terça-feira, 22 de maio de 2012

Eu Sigo em Frente - Um apelo equilibrado em favor do equilíbrio

Eu Sigo em Frente - Um apelo equilibrado em favor do equilíbrio - Diz a Palavra: "Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu” (Eclesiastes 3:1). Há um equilíbrio a ser mantido na verdadeira espiritualidade, e é somente a nossa pecaminosidade que nos faz ficar desequilibrados para um lado ou outro. A obediência que Deus exige requer nossa submissão implícita a toda a Sua Palavra revelada, e Ele ordena expressamente: "não vos desviareis, nem para a direita, nem para a esquerda" (Deuteronômio 5:32). O caminho da verdade é bem trilhado e bem conhecido (Jeremias 6:16), mas é bastante estreito (Mateus 7:14). Há fossos perigosos em ambos os lados, e nós somos tão propensos a caprichos e desvios que precisamos de constantes checagens para evitar que vaguemos de um lado para o outro no caminho (Isaías 30:21). Às vezes temos até que lutar para manter nosso equilíbrio. Nas palavras de Hebreus 4:11, precisamos esforçar-nos para poder descansar. Mas “equilíbrio” é uma palavra enganosa. Mencione-a em conexão com a verdade ou a espiritualidade, e as pessoas logo tendem a pensar em uma tábua equilibrada em algum suporte, como uma gangorra no pátio do recreio. Se você se mover para um lado, aquela ponta desce, e se você se mover para o outro lado, este outro abaixa. Todos nós aprendemos desde crianças que a única forma de uma pessoa sozinha poder brincar numa gangorra é entrando no meio e ficando de pé com um pé em de um lado e o outro pé do outro e aí equilibrar a tábua dessa forma. Temo que muitas pessoas têm procurado essa abordagem quando o assunto é o discernimento quanto à verdade. Eles utilizam a abordagem dialética, na qual você soluciona toda a questão buscando o ponto médio entre dois extremos – como se você pudesse combinar uma tese errônea e sua antítese igualmente equivocada e obter uma síntese que seria de alguma forma verdadeira. "...você já notou que sempre que a doutrina da eleição ou a questão do "livre arbítrio" humano são trazidos à baila, alguém invariavelmente declarará que ele (ou ela) mantém uma posição que não é nem Calvinista nem Arminiana mas que está exatamente no meio desses dois 'extremos'?" Não é particularmente útil pensar dessa forma. Enquanto é verdade que erros freqüentemente ocorrem em extremos opostos de qualquer determinada verdade, você certamente não irá encontrar a verdade começando com erros opostos e procurando uma “via média” entre eles. Sempre fico meio desconfiado de pessoas que buscam o meio da estrada em todo e qualquer assunto. Por exemplo, você já notou que sempre que a doutrina da eleição ou a questão do "livre arbítrio" humano são trazidos à baila, alguém invariavelmente declarará que ele (ou ela) mantém uma posição que não é nem Calvinista nem Arminiana mas que está exatamente no meio desses dois "extremos”? Muitas pessoas parecem imaginar que há alguma posição segura, logicamente-coerente, de meio termo, em que a soberania divina e a responsabilidade humana cancelam-se essencialmente, uma à outra. Sejamos honestos: Essa afirmação é empregada freqüentemente em um esforço para pôr fim a uma discussão relevante em vez de levá-la em frente. Muitas pessoas que seguem essa linha simplesmente não querem enfrentar as dificuldades impostas pela tensão entre o convite do Evangelho e a incapacidade do pecador, ou entre a soberania absoluta de Deus e a Sua ira contra o pecado. Eles imaginam que, tomando uma posição “em cima do muro” e cobrindo os olhos, podem simplesmente evitar completamente todas essas dificuldades. Esse não é o modo bíblico de pensar. A Escritura (assim como o verdadeiro Calvinismo) dá ênfase à soberania divina e à responsabilidade humana. A verdade não é um meio termo em que absolutamente nenhuma ênfase é empregada, mas uma doutrina equilibrada em que os dois lados da verdade são completamente enfatizados. "Não procure um confortável “meio termo” entre legalismo e licenciosidade. Não há nenhuma “via média” segura entre legalismo e licenciosidade." O equilíbrio entre liberdade Cristã e vida piedosa também é desse tipo. Não procure um confortável “meio termo” entre legalismo e licenciosidade. Não há nenhuma “via média” segura entre legalismo e licenciosidade. Na verdade, ambos caminham freqüentemente de mãos dadas e são encontrados juntos, porque eles se originam da mesma visão distorcida da santificação. O legalismo é freqüentemente uma cortina de fumaça para esconder uma vida carnal. Mas a santificação neotestamentária dá ênfase apropriada tanto à liberdade quanto ao amor a Cristo; enfatiza tanto a libertação da lei quanto a libertação do pecado; tanto a emancipação da escravidão da nossa carne pecadora quanto a busca da escravidão da justiça como única forma de desfrutar nossa vida nova no Espírito. A maioria das doutrinas cristãs alcança equilíbrio de um modo semelhante. Esqueça o ponto médio em uma linha contínua, o suporte em uma gangorra, e a faixa amarela no meio da estrada. Quando falamos em equilibrar estas duas verdades, a idéia é mais parecida com os dois remos em um barco. Tente remar só de um lado, e você somente andará em círculos sem fazer qualquer progresso. Quanto mais firme você rema com um só remo, mais rápidos e mais fechados seus círculos serão. Você nunca chegará a lugar algum, espiritualmente falando, a menos que você ponha os dois remos na água. "...você já notou que sempre que a doutrina da eleição ou a questão do "livre arbítrio" humano são trazidos à baila, alguém invariavelmente declarará que ele (ou ela) mantém uma posição que não é nem Calvinista nem Arminiana mas que está exatamente no meio desses dois 'extremos'?"

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