "Encontro" (pág. 85). Assim, o novo convertido, após um ano de sua decisão, torna-se um Líder de Célula (Pastor?) e começa então a formar seu grupo de doze (pág. 86). Após a decisão, o novo crente deve (pág. 87): Fazer um mapeamento espiritual, onde lhe dá uma visão de sua jornada espiritual até então. Esse mapeamento está mais para o ‘mapa do zodíaco’, utilizado pelos espíritas e os astrólogos, do que para pessoas que se dizem cristãs; Receber treinamento sobre novos relacionamentos, incluindo princípios básicos da vida cristã; Integrar-se à célula como seu membro; Fazer o pré-encontro, composto de quatro palestras semanais, para então poder habilitar-se a fazer o "Encontro"; Participar do "Encontro", que é um retiro espiritual de três dias, onde recebe ministração de arrependimento, perdão, quebra de maldições, libertação, cura interior, batismos no Espírito Santo e nas águas, bem como a "visão da Igreja"; Participar do "Pós-Encontro", que consiste em quatro palestras semanais, a fim de consolidar o que aprendeu no "Encontro". Durante o "Encontro" (ou Desencontro?) todos ficam em absoluto silêncio, sem se comunicar com ninguém (apenas durante as refeições é que podem se comunicar, mas mesmo assim nada deve ser comentado sobre o que está ocorrendo). Trata-se de prática chamada de "nobre silêncio", que há muitos séculos (mais de 400 anos) antes de Cristo já era praticada por Buda. Hinos são cantados por repetidas vezes e sempre há uma música de fundo sem letra durante todos os trabalhos. Desta forma é feita uma verdadeira "lavagem cerebral" nas pessoas. São técnicas psicoterápicas, em que há até catarse. Um ato teatral é encenado, para que todos entendam o sofrimento na cruz, o quanto Cristo sofreu por nós. Há uma apelação muito forte para o emocional. Lidam com a emoção e o sentimento das pessoas. Pelo que se vê, observa-se que o novo convertido é levado a seguir múltiplos rituais, alguns bons e até dignos de observações, porém outros sem qualquer fundamento bíblico, a exemplo do que é chamado de "pré-encontro" e de "Encontro". Cremos no que está escrito na Bíblia, que o pecador é perdoado, liberto de todo o seu passado mal e perverso, no momento em que aceita a Jesus Cristo com sinceridade, arrependendo-se e se convertendo ao Evangelho do Reino. Vejamos o que o Apóstolo Pedro nos disse em Atos 3.19: arrependei-vos, pois, e convertei-vos para que sejam "apagados os vossos pecados". Compare ainda Jo 3.16, Rm 8.1, Jo 1.12-13, Cl 2.13-14, Gl 3.13, Hb 8.12 e 10.17-18. Portanto, não vemos razão alguma para participar desse Encontro. Aliás, o Pastor César também comenta em seu livro (Pág. 91) que somente após o "Encontro" é que o crente recebe a cura interior e é libertado de qualquer maldição que tenha imperado em sua vida. O que equivale dizer que a Palavra de Deus, o Evangelho, o Sangue de Cristo, não foi suficiente para retirar do crente tudo o que havia contra ele, no dia em que aceitou o Senhor Jesus como Salvador?! No Modelo dos Doze, todo crente recebe treinamento durante um ano para ser Líder (Pastor?) de Célula e de Doze (pág. 88), onde: O treinando recebe o ensino para ser "sensível" ao Espírito Santo, bem como ensinar a outros através dos dons espirituais, ministrando cura e libertação; Todos os líderes de células têm que formar seus Grupos de Doze e estes, também, devem ser treinados para se tornarem igualmente líderes de células. Como se pode perceber, por esse modelo o Líder de Célula é um super crente, que tem todos os dons ministeriais e todos são aptos a pastorear. Ora, as Escrituras ensinam que Deus deu "uns" – não são todos, portanto – para Apóstolos, outros para Profetas, outros para Evangelistas e outros para Pastores e Doutores (Ef 4.11). E como é que vem um movimento desse fazendo de todos os seus adeptos pastores, vez que cada um deles deve liderar um grupo de doze, e que limitação é essa, visto que o grupo não pode ultrapassar doze pessoas? Não, não é isso o que ocorre com a Igreja de Cristo, senão vejamos o seu início: no pentecostes quase três mil pessoas se converteram (At 2.41). Posteriormente, quase cinco mil também abraçaram