quinta-feira, 18 de abril de 2019

PÁSCOA - Coelho ou Cordeiro???


   A mesma noite da morte para os egípcios, foi a noite de libertação para os hebreus. Para uns o juízo, para outros a salvação. A diferença entre o juízo e o livramento, a morte e a vida, a condenação e a salvação foi o sangue do Cordeiro.
   Israel estava debaixo do chicote do carrasco. Não apenas com as costas debaixo do açoite, mas também com os pés no barro e as mãos calejadas no trabalho. Eram 430 anos de amarga escravidão.
   Deus ouve o clamor do seu povo e envia o seu mensageiro com uma mensagem expressa a Faraó: DEIXA O MEU O POVO IR.
   Faraó endureceu o coração e oprimiu ainda mais o povo. Deus enviou dos céus dez pragas, exerceu juízo sobre todos os deuses do Egito, quebrou o orgulho de Faraó, fez abalar as pirâmides milenares e tirou o seu povo do cativeiro com mão forte e poderosa.
   O golpe final de Deus foi a matança dos primogênitos. Aquela era a décima praga. O único meio de salvação daquele dilúvio de juízo era o sangue do Cordeiro. Não havia outro meio de livramento. A morte visitaria o palácio e as choupanas, pobres e ricos, velhos e crianças. O anjo do juízo passaria à meia-noite. Onde encontrasse o sangue, passaria por cima, mas onde não visse o sangue, o primogênito morreria inapelavelmente.
   A Páscoa foi o dia da independência de Israel. A noite do terror dos egípcios, foi a noite da libertação do povo de Deus. A mesma mão que feriu uns, resgatou os outros. A Páscoa não apenas trouxe unidade para Israel, salvação para os seus filhos, mas também libertação do cativeiro. Israel se tornou livre para servir a Deus.
   Qual é a mensagem da Páscoa?

