terça-feira, 15 de dezembro de 2015

O ARREPENDIMENTO

LIÇÃO 02 - O ARREPENDIMENTO -

TEXTO BÍBLICO BÁSICO :

"(Mateus 3:1-3) -  "E, naqueles dias, apareceu João o Batista pregando no deserto da Judéia,  E dizendo: Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus.  Porque este é o anunciado pelo profeta Isaías, que disse: Voz do que clama no deserto, preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas. ".

(Atos 2:37-40) -  "E, ouvindo eles isto, compungiram-se em seu coração, e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, homens irmãos?  E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo; Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos, e a todos os que estão longe, a tantos quantos Deus nosso Senhor chamar.  E com muitas outras palavras isto testificava, e os exortava, dizendo: Salvai-vos desta geração perversa".

TEXTO ÁUREO :

"Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados..." (Atos 3:19a)

OBJETIVOS :

Após a aula ministrada, o aluno deverá ser capaz de :

- COMPREENDER   a necessidade do arrependimento ;

- ENTENDER   o processo da conversão ;

- TESTIFICAR   dos resultados da sua própria conversão.

MEDITAÇÃO DIÁRIA :

- Segunda   -  Lucass 15:1-7  ;
- Terça         -  Atos 17:30-34  ;
- Quarta     -  Atos 26:13-18  ;
- Quinta    -  Mateus 13:18-23  ;
- Sexta       -  Ezequiel 18:20-24  ;
- Sábado  -  2 Pedro 3:8-12.

PALAVRA INICIAL :

O que vem a ser arrependimento ?

Arrependimento é uma atitude que leva o homem a se conscientizar diante de Deus e reconhecer o seu estado de impureza (Is 6:1-5,7).

O arrependimento é o primeiro passo para se alcançar a salvação. Ninguém poderá ser salvo sem que primeiro se arrependa.

1- NECESSIDADE DO ARREPENDIMENTO :

O arrependimento é diferente do remorso. O remorso é apenas um sentimento de culpa que conduz o homem, muitas vezes, até a morte.
Pode-se tomar o exemplo de Judas, que traiu Jesus (Mt 27:1-10). Ele sentiu remorso. Nesse caso, a pessoa se entristece por suas ações, mas não procura ou não consegue alcançar meios de se concertar.
Sem o arrependimento  não há salvação. Pois essa é uma exigência espiritual, para que haja o perdão e, consequentemente, salvação (2 Co 7:10).
O arrependimento tem início na conversão que é o primeiro passo para o pecador chegar à regeneração.
Regeneração  é diferente de santificação .  Num certo sentido, a palavra regeneração significa  "gerar novamente" ,  isto é, nascer de novo (Jo 1:13 ;  3:3-8).
A regeneração é uma iniciativa atribuída a Deus, efetuada pelo Espírito Santo, com a aquiescência , é claro, do livre-arbitrío do homem.
Deus não obriga ninguém a servi-LO. Tal opção deve partir do homem que a expressa através do arrependimento, numa demonstração de desgarrar-se do pecado para viver para Deus.
Essa é uma nova perspectiva de vida, para o homem. É o princípio de um novo caminho que leva o homem à santificação, isto é, a separar-se do mundo, dos vícios, do pecado. É, portanto, uma nova experiência de vida, de comunhão com o Pai, com o Filho e com o Espírito Santo.
Enquanto o crente vive neste mundo, ele se prepara para chegar ao aperfeiçoamento, como disse o apóstolo Paulo : "Até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo" (Ef 4:13).

1.1 -  O QUE É ARREPENDIMENTO :

Arrependimento é algo mais profundo que produz fruto para o bem. Arrependimento é :

- Pesar sincero de algum ato ou omissão ; contrição ; desistência de coisa feita ou empreendida;
- Dor, mudança de mente e de coração ;
- É o desejo de fazer novamente, de forma diferente ;
- É a vontade de reparar o erro e não repeti-lo mais.

1.2 -  ÁREAS DE ARREPENDIMENTO :

O arrependimento se faz sentir em três áreas importantes da vida do homem que quer salvação.

1.2.1 -  MUDANÇA DE MENTE :

Quando o pecador se arrepende há uma mudança bem notada na maneira de pensar a respeito de Deus, do pecado e do relacionamento com outras pessoas.
A pessoa começa a pensar segundo Deus, porque o Espírito Santo vem habitar no coração e concede a "mente de Cristo" (1 Co 2:16).

1.2.2 - MUDANÇA ESPIRITUAL :

O arrependimento faz com que a pessoa passe a sentir e a ver as coisas de outra maneira. Um novo prazer, uma nova alegria, uma sensação de paz que traz segurança quanto ao futuro e à renovação da esperança em Jesus.

1.2.3 -  MUDANÇA DE PRIORIDADES :

É importante notar que antes de se arrepender a vida da pessoa é egoísta, movida pelo seu "EU" (Ego) .  Depois de se arrepender, ela passa a buscar a vontade de Deus para sua vida (Rm 12:1-2). Passa a fazer não a sua própria vontade, mas a vontade de Deus.
Suas prioridades que objetivavam apenas seu próprio interesse, depois do arrependimento, passa a ser sujeitas à vontade de Deus. Porque Ele sempre sabe o que é melhor para seus filhos.
O arrependimento geralmente vem acompanhado de uma profunda tristeza. As lágrimas acompanha o verdadeiro arrependimento. Esse é o aspecto emocional da situação.

2 -  O PROCESSO DO ARREPENDIMENTO :

O Arrependimento é uma operação da graça de Deus na vida do pecador (Rm 2:4).
O arrependimento se dá através de Cristo. Quando a pessoa aceita a Jesus como Senhor e Salvador da sua vida (At 5:31).
O arrependimento é operado pela ação do Espírito Santo na consciência do pecador, tornando-o sensível ao seu pecado e à sua condição de perdido diante de Deus (Jo 16:8).

2.1-  MEIOS USADOS POR DEUS :

Os meios usados por Deus para conduzir o pecador ao arrependimento são :

- A PALAVRA -  Deus usa a Palavra, através da leitura da Bíblia, folhetos, livros ou também, e principalmente, uma pregação ;

- O ESPÍRITO SANTO -  O Espírito leva o indivíduo a entender a Palavra e o convence do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16:8) ;

- OUTRA PESSOA - Deus usa outras pessoas para pregar o evangelho, e quem ouve abre o coração para receber o que foi anunciado.

Esses meios levam o homem a compreender o seu estado pecaminoso e a tomar a decisão de mudar de vida reconhecendo, dessa forma, o poder salvador de Jesus.

2.2 -  DE QUE CONSISTE O ARREPENDIMENTO :

É um ato divino que transforma o ser humano, mas que só é consumado com a aquiescência do próprio homem através da fé. É o início do novo nascimento. O arrependimento juntamente com a fé trará a conversão do pecador.
O Espírito Santo é quem trabalha no coração do pecador, desde que esse dê o consentimento (Hb 3:15).
Sem arrependimento não haverá perdão de pecados (At 2:38 ;  3:19  ;  8:22).
O arrependimento conduz à vida eterna (2 Co 7:10).

2.3 -  RESULTADOS DO ARREPENDIMENTO :

O Senhor Jesus e também os anjos se alegram quando um pecador se arrepende (Lc 15:7-10). O arrependimento traz consigo o perdão dos pecados e o refrigério da alma pela presença do Senhor (At 3:19).
O arrependimento também traz prazer e alegria naquele que passa a sentir-se perdoado dos seus pecados.
Esta é, pois, uma decisão que ninguém deverá rejeitar :  a de arrepender-se dos seus pecados, entregar-se totalmente nas mãos de Deus e receber a Jesus Cristo como único e suficiente Salvador, pois, sem Jesus Cristo, a condenação é para sempre (Jo 3:36).