o Evangelho (At 4.4). Depois já não se podia contar os novos crentes, pois eram "multidões" que aceitavam a Cristo (At 5.14). Desta forma, os apóstolos eram ‘pastores’de incontáveis crentes e não de apenas um grupo ou grupos de doze pessoas! Afirma a Pastora Valnice, na pág. 99 de seu livro, que o Senhor está fazendo uma "virada na unção ministerial". E continua: "a unção não vai estar somente em um homem, e sim, numa equipe. A visão dos doze é uma visão de romper esquemas". Relata, também na pág. 10: "É preciso romper as velhas estruturas…ficamos absolutamente convencidos de que a Igreja em Células ou nas casas, sem deixar as grandes celebrações de todo corpo no Templo, era caminho de volta, no que concerne à estrutura". Assim, esse movimento deixa de lado toda a estrutura eclesiástica da Igreja, como ela é atualmente em todas as denominações evangélicas, e passa a existir de forma desestruturada. É bom que se diga, inclusive, que até seminários são condenados por seu criador. É tanto que a Pr. César Castellanos, ao criar esse movimento, acabou com os que existiam em sua igreja, alegando ser desnecessário o preparo do Líder em uma escola convencional, mas que após um ano, apenas, de treinamento na ‘escola de líderes’seria suficiente para prepará-lo. Pelo que se observa e compreende, o modelo é para todo o crente (Líder de Célula) ser um Pastor e nada de um só Pastor para o rebanho (Igreja). E o Pastor César Castellanos afirma textualmente em seu livro retrocitado: "há necessidade de inovar de forma radical e contínua. Toda a visão implica em inovação. Estar disposto a romper com os moldes tradicionais, faz parte do risco" (pág. 48). Ainda: "a lista de mudanças é quase infinita... tudo porque decidimos por em prática o poder da inovação, romper os velhos moldes. Definitivamente devemos ser criativos, o mundo é daqueles que inovam." (pág. 52). Acrescenta ainda o Pastor César ao falar sobre o nome de sua Igreja (Missão Carismática Internacional): "...parecia-nos estratégico não colocar nenhum termo que associasse com o evangélico, para que não produzisse rejeição, ou apatia, e a estratégia funcionou" (pág. 51). Diante das "inovações", "rompimento dos modelos tradicionais", "virada na unção ministerial" e assim por diante, na visão dos Doze, cada pessoa do grupo (Célula) tem a capacidade de pastorear doze crentes. Estes também têm a condição de pastorear outros doze. Pelo que se vê, todos têm a unção (e a capacidade) e a chamada de Deus para ser Pastores, nessa visão. Essa filosofia vai de encontro ao que o Senhor Jesus Cristo ensinou sobre os diferentes talentos que são concedidos aos crentes. Nem todos têm a mesma capacidade, portanto. Compare Mateus 25.15, onde Cristo afirmou textualmente: ‘e a um deu cinco talentos, e a outro dois, e a outro um, a cada um segundo a sua capacidade’. Deus deu "uns" – não são todos, portanto – para algumas funções ministeriais (Ef 4.11-12), visando ao aperfeiçoamento dos santos e à edificação do corpo de Cristo (Igreja), e não apenas para um grupo de "doze pessoas". Vamos tratar sobre o "Encontro" (ou Desencontro?), que consiste num retiro de três dias e que, conforme a "Visão", assim como ocorreu com o Apóstolo Paulo (At 9.1-9) que passou três dias separado de seu contexto familiar e cultural, também todos precisam, após dois meses da entrega a Cristo, participar. Era preocupação do Pastor César Castellanos a retenção "dos frutos", permanência dos novos convertidos na Igreja, já que nem todos os que abraçavam o Evangelho permaneciam na Igreja. Daí por que julga que somente através desses Encontros é que podem continuar sendo crentes (Plano Estratégico para a Redenção da Nação, pág. 111, 118, 120 e 121). Ao que nos parece, data venia, há um certo desconhecimento quanto ao assunto ventilado. Como sabemos, nem todos os que crêem na Palavra de Deus permanecem nela. Foi o próprio Jesus que nos afirmou através da parábola do semeador (Mt 13.1-9 e 19-23). No exemplo citado pelo Mestre, entendemos que apenas 25% (a semente que caiu em terra fértil) permanece e dá fruto. As demais sementes (três, ou seja, 75%) que caíram em solo