 A PÁSCOA MARCA UM NOVO COMEÇO PARA O POVO DE DEUS – 
   Um novo calendário, uma nova vida -
• O capítulo 12 de Êxodo é talvez o mais solene e importante de todo o Velho Testamento. Ele registra a instituição da Páscoa. O sacrifício da Páscoa inaugura um novo calendário: “Este mês vos será o principal dos meses…” (v. 2).
• A Páscoa era o começo de uma nova vida para o povo de Deus. A partir dali deixaram de ser escravos do Egito para serem peregrinos na direção da terra prometida. A Páscoa era o memorial de que ali cessava a escravidão e começava uma nova vida, livre!
• O mundo pensa que quando uma pessoa se converte, ela perde a vida. Mas a conversão não é o fim da vida, é o fim da escravidão. Ser cristão é deixar o Egito e começar a caminhar como um ser livre rumo à Canaã celestial.
• A Páscoa foi o começo de uma nova nação. Até então, Israel não era uma nação. Mas agora, livre, remido, esse povo torna-se o povo separado de Deus. A Páscoa nos mostra um novo começo, um novo calendário, um novo compromisso, uma nova jornada, um novo destino.
 A PÁSCOA REVELA O PROJETO DE DEUS NA REDENÇÃO DA FAMÍLIA – 
 A família está no centro do projeto de Deus 
• A família precisa celebrar a Páscoa junta (v. 3). A família precisa toda estar debaixo do sangue do Cordeiro (v. 7). A família toda precisava se alimentar do Cordeiro (v. 8). A família toda precisava celebrar este memorial nas suas gerações futuras (v. 14). A família toda precisa ter o compromisso de ensinar seus filhos sobre o significado da Páscoa (v. 26-27). A família toda obedeceu essa ordenança divina (v. 28).
A salvação da família exige a diligência dos pais
• Poderiam os pais deixarem seus primogênitos fora de casa naquela noite de juízo? Poderiam os pais negligenciar a ordem de Deus de sacrificar o Cordeiro e passar o seu sangue nas vergas das portas? Certamente nenhuma família dos hebreus descansou até ver todos os seus filhos debaixo do sangue.
A salvação da família exige confiança plena na Palavra de Deus
• Imaginem se um pai dissesse: “Nós não cremos nessa religião que exige derramento de sangue. Não vamos matar o Cordeiro. Não vamos sujar nossas casas com sangue. Não acreditamos nessas superstições.” Se assim tivessem feito, enfrentariam o inevitável juízo de Deus. Deus fez exatamente o que avisou, como avisou, quando avisou. O juízo não foi sem alerta. Quem creu foi salvo. Quem não creu foi condenado.
• Imagine se um pai dissesse, não queremos que o sangue seja passado defronte da Casa, vamos passá-lo lá atrás, ou por dentro da casa, onde ninguém possa ver. Não quero que minha casa seja diferente das casas dos egípcios. Se assim fizesse, aquela casa teria sido visitado pelo anjo do juízo. Aqueles que se envergonham do sangue do Cordeiro, não podem ser salvos pelo Cordeiro.
A comunhão das famílias forma a grande congregação do povo de Deus – 
• Embora havia muitas famílias, era apenas uma congregação (v. 3,6). Quando nos reunimos Deus nos vê individualmente como parte do Corpo, a igreja. Mas somos membros uns dos outros. O que fez de Israel uma nação, uma congregação, um povo, foi o sangue do Cordeiro. Nosso vínculo é o sangue!
 A PÁSCOA MOSTRA QUE DEUS SALVA O SEU POVO ATRAVÉS DO CORDEIRO QUE FOI MORTO – 
O Cordeiro da Páscoa é o Cordeiro divinamente apontado – 
• A pergunta de Isaque a Abraão: Onde está o Cordeiro? introduziu um dos principais temas do Velho Testamento, enquanto o povo aguardava o Messias. A pergunta foi respondida finalmente por João Batista: “Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1:29).
• Filipe disse para o eunuco que vinha lendo Isaías 53, que o Cordeiro era Jesus (At 8:35). Paulo disse para a igreja de Corinto que Cristo é o nosso Cordeiro Pascal (1 Co 5:7). Pedro disse que fomos remidos pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo (1 Pe 1:18-20). João o vê no céu e Jesus lhe é apresentado como o Cordeiro que foi morto, mas está vivo pelos séculos dos séculos (Ap 5:6).
• Jesus é o Cordeiro suficiente para uma pessoa (Gn 22:13-14). Jesus é o Cordeiro suficinete para uma família (Êx 12:3). Jesus é o Cordeiro suficiente para uma nação (Is 53:8). Jesus é o Cordeiro suficiente para o mundo inteiro (Jo 1:29).
 O Cordeiro da Páscoa é o Cordeiro sem defeito – 
• Jesus é o Cordeiro perfeito. Ele é o Filho Amado do Pai, em quem o Pai tem o todo o seu prazer. Ele foi obediente até à morte e morte de cruz. Ele não escoiceou seus algozes, mas como ovelha muda foi para a cruz e intercedeu pelos transgressores.
• Ele não conheceu pecado (2 Co 5:21).
• Ele não cometeu pecado, nem dolo algum se achou em sua boca (1 Pe 2:22)
• Ele se manifestou para tirar os pecados, e nele não existe pecado (1 Jo 3:5)
• Até seu traidor, disse que ele era inocente.

O Cordeiro da Páscoa é o Cordeiro Morto – 

• Não é a vida do Cordeiro que salva. Não é o exemplo do Cordeiro que redime. Não é a presença do Cordeiro na família que livra da morte. O cordeiro tinha que ser morto. É a morte de Cristo que nos trouxe salvação. Sem derramamento de sangue não há remissão de pecados (Hb 9:22).
• Algumas pessoas dizem que admiram a vida, o exemplo e os ensinos de Jesus. Outros põem sua confiança nos milagres de Jesus. Mas ninguém é salvo pelos ensinos de Jesus, mas sim, pelo seu sangue. É a morte de Cristo que nos trouxe salvação.
a) Mt 20:28 – Ele veio para dar a sua vida em resgate de muitos
b) Mt 26:28 – Este é o meu sangue, o sangue da nova aliança, derramado em favor de muitos, para remissão de pecados.
c) Ap 5:9 – Foste morto e com o teu sangue compraste para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação.
• Jesus foi o nosso substituto. Ele morreu em nosso lugar. Sua morte foi vicária, substitutiva. Ele morreu a nossa morte. Deus fez cair sobre ele a iniquidade de todos nós. O inocente morreu pelo culpado.

