segunda-feira, 14 de maio de 2012

De que forma o mandamento do amor afeta a disciplina eclesiástica?

De que forma o mandamento do amor afeta a disciplina eclesiástica? Pergunta É certo que existe muita confusão hoje na igreja sobre a responsabilidade pessoal 1 e a disciplina eclesiástica e eu tenho enfrentando um pouca dessa confusão. Estou estudando 1 Pedro 4:8: "Acima de tudo, porém, tende amor intenso uns para com os outros, porque o amor cobre multidão de pecados." Ora, eu sei que isso é apenas um versículo. Eu não quero tirar qualquer coisa do contexto, de forma que talvez isso nada tenha a ver com a relação entre responsabilidade pessoal de uns para com os outros e a disciplina eclesiástica, mas, se tem, como isso deveria afetar nossa obediência ao plano de Deus quanto à mútua responsabilidade pessoal na Igreja? Resposta "O amor cobre multidão de pecados. " Deixe-me dizer-lhe algo: eu não levaria para o plano pessoal ou assumiria uma postura defensiva quanto a coisas que são feitas contra mim. Se eu perceber que há um padrão contínuo de pecado, e achar que aquilo é algo que a Igreja precisa tratar na vida da pessoa, porque não há nenhum abatimento, nenhum remorso, nenhum arrependimento, nenhum pesar, e este tornou-se um estilo de vida contínuo, então eu acho que é algo que precisa ser tratado. Mas é ridículo assumir que toda vez que alguém lhe diz alguma coisa irrefletidamente, ou algo que não leva em conta seus sentimentos, ou algo que deturpa alguma coisa em você, então deve subitamente subir a algum patamar mais espiritual e deflagrar a disciplina eclesiástica. "Mas é ridículo assumir que toda vez que alguém lhe diz alguma coisa irrefletidamente, ou algo que não leva em conta seus sentimentos, ou algo que deturpa alguma coisa em você, então deve subitamente subir a algum patamar mais espiritual e deflagrar a disciplina eclesiástica." Nós estamos falando sobre o tipo de amor que trata com a "peroptamaze" 2 da vida, ou seja: Você é como que “enredado” em uma falta porque você é humano. Não é que você tenha premeditado um pesado cenário de compromisso contínuo com aquele tipo de injustiça - esse é o tipo de coisa de que a Igreja deve tratar. Mas o que o amor faz é... O amor entende a fraqueza humana. O amor entende nossos pontos fracos, nossos fracassos, nossos tropeços, nossas quedas. O amor entende que às vezes nós dizemos e fazemos coisas - às vezes eu digo e faço coisas - que não têm nenhuma intenção premeditada de ferir a quem quer que seja, mas por causa da minha humanidade, da minha fraqueza e da minha pecaminosidade, as coisas ocorrem daquela maneira, e eu certamente já estaria fora do ministério há muito tempo se toda vez eu tivesse feito isso na minha vida alguém tivesse deflagrado a disciplina eclesiástica - e isso é verdade a respeito de nós todos. Portanto, a intenção do que Pedro está dizendo aqui, que a propósito é uma citação de Provérbios 10:12, um provérbio do Antigo Testamento, é que na natureza da vida, conforme nós passamos pela vida, nós vamos ser ofendidos por várias pessoas e nós não podemos simplesmente amontoar essas ofensas até que nos tornemos pessoas amargas e vingativas. Mas onde você vê numa pessoa - e aqui é onde eu traçaria a linha divisória - não uma ofensa contra você, mas um padrão de ofensa a Deus desprovido de arrependimento, você começa então a procurar ajudar aquela pessoa a perceber que aquilo é algo que precisa ser confrontado e trabalhado. Quer dizer, se alguém é indelicado comigo e cruel contra mim, eu posso dizer-lhe: "Sabe, essa é uma atitude pecaminosa que você tem para comigo e eu espero que você não mantenha essa atitude. Certamente eu te perdôo, mas eu espero que você seja mais cortês no futuro e com isso você honre a Deus com a atitude certa." Mas eu sinto, no coração, que eu o teria perdoado imediatamente. Porém se eu percebo uma amargura ardendo no indivíduo e semeando sementes de discórdia na Igreja, através dessa amargura, que começam a afetar a vida da Igreja; e se parecer que aquilo é um padrão, então passa a ser um sério problema e se você não for bem sucedido com aquilo, você irá para o próximo passo de disciplina, e se você não conseguir nada ali também, então você vai para o próximo passo. "Assim, eu acho que uma forma simples de colocar o que Pedro está dizendo é: 'no curso normal da vida nós caminhamos cheios de perdão'" Assim, eu acho que uma forma simples de colocar o que Pedro está dizendo é: “no curso normal da vida nós caminhamos cheios de perdão”, e é exatamente isso que eu penso que Jesus quis dizer em Mateus 18, quando Ele disse a Pedro: “Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete”. Em outras palavras, você continua perdoando, e perdoando, e perdoando, e perdoando - 490 vezes por dia se este for o número de vezes em que você foi ofendido. Você não pode simplesmente amontoar essas coisas e tornar-se uma pessoa amarga e vingativa. Mas onde isso se torna um padrão que ofende a Igreja, e ofende ao Senhor, e do qual a pessoa não está disposta a se desviar, então torna-se um problema de disciplina. 1 Pedro 4:8: "Acima de tudo, porém, tende amor intenso uns para com os outros, porque o amor cobre multidão de pecados."

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