pedregoso, entre os espinhos e à beira da estrada, não permaneceram, se desviaram, deixaram o evangelho (observe que todas creram na Palavra de Deus, porém não permaneceram!) Muitos são chamados, porém poucos são os escolhidos (Mt 22.14). E como é que vem esse ‘profeta’de última hora querendo fazer com que, os que participam de seus ‘encontros’ todos permaneçam na igreja?!. Portanto, essa premissa é falsa e não encontra amparo na Palavra de Deus. Os que defendem esse preceito que nos convençam do contrário!. Dizer que Paulo foi separado por três dias para ficar longe de seus familiares e de sua cultura é desconhecer onde ele se encontrava. Todos sabemos que o Apóstolo estava a caminho de Damasco e, portanto, já estava separado do convívio familiar. O Encontro dele nada tem a ver com o "Encontro" patrocinado pelos da "Visão" da Colômbia. Esse raciocínio não procede. O encontro que Paulo teve com Deus foi aquele que todos nós experimentamos quando aceitamos a Cristo, quando nos arrependemos, nos convertemos e passamos a ter uma nova vida (Jo 5.24, Rm 10.8-11 e II Co 5.17). Nos "Encontros" são abordados vários temas, várias ministrações. Dentre muitas outras, fazemos referências às seguintes: OS ENSINAMENTOS DO G-12 E AS REFUTAÇÕES BÍBLICAS Arrependimento: é explicado o "genuíno arrependimento", é quando o crente declara detalhadamente os seus pecados, chora, urra (o termo é esse mesmo), "sente dor" por ter ofendido a Deus (Pág. 118 do Plano Estratégico). Dizem que o verdadeiro arrependimento só se dá quando da participação do novo convertido ao Encontro. Refutação – Quanta aberração existe! Quer dizer que o crente não foi perdoado por Deus no dia em que aceitou a Cristo? Jesus nos disse que quem ouve a Sua Palavra e crê naquEle (Deus) que O enviou tem a vida eterna (Jo 5.24). Assim, cremos que a salvação é instantânea, não há a necessidade de marcar um "Encontro" para termos que nos arrepender de novo. Se o genuíno arrependimento só se dá nesse "Encontro", conforme a "Visão" do G-12, como ficaria a situação da pessoa que morresse antes de participar desse "ritual"? Não, não cremos assim! O ladrão na cruz, o mordomo da Etiópia, Zaqueu, Cornélio, dentre muitos outros exemplos bíblicos, todos foram salvos na hora em que se encontraram com Cristo. Compare Cl 2.14, Hb 8.12 e 10.17-18, Tt 3.4-7, etc. Em Atos 2.38-43 vemos quase 3.000 pessoas sendo salvas por Cristo e o foram quando o Espírito Santo as convenceram através do pronunciamento do Apóstolo Pedro. Foi um arrependimento verdadeiro e sincero. Nada de ‘encontro’ nos moldes promovidos pelo Grupo dos Doze. O mesmo aconteceu comigo e com os crentes em geral, salvos pela graça de Deus. Fomos salvos no momento em que ouvimos a Palavra de Deus, nos convencemos de que éramos pecadores e por isso nos arrependemos e passamos a ser novas criaturas. Não precisamos participar de "Encontros"para nos tornarmos salvos, graças a Deus. Quebra de Maldições: são ensinadas as causas das maldições e o Espírito Santo (?) mostra as maldições e como quebrá-las (Pág. 119). São ministradas as bases bíblicas (?) sobre maldição hereditária e analisados os pecados familiares; os crentes são levados ao arrependimento por identificação – em lugar de seus pais (Pág. 137). Para tanto precisam perdoar seus antepassados, ou seja, pais, avós, etc., a fim de que suas maldições sejam quebradas. Refutação – Concentrados principalmente no Antigo Testamento, criam uma nova doutrina a partir destes textos – Êxodo 20.5 e 34.7; Deuteronômio 5.9 - desconhecendo completamente o significado bíblico de bênção e maldição. Confundem maldição com efeitos do pecado. É óbvio que uma criança que vive sob a influência diária de uma família corrompida, certamente terá grande probabilidade de tornar-se adulta com os mesmos vícios, erros e metida nas mesmas iniqüidades de seus pais, avós, tios, etc. Isso não é maldição. Isso são conseqüências do pecado. Confundem maldição com traumas pessoais. Pessoas que sofreram um grande choque emocional ou que se sentem envergonhadas por alguma deficiência, podem ser pessoas reprimidas e problemáticas. É um prato cheio