O Cordeiro da Páscoa é o Cordeiro do sangue aplicado – 

• Não basta saber que o Cordeiro foi morto. Não é também o sangue do Cordeiro que livra do juízo, mas o sangue do Cordeiro aplicado. Deus disse: “Quando eu vir o sangue, passsarei por sobre vós” (v. 13).
• A apropriação da expiação precisa ser pessoal: “Cristo me amou e a si mesmo se entregou por mim” (Gl 2:20).
a) O sangue é sinal de distinção – O que distinguia os egípcios dos israelitas naquela noite do juízo era o sangue. Na verdade só existem duas categorias de pessoas: os que pertencem à igreja dos comprados pelo sangue da redenção e aqueles que ainda estão debaixo de seus pecados. O que vai importar naquele dia não é a sua religião, suas obras, seus méritos, seus dons, mas se você está ou não debaixo do sangue.
b) O sangue é sinal de salvação – Onde o anjo da morte via o sangue não entrava, pois o sangue lhe dizia:“Aqui já foi realizado o juízo, aqui a obra já está feita”. Só o sangue do Cordeiro retinha a espada do juízo. Os filhos de Jacó não eram melhores, nem mais hábeis, nem mais santos, nem mais justos. O que os distinguia era o sangue. Quem está debaixo do sangue do Cordeiro está justificado. Agora já não há mais nenhuma condenação.
c) O sangue é sinal de segurança – O centro do Cristianismo é a cruz e o significado da cruz é a substituição. Cristo morreu por nós. Ele carregou os nossos pecados em seu próprio corpo. O castigo que nos trás a paz estava sobre ele. No sangue de Cristo temos segurança de perdão, de purificação.

O Cordeiro da Páscoa é o Cordeiro Sustentador – 

• Aqueles que são salvos pelo sangue do Cordeiro, alimentam-se do Cordeiro. O sangue nos livra do cativeiro e da morte. O cordeiro nos sustenta para a caminhada rumo à Canaã celestial. Cristo é o alimento.
a) O conteúdo da refeição (v. 8) – A refeição da Páscoa era feita do Cordeiro assado, ervas amargas e pão sem fermento.
• O CORDEIRO ASSADO NO FOGO – O nosso Cordeiro sofreu na cruz o fogo da justiça de Deus. Cristo foi ferido e moído na cruz.
• ERVAS AMARGAS – falam do sofrimento que deixaram no Egito e das provas que teriam pela frente.
• PÃO SEM FERMENTO – O fermento é símbolo de impureza, pecado oculto, falso ensino (Mt 16:6-12), hipocrisia (Lc 12:1) e vida pecaminosa (1 Co 5:6-8).
b) A maneira de participar da refeição (v. 11) – A Páscoa precisa ser comida com pressa. Era hora de sair do Egito. Prontidão para marchar. Lombos cingidos, sandálias nos pés, e cajado na mão. Como-lo-eis à pressa. Deus tem pressa que você saia do Egito. Faraó quis deter o povo: 1) Sirvam a Deus no Egito mesmo (8:25); 2) Fiquem perto (8:28); 3) Fiquem os jovens (10:10,11); 4) Fiquem os rebanhos (10:24-26). Moisés não negocia. O Egito não é o lugar para o povo de Deus permanecer.

O Cordeiro da Páscoa é o Cordeiro Vivo – Ap 1:18

• O Apocalipse nos aponta o Cordeiro de Deus, como aquele que está vivo. Que está no trono. Que reina. Aquele diante de quem todo joelho se dobra.
• O Apocalipse nos aponta o Cordeiro que tem sete chifres, onipotente; que tem sete olhos, onisciente. O Cordeiro que voltará para julgar as nações.

