segunda-feira, 15 de outubro de 2012

A Pregação Cristocêntrica

A Pregação Cristocêntrica - Lidar com alguns desafios que estão estreitamente associados com a pregação. A que tipo de desafio seu me refiro? Definindo um sermão O que é um sermão? O que diferencia um sermão de uma série de afirmações? Para que um sermão seja um sermão, ele precisa ter unidade, propósito e aplicação. Com unidade querO dizer que um sermão deve ser apenas sobre uma coisa, ter um tema, possuir um conceito unificador. O pregador deve ser capaz de expressar este tema numa única sentença. Com propósito nos apresenta o que chamamos de Foco da Condição Caída ou FCC. Define FCC como a condição humana mútua que os crentes contemporâneos compartilham com aqueles para quem o texto foi escrito, que requer a graça da passagem. Portanto, os pregadores não devem perguntar apenas o que o texto diz? e que problemas o texto aborda?´, mas também o que meus ouvintes têm em comum com aqueles para quem a mensagem foi originalmente escrita?´ Com aplicação, o autor diz que todo pregador tem que ter uma pergunta no topo da lista. E que pergunta é essa?A pergunta é: E daí? a mensagem permanece crua se não tiver uma aplicação ponderada e fiel ao texto. Uma lição de gramática não é um sermão. Um sermão não é um sumário textual, um discurso sistemático ou uma lição de História. Os pregadores que não podem responder a um E daí?´ pregarão para um Quem se importa? Nós não somos ministros de informação, nós somos ministros da transformação de Cristo. Examinando o texto corretamente, damos referencia ao título de ³Aprioridade do texto´ e que este é o ponto a partir do qual todo pregador deve começar. O texto em si é a fonte das verdades que nós finalmente apresentamos. Mas o que constitui um texto? Ele precisa ser ³uma unidade expositiva´ que defino como ³um trecho grande ou pequeno das Escrituras a partir do qual o pregador demonstra uma única verdade espiritual, com fatos ou conceitos confirmatórios adequados que emanam do escopo do texto. Ao elaborar sobre uma visão adequada do texto, discorremos sobre a extensão do sermão (não se pode definir regras rígidas), sermões em série (recomendados, mas têm contraindicações), contextos(o que pregar é influenciado pelo calendário, pela situação, pelos acontecimentos, por catecismos e, acima de tudo, pelo Espírito Santo), precauções (não evite os textos muito conhecidos, e nem busque especialmente aqueles obscuros, ou duvidosos), recursos do ofício (Bíblias de estudo, léxicos, concordâncias, dicionários, comentários), princípios de interpretação(considerar o contexto, usar o método gramatical-histórico, levar em conta o contexto histórico, cultural e literário, determinar o contexto redentor). prosseguimos explicando como o pregador deve considerar a Palavra. faço aqui um forte apelo para a pregação expositiva como sendo a única abordagem que honra as Escrituras. Como diz, a pregação expositiva não obriga meramente os pregadores a explicarem o que a Bíblia diz, ela os obriga a explicar o que a Bíblia significa na vida das pessoas no momento presente. A aplicação do sermão não é meramente um adendo à discussão ou uma parte subordinada dele, mas é a coisa principal a ser feita´. Em apoio ao meu ponto de vista, cito passagens bíblicas tais como Lucas 24.27-32; Neemias 6.5-8; 1 Timóteo4.13; 2 Timóteo 4.2 para explicar que verdadeira exposição envolve três elementos: apresentação da Palavra, explicação da Palavra e exortação baseada na Palavra. Ou, para usar uma terminologia mais tradicional, a pregação expositiva consiste de três componentes: a explicação, a ilustração e a aplicação. Quanto ao volume de atenção que deve ser dada a cada um dos componentes, variará dependendo de diversos fatores que vão desde o texto até o pregador e a audiência. Além disso, pregação verdadeira não é apenas questão de método e abordagem, ela envolve também atitude. Quanto a isso, tem algumas palavras sábias para dizer sobre as necessidades do pregador de se enxergar como alguém sujeito à autoridade divina, como alguém que deve pregar de uma maneira bíblica, como alguém que reflete ousadia humilde e como alguém que luta para ser semelhante a Cristo .Dominando o texto Depois de tratar dos princípios subjacentes da pregação expositiva, prosseguimos para falar sobre a preparação. Aqui fornecemos algo da tão necessária direção do que eu chamo de os mecanismos da pregação´. Enquanto o pregador trabalha o texto ele precisa fazer seis perguntas básicas: 1. O que o texto quer dizer? 2. Como é que eu sei o que o texto quer dizer? 3. Que preocupações levaram a que o texto fosse escrito? 