para alguém dizer que tal pessoa está amaldiçoada quando, na realidade, o que a pessoa necessita é de gente que lhe valorize, que lhe transmita força moral e espiritual e não de "profetas" que lhe venham colocar um problema a mais em sua mente. Confundem maldição com questões genéticas. De problemas hereditários (que obviamente não são maldições) ou genéticos o mundo está repleto. Porém daí dizer que isto é maldição é um absurdo inqualificável. Quanta ignorância e prática antibíblica! Tudo quanto existia contra nós Cristo já pagou na cruz, desde o instante em que O aceitamos e nos convertemos a Ele (Hb7.25, 8.12; Cl 2.14; Jo 1.12-13). Tudo aquilo que era contra nós, Cristo já perdoou cravando na cruz a cédula (dívida) que nos era contrária (Cl 2.13-14). O filho não leva o pecado do pai, nem este o do filho (Ez 18.1-4, 19-22, 26-28 e 30-32 e Mq 7.18-19). E o que dizer de uma pessoa que não conheceu nem o pai nem a mãe (órfão). Como é que ficaria a sua situação? Já que não vai poder romper com as maldições de seus pais, à vista de não saber que tipos de maldições seus pais eram portadores. Ensinar que um cristão tem que romper com maldições ou pacto dos antepassados, pedindo perdão por eles é minimizar o poder de Deus quando de sua conversão. A Bíblia Sagrada nos diz que toda desobediência é amaldiçoada (Nm 23.7,8; Sl 109.17; Dt. 11.26-28; Gl 3.10) e que Jesus Cristo já nos abençoou (Ef 1.3) e que nenhuma condenação (maldição) há para os que estão em Cristo Jesus (Rm. 8.1). Não há maldição para os que são filhos da obediência (Lc 11.28; Tg. 1.25). Jesus se fez maldição por nós. O que dizer, então, dos filhos dos reis de Judá que tinham pais bons e eram maus, ou tinham pais maus e eram bons? Por fim, nos diz a Palavra de Deus (Pv 26.2) que maldição sem causa não virá. E ainda: a maldição do Senhor habita na casa do ímpio, mas a habitação do justo (salvo por Jesus Cristo) Ele abençoará (Pv 3.33) E a causa maior chama-se pecado. Enfim, os textos citados (Êx 20.5; 34.7 e Dt 5.9) referem-se àqueles que aborrecem a Deus, que se desviam de Deus e vão seguir a outros deuses. Em outras palavras, a maldição de que se trata é para os idólatras e não para quem tem Deus como o único Deus verdadeiro e o seu Filho Jesus Cristo como único e bastante Salvador. O gedozistas confundem ‘maldição’ com ‘obras da carne’, de que falou o apóstolo Paulo em sua carta aos Gálatas no capítulo 5 e versículos 19 a 21. Libertação: ocasião em que todos escrevem num papel todo o seu passado, fazendo uma lista de seus pecados e, todos cantando e ‘dançando’ jogam no fogo esses papéis. Assim, sentem que foram totalmente libertados (pág. 119 e 137). Refutação: trata-se de pura invencionice, criação humana, sem nenhuma eficácia. Não é isso o que nos ensina a Palavra de Deus. Pelo contrário, quando o pecador aceita a Cristo recebe instantaneamente o perdão de todos os seus pecados. Todo o seu passado ficou para trás (Jo 8.32 e 36, Rm 6.18, II Co 5.17, Fl 3.13 e Cl 2.13-14). Havendo conversão, havendo, portanto, salvação, há libertação total. Toda pessoa convertida e que está em Cristo foi liberta do império das trevas e transportada para o reino do Filho do seu amor (Cl 1.13-14). A conversão implica sair das trevas para a luz, e ser convertido do poder de satanás ao poder de Deus (At 26.18). Cura interior: todos os encontristas são levados ao arrependimento, por aceitar feridas e abrigar a amargura, ressentimentos, mágoas, iras e maus ressentimentos em relação às pessoas. Para tanto é ministrada a ‘cura’, levando as pessoas a visualizarem mentalmente a sua formação "desde a concepção" até a ocasião do Encontro (regressão), lidando com a rejeição, traumas e pecados (pág. 138). É nesse momento em que todos os encontristas "precisam liberar perdão às pessoas envolvidas em cada fase (da infância à fase adulta), e até mesmo a Deus. Libera perdão a pai, mãe, irmãos, familiares e a Deus" (Manual do Encontro, pág. 100/101, Pr. Renê Terra Nova). Refutação – Mas que absurdo, liberar perdão até a Deus? Parece inacreditável, mas é isto mesmo que está sendo ensinado: que devemos perdoar a Deus. Trata-se de