A PÁSCOA É UM MEMORIAL A SER PERPETUADO A FIM QUE AS NOVAS GERAÇÕES CONHEÇAM A SALVAÇÃO DE DEUS – 
Conte para as futuras gerações o que Deus fez por você – 
• A nova geração que iria entrar na terra prometida, poderia esquecer-se da amarga escravidão do Egito bem como dos poderosos feitos libertários de Deus. A celebração contínua da Páscoa era um instrumento pedagógico de Deus para manter viva na memória do povo, a história da redenção.
• A morte de Cristo na cruz é o nosso ÊXODO.
• O Cordeiro que foi morto, mas está vivo é o NOSSO ALIMENTO.
• Somos responsáveis a instruir a nova geração a conhecer a Deus, a amar a Deus e a alegrar-se nos seus poderosos feitos.
 Conte para as pessoas que só aqueles que recebem o selo do pacto podem participar da Páscoa – 
• Nenhuma pessoa pode alimentar-se de Cristo, antes de ser liberto e salvo pelo sangue de Cristo. Ninguém pode fazer parte da solene assembléia do povo de Deus, antes de reconhecer que precisa estar debaixo do sangue do Cordeiro.
• Comer sem discernir o Corpo é comer para o próprio juízo.
• A circuncisão era o selo da antiga da aliança, como o batismo é o selo da nova aliança. Só aqueles que se arrependem, crêem e são batizados são introduzidos nessa bendita assembléia dos remidos.
 Tenha o cuidado de celebrar a Páscoa com santidade – 
• Ao celebrarmos a Ceia do Senhor precisamos examinar o nosso coração, a nossa vida. O fermento é um símbolo do pecado oculto. Começa pequeno, age secretamente, mas espalha-se rapidamente. Ele cresce e incha e infiltra em toda a massa. Não podemos associar iniquidade com ajuntamento solene. Paulo diz: “Lançai fora o velho fermento, para que sejais nova massa, como sois, de fato, sem fermento. Pois também Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado. Por isso, celebremos a festa não com o velho fermento, nem como fermento da maldade e da malícia e sim com os asmos da sinceridade e da verdade” (1 Co 5:7-8).
A PÁSCOA QUE CELEBRAMOS É A PÁSCOA DO SENHOR – 
• 17 vezes o Senhor é mencionado em Êxodo 12. Ele é o centro da história da redenção.
1. Deus revelou o seu poder – v. 29-30
• À meia-noite, Deus visitou em juízo as casas dos egípcios. A Páscoa é um símbolo de rendenção para o povo de Deus e de juízo para os ímpios. A morte não respeitou posição nem poder nem idade. A morte não alcançou os israelitas porque eles estavam debaixo do sangue do Cordeiro pascal. Você está debaixo do sangue?
2. Deus guardou a sua promessa – v. 31-36
• Deus havia falado tudo o que ia acontecer. Mas faraó endureceu o seu coração e não creu (Ex 11:1-8). Aqueles que obedeceram foram salvos. Os incrédulos perecem.
• Assim será no dia do juízo. Aqueles que crêem e correm para o abrigo do sangue do Cordeiro escaparão do furor da ira do Deus Todo-poderoso, mas aqueles que zombam do sangue do Cordeiro, perecerão. Passará os céus e a terra, mas a Palavra de Deus não passará.
3. Deus libertou o seu povo – v. 37-42,51
• Os israelitas saíram corajosamente do Egito, enquanto estes estavam sepultando os seus mortos (Nm 33:3-4). 600 mil homens, 2 milhões de pessoas. O Êxodo foi a maior demonstração da libertação de Deus na vida de Israel, símbolo da nossa redenção.
CONCLUSÃO
• A Páscoa deve levar-nos a uma profunda investigação, a fim de saber se de fato todos os membros da família estão debaixo do sangue – v. 22
• A Páscoa deve levar-nos a um compromisso familiar de explicar para os nossos filhos o que Deus fez por nós. Quem ele é para nós – v. 26,27.
• A Páscoa deve levar-nos à adoração – v. 27.