2.3.1 -  O ARREPENDIMENTO TRAZ UNIÃO :

O Espírito Santo usou a mensagem do apóstolo Pedro para tocar nos corações daqueles ouvintes, por ocasião do seu discurso feito no cenáculo em Jerusalém (At 2:37-41).
Pedro lhes disse que deveriam arrepender-se dos seus pecados e crer em Jesus Cristo para, também, receberem o poder do Espírito Santo que havia descido sobre os crentes.
Aquelas pessoas, de fato, se arrependeram e, motivadas pelo amor tornaram-se praticantes do mesmo ideal : a seguir a Jesus.
Então, perseveraram na doutrina, tendo tudo em comum, ajudando-se mutuamente e, de contínuo, permaneciam no templo, louvando ao Senhor e anunciando o evangelho (At 2:43-47).
A fé cristã tornou-se uma realidade diária e Cristo operava na vida deles por meio do Espírito Santo. Todos esses acontecimentos foram resultados da verdadeira conversão e do verdadeiro arrependimento.

2.4 -  O ARREPENDIMENTO E A FÉ :

A Bíblia diz que sem fé é impossível agradar a Deus. "Porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe" (Hb 11:6b).
Tudo que o crente recebe de Deus é por fé, a começar pela salvação (Ef 2:8 ;  Mc 16:16 ;  Rm 4:5).
É necessário, pois, ter fé para vencer o mundo (1 Jo 5:4) ,  para vencer a carne (Gl 5:16) e para vencer o diabo (Gl 2:20).
A fé é o firme fundamento para a vida cristã. É o que dá sustentação e alimenta a esperança da vida futura (Hb 10:38).
A fé é baseada no conhecimento .  Quanto mais o crente se dedica ao estudo da Palavra de Deus, mais ele se apossa das promessas divinas porque a sua fé é aumentada (Os 6:3a ;  2 Pe 3:18).

3 -  O ARREPENDIMENTO PRODUZ CONVERSÃO :

A conversão é descrita como um retrocesso. É  como voltar-se das trevas do pecado e do domínio de Satanás para a gloriosa luz de Jesus (At 26:18).
O homem, então, encontra um novo caminho, uma nova modalidade de vida. Antes, andava sem rumo porque caminhava nas trevas, mas agora caminha na luz, com segurança.
É,  pois, do arrependimento que procede essa nova situação. A conversão consiste no exercício do arrependimento e da fé. A Bíblia ensina que arrepender-se é mudar de idéia com relação ao pecado ;  é abandonar a intenção e o propósito e não voltar atrás.

3.1 -  AJUSTANDO-SE AO SENHOR :

Após o arrependimento, inicia-se uma nova etapa : a santificação .  A santificação é a permanente atitude de estar se corrigindo, renunciando a própria vontade para ajustá-la à Deus;  é a constante preocupação em agradá-LO em tudo que se fizer. Assim sendo, sempre que Deus apontar, no crente, algum ato ou atitude ou qualquer coisa que não LHE agrada, Ele está dando uma oportunidade que não deve ser negligenciada.
Jesus mandou tomar a cruz e segui-LO. Isto significa renunciar tudo para fazer a vontade do Mestre ; ser salvo da velha natureza, das atitudes carnais, das características e hábitos que desagradam ao Pai.

3.2 -  A CONVERSÃO É UMA ATITUDE :

Atitude é um certo modo de proceder ou agir ; é a maneira de ser diante de uma determinada situação. Ela é inspirada pela veracidade da Palavra de Deus e operada pelo Espírito com o livre-arbítrio do homem. É a preparação da alma para a união espiritual com Jesus (Rm 6:3).

CONCLUSÃO :

Para se receber a salvação, é necessário haver o arrependimento e a fé. Pelo arrepedimento, o pecador abandona o pecado e, pela fé, crê no sacrifício de Jesus para garantir a sua salvação.
A conversão, então, é a consequência disso. Converter, não é apenas levantar a mão na hora do apelo, parar de beber, fumar, ir à frente  etc. Mas é, antes de tudo, um compromisso de mudança de vida por completo. Deus quer que cada um continue se aperfeiçoando no Senhor. Procurando melhorar, a cada dia, o relacionamento com Deus. Mostrando que está comprometido com Deus e buscando as coisas que são do alto (Cl 3:1) .

ATIVIDADES :

Responda de acordo com a lição estudada.

1 -  O que é arrependimento ?
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2 -  Quais os meios que Deus usa para conduzir o pecador ao arrependimento ?
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3 -  Dê três exemplos de algo que o homem cristão recebe através da fé.
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4 - O que você entende por conversão ?
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5 -  Registre abaixo duas referências biblicas que confirmem que o homem pode ser salvo dos seus pecados.
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"Antes crescei na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo. A ele seja dada a glória, assim agora, como no dia da eternidade. Amém." (2 Pedro 3:18 )