4. O que nós temos em comum com: (a) aqueles para quem (ou sobre os quais) o texto foi escrito e/ou (b) aquele por quem o texto foi escrito?5. Como as pessoas devem reagir atualmente às verdades do texto? 6. Qual é o modo mais eficiente que eu posso usar para comunicar o significado do texto? Além disso, eles precisam dar quatro passos indispensáveis. Primeiro, precisam observar... ouvir o texto, absorvê-lo, lutar com ele, digeri-lo, imergir nele, respirá-lo como o hálito de Deus, orar sobre ele Segundo, eles precisam interrogar, e isso envolve a exegese da passagem (o que ela diz?), esboçar a passagem (como ela se encaixa?), fundamentar o texto (onde ele se encaixa?). Terceiro, eles precisam relacionar o que significa considerar o impacto que a informação deve ter na congregação. Quarto, eles precisam organizar a pesquisa de tal modo que tenham uma ideia da sequência e da ordem, de que eles a esgotaram e cobriram por completo, que enfatizaram algumas ideias e subordinaram outras. Passando do texto para o sermão Contudo, se nos ajuda a interagir de uma maneira adequada com o texto, ele também nos ajuda a ir além do texto e passar para o sermão. Como ele faz isso? Enfatizando que um sermão bem planejado começa como um bom esboço ± um caminho lógico para a mente. Quais são alguns dos princípios que levam a um bom esboço? os seguintes: unidade, concisão, harmonia, simetria, sequência, clareza e clímax. Mais especificamente, elaborar um pouco sobre a proposição ou o tema de um sermão, Estou convencido de que nenhum sermão está pronto para ser pregado nem tampouco pronto para ser redigido, até que nós possamos expressar seu tema numa sentença curta e significativa, que tenha a clareza de um cristal. Do tema ou proposição, passamos a descrever como desenvolver os pontos principais e enfatizo que cada ponto principal é uma divisão do pensamento apresentado na proposição. Em seguida tratamos dos subpontos: seus tipos e partes. Finalmente chega à F-O-R-M(a) básica que significa que cada esboço deve ser fiel ao texto, Óbvio a partir do texto, relacionado ao Foco da Condição Caída, e Movendo-se para o clímax. Entregando a mensagem Se um dos grandes desafios de pregar tem a ver com sair do texto e ir para o sermão, então certamente que o outro tem a ver com tornar o sermão eficiente. Fiz uma pesquisa com um grande número de pessoas e obtive as seguintes queixas sobre os sermões: 1. Os sermões frequentemente contêm excesso de ideias complexas; 2. Os sermões têm excesso de análise e insuficiência de respostas; 3. Os sermões são demasiado formais e impessoais; 4. Os sermões usam jargões teológicos em demasia; 5. Os sermões têm proposições excessivas mas deficiência de ilustrações; 6. Um número excessivo de sermões simplesmente acaba no vácuo e não fornece nenhuma orientação quanto ao compromisso e à ação. Então, qual é a solução? acredito que ela resida no uso de ilustrações. Houve um tempo que não pensava assim, mas agora adoto a visão de que elas são essenciais para a exposição eficiente, não meramente porque estimulam o interesse, mas também porque expandem e aprofundam nossa compreensão do texto.Para provar meu ponto de vista, cito uma longa lista de pregadores famosos que usaram ilustrações. Mais importante ainda, cito a pregação do próprio Senhor Jesus Cristo, de quem foi dito, e sem parábolas não lhes falava´(Mc 4.34). Contudo, permanece a diferença entre saber o que deve ser feito e de fato fazer. Percebemos isso e me dou ao trabalho de ensinar a meus leitores a arte da ilustração. Além disso, sabemos que ilustrações podem ser mal empregadas e cito aqui indicações essenciais sobre como usá-las de forma prudente e pastoral. Fazendo aplicação do sermão Não obstante, estou convicto de que pregação expositiva é mais do que uma questão de ilustrações adequadas, tem a ver também com aplicações convincentes. No início do seu livro ele toca na necessidade de aplicação da pregação. Quando trata da preparação do sermão, ele volta novamente a esse tópico. O que ele diz sobre a prática da aplicação? Para os iniciantes, ele observa que os pregadores cometem um erro fundamental quando assumem que, ao suprir seus fiéis com informação bíblica, as pessoas automaticamente farão a conexão entre a verdade espiritual e a própria vida cotidiana. Ele cita David Veerman, que diz simplesmente colocada, a aplicação é responder a duas perguntas: E daí? e E agora? A primeira pergunta quer saber, por que essa passagem é importante para mim? A segunda quer saber, O que devo fazer a respeito disso hoje? Ele também cita C.Trimp, que disse, Deus fez com que a Palavra falada naqueles dias fosse escrita visando