sexta-feira, 5 de abril de 2019

ORAÇÃO - O caminho da intimidade

​   Deus é soberano e faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade, mas sendo ele soberano, escolheu agir em resposta às orações do seu povo. Orar é conectar o altar com o trono, a fraqueza humana à onipotência divina. Orar é falar com aquele que está entronizado acima dos querubins e governa o universo. Não há nenhuma força mais poderosa na terra do que a oração, pois a palavra de Deus diz que muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo.
​   Pela oração situações humanamente irremediáveis acontecem. Ana orou ao Senhor e tornou-se alegre mãe de filhos, inobstante ser estéril. Deus derrotou o poderoso exército da Assíria em resposta às orações do rei Ezequias. Esse mesmo rei foi curado de uma enfermidade mortal, em resposta ao seu clamor e às suas lágrimas. A oração aciona o braço do Onipotente!
​   Pela oração, as mui ricas e preciosas promessas de Deus são apropriadas. Tiago escreveu: “Nada tendes, porque nada pedis”. Jesus ensinou: “Pedi e dar-se-vos-á, porque todo o que pede recebe”. Bênçãos são retidas quando as orações não sobem ao trono da graça. Mas, promessas são cumpridas quando o povo de Deus ergue sua voz aos céus. Pela oração apropriamo-nos das promessas divinas.
​   Pela oração, enfermos são curados. Portanto, devemos orar pelos enfermos. Deus cura com os meios, sem os meios e apesar dos meios. Ele cura segundo o seu propósito e sua soberana vontade. Quando ele deixa de curar é, de igual modo, para mostrar como o seu poder se aperfeiçoa na fraqueza. Porém, jamais devemos calar a nossa voz diante do sofrimento, seja nosso ou dos nossos irmãos. Deus é poderoso para reverter a situação mais adversa. Ele pode transformar choro em alegria, desespero em esperança, o cheiro da morte em aroma de vida.
​   Pela oração, a igreja é fortalecida com poder para testemunhar. A igreja avança mais rápido e com mais vigor quando caminha de joelhos. É quando nos prostramos diante de Deus que podemos nos levantar diante dos homens. É quando nos curvamos diante de Deus em oração que podemos nos levantar para pregar com eficácia. Não há pregação poderosa sem que primeiro os joelhos se dobrem. Precisamos falar com Deus antes de falar aos homens. Precisamos conhecer o poder de Deus através da oração antes de sermos usados por Deus na pregação.
​Pela oração, a igreja transforma as ameaças do mundo em ousadia para testemunhar com intrepidez. A perseguição jamais enfraqueceu a igreja. Ao contrário, leva-a ainda mais longe em sua ousadia, para clamar aos céus, rogando intrepidez e poder para testemunhar. Foi assim com os apóstolos diante da perseguição do sinédrio judaico. Foi assim com os crentes primitivos diante da amarga e truculenta perseguição dos imperadores romanos. Foi assim ao longo da história da igreja. O sofrimento põe a igreja de joelhos e quando a igreja se ajoelha ela é mais forte do que um poderoso exército. A igreja transforma as ameaças do mundo em oportunidades para buscar a face do Onipotente e sair desse campo das lágrimas revestida com o poder do Espírito Santo.
​   Pela oração, a igreja se deleita em Deus mais do que nas obras de Deus. O maior privilégio da oração é ter intimidade com Deus e deleitar-se nele. Quanto mais nos regozijamos em Deus, mas ele se deleita em nós. Quanto mais nos apegamos ao Altíssimo, mais temos gozo nele e motivos para andarmos com ele. Nosso maior problema não é a presença do adversário, mas a ausência de Deus. Nossa maior riqueza não são as bênçãos de Deus, mas o Deus das bênçãos. Deus é melhor do que suas bênçãos. Ele é mais excelente do que suas mais excelentes dádivas. Oh, que redescubramos as bênçãos da oração! Oh, que deixemos de fazer a obra na força do braço humano, para recorrer aos insondáveis recursos divinos. Oh, que nos prostremos diante de Deus em oração, para levantar-se diante dos homens em testemunho!