uma aberração herética de tal gravidade que dispensa qualquer comentário bíblico. Simplesmente negam o absolutismo e a soberania de Deus, convertendo em dissolução a graça de nosso Deus (Jd 4). Nada contra a cura interior em si. Ela é importante e saudável. Porém temos restrições quanto ao método empregado pelos gedozistas. É inaceitável a catarse utilizada na busca da cura interior. É prática antibíblica. É prática psicoterápica e não um meio espiritual de libertação. Por que nós vamos ter que voltar ao nosso passado, desde a concepção, passando pela infância, a adolescência, fase adulta, até àquele "Encontro" para podermos nos livrar de tudo o que nos aconteceu durante a nossa vida pregressa? Não tem sustentação bíblica. Compare Pv 11.8, II Co 5.17 e Fl 3.13, além de Jo 8.32 e 36. Para o crente o passado não mais existe, ficou no esquecimento, somos novas criaturas, passamos a ter nova vida no presente pelo poder transformador da palavra de Deus e projetamos o futuro alicerçado no amor e na santidade, que é um processo contínuo e dinâmico, diário, até chegarmos a varão perfeito (Ef 4.13, Fl. 3.13-14). Nos diz a Palavra de Deus que a ansiedade no coração do homem o abate (Pv 12.25), porém nos diz a mesma Palavra que o justo é libertado da angústia (Pv 11.8); que Deus conserva em paz aquele cuja mente está nEle (Is 26.13); a verdade nos libertando através de Cristo, estamos livres (Jo 8.32 e 36). É Deus que sara e liga as feridas (Sl 147.3). Se quisermos cura interior sigamos o que nos diz I Pe 5.6: "Lançando sobre Ele toda vossa ansiedade porque Ele tem cuidado de vós." E o salmista nos disse: "Lança os teus cuidados sobre o Senhor e Ele te susterá" (Sl 55.22). Esta é a receita para a cura interior e não perdoando a antepassados, inclusive a Deus, e fazendo regressão! Durante o Encontro seus participantes fazem duplas, quando então uma das duas pessoas passa a narrar o que aconteceu em sua vida passada, como sejam, seus traumas, frustrações e pecados cometidos, devendo a que está ouvindo permanecer em silêncio, até que seu companheiro ‘desabafe’tudo que tem dentro de si. Terminada essa maratona, os papéis se invertem e o que estava ouvindo o lamento do outro vai adotar idêntico procedimento. Ou seja, a dupla confessa seus pecados mutuamente. Não vemos sustentação bíblica para isso. Até por que de que adianta confessar pecados a uma pessoa que nada tem a ver com o que aconteceu! Somente a Cristo devemos confessar nossos pecados para que sejam perdoados. E só devemos confessar nossas ofensas a outrem e pedir o seu perdão, quando essa tiver sido ofendida por nós ou o inverso, termos sido ofendidos por ela. Quanta gente pelo Brasil afora tem adoecido após ter participado desses Encontros! Temos conhecimentos e testemunhos de pessoas que ficaram descompensadas emocionalmente em João Pessoa (PB), Manaus (AM), Brasília (DF), São Paulo (SP), entre outros. Só para exemplificar, citamos o caso de uma jovem de Brasília que precisou medicar-se, ficando internada por várias semanas e, seu pai, que não é evangélico, exigiu do pastor da igreja, onde ela fez o ‘encontro’, o custeio de todas as despesas realizadas com sua filha. E a Igreja viu-se obrigada a pagar tudo, sob pena de ser acionada judicialmente. Para o modelo dos doze, "quando alguém prega a palavra, ministra cura interior, quebra maldições, ministra o batismo no Espírito, vão ter ‘pessoas curadas’, não vai haver pecado na Igreja, não vai haver imoralidade, não vai haver fofocas nem murmurações. É uma Igreja sadia" (pág. 123). O que acha o leitor sobre a afirmativa acima? Que Igreja santa, não é verdade? Afirmamos à luz da Palavra de Deus, que perfeição só alcançaremos no Céu. Enquanto estivermos aqui na terra, toda e qualquer Igreja (as mais diversas denominações) terá problemas, enfrentará situações adversas, e até escândalos poderão haver. Aliás, serão inevitáveis, porque foi o próprio Jesus quem disse (Lc 17.1). Sempre haverá joio semeado no meio do trigo. Cremos, sim, numa Igreja sadia, porém trata-se da Igreja invisível e constituída por cristãos das mais diversas Igrejas genuinamente evangélicas. E