sábado, 28 de novembro de 2015

VENCENDO O PECADO

- DISCIPULADO -
"Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus." (Mateus 22:29)
sumário :
01- VENCENDO O PECADO ;
02- O ARREPENDIMENTO ;
03- O NOVO NASCIMENTO ;
04- CONHECENDO MELHOR A JESUS ;
05- A BÍBLIA - O LIVRO DE DEUS ;
06- CONHECENDO A BÍBLIA ;
07- NOVA CRIATURA EM CRISTO ;
08- APRENDENDO A PERDOAR ;
09- MANTENDO UM BOM RELACIONAMENTO ;
10- A FÉ E AS OBRAS ;
11- O QUE FAZER DIANTE DAS TENTAÇÕES ;
12- APRENDENDO A ORAR COM JESUS ;
13- OBEDECER PARA SER FELIZ.
LIÇÃO 01 - VENCENDO O PECADO
(Romanos 5:12,19) - "Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram." ; "Porque, como pela desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores, assim pela obediência de um muitos serão feitos justos."
(I João 1:6-9) - "Se dissermos que temos comunhão com ele, e andarmos em trevas, mentimos, e não praticamos a verdade. Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado. Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça."
TEXTO ÁUREO : (Romanos 3:23) - "Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus."
OBJETIVOS : APÓS O ENSINO DA PORÇÃO BÍBLICA, O ALUNO DEVERÁ SER CAPAZ DE :
- CONHECER a origem e a natureza do pecado ;
- ENTENDER que a graça de Deus concede vitória sobre o pecado ;
- ACEITAR por fé, o sacrifício de Jesus para ser liberto do pecado.
MEDITAÇÃO DIÁRIA :
- Segunda - Gênesis 3:11-19
- Terça - Efésios 2:4-10
- Quarta - Romanos 6:15-23
- Quinta - Romanos 5:6-10
- Sexta - Efésios 2:11-16
- Sábado - Filipenses 4:4-9
PALAVRA INICIAL :
Esta primeira lição trará como assunto, o pecado : sua origem e suas consequências.
1. ENTENDENDO ALGO SOBRE O PECADO
É necessário que, primeiro, conceitue-se o que é pecado para, então, entender suas consequências.
Pecado é trangressão da lei (1 Jo 3:4). É rebelião ; é errar o alvo ; é andar em desacordo com os princípios divinos.
1.1 - ORIGEM DO PECADO
O pecado originou-se no coração de Lúcifer, quando ele intentou, orgulhosamente, ser igual a Deus (Ez 28:15).
Não estava satisfeito em ser o querubim ungido para proteger, formoso e sábio, que habitava entre pedras preciosas no Éden, Jardim de Deus (Ez 28:13-14).
Por sua rebelião e egoísmo, foi destituído e expulso dos céus, dando origem ao pecado e levando consigo um grande número de anjos (Ap 12:9).
1.2 - A QUEDA DO HOMEM
Destituído de todos os privilégios celestiais, Satanás achou no homem, a obra-prima de Deus, a maneira de "vingar-se" do Criador.
Dessa forma arquitetou um plano para levar Adão e Eva a desobedecerem à ordem divina e dar ouvidos às suas palavras enganosas (Gn 3 ; Rm 5:12,19).
Eles cederam ao engano do inimigo.
O princípio fundamental do pecado é o egoísmo e a rebelião. Na queda, o Diabo apelou para tudo que podia despertar o egoísmo e rebeldia de Adão e Eva. Eles acreditaram na mentira de que seriam iguais a Deus, possuindo todo o conhecimento. Dessa forma, entrou o pecado no mundo.
Deus dotou o homem de capacidade de escolha.
Plantando aquela árvore no Éden e proibindo o casal de saborear o seu fruto, Deus estava dando ao homem a possibilidade de servi-LO espontaneamente, escolhendo obedecer às ordens dadas por Ele.
A vontade de Deus era que Adão escolhesse o melhor. Deus sempre deixa a escolha de obedecê-LO ou não, a critério do homem (Dt 11:26-29).
Portanto, a razão da queda de Adão foi, tão-somente, em consequência da sua escolha errada, preferindo desobedecer a Deus para acreditar nas mentiras de Satanás (Gn 3:1-6).
1.3- A UNIVERSALIDADE DO PECADO
A Bíblia diz que, pelo primeiro homem, Adão, entrou o pecado no mundo (Rm 5:12). Por ser a humanidade descendente dele, todo ser humano já nasce em pecado (Sl 51:5). O homem já nasce com a "natureza pecaminosa" , e esta vai se desenvolvendo e leva o ser humano a cometer os atos pecaminosos cada vez mais claros contra Deus e o próximo.
As consequências dos atos pecaminosos de Adão e sua família até hoje nos atingem. O pecado é responsável por toda miséria e condenação humana.
A Bíblia afirma : "Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus" (Rm 3:23) ; "Porque o salário do pecado é a morte" (rM 6:23) ; "Na verdade que não há homem justo sobre a terra" (Ec 7:20a) ; "Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos" (1 Jo 1:8).
1.4 - CONSEQUÊNCIAS DO PECADO
A natureza pecaminosa traz várias consequências na vida do homem. Leva o ser humano, inclusive, a ser escravo dos vícios, ódio, mentira, orgulho, etc, além de trazer ainda :
- JULGAMENTO - O julgamento que veio sobre Adão, quando este pecou, é imputado a toda raça humana (Gn 3:16-19) ; (Rm 5:12).
(Daniel 7:9-10) "Eu continuei olhando, até que foram postos uns tronos, e um ancião de dias se assentou; a sua veste era branca como a neve, e o cabelo da sua cabeça como a pura lã; e seu trono era de chamas de fogo, e as suas rodas de fogo ardente. Um rio de fogo manava e saía de diante dele; milhares de milhares o serviam, e milhões de milhões assistiam diante dele; assentou-se o juízo, e abriram-se os livros." ; (Ap 20:12)"Vi também os mortos, grandes e pequenos, em pé diante do trono, e livros foram abertos. Outro livro foi aberto, o livro da vida. Os mortos foram julgados de acordo com o que tinham feito, segundo o que estava registrado nos livros."
- CONDENAÇÃO - O pecado traz para o homem condenação (João 12:48)"Quem me rejeitar a mim, e não receber as minhas palavras, já tem quem o julgue; a palavra que tenho pregado, essa o há de julgar no último dia". Quem desobedece a Palavra é julgado pela Palavra.
- CULPA - O pecado traz culpa. O indivíduo fica culpado diante de Deus. Daí a razão do seu julgamento e condenação (Sl 32:5) "Então reconheci diante de ti o meu pecado e não encobri as minhas culpas. Eu disse: Confessarei as minhas transgressões ao Senhor, e tu perdoaste a culpa do meu pecado."
- MORTE - O pecado traz morte física e espiritual. Morte é separação e quem vive em pecado está separado de Deus. O pecado é morte. (Rm 6:23) ; (Ap 20:14) "E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte."
1.4.1 - A NATUREZA DA PENALIDADE
A palavra que corresponde à penalidade em consequência do pecado é "morte".
Existem três tipos de morte :
- MORTE FÍSICA - O homem foi criado à imagem e semelhança de Deus como um ser imortal. Ele não morreria se não desobedecesse ao Senhor. Porém, a sentença depois da desobediência fo cumprida (Gn 2:17). Adão não morreu imediatamente ; mas, a partir daquele momento, ele ficou sujeito à morte física.
- MORTE ESPIRITUAL - Esta é entendida como a separação entre Deus e o homem. No momento em que Adão desobedeceu a Deus, ele morreu espiritualmente, pois perdeu a comunhão com o Criador (Ef 2:1).
- MORTE ETERNA - Esta é a consequência da morte espiritual, também chamada a "segunda morte " (Ap 20:6) . Para fugir desta morte é necessário que o homem reate sua comunhão com Deus através de Jesus Cristo (Jo 11:26).
2- O REMÉDIO PARA O PECADO
É possível alcançar vitória sobre o pecado?
Após ver todas as questões sobre o pecado, talvez alguém esteja pensando : "Estou perdido para sempre". Mas a Palavra de Deus afirma que : "Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo, para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda injustiça" (1 Jo 1:9). A Bíblia diz que : "O sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado" (1 Jo 1:7).
Deus já providenciou o sacrifício ; Jesus morreu em lugar do pecador para perdoar os seus pecados (Mt 1:21 ; 1 Jo 3:5).
Deus fez a Sua parte, oferecendo a salvação. Resta a cada pessoa o interesse de recebê-la, tomando as seguintes decisões :
- ARREPENDER-SE - Este é o primeiro passo para a salvação. Arrependimento é tristeza pelo pecado cometido ; é mudança de mente e coração (At 2:38).
- CONFESSAR - Além de arrepender-se, é preciso confessar os pecados. Admitir o erro e confessá-lo com a própria boca . Contar para Deus as suas falhas e pedir perdão (Rm 10:9-10) ; (1 Jo 1:9).
- DEIXAR O PECADO - É preciso abandonar o pecado. Não continuar na prática do erro.
Jesus disse à mulher adúltera : "Vai-te e não peques mais" (Jo 8:11 ; 5:14). Em Provérbios 28:13, diz "O que encobre as suas transgressões nunca prosperará, mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia".
3- VENCENDO O PECADO
Após vencer o pecado, inicia-se uma luta contra Satanás. Ele torna-se um forte inimigo que precisa ser vencido. Pois, tentará, de todas as maneiras, enfraquecer a fé do novo cristão e fazê-lo voltar ao pecado.
3.1 - OS PECADOS JÁ FORAM PERDOADOS
A primeira coisa que o novo crente precisa se lembrar é que os seus pecados já foram perdoados. "Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiele justo, para nos perdoar" (1 Jo 1:9a). Deus prometeu perdoar os pecados daquele que se arrepende e nunca mais se lembrar deles (Is 43:25).
A morte de Jesus, na cruz, é a segurança que o cristão possui para sentir-se perdoado. Jesus assumiu, no Calvário, o pecado de toda a humanidade (2 Co 5:21) e quem NEle crê torna-se liberto, por conseguinte, um vencedor.
O sacrifício de Jesus foi o suficiente para aniquilar o pecado e libertar o homem de tal escravidão (Hb 9:26). Todo o passado é esquecido por Deus quando se aceita Jesus como Senhor e Salvador. Agora é hora de olhar somente para Jesus (Hb 12:1-2) e olhar para frente, para o alvo que é o céu (Fp 3:14).
Não se deve olhar para trás, nem para aqueles que dão mal testemunho e promovem escândalos ; é preciso firmar-se na Palavra e na oração, e olhar somente para Jesus.
3.1- ACERTANDO O PASSADO
É importante, também, que se faça um exame introspectivo (1 Co 11:28a) , a fim de que se desfaça algo que porventura ainda esteja comprometendo o nosso viver. Por exemplo :
Se há alguma inimizade com alguém, ou alguma ofensa que precisa ser perdoada, ou alguma dívida que está pendente e precisa ser acertada. É bom que haja um concerto a fim de que nada atrapalhe a comunhão com Deus.
Manter a consciência limpa. Procurar ser uma pessoa honesta e sincera para com Deus, com o próximo e consigo mesmo. Não permitir que ressentimentos, desobediência, erro e conduta imoral permaneçam. Jesus advertiu ao homem que fora curado : "Não peques mais" (Jo 5:14). Isto é, não continue pecando, ou praticando as coisas do passado. O mesmo Ele recomenda hoje.
3.2 - O PECADO NO PRESENTE
Depois que se aceita Jesus não se está imune ao pecado, pois o pecado continua existindo. No entanto, o hábito de pecar já foi extinto da vida do novo cristão.
O apóstolo João aconselha : "Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis, e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o Justo" (1 Jo 2;1).
Isto quer dizer que mesmo após a conversão, é preciso continuar lutando contra o pecado ; porém, se acontecer de pecar, deve arrepender-se e confessar ao Senhor e Ele perdoará.
3.2.1 - CONFESSAR E DEIXAR O PECADO
Não basta apenas confessar. É preciso, também, deixar o pecado (2 Cr 15:2).
Deixar é abandonar e esquecer-se. Procurar ocupar a mente com as promessas da Palavra de Deus para não dar lugar a pensamentos que insinuem a vontade de praticar as más ações.
"Qualquer que é nascido de Deus não comete pecado (1 Jo 3:9a). Quando nasce uma nova criatura, Deus não vê mais essa pessoa como um pecador e sim como um de seus filhos (Jo 1:12) ; Ef 1:4-5). Porque está liberto do pecado (Rm 6:18,22).
Como disse o apóstolo Paulo : "Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é ; as coisas velhas já passaram, eis que tudo se fez novo" (2 Co 5:17).
CONCLUSÃO :
Mesmo como cristãos, continuamos sendo pecadores, porém, libertos e livres do poder do pecado. No entanto, é preciso estar sempre vigilante porque vivemos em um mundo onde o poder do mal impera, e a presença do pecado é real. A Bíblia adverte : "Aquele pois que cuida estar em pé, olhe não caia" (1 Co 10:12).
É preciso, pois, ter cuidado, evitar as más companhias e procurar sempre estar em contato com outros crentes e, principalmente, ser assíduo à igreja a fim de aprender acerca da Palavra de Deus.
Buscar a Deus em oração constantemente e testificar da transformação alcançada através da salvação em Jesus.
ATIVIDADES :
1- Responda de acordo com a lição :
a- O que é pecado ?
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b- É possível vencer o pecado ? Como ?
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c- O que significa : confessar e deixar o pecado ?
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2- Coloque (C) para certo e (E) para errado, conforme o que foi estudado.
( ) Pecado é trangressão da lei.
( ) O pecado originou-se no coração do homem.
( ) Adão e Eva usaram erradamente o livre-arbítrio.
( ) Através de Adão entrou o pecado no mundo.
( ) A Bíblia diz que "todos pecaram".
( ) Morte física é o mesmo que morte espiritual.
( ) A salvação depende tanto de Deus como do homem.
( ) Deixar o pecado significa viver separado de todas as pessoas.
( ) O sacrifício de Jesus foi o suficiente para aniquilar o pecado.
3 - Enumere a 1ª coluna de acordo com a 2ª .
( ) Pecado
( ) Julgamento
( ) Condenação
( ) Culpa
( ) Morte
1- O indivíduo fica culpado diante de Deus.
2- Todos os impíos serão julgados diante do Juízo Final, ante o Grande Trono Branco segundo (Ap 20:11-15)
3- Transgressão da lei de Deus.
4- Quem desobedecer a Palavra é julgado pela Palavra.
5- Quem vive em pecado está separado de Deus.
"Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam" (João 5:39)