a nós e a nossa salvação. Um respeito pela natureza verdadeira da Bíblia abre caminho para a explanação aplicada na pregação. Contudo, novamente ,concordar que deve ser feito, e realmente fazê-lo podem ser duas coisas distintas. Para nos ajudar a colocar uma ponte sobre a lacuna entre o princípio e a prática, Chapell elabora sobre os componentes da aplicação. Eles podem ser resumido sem quatro perguntas chave: O QUÊ? (O que Deus requer de mim agora?), ONDE? (Onde Deus requer isso de mim?), POR QUÊ? (Por que eu devo fazer o que Deus requer de mim?), COMO? (Como posso fazer o que Deus requer de mim?). Depois de uma breve explicação sobre cada uma dessas perguntas, o autor passa para a estrutura da aplicação, bem como suas dificuldades. Enquanto faz isso, ele continuamente faz comentários incisivos e importantes. A seguir, um longo: Uma aplicação sólida emerge da abstração hipotética e abre passagem para chegar à prática de negócios, à vida familiar ,aos relacionamentos sociais, às atitudes sociais, aos hábitos pessoais e às prioridades espirituais. A aplicação rompe vidas e, portanto, é o ponto no qual os ouvintes têm mais probabilidade de se sintonizarem com o sermão. Independentemente de gostarmos ou não, o ponto fraco decisivo da maioria dos sermões é a aplicação. Tornando o sermão Cristológico Na terceira parte principal de seu livro, Chapell desenvolve o que é chamado de uma teologia de mensagens centradas em Cristo. Como é que ele faz isso? Para os iniciantes, ele discute novamente a questão da FCC ± Foco da Condição Caída ± e a desenvolve em grande detalhe. Fazendo referência a 1 Coríntios 9.8-12, ele enfatiza a frase é por nós que está escrito para mostrar que o que Moisés disse há muito tempo se aplicava aos dias de Paulo e, por extensão, deve ser aplicado aos nossos dias também. Repetidas vezes, de um jeito ou de outro, as Escrituras revelam nossa condição caída. Por quê? Para enfatizar a necessidade de redenção e como obtê-la. E, no entanto, nem todo texto é direta ou claramente redentor, então o que o pregador deve fazer com aqueles que não são? Ele tem de entender que todo texto tem um contexto. Todo texto é parte de um todo. De fato, todo texto tem a ver de alguma maneira com Deus e com sua obra redentora por meio de Jesus Cristo. A Bíblia, afirma Chapell, não é um livro de auto ajuda. As Escrituras apresentam uma mensagem consistente e orgânica. Elas nos dizem como buscar a Cristo que é nosso único Salvador e a fonte de força para sermos e fazermos o que Deus requer. Ao mesmo tempo, o autor nos adverte de que as mensagens que não são centradas em Cristo ou não têm um enfoque redentor se tornam centradas no homem. Com mais frequência, elas promovem os fatais: seja sob essa categoria nós temos as Mensagens; seja como que enfatizam que o ouvinte dever lutar para ser como uma personalidade particular da Bíblia. Nós temos também as Mensagens; seja bom que assumem que os crentes podem garantir sua relação com Deus ao adotar um comportamento correto. Nós temos as Mensagens; seja disciplinado, que insistem com o crente para que melhore seu relacionamento com Deus por meio do esforço com mais empenho. Todas essas mensagens, diz Chapell, são fatais porque elas assumem que nós, por nós mesmos, somos capazes de fazer alguma coisa a respeito da nossa condição caída. Elas ignoram a obra salvífica de Cristo. A pregação bíblica é Cristocêntrica. Ela se torna assim não apenas por citar o nome de Jesus ou algum acontecimento de sua vida. Ela se torna assim pela demonstração da realidade da miséria humana que requer solução divina. Partindo dessas afirmações gerais, Chapell se torna mais específico e sugere um procedimento para a exposição redentora. Ele também nos apresenta modelos, mensagens e marcos da exposição redentora. Novamente, há muito a aprender a partir desses seus comentários perceptivos sobrea pregação Cristocêntrica. Há muito a aprender também do que ele diz sobre a introdução, a conclusão e as transições de sermões. O mesmo pode ser dito a respeito dos apêndices nos quais Chapell trata do modo de apresentar o sermão, do vestuário, de estilo, das divisões, das proporções, dos métodos de preparação, dos métodos de apresentação, da leitura das Escrituras, das mensagens de casamento, das mensagens de funeral, das mensagens evangelísticas, dos recursos para estudos, bem como dos exemplos de como avaliar um sermão. Em conclusão, aqui está um livro que deveria ser lido por todo pregador da Palavra. Ele será de grande valor à medida que você busca, com a ajuda de Deus, vencer os desafios da pregação.

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