somente o Senhor Deus conhece essa Igreja invisível. O MODELO É CÉLULA E NÃO IGREJA Sintetizamos abaixo os princípios básicos que norteiam o Movimento dos Doze (G-12), de acordo com os seus criadores, cujos pensamentos estão contidos nos livros Sonha e Ganharás o Mundo, do Pastor César Castellanos Dominguez, e Plano Estratégico para Redenção da Nação, da Pastora Valnice Milhomens Coelho: Jesus confiou-nos a missão de fazer discípulos e não membros de igreja; A única Igreja certa é a do G-12, ou seja, em Células; Todo novo convertido deve ser conduzido a uma Célula (não é a uma Igreja), onde deve ser acompanhado por um Líder de Célula e, ao fim de dois meses, participar do "Encontro", quando então se dá o novo nascimento; Os Pastores apenas supervisionam as Células; Visão dos Doze: virada na unção ministerial. Unção em uma equipe e não somente numa só pessoa. É para romper esquemas. Todos têm capacidade para pastorear; O que se presta a Deus no Templo é uma celebração e não um Culto. Porém nos diz o Apóstolo Paulo que devemos prestar a Deus é um culto (Rm 12.1) e não uma celebração. Ressalte-se, entretanto, que o culto não deixa de ser uma celebração, porém a celebração do G-12 é um trabalho totalmente diferente (com danças, assobios, gritos, etc, etc.) daquele que conhecemos e prestamos a Deus. A preocupação maior, o alvo principal e o objetivo a ser perseguido dentro do Modelo dos Doze, é procurar reter o fruto, ou seja, o crente permanecer na Célula; fazer a Igreja crescer quantitativamente, às custas de inovações e rituais tirados do judaísmo, do espiritismo, do catolicismo romano e, porque não dizer, até de seitas orientais; O verdadeiro encontro da pessoa com Cristo só se dá nos chamados "Encontros"; O "Encontro" vale mais do que um ano de assistência efetiva à Igreja; O "Encontro" é mais importante do que o batismo nas águas e o batismo no Espírito Santo; Todos têm capacidade para ser líderes (Pastores). É bastante seguir a "Escada do Sucesso" e, após um ano de treinamento, estarão aptos a ser líderes de Doze. Refrão do Movimento: "O encontro é tremendo". Porém sabemos que tremendo só Deus, este é mesmo ‘tremendo’ (I Cr16.25, Sl. 111.9). Deus é que deve ser extremamente tremendo (Sl 89.7) e não um "Encontro" sem base bíblica. O G-12 guarda o Sábado com pequenas diferenças em relação aos adventistas. E o dia para eles termina às 18 horas e não às 24 horas. Isto porque, segundo afirmam, o dia no início da criação terminava à tarde, na "virada do dia", quando Deus ia ter o encontro diário com Adão. Eles acham que estão sendo injustiçados e mal compreendidos pelas demais igrejas. Entendem que estão passando o que Assembléia de Deus suportou por várias décadas. Mas que diferença! As Assembléias de Deus sofreram discriminação por defender o poder pentecostal que é bíblico e que já é aceito por todas ou quase todas as denominações, enquanto que as Igrejas integrantes do G-12 pregam e disseminam heresias que não têm sustentação bíblica. Ritos utilizados nas igrejas do G-12, por ocasião das celebrações: Formação de trenzinhos com pequenas bandeiras levantadas pelas mãos, pelo meio do Templo. Essa atitude está mais para brincadeira de estudantes em suas escolas, do que para um povo que se diz ser cristão; O púlpito se transforma num palco de danças, após o encerramento das celebrações. Dizem que assim procedem porque tanto Davi como Miriam também dançaram. Porém esquecem-se de que houve motivos fortes para que eles assim procedessem. O primeiro dançou pela recuperação da Arca do Senhor, que estava em mãos de uma nação inimiga. Miriam o fez pelo grande milagre que Deus operara, quando dividiu o mar vermelho em duas partes e o povo atravessou em solo seco. E há de se observar, também, que foram fatos isolados - apenas duas vezes – e mesmo assim nenhum deles dois dançou no Templo do Senhor. A Casa de Deus merece respeito e é lugar de adoração e não de dançarinos; É carregada uma tocha, pelo meio do Templo, a fim de que todos a toquem, e possam, assim, ser abençoados. Parece até uma brincadeira!. Nada há de espiritual nesse gesto, nem amparo