domingo, 1 de novembro de 2015

ENTENDENDO A IDEOLOGIA DE GÊNERO

ENTENDENDO A IDEOLOGIA DE GÊNERO -  
    O tema ganhou um espaço enorme nas mídias sociais depois da prova do ENEM onde foi feita uma citação da feminista Simone de Beauvoir, “Ninguém nasce mulher: torna-se mulher. Nenhum destino biológico, psíquico, econômico define a forma que a fêmea humana assume no seio da sociedade; é o conjunto da civilização que elabora esse produto intermediário entre o macho e o castrado que qualificam o feminino (O segundo sexo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1980). Em outras palavras, uma mulher é definida, não pelo sexo biológico com que nasce, mas pela construção social da civilização.
    De acordo com os defensores da ideologia de gênero, existe uma diferença entre sexo e gênero. Sexo aponta para as determinações naturais e diferenças biológicas entre homem e mulher. Entende-se por gênero, o papel que ambos, homem e mulher, têm e exercem na sociedade.
    Na literatura secular acerca da sexualidade humana, gênero tem gradualmente substituído sexo. Ao invés de falar de diferenças de sexo, as pessoas agora falam em diferenças de gênero. Mas, então, qual seria a origem do termo gênero e como chegou a ser utilizado como substituto para sexo? Aparentemente, foi o psicólogo e sexista John Money o pioneiro no uso de gênero com sentido de sexo. Em suas obras ele postula que “o gênero é certo tipo particular de conduta do homem e mulher”. Depois dele, o psicanalista Robert Stoler escreveu em “Sexo e Gênero”(1968) que sexo é biológico, gênero é o que cada sociedade a ele atribui.
    Decorre a seguinte questão: se o gênero de uma pessoa não é determinado biologicamente, como o é o sexo, quem, então, o determina? A resposta é: gênero é algo atribuído, não natural: é socialmente determinado. Masculino e feminino são papéis definidos por cada sociedade. Em outras palavras, uma pessoa pode nascer homem – isto é sexo – mas em termos de gênero, ele pode ser feminino, tanto por escolha como por determinação social.
    Pode-se também dizer que a ideologia de gênero tem seu ponto de partida na ideologia marxista, na qual é impossível haver qualquer conciliação entre classes. Como o marxismo, a ideologia de gênero reivindica a abolição de todas as diferenças de sexo e gênero, tanto na sociedade como na igreja. Para fazê-lo, é preciso desconstruir a influência da cosmovisão patriarcal perpetuada na cultura ocidental pela igreja cristã e sua Bíblia, subverter a dominação masculina presente e real na sociedade e igreja por meio da imposição de uma cosmovisão feminina, ou, no mínimo, a abolição de todas as distinções claras entre sexos e gêneros.
    Os apologistas da ideologia do gênero desenvolveram sistemas e métodos próprios para alcançar sua meta. Eles tem se mantido bastante ativos, influenciando e mudando as políticas governamentais, a educação pública (vide prova do ENEM), a mídia e a opinião pública, a fim de abolir tudo o que eles entendem que perpetua a dominação masculina e as distinções sexuais, e lhes impor a agenda homoafetiva.
    As questões de gênero têm causado um impacto global. Elas alcançaram as igrejas ao redor do mundo, não somente no contexto ocidental. Como cristãos, podemos perceber os diversos perigos sociais e consequências do crescimento contínuo da ideologia de gênero e sua influência social e cultural em todos os continentes. Primeiro: todas as diferenças sexuais naturais, criadas por Deus de acordo com a Bíblia, são abolidas. Você pode se reinventar. Segundo, não é difícil de perceber que a instituição familiar e valores são desafiados. Da mesma forma, não existe mais certo e errado nestes assuntos. A ideologia do gênero representa, no fim das contas, um ataque severo à cosmovisão bíblica pela cosmovisão pagã.
    Não há dúvida sobre o fato de que, em muitos países, as mulheres têm sido abusadas, oprimidas, humilhadas e escravizadas. Mesmo nas culturas mais civilizadas, as mulheres continuam a ser abusadas e espancadas por seus maridos. A ideologia de gênero, contudo, não se contenta apenas em fazer justiça aos direitos das mulheres; ela deseja a subversão e reversão dos papéis tradicionais e a abolição de todas as distinções entre homem e mulher, até mesmo a sua identidade biológica.
    Qual deve ser a resposta bíblica a ser oferecida aos desafios da ideologia do gênero? Para responder, nós deveríamos compreender, antes de qualquer coisa, o que realmente está em jogo aqui. Eu creio que as questões do gênero não são de natureza secundária; elas são temas que lidam com pontos fundamentais da fé cristã, tais como a criação, família e igreja.
    Também precisamos compreender a relação entre a cultura e as Escrituras. As Escrituras, e não a cultura, devem ser o referencial nas igrejas evangélicas no tratamento das questões de gênero. Embora existam elementos culturais no texto bíblico, a compreensão cristã histórica é que a Escritura se encontra sempre acima da cultura e representa a verdade universal. Isto se também se aplica aos contextos do sexo e gênero.
    Assim sendo, uma resposta bíblica às questões de gênero começa com o fato de que Deus criou apenas dois sexos e gêneros. Nós podemos falar de sexo como algo determinado biologicamente da mesma forma que também dizemos que o gênero é a decorrência natural desta determinação. Aqueles que, por natureza, são homens, são machos (masculinos) conforme contempla o seu gênero. O mesmo se aplica às mulheres. Também podemos afirmar que o gênero, compreendido como a autoconsciência sexual de uma pessoa e o comportamento social dele ou dela, é bíblica, e não socialmente determinado, embora as culturas possam diferir acerca dos papeis tradicionais do homem e da mulher.
Como forma estratégica de tratar com essas questões, as igrejas deveriam procurar e preparar liderança masculina sólida e bíblica, fortalecer o ministério feminino, apoiar grupos para que homens e mulheres cristãos aprendam sobre a masculinidade e a feminilidade bíblicas, e criar e sustentar grupos para aqueles que são tentados ou têm caído na homossexualidade. Além disso, os púlpitos das igrejas cristãs eventualmente deveriam ministrar ensino bíblico sólido e compassivo abordando o tema. Também deveriam promover eventos regulares, com palestrantes convidados para falar sobre família e questões de gênero.
    Tenho consciência de que é normal e compreensível haver certa resistência por parte da liderança da igreja em tocar no assunto. O resultado da omissão, contudo, é o crescimento do engano e do erro. Ensinos equivocados tendem a ocupar cada pequena brecha que possa existir na vida da igreja local. Se os membros da igreja não aprendem de seus pastores e líderes, eles aprenderão dos defensores da ideologia do gênero e ativistas. Um plano claro e definido para preparar os membros da igreja nestas áreas é uma necessidade. Eles precisam ser ensinados como enfrentar estas questões, tanto os jovens como os adultos. E o único modo de isso ocorrer é pelo ensino bíblico consistente.

terça-feira, 20 de outubro de 2015

O Avivamento Que Precisamos

O Avivamento Que Precisamos

O avivamento que necessitamos precisa ser genuinamente bíblico Pode-se dizer que Deus tem os seus meios apropriados para renovar o seu povo no decorrer dos séculos. Quando o povo de Deus se arrepende, ora fervorosamente, busca intensamente por sua presença e abandona práticas, atitudes e comportamentos pecaminosos, então, Deus por sua graça e misericórdia ateia fogo no coração do seu povo, manifesta a sua doce presença, opera sinais e extraordinários prodígios a ponto de convencer dezenas, centenas e milhares de corações endurecidos quebrantando-os de forma a desejarem a santificação como a primeira e a última virtude de suas vidas. Avivamentos possuem características distintas em diferentes locais, contextos, ambientes e culturas. Assim deve-se afirmar que já existe uma marca consagrada pela história. Nos tempos hodiernos, observa-se, que um endurecimento de coração caracteriza muitos dos que servem a causa do evangelho. E, neste aspecto, é convém um grande cuidado, pois não é preciso que alguém seja, necessariamente conhecido como herético ou teologicamente liberal para tornar-se nominal e indiferente. Muitas vezes a indiferença está presente em nossos cultos, em nossos púlpitos, em nossas reuniões e também em nossas convenções. O apego ao tradicionalismo, incontáveis vezes, nos induz a deixar de lado algumas operações do Espírito Santo só porque o instrumento naquele momento não está sendo “eu” ou “algum de nós”, os ministros que estão “autorizados”. Em muitos casos e lugares diversos, a falta de fervor ou a ausência de avivamento espiritual não está nos membros e congregados da igreja, mas nos líderes que se acomodam com a rotina do trabalho eclesiástico a tal ponto que, não sentem mais a necessidade do constante mover do Espírito Santo na congregação. Para alguns, se a igreja já possui um número razoável de membros, então não é necessário mais “tanta preocupação em ganhar almas”, porque “já temos garantida a manutenção da obra e dos obreiros”, diriam alguns. Como é lamentável tal pensamento, pois o mesmo expressa a total ausência de avivamento espiritual naquela igreja e, também na vida daqueles obreiros. O evangelista John R. Rice, citado pelo pastor Russel Shedd em seu livro avivamento e renovação, coloca a maior culpa pela falta de avivamento e a falta de empenho para ganhar almas nos líderes da igreja. “Não é o pecador que é duro. O problema é o pastor ou professor da Escola Dominical. Eu acho mais fácil levar o bêbado ou prostituta para Deus do que atear fogo num pregador para ganhar almas”! (SHEDD, 2004, p. 11). A declaração desse evangelista é um sinal de que há entre nós, povo de Deus a necessidade de um poderoso avivamento espiritual como Deus enviou muitas vezes durante a história de peregrinação do seu povo na terra. O avivamento que precisamos hoje envolve desde o preenchimento das necessidades básicas da vida cristã como dedicação a oração e ao estudo da palavra de Deus até uma profunda experiência com as manifestações sobrenaturais do poder de Deus na igreja. Todo cristão comprometido, engajado e interessado no crescimento da igreja deseja e busca o avivamento bíblico. Somente os acomodados e conformados com o “status quo”, é que não se interessam por avivamento. A história da igreja mostra que homens ilustres como Lutero, John Knox, Nicolau Zinzendorf, Wesley, Finney, David Brainard, Daniel Berg e Gunnar Vingrenn, dentre tantos outros, foram homens que não somente se interessaram mas também buscaram incessantemente em seus dias, um poderoso avivamento do Espírito Santo. Somente para dar um exemplo, lembremo-nos do avivamento entre os irmãos Morávios que começou em 13 de dezembro de 1727 entre um grupo de refugiados da Saxônia, debaixo da tutela do Conde Von Zinzendorf, em Hernhut (Casa do Senhor). Foi aquele pequeno grupo de crentes avivados que mostrou um interesse incomum pela oração a ponto de iniciarem uma reunião de oração que durou cem anos. E, neste período, daquele grupo de crentes que permaneceu avivado, foram enviados centenas de missionários para o mundo inteiro, inclusive para o Brasil. O avivamento que necessitamos precisa ser genuinamente bíblico centrado nos princípios do Antigo e do Novo testamento; Um avivamento cristocêntrico e não antropocêntrico e nem eclesiocêntrico. O papel principal do Espírito Santo na atual dispensação, além de convencer o homem do pecado da justiça e do juízo é glorificar a Jesus Cristo. Vivemos dias em que se glorifica homens, ministérios, líderes eclesiásticos, e até a própria Igreja; Um avivamento que mova a Igreja no cumprimento dos propósitos para os quais ela existe e está na terra; Um avivamento cuja ênfase maior seja no cumprimento cabal da grande comissão de Jesus à Igreja. Que mobilize toda a igreja à conquista das almas para o reino de Deus e não apenas para acrescentar o número no rol de membros. Precisamos de um avivamento voltado para o despertamento de uma espiritualidade equilibrada na teologia e na vida prática da Igreja; Um avivamento que “corra”, que “ande” ou siga pelos trilhos da doutrina bíblica e não expresse nenhuma necessidade de esconder ou omitir qualquer doutrina das sagradas escrituras. Um avivamento que desperte a liderança cristã para pensar e viver segundo os princípios ensinados por Jesus Cristo.