bíblico; meninice, apenas; Unção com óleo para todos serem ungidos e receberem a benção de Deus, podendo até levar para ungir suas casas. Mas que aberração! Haja vista o que está contido no Novo Testamento, que o óleo serve apenas para ungir os doentes (Mc 6.3 e Tg 5.14). Mas eles utilizam o óleo até para impedir que navio não navegue por caminhos já traçados, como aconteceu por ocasião das comemorações dos quinhentos anos de descobrimento do Brasil. Pois aconteceu, sim senhor. Simplesmente os adeptos do G-12 foram para o alto mar, em Salvador, e derramaram várias latas de ‘óleo ungido’, a fim de que o navio que o governo brasileiro havia construído, para fazer o percurso da capital baiana até Porto Seguro, não chegasse ao seu destino. Sabemos que realmente a embarcação ‘quebrou’duas vezes, não tendo feito a viagem programada, mas temos a informação – e a imprensa divulgou para todo o país – que o fracasso deveu-se a falhas ocorridas na construção do barco, imperícia técnica de seus construtores. Não foi, portanto, o ato praticado por eles que a embarcação não chegou ao seu destino. Oração do cai-cai, ocasião em que oram pelas pessoas e estas caem por terra. No Novo Testamento não tem fatos desta espécie. Há casos em que as pessoas caíram ao ouvirem a voz de Deus. Os primeiros foram os oficiais e fariseus que procuravam Jesus para o prender (Jo. 18.3-6) e quando Paulo viu o resplendor de Cristo (At. 9.3-4). Há o caso dos discípulos Pedro, Tiago e João, quando da transfiguração de Jesus Cristo. Ao ouvirem a voz de Deus, em que reafirmou ser Cristo o Seu filho, Eles caíram sobre seus rostos em terra (Mt. 17:5-7). Em Ap.1.13, 16-17 João caiu, porém estava em espírito quando de seu arrebatamento ao céu, ou seja, caiu em espírito e não em corpo físico. Os casos citados no Velho Testamento (Dn.10.5-6 e Ez. 1.28, 3.23 e 43.3) referem-se a profetas diante de seres celestiais e não de pobres mortais. Curioso é que em todos estes casos, os personagens caíram com o rosto em terra, para frente, portanto, enquanto que os do G-12 e seguidores de Benny Hinn sempre caem para trás, o que é muito estranho (É bíblico? Não encontramos respaldo nas Escrituras Sagradas). Ponderamos também que eles caem e, ao levantarem-se, continuam do mesmo jeito que caíram, nada se lhes acrescentou espiritualmente falando. No máximo ficam em estado de êxtase e nada mais; Baseados em Atos 18.18, os homens das Igrejas do G-12 estão rapando suas cabeças (e deixando a barba crescer), em forma de voto, a exemplo do que o Apóstolo Paulo fez. Eles querem tornar-se nazireus, porém devem entender que no nazireado os homens primeiro deixavam os cabelos crescerem e, após o término do voto, é que rapavam suas cabeças, conforme podemos observar o que está contido no capítulo 6 do livro de Números. Porém, esquecem que os próprios Apóstolos ensinaram que nós, os gentios, que cremos, não devemos observar tal prática. Dizem que adotam essa prática como forma de sacrifício. Mas será que o sacrifício feito por Cristo não nos foi suficiente? Que Deus tenha Misericórdia! Os gedozistas desconhecem o que está contido em Atos 21.21-25, principalmente o que está escrito no último versículo, que assim diz: "todavia, quanto aos que crêem dos gentios, já nós havemos escrito e achado por bem que nada disto observem [rapar a cabeça]; mas que só se guardem do que é sacrificado aos ídolos, e do sangue, e do sufocado e da prostituição" (edição João Ferreira de Almeida, revista e corrigida e Antigua Versión de Casiodoro de Reina, de 1569, revisada por Cipriano de Valera em 1602 e otras revisiones, em 1862, 1909 e 1960, além de outras edições por nós consultadas). É de bom alvitre que se diga também, que até as mulheres desse movimento estão rapando suas cabeças. Uma delas afirmou-me que tal prática é para passar para Deus a ‘sua glória’ (a glória dela), como forma de voto, objetivando obter a ‘redenção’ do Senhor para a sua família. Mas indagamos: que glória o homem ou a mulher tem para dar a Deus?! Quem somos nós? Pó e cinza e nada mais. Ainda que fizéssemos tudo o que Cristo quer que façamos, ainda assim seríamos considerados como servos inúteis. Diz-nos a Bíblia que nossa justiça é considerada como ‘trapo’ diante de Deus. É Ele, Deus, que tem glória para nos oferecer e não nós, pobres mortais! Ademais, nos afirma a sua Palavra que é desonroso para a mulher cortar o seu cabelo (quanto mais rapar!) – I Co 11.15- e como é que Deus iria se agradar duma glória (glória?) dessa?!. Digamos como o Apóstolo Paulo: nós não temos tal costume, nem as Igrejas de Deus (I Co 11.16). Se fôssemos considerar como sendo um sacrifício, segundo eles afirmam, o nosso irmão Davi assim se expressou: ‘porque te não comprazes em sacrifícios, senão eu os daria. Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus!’ (Sl 51.16-17). O sacrifício que Deus requer de nós todos são: a) louvor, a prática do bem e a mútua cooperação (Hb 13.15-16); b) o culto racional que prestamos a Ele (Rm 12.1); c) o que se dá a quem precisa (Fl 4.18) e os sacrifícios espirituais (não materiais, não físicos – estes Deus não quer mais!) agradáveis através de Jesus Cristo (I Pe 2.5).É para ‘redenção’ de alguém? Perguntamos: a redenção de Cristo não foi suficiente, não? Simplesmente é um absurdo o que estão fazendo! CONCLUSÃO Afirmamos que a Igreja em Células, (repetimos, não é com Células), baseada na "Visão" do Grupo dos Doze (G-12), abre mão de todos os princípios regimentais de sustentação da Igreja como organização, eliminando pontos de doutrinas e princípios de liturgia e sistema de governo eclesiástico. Dizem que somente eles é que são detentores da ‘unção’de Deus, do Espírito de Deus. Chamam-na de "nova unção". Será que dá para entender? Não encontrei na Bíblia nada que denotasse essa afirmativa. Até porque a unção de Deus não envelhece, não fica velha. Por que então nova unção? Sabemos que as aberrações, as contradições e as discrepâncias que vêm proliferando no contexto cristão hodierno têm se constituído afronta àqueles que lutam e se esforçam pelo cumprimento da verdade e da coerência (Rm 15.4 e II Tm 3.16-17). É certo que não devemos ser juízes de ninguém, mas, por outro lado, não devemos ser tolos e facilmente enganados. A Visão de Deus para o mundo é Cristo e não a de Castellanos! O aspecto mais perigoso da falsa doutrina é que se apresenta como verdadeira. Aparece como uma medida corretiva, pretendendo restabelecer a verdadeira doutrina, É propagada por aqueles que têm convicção de ter recebido uma nova revelação ou uma interpretação melhor da verdade já estabelecida. Em quaisquer dos casos, tais pessoas convencem-se de estar certas e de que todas as outras estão totalmente erradas. Dizem que somente ‘agora’, a partir do dia em que abraçaram a "visão" é que encontraram a verdade, em que pese muitos deles já se dizerem crentes há cinco, dez, vinte anos ou mais. Desconhecem todo o seu passado como cristãos (entendemos que não o eram uma vez que somente ‘agora’ é que dizem ter encontrado a verdade, estarem na verdade). Em pesquisa recente que fizemos, os templos da Missão Carismática Internacional, do pastor César Castellanos, são comuns à Igreja Católica da Colômbia, ou seja, os locais que são utilizados pela igreja daquele pastor, também são usados pelos padres daquele país. Assim, num determinado dia pode haver uma celebração do G-12 e num outro uma missa da igreja católica. Puro ecumenismo, portanto. Concluindo, dizemos que os defensores das doutrinas e práticas antibíblicas do G-12 andam ensinando doutrinas que são mandamentos de homens (Mc7.7). Fiquemos com o que a Palavra de Deus nos diz: "Mas ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já anunciamos, seja anátema - maldito" (Gl 1.8). Vejamos ainda o que o Apóstolo Paulo nos diz em II Co 11.3-4: "Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos, e se apartem da simplicidade que há em Cristo. Porque, se alguém for pregar-vos outro Jesus que nós não temos pregado, ou se recebeis outro espírito que não recebestes, ou outro evangelho que não abraçastes, com razão o sofrereis". Deixamos o julgamento a cargo do leitor. Que Deus nos abençoe e nos guarde pelo seu poder, preservados pelo precioso Sangue de Jesus Cristo, protegidos pelo Seu Santo Espírito.