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

O HOMOSSEXUALISMO SEGUNDO A BÍBLIA

"PEGUE QUALQUER COISA QUE TENHA SIDO CRIADA, OU PROJETADA PARA FUNCIONAR DE DETERMINADA MANEIRA, REVERTA A SEQUÊNCIA DA OPERAÇÃO E O RESULTADO INEVITÁVEL SERÁ A DESTRUIÇÃO."

   VEJAMOS ALGUNS PONTOS :



1-
    
O homossexualismo, não é tratado na Bíblia como um fator “genético”, e sim, como pecado !

“Com varão te não deitarás, como se fosse mulher; abominação é”. (Lv 18.22).

“Quando também um homem se deitar com outro homem, como com mulher, ambos fizeram abominação; certamente morrerão; o seu sangue é sobre eles”. (Lv 20.13).

“E chamaram a Ló, e disseram-lhe: Onde estão os varões que a ti vieram nesta noite? Traze-os fora a nós, para que os conheçamos”. (Gn 19.5).

Noutra tradução, diz claramente: para que tenhamos relações com eles”.

Leia todo o texto de (Gn 19.1-11), e entenda porque o termo “sodomia” é sinônimo de “homossexualismo”.

A Bíblia diz: Ora eram maus os varões de Sodoma, e grandes pecadores contra o Senhor”. (Gn 13.13).


2-      O pecado do homossexualismo, de acordo com a Bíblia, é o estágio final da queda moral e espiritual de uma sociedade que rejeita a revelação de Deus.

“Porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu. Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos. E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem do homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis”. (Rm 1.21-25).

Analisando o texto :

PrimeiroConheceram a Deus” – não são ignorantes, nem, inocentes, vers. 19,20.

Segundo: “não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças”. São culpados dos pecados de “ingratidão” e “falta de louvor”.

Terceiro... e o seu coração insensato se obscureceu”. Desceram para o estágio da “cegueira espiritual”.

QuartoDizendo-se sábios, tornaram-se loucos”. São acusados de “demência espiritual”.

Quinto“”. Afundaram no pecado da idolatria, vers.25. E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem do homem corruptível

Voltando ao texto da Bíblia:

“Pelo que também Deus os entregou às concupiscências de seus corações, à imundícia, para desonrarem seus corpos entre si... Pelo que Deus os abandonou às paixões infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário à natureza. E, semelhantemente, também os varões, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, varão com varão, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu erro”. (Rm 1.24-27).

Sexto: A expressão Deus os entregou... Deus os abandonou às paixões infames”, significam que Deus tirou a “cerca” natural que existia nas suas consciências, que os impedia de praticar aberrações, liberando-os completamente para a prática do pecado. Essa é a razão porque a maioria dos homossexuais não se contentam com a prática normal do sexo, são exibicionistas, gostam de provocar a família, a sociedade e a igreja, aparecendo nus em público, com gestos obscenos e trajes sensualmente provocativos. Eles têm prazer de profanar símbolos religiosos. Enfim, não há limites para suas ações.

Um ativista do Movimento Gay declarou:

“Todas as leis que proíbem a atividade homossexual serão revogadas. A unidade da família – o terreno de criação de mentiras, traições, mediocridade, hipocrisia e violência serão abolidas. Todas as igrejas que nos condenam serão fechadas” (Declaração feita por Michael Swift, um revolucionário gay, Boletim Gay Community News).

Outro declarou:

“Vamos forçar vocês (cristãos) a se retratarem de tudo o que vocês têm crido e dito acerca da sexualidade”. “Finalmente queremos apagar muitas passagens de suas Escrituras e reescrever outras eliminando o tratamento preferencial dado ao casamento e usando palavras que permitirão que as passagens sejam interpretadas de acordo com os interesses homossexuais”.
“Já capturamos as instituições liberais e a imprensa. Já derrotamos vocês em muitos campos de batalhas. E temos o espírito da era do nosso lado. Vocês não têm nem fé nem força para lutar contra nós. Portanto, bem que vocês poderiam se render agora mesmo”. (Steve Warren, porta-voz do polêmico grupo homossexual ACT UP, em seu artigo, intitulado: “Aviso aos Homófobos”, na The Advocate (uma revista para o público gay).

Sétimo... E recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu erro” (v.27).  O homossexualismo além de ser um pecado, é também uma punição divina à incredulidade, à ingratidão e a prática da idolatria. Pesquisas científicas comprovam que a Aids teve a sua origem entre os homossexuais.

Voltando ao texto da Bíblia:

“E, como eles se não importaram de ter conhecimento de Deus, assim Deus os entregou a um sentimento perverso para fazerem coisas que não convêm... Os quais conhecendo a justiça de Deus (que são dignos de morte os que tais coisas praticam), não somente as fazem, mas também consentem aos que as fazem”. (Rm 1.28,32).

Oitavo: Dentro de Romanos 1.24-32, a prática do homossexualismo é chamada de:

a.       Concupiscência do coração;
b.       Imundícia (v.24);
c.       Paixões infames (v.26);
d.      Torpeza (v.27);
e.      Sentimento perverso, e,
f.        Coisas que não convêm, (v.28).


3-       Deus odeia o pecado do homossexualismo, assim como odeia igualmente os outros tipos de pecado.

“Disse mais o Senhor: Porquanto o clamor de Sodoma e Gomorra se tem multiplicado, e porquanto o seu pecado se tem agravado muito”. (Gn 18.20).

“Porque nós vamos destruir este lugar, porque o seu clamor tem engrossado diante da face do Senhor, e o Senhor nos enviou a destruí-lo”. (Gn 19.13).

“Levanta-te, toma tua mulher, e tuas duas filhas que aqui estão, para que não pereças na injustiça dessa cidade”, (Gn 19.15).

“Então o Senhor fez chover enxofre e fogo do Senhor desde os céus, sobre Sodoma e Gomorra. E derribou aquelas cidades, e toda aquela campina, e todos os moradores daquelas cidades, e o que nascia da terra”. (Gn 19.24,25).

“E toda a sua terra abrasada com enxofre e sal, de sorte que não será semeada, e nada produzirá, nem nela crescerá erva alguma, assim foi a destruição de Sodoma e de Gomorra, de Admá e de Zeboim, que o Senhor destruiu na sua ira e no seu furor”. (Dt 29.23).

“Quando também um homem se deitar com outro homem, como com mulher, ambos fizeram abominação; certamente morrerão; o seu sangue é sobre eles”. (Lv 20.13).

Leia: Lc 17.29; II Pe 2.6-8; Jd 7


4-      O homossexualismo é contrário a natureza e a criação original de Deus

  -  Ninguém nasce homossexual !
  -  Não existe ordem cromossômica homossexual !
  - O macho heterossexual e o macho homossexual têm a mesma ordem cromossômica!
  -  A fêmea heterossexual e a fêmea homossexual têm a mesma ordem cromossômica!

Nenhum médico entrega o bebê recém-nascido para a mãe, e diz-lhe: Seu bebê é homossexual! Não! Cientificamente só existem “machos e fêmeas”!

 "Homossexualismo é uma questão comportamental."

Todos nós somos homem ou mulher por determinação genética !

Homossexual é um homem ou uma mulher que por escolha voluntária ou influência externa, escolhe ser homossexual ! É uma opção aprendida ou imposta !

Muitas pessoas que antes eram heterossexuais deixaram de ser, e se tornaram homossexuais por preferência e escolha pessoal. Outras que já foram homossexuais deixaram de ser por convicções religiosas e escolha pessoal, e se tornaram heterossexuais!

Deus não cria a pessoa com desejos homossexuais. A Bíblia nos diz que a pessoa se torna homossexual por causa do pecado (Rm 1.24-27), e definitivamente por sua própria escolha. A pessoa pode nascer com grande tendência ao homossexualismo, da mesma forma como algumas pessoas nascem com tendências à violência e outros pecados. Mas isto não é desculpa para escolher o pecado, cedendo aos próprios desejos pecaminosos. Se uma pessoa nasce com grande tendência à ira, isto faz com que seja certo que, então, ceda a esses desejos? Claro que não! O mesmo é verdade com relação ao homossexualismo.

Em síntese, homossexualismo, não é a regra da vida e nem dos relacionamentos humanos. Não é o modelo divino para a sociedade.

A união homossexual é estéril – é incapaz de cumprir o desígnio de Deus para sociedade humana.

Deus não criou Eva e Eva, nem Adão e Adão, mas Adão e Eva: “Macho e fêmea os criou, e os abençoou”, (Gn 1.27; 5.2) e ordenou-lhes, dizendo:

“Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra...”, (Gn 1.28).

O cumprimento desta ordem só é possível por meio do relacionamento heterossexual!

Escolha 50 casais homossexuais masculinos ou femininos, com a idade média de 40 anos, e coloquem-nos numa ilha. Cerquem-nos de todos os cuidados: alimentação, saúde, instrução, diversão, tecnologia, conforto, etc. Mas, mantenha-os isolados do restante da sociedade. Quarenta anos depois, veja o que restou desta civilização! Não haverá qualquer vestígio de seres humanos na ilha. A homossexualidade é estéril!

Se o homossexualismo fosse adotado como modelo, a humanidade estaria cometendo um verdadeiro “suicídio social”. Bastaria apenas o tempo de uma geração, para ser totalmente extinta!

Do encontro do “esperma” com o “óvulo” que, Deus estabeleceu o lindo princípio da vida! Essa virtude e privilégio são exclusivos dos casais heterossexuais.

A união homossexual é contrária à natureza!

Quando querem “adotar” as crianças que os heterossexuais geram, não sabem eles, quais implicações morais e psicológicas poderão ser geradas na criança. Afinal, a imagem feminina, jamais será substituída no subconsciente de uma criança, por nenhum macho, mesmo que efeminado. E da mesma forma, a figura masculina, jamais será substituída na formação psicológica da criança, por nenhuma fêmea, mesmo que masculinizada.


5-      O homossexualismo é o pecado do vício do sexo

A obsessão pelo sexo se torna num vício tão grave quanto os outros tipos de vícios.

O que é uma pessoa viciada? – É uma pessoa que não se contenta com aquilo que é normal e necessário! Por exemplo: O corpo humano necessita de “álcool”. Para suprir esta necessidade, Deus colocou nos alimentos que ingerimos (batata, beterraba, uva, etc.) a quantidade necessária de álcool que precisamos. O “alcoólatra” é aquela pessoa que não se contenta com o que é necessário e normal, por isso, ingere quantidades excessivas de álcool. O sexo é necessário à vida. Para suprir esta necessidade, Deus estabeleceu o casamento com as seguintes bases:

a.       O casamento heterossexual – Ou seja, a união entre o “macho” e a “fêmea”. Deus não criou Adão e Adão, nem Eva e Eva, mas Adão e Eva (Gn 1.27).

b.      O casamento monogâmico – Deus criou apenas “um” homem para “uma” mulher! Ele não fez “um” Adão e “duas” Evas, nem “dois Adões” e “uma” Eva.

c.       O casamento indissolúvel – “Até que a morte os separe”, (Mt 19.6).

O homossexualismo é a prática excessiva e anormal do sexo. É o desequilíbrio da manifestação dos desejos e do prazer sexual, projetado por Deus para ser desfrutado dentro do casamento.

Quando o desejo passa ter tal domínio sobre a mente e o corpo do homem, este se torna “escravo” de suas paixões. O que era bom se torna mal!

Na passagem de Gênesis 19.8,9, os homens de Sodoma estavam tão obcecados pelo vício do homossexualismo que, rejeitaram as filhas de Ló, preferindo antes o relacionamento com os seus hóspedes (anjos). Do desejo desenfreado, partiram para a prática da violência. Se não fora a intervenção divina, cegando-os, teriam assassinado a Ló.

O desejo desenfreado leva a muitos outros tipos de anomalias. O homem não pode ser “sexocêntrico”. Isto também é idolatria! Somente Cristo deve ocupar o centro da vida, nada mais!


 Veja o interessante artigo do Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz, como segue:

O que é o homossexualismo?

Hoje dificilmente alguém fala de maneira precisa sobre o homossexualismo. Seus defensores qualificam-no como uma “opção” sexual. Seus opositores referem-se a ele como um transtorno, uma anomalia ou disfunção sexual.
Nenhum desses conceitos abrange o cerne da questão. O homossexualismo é, antes e acima de tudo, um vício, ou seja, algo que se opõe diretamente a uma virtude. O homossexualismo opõe-se à virtude da castidade, que regula o instinto sexual segundo a reta razão.
Mas entre os vícios opostos à castidade – genericamente chamados pelo nome de luxúria – o homossexualismo tem uma gravidade especial. Ele contraria não apenas à razão, mas à própria natureza.

O vício contra a natureza

Ensina-nos S. Tomás de Aquino (1225-1274) que se pode pecar pela luxúria de dois modos:

primeiro, de um modo que contrarie a reta razão (é o caso da fornicação e do adultério, por exemplo);
segundo, de um modo que, além disso, contrarie a própria ordem natural do ato sexual que convém à espécie humana. É o que constitui o vício contra a natureza..
Tal vício inclui a masturbação, a bestialidade (conjunção carnal com animais), o homossexualismo (conjunção carnal entre duas pessoas do mesmo sexo) e a prática antinatural do coito, embora realizada entre pessoas de sexo oposto e até mesmo casadas (a cópula “oral” ou “anal”, por exemplo).
O vício contra a natureza, explica o teólogo adiante, tem uma gravidade especial em relação às outras espécies de luxúria. Estas só contrariam o que é determinado pela reta razão, pressupondo, porém, os princípios naturais. Sim, pois o adultério e a fornicação, por abomináveis que sejam, são praticados entre um homem e uma mulher, e de um modo conforme a natureza. O que faz o adultério ser pecado não é o ato sexual em si (que é natural), mas a circunstância “com quem” ele é praticado (com alguém que não seja o próprio cônjuge). Da mesma forma, se dois namorados praticam o ato sexual, esse pecado (fornicação) não está no ato em si (que é natural), mas na circunstância “quando” ele é praticado (antes do matrimônio).
O homossexualismo, porém, corrompe a própria natureza do ato. E como os princípios da razão fundam-se sobre os princípios da natureza, a corrupção da natureza é a pior de todas as corrupções. Donde conclui S. Tomás que o vício contra a natureza (que inclui o homossexualismo) é o mais grave entre todas as espécies de luxúria.

Os homossexuais têm direitos?

Como o homossexualismo é um vício, a Sagrada Escritura não hesita em incluir os homossexuais entre os que não herdarão o Reino de Deus:
“Não vos iludais! Nem os impudicos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os depravados, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os injuriosos herdarão o Reino de Deus” (1Cor 6,9-10).
Nessa passagem o Apóstolo usa duas palavras para designar os homossexuais: malakói (efeminados) e arsenokóitai (sodomitas).
Será que nenhum dos que foram enumerados acima têm direitos? Certamente têm. O empregado que trabalhou para mim durante um mês tem direito a receber seu salário, mesmo que lamentavelmente se tenha embriagado. O ladrão que furtou meu dinheiro conserva seu direito à vida (e por isso eu não posso matá-lo).
Mas o ladrão não tem direito à vida como ladrão, e sim como pessoa. Da mesma forma, o bêbado não tem direito ao salário como bêbado, e sim como trabalhador.
Assim, se o homossexual tem algum direito, não o tem como homossexual, mas como pessoa. E assim como não faz sentido elaborar uma Carta dos Direitos dos Ladrões ou uma Declaração dos Direitos dos Bêbados, é absurdo uma lei que defenda os “Direitos dos Homossexuais”. Sendo um vício (e um vício contra a natureza!), o homossexualismo não acrescenta direitos à pessoa. Ao contrário, priva-a de direitos, a começar pelo direito ao Reino de Deus.

Existe o “bom” homossexual?

A tradição popular costuma referir-se a um dos companheiros de suplício de Jesus como o “bom ladrão”[4]. Na verdade, ele não pode ser “bom” na qualidade de ladrão. Tornou-se bom por ter-se arrependido dos roubos cometidos, por ter censurado o outro ladrão que insultava Jesus, e por ter suplicado misericórdia.
Analogamente, um homossexual, como tal, não pode ser “bom”. Por definição, ele é alguém que – como praticante de atos antinaturais – carece de idoneidade moral. Por essa razão, está impedido de adotar crianças, uma vez que o Código Civil, em seu artigo 1638, inciso III, cassa o pátrio poder (hoje chamado “poder familiar”) ao pai ou à mãe que “praticar atos contrários à moral e aos bons costumes”. Além disso, por seu vício, o homossexual, longe de oferecer “reais vantagens para o adotando” (art. 43, Estatuto da Criança e do Adolescente), submete-o a permanente risco de corrupção moral.
A Lei de Introdução ao Código Civil declara, em seu artigo 17, que “as leis, atos e sentenças de outro país, bem como quaisquer declarações de vontade, não terão eficácia no Brasil, quando ofenderem a soberania nacional, a ordem pública e os bons costumes”. Por esse motivo, os civilistas Pablo Stolze Gagliano e Rodolfo Pamplona Filho entendem não ser possível o reconhecimento do “matrimônio” entre homossexuais fora do Brasil.
Com razão, portanto, o Código Penal Militar considera crime a pederastia ou qualquer outro ato de libidinagem:
Art. 235. Praticar, ou permitir o militar que com ele se pratique ato libidinoso, homossexual ou não, em lugar sujeito a administração militar:
Pena - detenção, de seis meses a um ano.
Assim, é contraditória a sentença judicial que reconhece ao homossexual o direito de adotar uma criança sob o seguinte argumento: “O que interessa é que a pessoa seja idônea e que a criança esteja bem em sua companhia. O resto é preconceito”. Ora, o homossexual é, por definição, uma pessoa não idônea. Por conseguinte, a criança não estará bem em sua companhia.
À semelhança do “bom” ladrão, o único “bom” homossexual é aquele que se arrependeu do vício e está disposto a abandoná-lo. A este a Igreja acolhe de braços abertos e lhe oferece, em nome de Deus, o perdão.
Os homossexuais que, reconhecendo a gravidade de seus atos, procuram a Igreja para se reconciliar com Deus, “devem ser acolhidos com respeito, compaixão e delicadeza”.

Existe o “preconceito” contra o homossexual?

Preconceito é um conceito antecipado, um juízo emitido antes de um real conhecimento dos fatos. Comete preconceito quem afirma que os negros são ladrões, que as crianças anencéfalas não são pessoas, que as mulheres são assassinas. Pois não há razão alguma para afirmar que os que têm pele escura não respeitam a propriedade alheia, que os bebês gravemente deficientes não têm direitos, que as mulheres se comprazem em matar seus filhos.
Dizer, porém, os assassinos são maus não é preconceito, mas um conceito verdadeiro. Isso porque a malícia está na essência do assassinato.
Da mesma forma, dizer que o homossexual é alguém que pratica um vício não é preconceito, mas um conceito verdadeiro. Isso porque o vício está na essência do homossexualismo.
E quanto à discriminação para como os homossexuais?
Diz o Catecismo: “evitar-se-á para com eles todo sinal de discriminação injusta”. O texto supõe, portanto, que há discriminações justas para com os homossexuais. E de fato há. Uma delas é a proibição de receberem a Sagrada Comunhão, enquanto não abandonarem seu pecado. Outra é a impossibilidade de serem admitidos em seminários e casas religiosas.
Lamentavelmente, o Projeto de Lei 5003-B, de 2001, aprovado pela Câmara em 23/11/2006, e agora encaminhado ao Senado (PLC 122/2006), pretende punir até mesmo as discriminações justas, chamadas com o nome pejorativo de “homofobia”. A proposta pretende punir com 2 a 5 anos de reclusão aquele que ousar proibir ou impedir a prática pública de um ato obsceno (“manifestação de afetividade”) por homossexuais (art. 7°). Na mesma pena incorrerá a dona-de-casa que dispensar a babá que cuida de suas crianças após descobrir que ela é lésbica (art. 4°). A conduta de um sacerdote que, em uma homilia, condenar o homossexualismo poderá ser enquadrada no artigo 8°, (“ação [...] constrangedora [...] de ordem moral, ética, filosófica ou psicológica”).
Como se não bastasse, em 13/12/2006, uma Comissão Especial aprovou o Substitutivo da Deputada Teté Bezerra (PMDB/MT) ao Projeto de Lei 6.222, de 2005, do Senado Federal. O texto aprovado pretende incluir no Estatuto da Criança e do Adolescente, entre outros, o artigo 38-I, cujo parágrafo único (inciso II) permite a adoção por “casal homoafetivo” desde que haja “comprovação da estabilidade da convivência”.
  Conclusão :
O impulso ou tendência homossexual é uma disfunção, que pode ter várias causas. Segundo o psicólogo holandês Gerard J. M. Van Den Aardweg, “as evidências todas no campo biológico mostram uma causalidade não fisiológica, não biológica”. Para ele, os sentimentos de auto-compaixão e inferioridade que caracterizam o homossexual têm origem na relação com os pais e com os companheiros na infância e na adolescência.
No entanto, a causa direta dos atos de homossexualismo é a livre vontade humana. Nesse sentido, é correto dizer que o homossexualismo é uma “opção”. Uma opção má, mas uma opção. O homossexual é alguém que, como todas as pessoas humanas, foi chamado a fazer a opção pela castidade. Lamentavelmente, optou pelo vício oposto, a luxúria. E entre as espécies de luxúria, escolheu uma que contraria não apenas a reta razão, mas a própria natureza.

Bons psicólogos podem ajudar na terapia da tendência homossexual. Mas a “cura” dos atos de homossexualismo, como a de qualquer pecado, está no arrependimento sincero e no pedido de perdão a Deus. 


 6- O homossexual deve arrepender-se do seu pecado, como também devem arrepender-se dos seus pecados, todos os demais homens.


Mas Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, e em todo o lugar, que se arrependam; porquanto tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do varão que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dos mortos”, (At 17.30,31).

A Bíblia não descreve a homossexualismo como um pecado “maior” do que qualquer outro pecado. Todos os pecados são ofensivos a Deus. O homossexualismo é somente uma das muitas coisas enumeradas em (I Co 6.9-10), coisas que vão manter a pessoa afastada do reino de Deus.
De acordo com a Bíblia, o perdão de Deus está disponível ao homossexual da mesma forma como está disponível ao adúltero, adorador de ídolos, assassino ou ladrão. Deus também promete força para conquistar a vitória sobre o pecado.
“Mas onde o pecado abundou, superabundou a graça”, (Rm 5.20).